28.12.04

Conto de Areia
Romildo S. Bastos e Toninho

É água no mar, é maré cheia ô, mareia ô mareia,
é água no mar
É água no mar é maré cheia ô mareia ô mareia
Contam que toda tristeza que tem na Bahia
Nasceu de uns olhos morenos molhados de mar
Não sei se é conto de areia ou se é fantasia
Que a luz da candeia alumia pra gente contar
Um dia a morena enfeitada de rosas e rendas
Abriu seu sorriso de moça e pediu pra dançar
A noite emprestou as estrelas bordadas de prata
E as águas de Amaralina eram gotas de luar
Era um peito só cheio de promessa era só
Era um peito só cheio de promessa era só
Quem foi que mandou o seu amor se fazer de canoeiro
O vento que rola nas palmas arrasta o veleiro
E leva pro meio das águas de Iemanjá
E o mestre valente vagueia olhando pra areia sem poder chegar
Adeus amor, adeus meu amor não me espere
porque eu já vou me embora
Pro reino que esconde os tesouros de minha senhora
Desfia colares de conchas pra vida passar
E deixa de olhar pro veleiro
Adeus meu amor eu não vou mais voltar
Foi beira-mar, foi beira-mar quem chamou
Foi beira-mar ê, foi beira-mar
ela morreu. eu aprendi a ver fotografia de verdade com ela. eu li os romances dela. e os ensaios. achava uma rara americana lúcida. vai me fazer falta. acho que chego em casa e me atraco no on photography. edição paperback, comprada na strand, baratinha. mas prateada. com uma foto velhinha na capa... uma graça.
é demais querer estar em recesso essa época do ano? eu não queria estar aqui trabalhando...
confesso que ando com mau humor danado com as notícias. hoje de manhã um repórter qualquer falava bobagens sobre arte. ele não precisa conhecer arte. mas custava falar nem que fosse com o monitor da exposição que ele tava mostrando?
27mil. previsão de 57mil mortos quando conseguirem contar com calma. uma tragédia. nada é assim novo pra se falar sobre o tsunami. mas porque diabos a imprensa brasileira insiste em falar da brasileira que morreu? foram 57mil. ela era uma só. eu sei que precisam do tal personagem. eu sei que brasileiro é ufanista, mas pelamordedeus, dá pra por as coisas em perspectiva?

22.12.04

roupa pro reveillon. preciso comprar roupa pro reveillon.
o que eu ia falar é que reencontrar amigos sempre é bom. e que eu agora tenho o que fazer no reveillon. e que me diverti muito com as fofocas. e com reencontrar o cogus, que ele é uma figura...
eu escrevi um post enorme e esse diacho aqui comeu ele trocou a data dele... e ainda por cima não consigo postar um gif...

trocar a data eu nunca tinha visto. e só vi dessa vez por acaso...
noite ótima. amigos antigos. como as pessoas mudam, meudeus. e eu continuo aqui, a mesma. não mudo nem vírgula. impressionante. todos casados. todos deixaram a outra metade em casa. parecia um acordo tácito. aquilo ali era pra matar saudades. falar fofocas. lembrar como era ser amigo assim e adolescente e entrando na faculdade. a gente era invencível. a gente ia conquistar o mundo. ia ser diferente. acabou que todo mundo é tão igual. todo mundo é tão normal. nunca entendi, e 4 anos de análise não serão nunca suficientes, porque eu tenho problemas com isso. ser normal deveria ser algo normal. pra mim incomoda. não quero ser normal nunca. não nasci pra isso. mas pessoas se tornam normais. parece que é a tal da idade. melhor eu me acostumar com isso. em algum rótulo eu devo me encaixar...
o que foi mais engraçado e inusitado foi ver que o cogus continua o mesmo. continua assinando cogus. continua sendo uma figura. aliás, é bom ver que todo mundo ali ainda tem carinho uns pelos outros. mesmo com toda intriga, fofoca, afastamento, discordâncias. foi bom ver que uma idéia de reveillon com todos juntos agradou. quer dizer, daí a vingar...
olha que fofo. chego de manhã e tem uma lembrança pra cada um na sua mesa. da estágiária de direito. tá, eu sei que é um calendário de igreja. tá, eu sei que tem coisa por trás, que ela quer catequizar a gente, e isso tudo. mas chegar de manhã com goiabinha na mesa foi tudo.

21.12.04

porque hoje eu tô meio cafona. muito cafona. porque tenho sono. e porque, vai, a música é bunitinha...

la barca
Roberto Cantoral

Dicen que la distancia es el olvido,
pero yo no concibo esa razón,
porque yo seguiré siendo el cautivo
de los caprichos de tu corazón.

Supiste esclarecer mi pensamiento,
me diste la verdad que yo soñé,
ahuyentaste de mí los sufrimientos
en la primera noche que te amé.

Hoy, mi playa se viste de amargura,
porque tu barca tiene que partir,
a buscar otros mares...de locura.
Cuida que no naufrague tu vivir...

Cuando la luz del sol se esté apagando
y te sientas cansada de vagar,
piensa que yo por tí estaré esperando
hasta que tú decidas regresar.
ontem p riu muito de mim com minha vontade de casar com l. não, não é real. l não quer nada comigo, nem eu com ele. mas é um grande amigo. desses que a gente mal vê, mas quando vê parece que foi ontem. e desses que eu sei que posso contar. a gente cresceu junto. a gente ficou adolescente junto (tá, eu um pouco antes). e a brincadeira era só essa. se é tão meu amigo, pode ser um bom plano b, talvez... falando a sério, acho que ando um tanto ou quanto assim frágil. e ele me ajuda a não me sentir assim. pena que foi viajar e só volta ano que vem...
eu dei a idéia de sair hoje com a turma toda da faculdade. eu sai ontem. era pra ser light, mas não foi nada light. eu queria ir pra casa dormir hoje. eu não tenho essa opção. acho que as pessoas ficarão chateadas se eu fizer isso.
a estorinha segue assim, eu querendo sempre o que não posso ter. eu arranjando razão para não estar feliz. segue que eu deveria voltar a fazer análise. e que eu ando mais doida do que queria estar. segue sendo sempre a mesma estória. e reprise não tem o menor ibope. pelo menos não deveria ter. segue que o mundo é muito mais simples do que eu finjo que ele é. e que eu devia juntar os mundos todos e ficar só com um. uma questão de escolha, percebe? segue que cansei de me fazer de pateta, de ser triste por escolha, mas não sei mudar. e não saber mudar é complicado. sei lá. falando muito e não falando nada, eu devia mesmo era procurar apartamento.
ou deixar de beber. de repente isso resolve.
eu definitivamente preciso deixar de ter um celular.
recomendo cachaça magnífica. bebi algumas caipirinhas (menor idéia do númeor, pobre fígado). dancei a noite toda (numa segunda, até as 2 é a noite toda). dormi pouquíssimo e só tenho um pouco de sono. nada de dor de cabeça. nada de gosto de cabo de guarda chuva, nada de enjôo...
queria um chopp, algo light. alguém me explica como eu terminei a noite saindo do carioca da gema sabe-se lá que horas? deve ter sido a caipirinha de graça...

20.12.04

meu tio querido chegou ontem. só vi ele hoje, por mil razões... e hoje, já acordada com a notícia da morte do pai da dentista (que é amiga da família), fui no enterro de tarde. não era pra ser um enterro emocional, ele já era bem velhinho, estava doente, e não era muito querido, pra ser muito sincera. mas a viúva, que cada dia era mais aflitivamente parecida com a filha dele, nossa amiga, chorava pitangas. isso porque ele era a quarta pessoa que morria em seus braços. me lembrem de nunca comer uma refeição preparada por ela. a outra filha, que não dirigia palavra ao velho faz 10 anos, e que nunca foi ao hospital, chorava mais ainda. de normal e são, meu amigo querido l, que dizia não entender tanto choro por alguém que eles nem gostavam. e insistia dizendo que tudo bem ele ir ali, ele tinha feito todas as providências, era avô dele e ele respeitava. mas não falava com ele faz 5 anos. chorar exatamente pra que, se na cabeça de todo mundo o afeto por aquela pessoa terminou faz tanto tempo. depois, como ele disse, aquele cemitério lembra o pai dele e meu irmão. pessoas queridas. e lembranças ficam pulando na nossa cabeça. acabei a tarde abraçada com ele, cobrando de nos vermos mais, já que ele volta a morar fora daqui mais um pouco... sugeri pra ele usar a cena inteira pra mote do roteiro que ele tem de escrever... fora que o enterro da frente era de um pessoal do candomble. legal ver as mães de santo de turbante e roupa branca. me deu certa paz aquilo.

tô escrevendo muito.
essa semana nem tenho tempo. mas semana que vem volto a estudar de verdade. sentar e ler. vai ser cansativo, mas... assim que eu tenho de fazer, pra terminar isso tudo e assim poder descansar depois...
comprei um casting pra pintar os cabelos. pela caixa, era mais claro que meu cabelo. ássei o casting. o cabelo ficou igualzinho ao que era. mudou um pouco o tom, mas acho que eu gostava mais antes. então, depois de tentar pintar o cabelo e nada acontecer, só perdi 9 reais e meia hora da minha vida... podia ter sido tão melhor utilizada...
ando querendo ficar deprimida. sabe como é isso? nenhuma razão maior pra ficar triste, mas estou triste. nada demais acontecendo e eu fico triste. e eu quero dormir. e sumir. e não ter de falar com ninguém. e como essa sensação aparece do nada, ela também some. só que enquanto ela existe, eu não sei o que fazer. e eu qero colo. quero chorar. quero entender alguma coisa. que eu não tenho entendido muita coisa. por que eu sou um tanto ou quanto impulsiva, eu sei. e vou fazendo as coisas e depois não sei bem porque fiz. e meio que me arrependo, mas eu nunca acreditei em arrependimento. e eu ando confusa. e nada feliz. deve ser o fim do ano chegando. quero dormir.

17.12.04

resolvi aderir à filosofia do andy warhol, ou à filosofia do so what. ele disse que a vida dele melhorou muito depois que ele resolveu isso. funciona assim: bateu o carro? so what? cortou o dedo? so what? se casou? so what?

verdade, tira muito da emoção do mundo. mas muito das preocupações também. de repente, tudo fica mais simples assim...
tô falante hoje. merecendo o título antigo do blog. aliás, ninguém se pronunciou sobre a troca. acho que vou por os dois ali em cima...
me falaram que minha prima cismou que quer por peito... era só o que me faltava agora... nunca imaginei que ela realmente sentisse falta de alguma coisa...
não consegui assistir a palestra. parece que o cara explicou muita coisa sobre a proporção áurea. achei que ninguém mais falava disso. juro. achei que ela tava morta e enterrada em algum lugar lé pelos anos 30, ou pelos 60, no pós moderno, sei lá. aparentemente eu tô errada. o cara não só deu uma palestra sobre isso como anda com um acetatozinho transparente com um risco marcando a seção áurea. se acha algo interessante, põe o papelzinho na frente e fica medindo pra ver se encaixa. se não encaixa, fica tudo feio na hora...
ontem ouvi uma estorinha engraçada. dessas que mostram que eu sou super normal.

imagina que na minha ex escolinha tem um estacionamento. e alguns carros começaram a aparecer riscados. e foram tentar descobrir o que era. depois do terceiro dia que apareceram carros riscados, os seguranças armaram uma tocaia. e viram um senhor, de seus 70 anos, riscando carros. foram falar com ele e ele fugiu. sim, fugiu. e não voltou pra buscar o carro dele no estacionamento até umas 8 da noite. foi avisado de que o diretor queria falar com ele. disse que ele nao fez nada. repetia isso sem parar. mas disse que ia no dia seguinte de terno falar com o diretor. meu amigo, o diretor, disse que vai de bermudas. aparentemente ele só risca carros que param mal na vaga. pode funcionar como uma ameaça. pare seu carro direitinho, se não o riscador maluco vai riscar ele todinho...
a gripe ainda tá me complicando os dias, mas nunca fui de ficar em casa mesmo, entonces vim pra cá. trbalhar faz be, acredito. aliás, sair de casa faz bem. e se eu visse mais um capítulo de barrados ou dawson (eu ia ver se ficasse em casa, acredite), eu pirava.

16.12.04

minha dileta amiga novarino agra tem blog. achei por acaso, assim, do nada. e ela também foi amiga por acaso. herança de ex. virou amiga assim, no meio do bola preta, da primeira vez que a gente se encontrou. dizem que ela é furona e meio louca. dizem coisas semelhantes de mim. acho que a gente se viu umas 3 vezes no último ano. mas é minha amiga queridíssima. enfim, ando assim, fazendo declarações...
descobri ontem uma boa razão pra ver o tal do alexandre. não sou muito fã de megaproduções, mas descobri que o namoradinho do alexandre é feito pelo boneco do jared leto. o menino é lindo. desde que ele era o jordan catalano eu achava ele perfeito. e ele fez réquiem para um sonho e continuou perfeito. e agora faz um homossexual e continua perfeito...
algumas coisas muito me impressionam, por exemplo: o que eu tinha na cabeça ao assitir barrados no baile? e dawson's creek, que ainda por cima é pretensioso? quer dizer, parando pra pensar, dawson's ainda tinhao pacey, que eu continuo achando uma graça, agora barrados... não tem um que se salve...
um dia vendo televisão doente e eu quis arrancar todos os meus cabelos. meus neurônios tavam que nem os do calvin: estourando igual pipoca. dava pra ouvir. desespero absoluto que a tv, que eu gostava tanto, tá cada dia mais imbecil. ou serei eu ficando mais empoada?
sábado eu pensava em ir ao monobloco. enfiar o pé na jaca e dançar até gastar o sapato. mas tenho aniversário de um amigo da faculdade. e amigos são amigos. o monobloco há de tocar outra vez no mam. há de acontecer.
um dia de cama e parece que eu perdi tanta informação no mundo....
aliás, uma manhã no trabalho e parece que eu preciso de mais um dia de cama...

14.12.04

gripe. garganta dói. cabeça dói. quero colo. quero ficar em casa. não quero trabalhar...

13.12.04

pensando alto, eu penso desde semana passada se não ando fazendo muita bobagem na vida. queria ter mais certezas e ser menos impulsiva vez em quando. mas nunca aprendi a ser assim. acho até que desaprendi isso. fui fazendo as coisas, fui perdendo as certezas, fui acreditando em não pensar muito sobre as situações. e vez em quando funciona. vez em quando o que a gente foi fazendo sai tão direitinho, tão redondinho, parece que tudo foi planejado e tudo foi com as certezas necessárias. nem parece que eu não tinha a menor idéia do que eu estou fazendo. mas agora eu não sei. não sei como vai sair. só posso esperar que vai dar certo. porque eu tô indo. sem pensar. sem certezas, só fazendo. só continuando. e eu acho que tá tudo como deveria estar. mas ainda tenho um medinho. a tal da falta de certeza. a tal da pouca confiança...
trabalhnado, tentando estudar... com a minha dispersão dos últimos dias, tarefa complicada. mas vai, consegui escrever. domingo, com bloqueio, decido ir passear na festa de m com minha mãe. ela tinha falado que era o natal dos cachorros. eu não imaginei literal. cachorros andando pela casa. lembrancinhas pros cachorros. inacreditável.

10.12.04

porque ontem ele não sabia que a tigresa era a sônia braga (aliás, a personagem se encaixa tanto nela...). e eu percebi que eu sei todas essas fofocas de música. que a camaleoa é a regina casé. que o leãozinho é o dadi. que sexo e amizade era a relação dele com a paula lavigne. branquinha a paula lavigne. vera gata, a vera zimermam. e tem alguém que é o eclipse oculto. agora não me ocorre. mas não é nenhum orgulho. e todo mundo tem o seu eclipse oculto pessoal também. que eu já misturei os autores, mas não tem importância. gosto dos personagens das músicas. e quando era adolescente queria que fizessem uma pra mim. coisa pouca, super modesta eu. mas eu queria uma destas, de personagem. só a declaração...
Tigresa
Caetano Veloso

Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza que me aconteceu
Esfregando a pele de ouro marrom do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel

Enquanto os pelos dessa deusa tremem ao vento ateu
Ela me conta com certeza tudo o que viveu
Que gostava de política em mil novecentos e sessenta e seis
E hoje dança no frenetic Dancin’ Days
Ela me conta que era atriz e trabalhou no Hair
Com alguns homens foi feliz, com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração, que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor

Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz
Vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão

As garras da felina me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina que ela disse, não
E eu corri pro violão, num lamento, e a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento
na verdade, vez em quando tenho certeza que eu deveria acreditar menos. esperar menos. eu me decepcionaria menos. me afligiria menos. eu deveria talvez acreditar mais em mim e menos nas gentes. que as gentes são ótimas. mas eu é que deveria ter a força. ter a capacidade. não os outros. eu nunca acho que eu vou fazer. mas sempre acredito nos outros. sempre tenho um que de esperança. porque eu me agarro na déia que o mundo ia ser tão mais difícil sem ela...
Odara
Caetano Veloso

Deixa eu dançar
Pro meu corpo ficar odara
Minha cara
Minha cuca ficar odara
Deixe eu cantar
Que é pro mundo ficar odara
Pra ficar tudo jóia rara
Qualquer coisa quese sonhara
Canto e danço que dará
o filme se repete na minha frente. e eu ajo como se não tivesse nenhum controle sobre o que está acontecendo. e vez em quando até sinto como se fosse verdade, e me dá uma certa angústia. chove, sair do bar, andar até o carro. chegar, sentar no sofá e ouvir música. dessa vez não era betânia que controlava o tocadiscos. era ella e caetano. queria ouvir odara, depois do outro dia. conversa jogada fora. a sensação de descontrole continua. a sensação de que existe um jeito das coisas serem mais simples. porque elas não seriam?

9.12.04

tem dias que a vontade é começar de novo. tudinho. vamos lá, volta pra cama, acorda de novo... tudo do zero. porque parece, como dizia um amigo, que deus me odeia e lembrou que eu existo. porque tudo que a gente toca dá errado de algum jeito. porque fica tudo difícil. mas a única saída é continuar indo em frente, tentando resolver as coisas, e tentando ver se em algum momento parece que a gente acordou de novo e tudo veio certo dessa vez...
ihh... agora o blogger não me dá mais todas as opções...
olha que o dia começou difícil. quase, quase parti pra briga física com o homem da gráfica. o que me impediu foi o fato dele estar do outro lado da linha telefônica, em campo grande, acho... o cara me chamou de mentirosa pra baixo, nunca tinha visto isso. a vantagem é que corre o boato que em tpm a pena é atenuada...

8.12.04

eu falei que tô em ritmo de caetano desde ontem, não falei? cantando pra ficar odara, pra esquecer da vida e não me preocupar com o que é inevitável. pra não lembrar que eu fico trsite no fim de ano, pra lembrar que eu adoro natal, adoro presépios e árvores. pra esquecer que a minha vida tá uma zona, pra lembrar que eu sei onde eu quero ir pela primeira vez em anos... e tenho até plano b pra onde eu não sei se quero ir. pra lembrar que tenho amigos e amores e família. e que eu gosto deles, e eles de mim. pra esquecer que tem gente que não precisava existir (tenho meus desafetos). pra esquecer que tem gente que podia ainda existir. pra saber o que fazer com isso. pra pensar nos que estão longe. pra esquecer toda essa filosofia barata das músicas do caetano, e saber que a gente tem mais é que cantar mesmo...
Giulietta Masina
Caetano Veloso

Pálpebras de neblina
Pele d’alma
Lágrima negra tinta
Lua lua lua lua
Giulietta Masina

Ah, puta de uma outra esquina
Ah, minha vida sozinha
Ah, tela de luz puríssima

(Existirmos a que será que se destina?)

Ah, Giulietta Masina
Ah, vídeo de uma outra luz

Pálpebras de neblina
Pele d’alma
Giulietta Masina
Aquela cara é o coração de Jesus

© Editora Gapa
Branquinha
Caetano Veloso

Eu sou apenas um velho baiano
Um fulano, um caetano, um mano qualquer
Vou contra a via, canto contra a melodia
Nado contra a maré
Que é que tu vê, que é que tu quer,
Tu que é tão rainha?
Branquinha
Carioca de luz própria, luz
Só minha
Quando todos os seus rosas nus
Todinha
Carnação da canção que compus
Quem conduz
Vem, seduz
Este mulato franzino, menino
Destino de nunca ser homem, não
Este macaco complexo
Este sexo equívoco
Este mico-leão
Namorando a lua e repetindo:
A lua é minha
Branquinha
Pororoquinha, guerreiro é
Rainha
De janeiro, do Rio, do onde é
Sozinha
Mão no leme, pé no furacão
Meu irmão
Neste mundo vão
Mão no leme, pé no carnaval
Meu igual
Neste mundo mau

7.12.04

verborrágica, tagarela. estou hoje. profundamente verborrágica. cuidado comigo... vou sair falando mais do que devo, mais do que queria... pior que falo pra quem quer e pra quem não quer ouvir. a tal da censura, o tal do superego estavam em falta quando nasci, deve ser isso. eu devia, por essa lógica, conhecer meus sonhos e ser feliz, mas não é assim. a minha censura só é diferente...
acordo, ligo a tv. disso todos já sabem, acho... tomo banho e vou me vestir. assim que olho, está passando parapluies de cherbourg. filme ícone. é fantasticamente kitsch. com a nata do cinema francês, mas kitsch como só um bom francês sabe ser, quando exagera. as cores sempre em contraste das roupas dos personagens. a parede combinando com o chapéu. a fala sempre musicada. é fantástico. inteiro fantástico. quase desisti de vir pro trabalho e fiquei ali, olhando caterine deneuve fazendo papel de cantora...
me inspiraram a cantar essa música. e eu sei que o dia era pra ser do tom. mas eu tô em ritmo de caetano desde que acordei...
olhar pro lado e saber que hegel me deprime. e esquecer que ele me deprime e começar a escrever o diabo do trabalho, que já tem quase uma lauda das 7 necessárias...
Paula e Bebeto
Milton Nascimento/Caetano Veloso

Ê vida vida que amor brincadeira, à vera
Eles amaram de qualquer maneira, à vera
Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor vale amar
Pena que pena que coisa bonita, diga
Qual a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor vale amar
Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor valerá
Eles partiram por outros assuntos, muitos
Mas no meu canto estarão sempre juntos, muito
Qualquer maneira que eu cante esse canto
Qualquer maneira me vale cantar
Eles se amam de qualquer maneira, à vera
Eles se amam é prá vida inteira, à vera
Qualquer maneira de amor vale o canto
Qualquer maneira me vale cantar
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor valerá
Pena que pena que coisa bonita, diga
Qual a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer maneira de amor vale o canto
Qualquer maneira me vale cantar
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor valerá
acabando os trabalhos da pós, me ocorre o verdadeiro problema dessa época do ano: o que fazer no ano novo...

nunca fui fã desse feriado. filha de pais separados, era o feriado do meu pai. e era chato toda vida. feriado de adultos. eu não ganhava presentes, eu não era paparicada... passei a tomar toda a champanhe do meu pai, e, pra orgulho dele, uma noite avisei que a champanhe que ele tinha comprado (a viúva, sempre a melhor) em garrafinhas pra mim estava passada. e estava. avinagrou, fazer o que? abriu outra garrafa pra mim... depois eu dormia o sono dos justos. e acordava e contava as horas pra voltar pro rio. que eu detestava estar longe de tudo. olhando pra trás, eu reclamava de barriga cheia. hoje em dia eu adoraria esse feriado com a família, em angra, bebendo champanhe (de verdade, bom champanhe faz uma diferença)... na época, eu só achava que não era festa pra criança...

6.12.04

comprei lichia. e hortelã. falta só o saque preu fazer meus drinks 00 lá em casa e ser uma mulher feliz...
chove aqui dentro. felomenal. simplesmente começou a cair água do teto. agora precisamos descobrir o que é isso...
mundo? que mundo?
fim de semana quieto
estudando
nada de hegel. parece que não entra. cansaço de ler. não é que não entenda. nem acho que possa ser assim tão complicado. só é chato. muito chato. serve pra insônia. recomendo.

3.12.04

sensação pior em uma livraria: não posso levar tudo, tudinho pra casa...
lendo matéria sobre uma dessas listas top 10, fiquei meio passada com o comentário do jornalista. porque (me perdoem meus amigos jornalistas) como diz um amigo, também jornalista, jornalistas nunca sabem do que estão falando. são especializados em generalidades...

pois, a lista era sobre as obras de arte mais influentes do século XX. e a obra mais influente era o urinol do duchamp. e o jornalista acha que a lista é discutível porque o picasso ficou em segundo. mas não é (pelo menos não por causa disso). nada mudou tanto o conceito de arte, a visão de arte que existe no mundo quanto a anti arte do duchamp. eu posso não me emocionar com isso. mas quem disse que arte é pra se emocionar? arte, como já dizia da vinci, é um processo cerebral. não é o desenho. não é a beleza. é o intelecto, o saber que é arte, que torna aquilo arte. é uma relação com o objeto, e não o objeto em si. e isso foi explicitado pela primeira vez com duchamp. e ele é imprescindível. a lista é discutível porque talvez o objeto não tivesse nada a ver com isso. mas só.

a arte não é retínica Marcel Duchamp
noite em família. divertido ver os primos todos juntos. falar bobagens em família, quando não é sempre, é sempre bom...

2.12.04

Quantas Lágrimas
Manacéa

Ah, quantas lágrimas eu tenho derramado
Só em saber que não posso mais reviver o meu passado
Eu vivia cheio de esperança e de alegria
Eu cantava, eu sorria
Mas hoje em dia eu não tenho mais
A alegria dos tempos atrás
Mas hoje em dia eu não tenho mais
A alegria dos tempos atrás
Só melancolia os meus olhos trazem
Ai, quanta saudade a lembrança faz
Se houvesse retrocesso na idade
Eu não teria saudade da minha mocidade...
acordei, liguei a tv no 40. mania de ver jornal assim que acordo. tinha visto logo antes de dormir também. mania. deixa quieto. mas hoje achei ótimo. entrei no banho, passeei com a cã, e voltei pro quarto e pra tv pra me trocar. eis que teresa cristina aparece no trem do samba, em oswaldo cruz cantando quantas lágrimas... quer dizer, meu dia começou bem por acaso. podia continuar assim...
LANÇAMENTO EDITORA UFRJ
Comunicação e Diferença :
uma filosofia de guerra para uso dos homens comuns
de Marcio Tavares d´Amaral
DIA 02 DE DEZEMBRO
19h

LIVRARIA CASA DA CULTURA
R. REAL GRANDEZA, 190 - BOTAFOGO
tel: 2286-1252
estacionamento no local
DEBATE COM EMMANUEL CARNEIRO LEÃO, FREI BETO E MARCIO TAVARES d´AMARAL

Neste seu novo livro, o filósofo brasileiro, professor da Escola de Comunicação da UFRJ, revela sua convicção de que, mantida a tendência globalizante de anulação da alteridade, de eliminação das diferenças, o mundo corre o risco de morrer. Contra isso, o livro propõe uma guerra em favor das diferenças, passando em revista os conceitos filosóficos que marcaram o pensamento moderno e contemporâneo. O livro trata de temas como sofrimento e compaixão, fraternidade e gentileza, entre outros, buscando fornecer munição intelectual ao ser humano, do mais simples ao mais sofisticado, na luta contra a pulsão de morte que atravessa a sociedade e o pensamento contemporâneos.

www.editora.ufrj.br
2541-7946
filme meio mais ou menos. quer dizer, até é bunitinho, mas é mais ou menos. o personagem principal devia fazer análise, largar o pai pra lá e cuidar da vida. depois, chopp e muitas bobagens, mas muitas bobagens faladas. e chegar em casa e dormir tão bem... ficando absolutamente histérica com prazos chegando e nenhuma capacidade de estudar...

1.12.04

eu quero muito ver esse filme. sei que ainda não estreou nem por lá, mas o johnny depp de willy wonka é necessário. e as wonka bars. e o globstopper permanente...
sempre fui sozinha. uma criança séria, sentada no canto, lendo. uma adolescente sempre lendo também. em algum momento percebi que não podia passar a vida assim. que precisava conhecer pessoas. que faz parte da vida (e uma parte muito gostosa) ter amigos. e eu tentei me abrir pro mundo pra ter amigos. mas o meu mundo vai tentando se fechar de novo. e sempre. eu fico nervosa. e mau humorada. e triste. e quero os livros, as telas, os papéis de volta. e escrevo e leio compulsivamente. como se as pessoas tirassem um pedaço de mim ao invés de acrescentar. e fico irritada a toa, e não quero ver ninguém. como uma volta à infância, eu penso... mas daí eu acordo, e tudo isso passou, e eu quero de novo ver gente, e sair, e dançar. mas eu sei que é um ciclo. e que eu sempre volto pro começo, pro umbigo, como nesse texto. meu mundo fechado me persegue. por mais que eu adore meus amigos, sair, falar bobagens, nada me deixa em paz como um livro. e eu me sinto observando as pessoas ao invés de participando quando eu entro nesse barato. lembro que desde criança a única coisa que me acalmava, que me trazia de volta pra terra, era um livro. e até hoje eu uso isso. se estou triste, leio qualquer coisa. o livro é minha única companhia. o cinema vez em quando substitui. e as gentes ficam pequenininhas de tão longe. meu medo de ficar sozinha é medo de acabar de ler tudo...
aula. e dormir. tinha um festão pra ir, mas tava cansada. me lembra uma vez que s. me disse que isso era um ponto a meu favor. que uma das questões de análise é não querer ser deixada de fora de forma alguma (o tal do ciúme) e eu não ia pra festas porque queria ler ou dormir. e essa eu achava que ia ser boa, só tava toda errada pra ir...

30.11.04

histórias diversas e muito divertidas. algumas citações imperdíveis... mas a melhor foi da aniversariante, explicando porque desistiu de trabalhar com o que trabalhava. disse que os donos das empresas no interior são muito broncos. que um deles uma vez chamou o filho pra conhecer ela no meio da apresentação de um projeto, como se ela fosse scort girl. ela ficou passada, mas vá lá, nunca mais teve de ver a criatura. até ir numa feira qualquer e ouvir lá de longe, aos berros n., sabia que era você! essa bunda eu reconheço em qualquer lugar... foi o fim pra ela, ter a bunda anunciada assim, pra feira inteirinha...
antes do chopp, tive aula, que não tô podendo mais ser menina meio séria. tem de ser séria inteira. a aula era sobre freud. achei que podia ser interessante. não me disse nada que eu não soubesse, confesso. mas me impressionei com a turma. bando de marmanjo que tinha risinhos nervosos toda vez que o professor falava em sexo e pulsão erótica. contando que freud é sexo e pulsão erótica, a aula foi quase insuportável de se assistir.
aniversário de amiga é sempre divertido. bem divertido. bar. chopp. cachaça (admito, essa não foi a melhor idéia). conversa. cachecol de florzinhas (que eu bem quero muito). mais chopp. mas cobversa. gargalhadas. abraços. amigos fazem um bem. carro. maldita. pra que eu entrei, nem sei, porque quis sair 15 minutos depois. alergia. cansaço. sono. acordar assim meio muito cansada. mas feliz. é bom ver amigos felizes. bom saber que a gente tem amigos.

29.11.04

agora eu quero ficar muda.
agora eu quero ficar muda.
dia chuvoso. modorrento. desses que, a princípio, eu não queria que existisse. as pessoas tem problemas. eu também. e se elas ficam caladas olhando com cara feia, eu não tenho como saber o que fazer. detesto cara feia e mudez. a mudez me deixa absolutamente irritada e nervosa. não sei o que fazer.d esando a falar bobagens. a mudez não comunica nada, só uma vontade imensa de se isolar. e se a pessoa quer se isolar, melhor deixar entonces. resolver que eu não me meto mais mesmo.
fim de semana light e família... bem gostoso, por sinal...

26.11.04

hegel. e simulados. e pop. e política. e direito. e economia. e trabalho. e folder. e marca. e amigos. e família...

sei não, mas acho que mais um pouco eu entro em curto circuito
dormir vez em quando é a nelhor coisa que poderia acontecer a uma pessoa...

25.11.04

tem dias que as coisas parecem se encaixar de uma maneira tão torta...
sair com os amigos. ver no chão mesmo, na escada, um documentário sobre o lula (perceber que eu adoro esse cara). ficar com dó de não ver o segundo, mas ter muita fome e muita dor nas costas. ir pro odisséia porque ando com menor concentração pra estudar mesmo. beber mais do que eu deveria beber, por absoluta inércia (os chopps aparentemente surgiam na minha mão). dançar qualquer bobagem que tocava. lembrar como é divertido brincar de glam e punk. rir das bobagens do amigo, mas ficar realmente chateada. como assim alguém não gostou de má educação? ainda por cima foi moralista, reclamando dos pentelhos do gael aparecendo. se sentiu ameaçado, deve ser. todas as mulheres do cinema ficam nervosas naquela cena. dançar mais um pouco. conhecer mais gente. sair mais tarde do que devia. ficar conversando até mais tarde ainda. dormir o sono dos justos. acordar ainda um pouco bêbada e pensar que eu já passei da idade pra fazer isso. que eu deveria ser mais séria...

24.11.04

o calor do verão ainda não chegou no rio. ias frescos e com sol. parece até a tal primavera. tô achando ótimo. não suo tanto e tem essa luz do sol que me deixa mais feliz. ser feliz não é uma coisa das mais simples. como dizem, sou meio ciclotímica. o dia mais lindo do mundo se transforma de repente no pior deles ao mudar um sinal. e na verdade é tudo um medo maior que eu. e que eu acordo todo dia pra enfrentar... e se não der certo? mudando tudo, tanto, o tempo todo, vez em quando eu devia fincar raízes...
eu ainda estou cansada. e hoje tem coisa pra fazer quando sair daqui. ontem na aula eu mal sabia o que acontecia. e acho que passei da idade de sair de noite. devia me contentar com minha idade e dormir quando chegasse em casa do trabalho. dormir. isso. dormir é bom...
ontem eu perdi meu casaco predileto. tá certo que ele tava velho, manchado... mas era amarelo e de toalhinha. e eu adorava ele. tão quentinho...

23.11.04

o computador acaba de corromper o arquivo do presente que eu tava fazendo pra minha amiga. ele tava quase pronto. ódio.
o lançamento de livro era muito mais que isso. e foi muito divertido. fora as cachaças a mais que eu tomei (daqui a pouco vou pro AA...), a noite foi ótima. pela lógica, depois de um lançamento de um livro sobre a lapa, fomos pro capela. falando muitas bobagens. e foi muito divertida a noite. conhecer gente sempre me diverte.

o livro lançado fala sobre a juventude do luis martins na lapa. lapa dos anos 30, que os anos não trazem mais. a menina, meio desinformada, vira na lata, pra senhora que vendia os livros que queria ter vivido naquela época, nos anos 50. desconhecimento de história e da lapa, vá lá. mas nem ler a contracapa...
sono. muito sono. nem sei que horas terminei minha noite ontem. nem sei como ela terminou. ainda tá meio em aberto. dia desses de repente ela termina. que essa estória veio em muitos capítulos...

22.11.04

ontem vi uma entrevista com o príncipe william na tv. foi o que alegrou o meu dia, acredita? uma bobagem sem tamanho, mas...
mentira que foi tudo cinza. fui ver má educação. é almodovar. é maravilhoso. mas não é engraçadinho. ou light. ou um filme que te deixa leve. é um filme pesado. é um filme bem pesado. saí do filme com um gosto amargo. mas o filme é muito bom. muito bem filmado. o gael é lindo (o almodovar sempre teve bom gosto, muito bom gosto), nem vestido de mulher ele fica feio. tá certo que tem umas cenas meio assim fortes, mas...
quero livros. muitos livros. e roupas. e sapatos... ando com desejos consumistas... deve ser alguma válvula de escape...
os dias andam cinza, cinza... pena que meu humor tem acompanhado...

19.11.04

quero um fim de semana calmo. cinema, estudar, no máximo um chopp. estourando.
ligando pro meu pai, ele atende e fala: acho que você vai perder seu pai, minha filha. recuperada do susto, pergunto o que aconteceu. ele responde, já mais calmo, que o mesmo de antes. quer dizer, nada demais. ele só é um tanto ou quanto dramático. e eu tive de segurar um pouco a onda dele no telefone. imagina que os exames dizem que ele está ótimo, mas ele sabe que ele tem alguma coisa, os médicos é que não descobrem...
bom, acho que com uns sustos nas últimas semanas, eu meio que reaprendi a levar as coisas mais leve. bem leve. que cansei de ter peso nas costas.

18.11.04

minha pobre mãe, enquanto eu me divertia horrores, teve de sair com meu tio. ainda bem que paula ligou. se eu tivesse sobrado nessa, era possível não sobrar tio.
ontem fui no carioca da gema. gastei mais dinheiro do que queria, mas foi uma noite bem divertida. dancei mais do que tenho dançado. e isso plena quarta feira. me fez um bem...

das cenas divertidas, incluindo a fauna do local (meu deus, de onde saiu tanto gringo e engravatado, me explica...), a melhor era o pobre garçom, que limpava a mesa de minuto em minuto. nem um cigarro era aceso até o fim antes de ele trocar o cinzeiro. fiquei com dó, mas achei graça. tava parecendo um caso de toc (trantorno obsessivo compulsivo), algo como a mesa não pode ficar suja... mas acho que era só ordens da casa. todas as mesas estavam impecáveis toda a noite.

17.11.04

amanhã tem homenagem ao meu avô na academia. cinco e meia eu tenho de estar lá. combinei com minha avó. passarei o dia embecada no trabalho. ixpetáculo...

16.11.04

sábado sai, dancei e me diverti. domingo e segunda li e fiquei de bode em casa. menor vontade de ver gente, sabe?
como diz minha amiga roberta, o mundo é estranho... vindo pra cá, parada na esquina esperando o sinal abrir, sinto alguém pondo a mão na minha bolsa. viro pronta pra ter um ataque, era uma senhora, doida com certeza, que me explicava que a bolsa tava amarrotando meu casaco. eu disse ok. ela continuou tentando ajeitar. eu andei mais rápido. ela foi atrás pra me explicar. eu dei um berro. minha mãe reclamou que eu berrei no meio da rua. tá. eu sei que foi exagerado. mas não era ela que estava sendo perseguida pela velha louca ensinando a carregar bolsas sem amarrotar casacos...

12.11.04

Liberdade
Fernando Pessoa

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
depois de ontem, quando escrevinhei mais do que devia, hoje eu achei que nem ia entrar aqui.... mas a verdade é que nessas horas escrever é mais forte que eu. mais forte que qualquer coisa, é uma necessidade quase orgânica. como se a cada letra posta no papel sumisse um pouco da ansiedade, da tristeza, da confusão de sentimentos dos meus últimos dias. escrevendo o mundo fica cor de rosa (quase. escrevendo eu sigo adiante...

11.11.04

essa música tem estorinha diferente. eu só me identifico com ela. o que eu não acho que seja anormal. mas que no meu caso é tão real, tão na pele que me deixa nervosa vez em quando...
Senhas (1992)
Adriana Calcanhotto

Eu não gosto do bom gosto
Eu não gosto do bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto
Eu aguento até rigores
Eu não tenho pena dos traídos
Eu hospedo infratores e banidos
Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
Eu não gosto de maus tratos
Mas o que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto do bom senso
Eu não gosto dos modos
Não gosto
Eu aguento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas
Mas o que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto do bom senso
Eu não gosto dos modos
Não gosto
Eu aguento até os estetas
Eu não julgo a competência
Eu não ligo para etiqueta
Eu aplaudo rebeldias
Eu respeito tiranias
Eu compreendo piedades
Eu não condeno mentiras
Eu não condeno vaidades
Mas o que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto do bom senso
Eu não gosto dos modos
Não gosto
Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem…
eu brinquei de trocar o nome do blog. ainda não sei se o nome novo fica. quem quiser dar opinião, é muito bem vindo...

a título de curiosidade, branca por cruza é o seguinte: quando eu nasci, branca e loura, meu avô olhou e disse duas coisas. a primeira era que minha mãe tinha sido incubadora, porque eu era a cara do pai. a segunda, que eu tinha nascido branca por cruza, que na família não tinha nenhum branco azedo assim que ele lembrasse...
o blogger tá de sacanagem com a ordem dos posts. vou tentar consertar...

update: descobri a brincadeira... consertei as horas. e tudo deu certo...
Fico Assim Sem Você
Claudinho e Buchecha

Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola. Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho,Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço, namoro sem abraço
Sou eu assim sem você

To louco pra te ver chegar
To louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço, retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

Neném sem chupeta, Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada, queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por que?
eu ontem tava inspirada e musical, se me permitem. e como não quero falar muito, pra não me confundir (vez em quando eu falo tanto, ams tanto que eu nem lembro mais qual era o assunto, sabe como?). sendo assim, as músicas que eu ouvi ou lembrei vão aqui. eu ponho o que eu tava cantando, não é melhor do que usar isso como confessionário? até porque eu acho que nunca entrei num confessionário na vida pra saber como é...
Baioque
Chico Buarque/1972
Para o filme Quando o carnaval chegar de Cacá Diegues

Quando eu canto
Que se cuide
Quem não for meu irmão
O meu canto
Punhalada
Não conhece o perdão
Quando eu rio

Quando eu rio
Rio seco
Como é seco o sertão
Meu sorriso
É uma fenda
Escavada no chão
Quando eu choro

Quando choro
É uma enchente
Surpreendendo o verão
É o inverno
De repente
Inundando o sertão
Quando eu amo

Quando amo
Eu devoro
Todo o meu coração
Eu odeio
Eu adoro
Numa mesma oração
Quando eu canto

Mamie, não quero seguir
Definhando sol a sol
Me leva daqui
Eu quero partir
Requebrando um rock and roll
Nem quero saber
Como se dança o baião
Eu quero ligar
Eu quero um lugar
Ao som de Ipanema, cinema e televisão
hoje, procurando essa letra, me toquei de uma coisa. o filme quando o carnaval chegar não é muito bom. mas eu gosto de absolutamente todas as músicas da trilha. tá certo, é do chico. mas são músicas do chico que eu bem gosto. eu lembro de, adolescente, ficar sentada no chão ouvindo esse vinil. e deitar, olhando pro teto, pensando em sabe-se lá quem. e achar que o chico tava lindo no filme. e que a nara tinha uma voz que me encantava. e que eu adorava a bethânia naquela moto, entrando pela casa. e que apesar de eu saber que o filme não era bom, eu adorava ele...
Cadê você (Leila XIV)
João Donato/Chico Buarque/1987
Para o filme Quando o carnaval chegar de Cacá Diegues

Me dê noticia de você
Eu gosto um pouco de chorar
A gente quase não se vê
Me deu vontade de lembrar

Me leve um pouco com você
Eu gosto de qualquer lugar
A gente pode se entender
E não saber o que falar

Seria um acontecimento
Mas lógico que você some
No dia em que o seu pensamento
Me chamou

Eu chamo o seu apartamento
Não mora ninguém com esse nome
Que linda a cantiga do vento
Já passou

A gente quase não se vê
Eu só queria me lembrar
Me dê noticia de você
Me deu vontade de voltar
o arafat morreu. até aí, nem sei se é notícia (vamos ser sinceros, ele já saiu meio morto da palestina, foi pra paris pra ver se morrendo fora dava menos xabu). o que tá me deixando com a pulga atrás da orelha é como vai ser daqui pra frente. eu sei que tem gente que vai dizer que continua tudo igual. mas a figura dele era uma figura de união. ele tinha um lado de estadista, que ele assumiu depois que desistiu do lado terrorista (não deixa de ser irônico ele ir pra frança se tratar. quando era pequena, lembro dos avisos no metrô de paris contra os terroristas, do medo eterno dos árabes, herança de munique, talvez). sei lá, acho que estou tergiversando por aqui. mas tô curiosa pra saber o que sai desse saco de gatos que é a palestina depois do arafat...
saída ontem com amigas. tava precisando disso. bebi e fumei mais do que devia. ainda não sei o que faço com a conversa de segunda. ainda não sei o que eu tenho no tal ultrassom. mas a vida já tá mais feliz...

9.11.04

exames infernais. parece que tenho de ficar de repouso. parece que eu tô pagando pela boca. sempre pedi um diazinho de repouso. deus ouviu e vai me dar vários. mas não quero pôr o carro na frente dos bois. vou esperar o médico me ligar, que eu deixei os exames com ele, pra saber o que fazer. até lá, não paro de fazer nada. até tô animada com os estudos...
minha restituição saiu! ela existe!
Uma Didática da Invenção
Manoel de Barros

I
Para apalpar as intimidades do mundo é preciso saber:
a) Que o esplendor da manhã não se abre com
faca
b) 0 modo como as violetas preparam o dia
para morrer
c) Por que é que as borboletas de tarjas
vermelhas têm devoção por túmulos
d) Se o homem que toca de tarde sua existência
num fagote, tem salvação
e) Que um rio que flui entre 2 jacintos carrega
mais ternura que um rio que flui entre 2
lagartos
f) Como pegar na voz de um peixe
g) Qual o lado da noite que umedece primeiro.
Etc.
etc.
etc.
Desaprender 8 horas por dia ensina os princípios.

IV
No Tratado das Grandezas do Ínfimo estava
escrito:
Poesia é quando a tarde está competente para
Dálias.
É quando
Ao lado de um pardal o dia dorme antes.
Quando o homem faz sua primeira lagartixa
É quando um trevo assume a noite
E um sapo engole as auroras

IX
Para entrar em estado de árvore é preciso
partir de um torpor animal de lagarto às
3 horas da tarde, no mês de agosto.
Em 2 anos a inércia e o mato vão crescer
em nossa boca.
Sofreremos alguma decomposição lírica até
o mato sair na voz.

Hoje eu desenho o cheiro das árvores.

IX
O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa
era a imagem de um vidro mole que fazia uma
volta atrás de casa.
Passou um homem depois e disse: Essa volta
que o rio faz por trás de sua casa se chama
enseada.
Não era mais a imagem de uma cobra de vidro
que fazia uma volta atrás de casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem.








Citizenship on Delivery


Extending a legal and social program for people with disabilities in Rio de Janeiro, by setting up a mobile office capable of reaching communities without access to it.

Theme: Human Rights
Location: Brazil Need: $66,500


Give Now

8.11.04

nada pra escrever, na verdade. a sensação de cansaço tem me derrotado na hora de escrever. simplesmente não lembro o que parecia interessante minutos atrás. a idéia desaparece no ar. provavelmente junto com os nomes das pessoas. um dia vou precisar voltar pra análise pra resolver isso. não tem jeito de eu decorar um nome, algo impressionante...
eu acho que cansei do meu trabalho. os planos para o futuro me parecem tão mais interessantes...

3.11.04

segunda, tinha um exame de sangue infernal pra fazer. tinha de tirar o sangue, comer massa, doce e fruta, voltar lá duas horas depois e tirar o sangue de novo. ixpetáculo. quero ver depois disso se nada aparecer nos exames...
minto que fiquei em casa todos os dias. fui à praia domingo. dia lindo, praia linda. água fria, sol quente. protetor, pra proteger minha brancura, chapéu, só pra acharem graça de mim. minha amiga sugeriu que eu ficasse sem o chapéu... tadinha. não lembra mais da minha cara roxa de sol. essa relação minha com sol é de amor e ódio. adoro sair no sol, ir na piscina ou na praia. mas sei que não posso me descuidar de jeito algum. a pena é pele vermelha (por mais que só por um ou dois dias), coçando, queimaduras, insolação... demorei, mas aprendi...
angústia é coisa que dá e passa, espero.
não estudei, não descansei, mal trabalhei. a ansiedade, que por tempos ficou em segundo plano, me atacou de jeito. ela vai comendo por dentro, sabe? tudo fica meio errado, e não sei precisar o porque. é como se nada tivesse saída...

29.10.04

todo um projeto pronto. chega hoje e me avisam que vai ter de ser realizado com um papel reciclado feito por sei lá quem. tudo vai pro lixo. e tem de ser entregue (já refeito e pronto) quarta. e eu nem fiquei chateada com isso. devo estar tomando um calmante escondida de mim mesma.
tomar vergonha na cara, sentar e estudar. são meus planos pro fim de semana. sábado volto a ter aulas o dia todo. chego em casa, e me dou ao direito de descansar o resto do dia. mas domingo, acordo e estudo. segunda, faço o exame, almoço e vou mergulhar nos arquivos do meu avô. terça, sento e escrevo as fichas e o texto da monografia no computador. quarta, chego do trabalho e continuo os fichamentos. quinta, o mesmo. não posso parar de estudar por esses dias. só me dou de descanso, daqui pra diante, as tardes e noites de sábado. e está muito bom, quer saber?
vez em quando a gente acha que enterrou um assunto. mas ele não quer ser enterrado. daí a gente faz o que?

28.10.04

estou torcendo pelo kerry. bem muito. será que a gente consegue alguma coisa com o poder do pensamento? já andaram sumindo votos na flórida, só pra provar que observadores internacionais são um mínimo na terra do tio sam pras eleições saírem minimamente corretas... prova de que o tal do poder realmente é corruptor. confesso que meu lado espírito de porco bem ia gostar de ter algum problema. uma nova eleição. pessoas presas por corrupção. porque, no fundo, a diferença maior daqui sempre vai ser a tal da impunidade. enquanto uns vão presos sem direito a sair por rinhas de galo ou orubar mariolas, outros, por muito mais só dão um por fora e fica tudo certo. e não se fala mais nisso...
sinceramente, achei muita graça do duda mendonça preso. achei mesmo. mas essa caça às bruxas é ridícula. eu, que bem gosto de ver uma tourada, ia estar sendo hipócrita, no mínimo, ao falar mal de rinhas de galo. aliás, quem proibiu as tais foi o louco do jânio (ou alguém chama ele de outra coisa?). óbvio que ele estava contra a lei. mas ele não matou. ele não roubou. nada moralmente condenável, até onde eu saiba...
tem dias que eu me pego desejando o que não devia mais desejar. de repente é verdade, a gente não sabe o lugar certo de colocar o desejo...
médico. batalhão de exames. eu nem sou hipocondríaca, imagina. mas segunda eu faço os exames. tem de fazer, depois comer a singela refeição de um prato de massa, frutas (no plural) e um doce e tirar sangue de novo... se eu sobreviver, eu conto...
quase dois dias sem internet. na frente de um computador e sem internet. quase deu pra cortar os pulsos...

26.10.04

José
Carlos Drummond de Andrade

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

quero colo, pode?
ando matando as aulas de segunda. não dianta. detesto o professor. mas acho que vou tomar vergonha na cara, assistir as aulas e entregar esse trabalho logo. pra poder me formar. pra ter esse treco desse diploma de pós. pra que ainda não sei.
a gente vai e pensa que tudo está certo, tudo está resolvido. mas a verdade é que nunca está.
as coisas mudam de repente, ou voltam pro mesmo ponto e pegam a gente assim, meio desavisado, sem saber o que fazer, por mais que a gente finja que sabe exatamente o que fazer. e fingir vai virando um hábito. quase como acordar de manhã. a gente se acostumou a não pensar mais naquilo. afinal, foi resolvido. mas e se tudo pudesse ser diferente? e se as coisas tivessem acontecido de outro jeito? se o mundo fosse cor de rosa, a gente ficava mais feliz no final?

pior que acho que não... os ses iam continuar nos assombrando. a gente ainda ia se achar fingindo alguma coisa que não ia saber bem definir. quer dizer, pelo menos eu tenho a consciência de ser assim. e acho que faz parte da natureza humana, a tal da insatisfação. vem com a tal da curiosidade, acho. ou é só um vício meu. não sei de nada hoje...

25.10.04

achei impressionante o tamanho da rinha de galos onde o duda mendonça foi preso (fora a cara de pau dele e do babu, mas isso é outra história). eram 300 pessoas. 100 galos. e o lugar parecia uma boate, todo arrumado. a gente imagina uma rinha num galpão clandestino caindo aos pedaços. não num lugar tão chique... não dando um carro pro galo ganhador.
as daminhas brincavam com os cupins na luz no meio da cerimônia. todas enfeitadas e correndo atrás dos bichinhos, eu, que não consigo resistir, entrei na brincadeira apontando onde eles estavam (afinal, quase não fui pro meu lugar com medo da vespa). a outra madrinha me deu uma bronca depois... tá, foi merecida, eu sei. mas quem ia impedir quatro crianças de brincar com insetos?
fiz penteado pro casamento. um ixpetáculo eu tava, de cachos no cabelo (tá certo que eles foram sumindo, não importou a quantidade de laquê que a moça passou). sapatos comprados no sábado mesmo, já que o sapateiro não abriu e meu sapato tava por lá. vestido com as costas livres, alças cor de rosa cruzadas. de florzinha, na altura do joelho. confesso que, apesar de achar um saco me arrumar, adoro o produto final. adoro me olhar no espelho e me achar linda...
sexta teve aniversário da avó. de pé desde as 7 pra arrumar tudo (disso que vale trabalhar par tia, pude tirar o dia de folga pra ajudar na arrumação). meio dia, os velhinhos, como chama minha tia, começaram a chegar. uma e meia o almoço tava na mesa. muita comida. cabrito, bacalhau, vatapá, rosbife, arroz de brócolis, arroz com feijão verde, espinafre, farofa, batata, alho poró, salada (essa nem foi tocada), empadinhas, beiju, baba au rum, baltazar, toicinho do céu, bom bocado, pudim de claras, ambrosia... por volta das 5 todos saíram e minha vó foi dormir. 5 e meia chega outro amigo dela com a mulher. fazendo sala mais um tempo. saí de lá quase as 8, pra pegar uma bolsa emprestada pra ir ao casamento. cheguei em casa as 11. direto pra cama. de manhã, ainda tinha de arranjar um sapato pra brincar de madrinha... minha vó tava feliz. bom isso. ela tava realmente muito feliz com a festa toda e todos ao redor dela...
sábado, g casou. tava feliz, feliz... achei muito chique brincar de madrinha. achei muito chique o casamento. a casa era linda. a mãe da noiva chorava. todos foram muito arrumados. os insetos tentaram roubar o show, mas nem conseguiram. quer dizer, eu sei que é um casamento meio padrão. mas eu não costumo ir a muitos casamentos. inda mais de madrinha (foi a primeira vez, a bem da verdade). é estranho, mas a gente se sente fazendo parte. e a festa foi divertida. dancei bastante. bem muito com a noiva. saí de lá cedo, dormi cedo e muito, muito cansada...

20.10.04

quero colo. quero dormir. não quero mais trabalhar. quero estudar e dormir. estudar e dormir.
saiu ontem um pé de página falando que o sni, ainda nos dias de governo fh, investigava os partidos de esquerda. veja bem, uma nota que fala que o governo investigava e boicotava os partidos de oposição saiu como um simples pé de página. como se não fosse importante, fosse só um caso de curiosidade. depois o psdb vem falar de ética. o fh vem fazer pose de homem íntegro e cioso de suas responsabilidades.
sair pra beber com amigas é garantia de risadas. plena terça a notie e fazia tempo que eu não me divertia tanto. os sebozoz postizos foram uma vontade, que eu tive que segurar, não havia jeito de acordar hoje indo pra um show que estava marcado pra começar as 10...

19.10.04

meu irmão anda angustiado com a vitória provável do bush. do serra. do césar maia. uma vitória da direita, um fim das idéias que a gente considera interessantes. de liberdade. de igualdade. mas acho que principalmente da tal liberdade. agora tem hora pra fechar bar. hora pra rezar (essa é importante. nenhum deles abriu mão disso, o serra até andou falando umas bobagens contra os homossexuais por aí...). hora pra tudo que você imaginar. é impossibilitada a curiosidade. ela é perigosa. muito. faz a gente querer saber mais sobre o que está acontecendo. faz as pessoas questionarem. e quem questiona não obedece. e obedecer é só o que se pode com a nova ordem que está se instalando.

eu sempre fui péssima em obedecer (respondona era o mínimo que eu ouvia quando eu era pequena). péssima em não questionar. péssima pra ter horas. não nasci pra isso não. tô procurando algum lugar onde ainda exista a tal da esquerda libertária pra poder me esconder...
cismei de fazer um livro de cozinha pra minha amiga noiva. tá dando mais trabalho do que eu previa. e como outra amiga previu, não fica pronto pra sábado de jeito nenhum...
a alergia tem me deixado cansada. mas não tem roubado meu bom humor.... bom isso
tem aniversário da minha vó na sexta. 80 anos. vai se fazer um almoço frugal. um pequeno cabrito. um bacalhau com natas. um vatapá. um rosbife. tudo com acompanhamento, claro. suspeito de farofa, banana frita, arroz com brócolis, salada verde. mas ainda são conjecturas por que não se sabe se o rosbife é simple sou en croute. de sobremesa, balthasar, bombocado, toucinho do céu, pudim de claras. de entrada, empadinhas. vinho, cerveja e refrigerantes para ajudar a descer...

trabalho? nem antes, nem depois. o almoço começa meio dia. sabe-se lá que horas termina. algo muito sério, não é todo dia que dona nazareth faz 80 anos. e convida os amigos pra ir em sua casa (sim, vão os amigos dela e a família, coisa pouca, um almoço pra 50 talheres...)

15.10.04

resolvi trocar o horário das aulas. nenhuma capacidade de acordar todo sábado as 6 da manhã. aulas sábado, agora, só a partir do meio dia. e o mundo fica mais feliz e cor de rosa assim.
fazer cabelo é algo que eu nunca gostei. gosto de cortar. e me olhar completamente diferente no espelho. sempre é interessante. quando eu raspei a parte mais chata foi crescer, porque fica igual muito tempo. escova nunca fez parte das minhas peruices. muito menos maquiagem. percebi que preciso fazer essas coisas pro tal casamento. tomar coragem e marcar hora no cabeleireiro.
menor vontade de me arrumar. quero entrar na casca. pode?

14.10.04

descobri um drink novo na cademia da cachaça. bem gostei, apesar de ficar mais bebada do que queria. cubos de suco. congelados, como cubos de gelo. completam o copo com cachaça. açúcar na bordinha. fica bom. só que sobe rápido. e serviu preu dormir feito um bebê, coisa que tem sido cada dia mais rara.
fui ver a dona da história. não tava esperando nada. e bem me diverti. só de ver rodrigo santoro fazendo serenata... e devo confessar, quero muito a trilha sonora.
tô deprê. cansada. quero deitar e dormir. só de pensar em tudo que eu preciso fazer nas próximas semans me canso...

8.10.04


entrando em fase egotrip, achei minhas fotos ainda bebê. como é egotrip, nem tem explicação...
 Posted by Hello

olha só: eu era loirinha. gordinha. risonha. verdadeiro bebê johnson.  Posted by Hello
comprei um all star lindo, lindo. todo impresso com hqs... a minha cara.
no ônibus, voltando pra casa, na altura da farani, olho pro lado e vejo o cartaz que anuncia todos os serviços do lugar:

tarô
dança do ventre
tai chi chuan
psicologia
mapa astral
yoga
raiki

parece até jogo dos 7 erros...
preciso achar um vestido. e tem de ser bonito, já que serei madrinha do casamento... confesso que não ando com menor vontade de sair às compras...
acabei de ler uma ótima notícia (pra mim, pelo menos). kraftwerk vem ao rio. em novembro. o problema é o preço, 80 erral 9com a carteirinha 40...). mas pra ver eles de novo eu pago quanto pedirem. vou me programando desde já, pra poder ir com calma...

7.10.04

cada estorinha que me aparece...
o cara aparece aqui pedindo pra usar o telefone. diz que tem uma hora as 3 com a chefe. são 11:30h. um pouco cedo. explica que bateu o carro, precisa do telefone pra ligar pro trabalho. claro que pode usar o telefone. isto posto, avisa que volta as 3 pra reunião. e pede, como quem não quer nada, 50 reais pra resolver um problema pro secretário. como assim? essa eu juro que não entendi. eu também quero 50 reais pra resolver uns problemas. se ainda fosse dinheiro pra pegar um taxi, um ônibus pra chegar no trabalho e pegar as coisas dele...
ia ontem ver uns amigos. mas dormi. a insônia que tive na terça cobrou a dívida. cheguei em casa cedo. sentei pra ver tv. e dormi.
s passou na portaria. deixou o livro. não pegou o convite (essa eu me esforcei, mas não entendi. fora meu mau humor protocolar, ele fazia parte da lista de convidados). e me deixou mais um livro de presente. maiakovski. poesias traduzidas pelos irmãos campos. adorei o livro. fiquei calada a manhã toda. e não sei o que fazer com a situação. perdida, perdida...

6.10.04

...
I Wanna Be Sedated
Ramones

Twenty-twenty-twenty four hours to go
I wanna be sedated
Nothin' to do and no where to go-o-oh
I wanna be sedated
Just get me to the airport put me on a plane
Hurry hurry hurry before I go insane
I can't control my fingers I can't control my brain
Oh no no no no no
Twenty-twenty-twenty four hours to go....
Just put me in a wheelchair and put me on a plane
Hurry hurry hurry before I go insane
I can't control my fingers I can't control my brain
Oh no no no no no
Twenty-twenty-twenty four hours to go I wanna be sedated
Nothin' to do and no where to go-o-o I wanna be sedated
Just put me in a wheelchair get me to the show
Hurry hurry hurry before I go loco
I can't control my fingers I can't control my toes
Oh no no no no no
Twenty-twenty-twenty four hours to go...
Just put me in a wheelchair...
Ba-ba-bamp-ba ba-ba-ba-bamp-ba I wanna be sedated
Ba-ba-bamp-ba ba-ba-ba-bamp-ba I wanna be sedated
Ba-ba-bamp-ba ba-ba-ba-bamp-ba I wanna be sedated
Ba-ba-bamp-ba ba-ba-ba-bamp-ba I wanna be sedated
Verdade
Zeca Pagodinho

Descobri que te amo demais
Descobri em você minha paz
Descobri sem querer a vida
Verdade

Pra ganhar seu amor fiz mandinga
Fui a ginga de um bom capoeira
Dei rasteira na sua emoção
Com o seu coração fiz zoeira
Fui a beira de um rio e voltei
Uma ceia com pão, vinho e flor
Uma luz para guiar sua estrada
A entrega perfeita do amor
Verdade!

Descobri que te amo demais
Descobri em você minha paz
Descobri sem querer a vida
Verdade

Como negar essa linda emoção?
Que tanto bem fez pro meu coração?
Pra minha paixão adormecida?
Teu amor meu amor incendeia
Nossa cama parece uma teia
Teu olhar uma luz que clareia
Meu caminho tal qual lua cheia
Eu nem posso pensar te perder
Ai de mim esse amor terminar
Sem você minha felicidade
Morreria de tanto penar
Verdade!
a aula ontem foi divertida. acaba cedo. isso é bom. eu não ando com muita paciência pra ter aulas nessa pós, confesso.
ontem tive insônia. e - confesso - assisti mtv pra ver se dormia (apesar de, como me informou meu irmão, estar fora do demo deles faz 3 anos). passava ininterruptamente o tal do vmb. eu, na condição de insone-mauhumorada, tenho alguns comentários a fazer...
  • antes de mais nada, detestei o Yuka. ele surtou de vez. não tá lidando bem com ser cadeirante, chega a ser problemático pra quem trabalha em movimento ver aquilo. ainda por cima, todo paramentado de comunista na mtv. será que ele não percebe a contradição?
  • o vestido da cicarelli. ela pode ser linda. como disse meu irmão, o ronaldinho é muito sortudo. mas aquele vestido... nem ela pode usar. nem o corpo dela fica bonito ali.
  • no quesito roupa, a do otto era pior, tenho de dar o braço a torcer. ainda não entendi o que era aquilo.
  • o som pifou o caetano deu um chilique. mais do que justificável o chilique, aliás. eu tinha feito pior.
  • o que era o prêmio? ainda não entendi o que ele representava. a preta gil sugeriu que era a espada do heman.
  • o marcos mion estava bronzeado. uma cor de cobre esquisita. aliás, como notou tiago, bronzeou até as palmas das mãos. e tava com um terninho de cetim branco e boné...
  • ainda não entendi as diferenciações deles entre pop, rock e mpb. de repente é só a vontade na hora que vai dando...
  • pra não dizer que eu só falei mal... adorei o número de abertura. achei muito bonito, com os violões, os cellos e o maracatu... e gostei do zeca pagodinho com as backing vocals de luxo. puseram um rap no meio, mas isso nem era o que interessa...

5.10.04

Totalmente Demais
Arnando Brandão, Tavinho Paes E Robério Rafael

Linda como um neném
Que sexo tem, que sexo tem?
Namora sempre com gay
Que nexo faz tão sexy gay

Rock´n´roll?
Pra ela é jazz
Já transou
Hi-life, society
Bancando o jogo alto

Totalmente demais, demais

Esperta como ninguém
Só vai na boa
Só se dá bem
Na lua cheia tá doida
Apaixonada, não sei por quem

Agitou um broto a mais
Nem pensou
Curtiu, já foi,
Foi só pra relaxar

Totalmente demais, demais

Sabe sempre quem tem
Faz avião, só se dá bem
Se pensa que tem problema
Não tem problema
Faz sexo bem

Totalmente demais, demais
g pediu preu entregar os convites do seu casamento. entreguei pra n, f, m, c, l, p... tudo certo. s, com quem eu evito falar, e que eu sabia operado e na casa dos pais, mandei um mail. me disse que já tava melhor, que ia buscar o convite na minha portaria. me disse inclusive que deixaria meu livro de volta, livro que eu já tinha dado por perdido. como diz minha amiga roberta, você foi buscar o convite? nem ele. o porteiro ontem deve ter me achado enlouquecida, porque veio perguntar o que fazia com o convite, e eu disse pra ele pra esperar. no dia que o dono quiser, vem buscar, mas não era problema mais meu. e nem dele.
cesar maia foi eleito no primeiro turno. como resultado, minha rua, que estava sendo recapeada, ficou só fresada mesmo. o piche que eles tavam pondo, que é de má qualidade, mas pelo menos cobria a rua, ficou pra próxima eleição, acho.
meu irmão anda prolixo. tão prolixo que se deu mais um blog.
escrever a monografia tem sido um pequeno parto para mim. nada sai direito. nada sai como eu quero. na verdade, ando me sentindo muito pouco animada a isso. arranjei outra meta na vida, e essa parece muito menor vista desse jeito. mas eu me comprometi a terminar isso. e vou terminar. de qualquer jeito. já tenho tema, orientador... é só sentar a bunda, ler e escrever. ai...

4.10.04

eu queria estar mais social. mas a verdade é que eu tive overdose de ser social. agora quero me esconder de volta no meu bom e velho buraco. dormir muito e ler. e escrever, que meu segundo texto pro orientador ainda não saiu, caramba.
depois de Hero, queria ver os outros filmes que tiago tinha programado, na mesma linha, digamos (ou foi o que entendi, minha cultira sino-nipônica não é muito evoluída). mas parece que esses filmes são todos no meio da tarde... é torcer pra entrar em cartaz, entonces...
fui ver Hero. um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos, sem a menor sombra de dúvida. aquela direção de arte me deixou sem ar. sem chão. fiquei absolutamente apaixonada. encantada. as cores, os movimentos, a quantidade de figurantes... tudo perfeito. e seguido de uma aula de história chinesa dada pelo meu irmão. me explicou em detalhes quem era o personagem do imperador... eu quero ver de novo. várias vezes.
dormi sábado de 10 as 10 de domingo. ainda quero dormir mais...

1.10.04


o jogador de futebol com o filho, oficialmente a criança mais linda que eu já vi. muito dada, se jogou no colo de todas que chamaram. e esse biscoito daí? me deu na boca, rindo demais da graça de dar comida pro adulto... Posted by Hello
isso daqui posta textos também, é isso? Posted by Hello

atletas e comissão técnica daqui voltando de atenas Posted by Hello

tenório, medalha de ouro no judô, todo prosa... Posted by Hello
ele morreu. estou profundamente triste. avedon era um ídolo na fotografia desde o primeiro ano da faculdade, quando pesquisei melhor o trabalho dele. sabia ver os outros como ninguém. vou sentir falta das fotos dele...
domingo tem eleições. faz tempo que não voto tão frustrada. vou torcer por um segundo turno. é o mínimo que essa cidade merecia. vou tentar votar no menos pior (a eleição tá meio que reduzida a isso por aqui) pra prefeito. pra vereador, eu tenho pensado em votar no eliomar mesmo. de repente dá a louca e voto no quik (é assim que se escreve?), pelo menos ele diz que pretende incentivar a vida noturna. e eu acho importante pra cidade...
hoje teve um café da manhã pros atletas paraolímpicos daqui que ganharam medalhas. muita gente. muita comida. e é muito legal tocar numa medalha de ouro, vai... eu confesso que meu lado que assiste esportes (eu ia falar desportista, mas seria uma verdade um tanto ou quanto elástica) ficou bem emocionado com as cenas dos atletas, com ver as medalhas. o filho de um dos jogadores de futebol é a criança mais linda. me conquistou para sempre. vou por foto dele também...
ontem fui no festival. só pra não dizer que não vi nada. vi leve meus olhos. bom o filme, nada demais, mas bom. meio deprê a história, bem verdade, algumas coisas ficam meio no ar, mas... sou daquelas que se diverte só por estar dentro da sala escura. nem a meia hora parada esperando a legenda eletrônica ser consertada estragou meu humor. ainda me permitiu ver a fila da sessão seguinte, de meia noite, composta 99, 99% de homens. devia ser o festival de filmes gay.

30.9.04

eu estou numa fase odeio cesar maia. quero que nosso alcaide tenha um ataque do coração, uma súbita vontade de se mudar pra bangladesh, sei lá. e quero que leve os garotinhos com ele. pra bem longe de mim distante. ando com muito medo da idéia de mais quatro anos dessa besta. ando muito triste com minha cidade. a estorinha dos arrastões, por exemplo. no vídeo existe polícia. eles simplesmente não fazem nada contra os assaltos, que acontecem na frente dos narizes deles. a polícia no rio é violenta, corrupta, inepta e ineficaz. por isso, não adianta existir mais policial que morador na zona sul. dá na mesma. eles não são capazes de realmente trazer a tranquilidade para a região. pior é a vaga sensação de impotência. ainda não sei em quem votar. mas tenho certeza de que será em algum candidato com um mínimo de poder de fogo contra a gangue. a esquerda anda um caco. mas não sei me desvincular da ideologia. devo ser romântica demais...
sono. muito sono. a cachorra cismou de desfazer minha cama e usar como ninho, nessa tal gravidez psicológica. eu, na condição de fresca com isso, tenho trocado o lençol da cama quase todo dia. sono, muito sono...
japonês com as maigas. cena muito mulherzinha. fofocas muito divertidas. uma vai casar. as outras querem casar. e faz muito tempo que eu não me sentia tão diferente. casar é algo tão estranho pra mim... ainda briquei, que no dia de casar eu vou de minissaia. ficaram de me cobrar. pode deixar que é verdade. se um dia eu surtar e resolver casar, faço questão da minissaia...

27.9.04

sei que, como dizem as amigas, sou imã de maluco. mas ando meio cansada disso. muito cansada disso. onde moram as pessoas normais?
aliás, cada diálogo de sábado me divertiu mais do que o outro. as pessoas estavam definitivamente inspiradas...
perto de duas da manhã de sábado, p vira pra mim e pra f e fala que é um homem sensível. seguiu-se longa explicação sobre amizade. que amigos de verdade não brigam nunca. ficou meio zangado com nossa resposta. falamos que amigos de verdade brigam. e muito. ou isto ou nenhuma das duas nunca teve amigos de verdade... porque relações muito próximas tendem a se esgarçar, sei lá... ele nega. falou que conhecia não sei quem a 12 anos e nunca tinha brigado. ainda tentei ser razoável, falando que 11 anos era o tempo que eu conhecia f, e que tenho amigas mais antigas. tenho amigas faz 18 anos. e amigas de verdade. que defendo com unhas e dentes. mas com quem eu brigo, se for necessário...
fiquei com dó de não ver catirina ontem. muita dó... será que acho a menina hoje ainda por essas terras?
ia esquecendo. ganhei sapatos novos no sábado. nada poderia me deixar mais nas nuvens. sapatos. lindos. salto baixinho, meio boneca, um preto e um vermelho. confortáveis. pena que hoje o pé tá inchado, eles não entram. que por mim eles não saiam mais do meu pé...
fim de semana cansativo. vou parar com essa brincadeira de sair de noite. simplesmente não aguento. dormi domingo, e eu deveria ter estudado. tá certo que era aniversário de amigo(s). e eu nem aguentei ir na festa dela, porque as outras duas festas me esgotaram (mas juro que tentei...). nos outros dois eu não podia deixar de ir. mas eu preciso estudar de verdade. e eu tenho estudado pouco. e na verdade, fora ir nas festas, eu fiquei trabalhando... acho que eu preciso é desse feriado. falta pouco, não é?

24.9.04

o filme da paixão segundo joão carlos martins me emocionou. a força daquele homem pra continuar me emocionou. a vontade de não parar. a música como paixão. senti falta de ter uma paixão assim na minha vida. algo que me faça continuar apesar de tudo, sempre. daquela forma, obstinadamente, sem sentir a dor, sem sentir o que stá ao redor...
uma da tarde no largo do machado. uma caixa de som toca uma gravação (ruim) da música...

risque
meu nome do seu caderno
que eu não mereço o inferno
do nosso amor flacassado

definitivamente divertido...
a gripe está ameaçando ir embora. isso me deixa profundamente feliz. e eu queria falar da exposição da minha amiga, que tá linda. do filme sobre o joão carlos martins, que é um desbunde. mas tudo entra em segundo plano cada vez que eu leio as declarações do garotinho sobre o lindberg. eu nunca fui fã do lindberg. mas o garotinho me faz ter uma enorme simpatia por qualquer um que seja contra ele. e a forma como ele falou me assunsta. jesus vai bater e matar em quem for contra o garotinho. isso é complicado. muito complicado. quer dizer, acho que nem sei mais. esse cara me aborrece. me deprime, me faz ter calafrios de pensar na capacidade dele de domar e convencer as multidões. espero que não consiga dessa vez. espero que ele não consiga mais. mas confesso que tenho medo. muito medo. e ainda não sei em quem votar no rio. que a esquerda dessa cidade me entristece. mas não há condições de votar no césar maia. nem no crivella. nem no conde. eu acredito em ideais, essa coisa meio ultrapassada...

22.9.04

do evento direto pro aniversário da princesa. dali pra casa. dormir. e ainda preciso dormir. mas tenho uma vernissage hoje de outra amiga. e amanhã tenho aula. e sexta eu tenho aniversário. e sábado dois aniversários. cansada. quero dormir. de repente mato aula amanhã.
organizar evento. um mês estressada com problemas em todo canto. toda atolada com trabalho, não bastasse os estudos que eu quero realmente fazer. não consegui nem ver presente pras minas amigas que fizeram aniversário. e por fazer questão de vê-las, consegui um resfriado...
mas ontem até que valeu a pena. o auditório encheu. os discursos foram curtos. o concerto foi lindo, lindo. o joão carlos martins estava muito emocionado. e eu me emocionei com as obras tocadas. e em ver pessoas que não estão acostumadas com música clássica se emocionando.
uma delas fez a frase da noite. me disse que o maestro devia ter misturado as composições com música moderna, porque ela não gosta de música clássica e estava adorando aquilo. moderno. o bach que estava sendo tocado. não, definitivamente não é moderno. é deliciosamente barroco. e tem algo em se ouvir um cravo tocando que sempre me agrada...

21.9.04

o dia, que tinha começado esquisito, com um sutien quebrando na hora que eu fui vestir, acabou muito bem. com elogio do orientador, batatinha entregando as camisetas a tempo, e, cereja do sundae, o ônibus que eu peguei pra ir pra casa, que normalmente para a 5 quadras da minha casa, virando na minha rua e me deixando na porta de casa. um táxi não era melhor.
meu orientador gostou do meu projeto. disse preu até baixar a bola, que posso fazer só um princípio do que eu tô pensando, pra deixar pra ampliar a história na hora de fazer um mestrado e doutorado. gostei. me senti bem com isso. fazer mestrado e doutorado sobre isso me soou muito bem. aliás, me soou muito bem eu fazer mestrado e doutorado. cada dia mais eu gosto de estudar e pesquisar. por mim fazia só isso.
g vai casar. e eu vou ser madrinha. confesso que nem sou assim uma fã de casamento, mas adoro ver minhas amigas felizes. e ela tá feliz com isso. e me pediu pra ajudar a entregar os convites. e eles estão muito bonitos. faço elogio público. porque sou amiga coruja (se é que isso existe). e sei que foi ela que fez. agora eu preciso achar algumas pessoas que não vejo a tempos pra entregar isso. e me livrar da saia justa de explicar porque não tem convite pra todo mundo...

20.9.04

o telefone toca. é o batatinha. sim, o nome do homem é batatinha. ele quer entregar uma encomenda para a ong na barra. com o detalhe de que a ong é no catete. ele insiste comigo que eu é que não sei onde eu trabalho. depois, insiste comigo que não vai me entregar o material. o material é doação de umas camisetas promocionais pra ong. já aborrecida, ligo pra transportadora. eles me dizem, de cara lavada, que quem errou o endereço foi a empresa que fez a doação. eu, já aborrecida, já quase desistindo, aviso que vou ligar pra empresa que fez a doação e resolver com eles. o cara me dá boa sorte. ligo pra empresa. a secretária geral resolve tudo em menos de meia hora. pra que o batatinha se estressou tanto, nem sei.
“Não vos hei de pedir pedindo, senão protestando e argumentando,
pois este é o direito e a razão de quem não pede favor, senão justiça.”
Pe. Antônio Vieira



Marcando a passagem do dia nacional de luta da pessoa com deficiência, convidamos para a apresentação do Maestro João Carlos Martins regendo a Camerata Bach.

A força de superação e o compromisso com a vida demonstrados por João Carlos Martins após a perda dos movimentos das mãos são exemplos singulares dos ideais do IBDD.

Dia 21 de setembro, às 18:30 h, no auditório do BNDES – Av. Chile, 100 – Centro – Rio


Maestro João Carlos Martins
Merck S.A.
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
IBDD - Instituto Brasileiro de Defesa de Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência

Entrada Franca
tudo aqui em festa. o povo do vôlei veio, saiu o ouro do tenório... mal parece um dia de trabalho, antes do tal evento de amanhã...
hoje meu lado tiete foi inteirinho posto pra fora. vieram aqui, pra visitar a ong, o tande, a adriana behar e a shelda. eu fiquei toda boba olhando eles. quase, quase pedi um autógrafo.

16.9.04

impressionante o número de amigos meus que tem feito reversário. de agosto pra cá, já perdi a conta. e continua assim até o final de novembro. o orkut me avisa que até dia 26, são pelo menos 6 pessoinhas...
alberto
foi morar na casa da noiva e não deu certo
alberto era bom demais

o resto da letra, não sei... e nem encontrei na web...
procurando um cep, me vem a resposta...

O logradouro prudente de moraes no est cadastrado na localidade Rio de Janeiro/RJ

então tá, né...

15.9.04

sonho de consumo: a alfaia de pelúcia tocada pelo comadre fulozinha. um ixpetáculo. só não era mais linda que o fred 04 cantando. eu sei que ele não é um exemplo de beleza, mas adoro ele tocando cavaquinho quase como se fosse guitarra. me fez feliz.
gripe. sinusite. dor de cabeça. dor nos olhos. isso aqui é miragem.

eu sabia que, tendo muito por fazer meu corpo pediria penico. tô assim desde domingo.

10.9.04

a namorada do meu primo é fotógrafa, ou algo que o valha, na áustria. significa que ela tirou umas fotos do trabalho dele aqui quando esteve no brasil. só que aparentemente ela não é muito boa. ou se é, disfarça bem. e ele tá me azucrinando pra escanear e usar esas fotos. juro que mais um pouco eu dou um tiro na criança...
no papel, terei um fim de semana, aliás, um resto de mês, movimentadíssimo. tem show, festa, aniversário, concerto de música clássica, lançamento de livro... veremos o que ganha, a rua ou a preguiça...

9.9.04

estou completamente viciada em monk. ontem só consegui ir dormir depois de ver o detetive desastrado lidar com o macaco. adoro o analista dele, a sharona, todos os coadjuvantes são excelentes escadas pro tony shaloub mostrar como ele é bom comediante. segurando o macaco ontem, apesar de todas as suas nóias, ele tava fantástico.
estou simplesmente boba com o casamento do futuro rei do brunei (achei que era príncipe, ams os jornais chamam de futuro rei). cheguei a uma conclusão. desse jeito, até eu quero casar. e topava até pegar o buque. tudo era feito de diamantes, meudeus. fiquei entre o maravilhada e o chocada...
meu cabelo está mais comprido do que eu tenho saco de arrumar. preciso tirar esses quistos ontem, pra cortar ele curtinho. ainda não decidi se vai raspado, joãozinho ou cuia...
esses dias fui tomada de um mau humor inenarrável. serviu pra alguma coisa. desandei a cozinhar como não fazia faz muito tempo. só besteira, claro. muito sorvete, um croque monsieur, uma batida. nada complicado, ams é sempre um começo. pro finde, se eu continuar inspirada, quero panquecas. doces e salgadas. e recheadas. posso me inspirar mais e fazer bolos pras aniversariantes. isso é bom. voltar a cozinhar. não entrava numa cozinha faz anos, e me faz um bem danado... alguém tem algum pedido?

8.9.04

mãe é o máximo... brinquei de mandar uns posts pra ela e só recebi elogios pelo meu brinquedo.
eu tenho problemas no meu relacionamento com dinheiro. sei que tinhe de ter resolvido isso melhor na análise. mas algo me dizia que era hora de tentar resolver sem ela. de me forçar a encarar as coisas de frente, sem ter alguém me mostrando elas. eu queria descobrir sozinha. e hoje, na hora de depositar uma grana, passei mal. enjôo. dor de barriga. esqueci a senha do banco. é bom ver um fantasma tão de perto. e olha que era depósito. imagina se fosse pagamento. vamos lá. dizem que assumir as falahs é sempre um primeiro ponto.
ontem tentei ficar em casa. descansar. esquecer do que me aflige. mas parece que as coisas vêm atrás. ou isso ou eu resolvi ter síndrome persecutória de uma vez...
sonhos estranhos, que quase me deixam sem sono. um avião que não decola. um bombom com recheio de presunto, quando era pra ser o bombom de cereja da kopenhagem. inda bem que, mesmo no sonho, eu li o papel antes de por o bombom na boca. não entendi nada. nem sei se quero, dessa vez.

6.9.04

fim de semama divertido, com velhos amigos, que não via faz tempo. é bom falar com eles. sensação de familiaridade, segurança, sei lá...
sonho agitado. acordo assustada, sem entender nada do que acontece. de saldo, um galo na cabeça. aparentemente, no susto, enfiei ela na parede...

3.9.04

ontem foi um dia cão. desses que não merecem maiores explicações. hoje não está começando muito bem. o mais divertido é que eu nem tô ligando muito. tenho que ir no médico hoje marcar pra tirar meus quistos da cabeça. vou ter de operar, que eles estão muito grandes. pergunta se problemas do trabalho estão me estressando hoje... por enquanto só penso no bisturi me cortando em 3 lugares diferentes na cabeça...
tem gente que age de má fé. e daí percebem porque eu nunca, mas nunca confiei na criatura. fico me sentindo a motoquinha do carangos e motocas... eu te disse, eu te disse...

2.9.04

sabe quando alguma coisa realmente te tira do sério? grosseria me tira do sério. completa e totalmente. ser tratada como moleque pra mim é demais. falta de respeito, apostar que a pessoa com quem você está falando é menor que você (e, impressionantemente, isso significa que você pode tratá-la mal), isso me faz perder a cabeça. desliguei o telefone de falar com uma criatura dessas (que usou até a idade dela como qualidade, mal sabe ela que é só 5 anos mais velha que eu) quase explodindo. sei que não sou exemplo de pessoa centrada. mas seguro minhas pontas. não faria nunca com ninguém o que essa pessoa fez comigo. só consigo pensar que o local de trabalho dela deve realmente ser um horror pra ela ter essa necessidade de afirmação toda...

eu falei que hoje é aniversário da elis?

pois é... parabéns, amore...

eu sonhei com resultado de eleição. pode isso? perder tempo do meu inconsciente com isso?
no ônibus... o vendedor me oferece 3 serenata do amor em barra por um real. explica que é só hoje porque está quente, ele não quer vender derretido, quer vender logo... pergunta se eu não comprei?
ando revoltada com o mundo. com os loucos chechenos sequestrando 200 criancinhas. com a eterna luta israel-palestina. com o bush ganhando terreno nas eleições americanas. com o assassinato dos mendigos em são paulo. com tudo que o artur virgílio fala. com o césar maia ganhando terreno nas eleições daqui. pior que amigos meus dizem que vão votar na besta-fera. sei que o ser humano não é bom. que as pessoas são falhas. sei que o mundo não é brincadeira.

mas tenho ficado assustada. como se a guerra fosse algo prazeroso. se a discórdia e o assassinato fossem nada mais que fetiches. se a vida de outros homens não valesse nada comparado a uma vontade, a um capricho. nessas horas eu fico desencantada. e me esforço pra saber que a gente não deve perder a esperança; deve saber que a vida continua. e que tudo que a gente fala ou faz tem importância. reaprender a dar a outra face. a não brigar pelo que não precisa. e a brigar quando precisa. olhar pro outro. tão difícil olhar pro outro. tão clichê. mas necessário. saber que não são países, mas homens. não são partidos, mas gente... acreditar nas pessoas. lembrar de sempre me esforçar pra continuar acreditando...

1.9.04

as aulas estão muito mais interessantes depois que eu resolvi fazer a pós só pra constar...
tinha esquecido como as aulas do rb podem ser divertidas. ontem eu chego atrasada, torço pra ele não me olhar com cara feia (como se isso fosse possível), nem lembrar muito do meu nome. eis que uma menina resolve meu medo de chamar muita atenção.

conversava muito alto com suas amigas, e rb chamou a atenção dela, perguntou o que ela tanto falava, pediu pra comentar se fosse pertinente a aula, porque não queria dúvidas mal reslvidas sobre o assunto. o assunto era a subjetividade e objetividade da arte, e como jasper johns subverte as duas. assunto profundo e sério até demais. a mulher vai e tasca a dúvida dela:
porque não existiam artistas pop mulheres?
rb olha, meio atordoado, e responde:
em defesa dos pop, também não existiam artistas pop homens. eram todos viados.

melhor cena do ano. tá certo, é preconceituoso, mas ele mesmo reconheceu isso ao continuar a frase. disse que é o tipo de trivialidade que ele não está ali para discutir, que cada um que decida que tipo de arte quer ou não fazer. o que, na minha cabeça, era simplesmente óbvio.

31.8.04

se alguém quiser me dar um presente, eu quero muito, muito isso daqui. tá, eu sei que não é um presentinho... mas é meu último e mais novo sonho de consumo...

30.8.04

eu adorei a festa de encerramento das olimpíadas. foi cafona, mas sinceramente, tudo aquilo é cafona, é exagero. e foi ótimo pra uma tarde de ressaca. só não aguentei a música grega. meio árabe, meio sei lá o que, nenhum daqueles popstars gregos me convenceu. não vi muita gente animada ou dançando, que suponho, fosse o objetivo da festa. entrando no clima ufanista dos locutores, pensei por um momento que nisso o brasil era bom. festa é com brasileiro. ia ter uma bateira de escola de samba, uma cantora baiana... e ninguém ia ficar muito tempo quieto...
acordar cedo acaba com meu dia. juro. desacostumei, já que chego no trabalho 10 horas, a acordar antes das 8. hoje eu tava no centro da cidade as 8. um sono se apossa de mim. e meu dia ainda vai longe...
sei que não devo ser a primeira a falar, mas fiquei muito espantada com o louco invadindo a maratona e tacando o vanderlei no chão. fiquei passada com a cena, parecia pegadinha...