29.1.07

testando esse treco de google analytics. vejamos. parece mais bunitinho que o bom e velho sitemeter...

28.1.07

acordar. trabalhar. descansar. passear. ter prazer nisso tudo. hoje fui ver little miss sunshine. pequena delícia. ajuda a pensar no tal prazer. prazer mesmo na hora que tudo dá errado. porque tem coisas que dão errado mesmo. e a gente segue. e tendo gente que a gente ama fica tudo muito mais fácil. e vez em quando a gente demora a perceber. que ama. e é amado. enfim, gostei do filme. saí leve. e lembrei de muita coisa boa. e tô pensando ainda. acordar. trabalhar. ser feliz. dormir.

26.1.07

tentando ajeitar isso daqui. nada funciona ainda como quero. e perdi agora os comentários do blogger. menos mal, que prefiro esses, mas...
então, acho que fiz besteira e mudei meu layout. e não tô com saco de consertar. deixa quieto. um dia eu conserto.

update: fiz besteira tão grande que perdi meus comentários do haloscan. saco. e certamente o sitemeter também. inferno.
hoje acordei com raiva do mundo. acho que tiro pedaço. vou andar com um cartaz no pescoço "cuidado, morde"
então, nada a reclamar mais. ganhei finalmente o novo blogger. vou brincar com ele entonces...

24.1.07

sou só eu ou mais alguém odeia o fato de saias balonês e lkeggings estarem de volta ao socialmente aceitável?
só eu não consigo mudar pro novo blogger. deixa pra lá. é só esperar que eu consigo (espero)

18.1.07

aiai... dias cansados. deve ser o tempo e a chuva. dias chuvosos trazem sempre a tal da melancolia, não? deve ser isso de ter nascido no rio. a gente aprende que o chuvoso é meio errado. não era pra ser. então tudo que vem nesses dias parece errado.
continuando as reclamações, algo bem simples: porque quase ninguém comenta aqui? me sinto escrevendo pras paredes...
então. dias surreais. ontem chegou ao cúmulo de o porteiro não abrir a porta pra mim. eu, atrasada pra análise, tentando sair e o porteiro querendo que eu esperasse ele descobrir com o morador de sei lá que apartamento se o moço que queria entregar as encomendas não era assim um ladrão. eu insisti e o porteiro acabou abrindo a porta. mas demorou, viu? e eu já tava atrasada. inferno. a analista me deu esporro. ando reclamona demais, parece.

14.1.07

deus quis. deus pôs. deus seja louvado. pensando muito nessa frase. ouvia da boca de minha vó. fazendo de conta que era graça. mas era visível que não, que era estilo de vida. e de repente era isso que eu sentia. no tal sertão. uma não ocidentalidade. sei lá, tô pensando demais, de repente. mas ando tão encucada com isso...

13.1.07

primeiras fotinhas da viagem. do tal do são francisco, claro. o resto vem depois. ainda nem me entendi com esse novo brinquedo. mas vamos tentando...

10.1.07

os dias no rio andam chatos, na verdade. eu queria estar lá. voltamos para brasília no dia seguinte da ida a januária. devagar dessa vez. olhando as cidades que na ida estavam debaixo de chuva. dias sem tv esses dias. esquisito isso pra uma total videota como eu. domingo voltamos pro rio. e eu tô aqui lamentando não estar lá. e me achando meio idiota por isso. mas sei lá. depois desse começo, apesar de alguns percalços, 2007 há de ser interessante. eu tô apostando nisso. que vou conseguir ser feliz até lá...
minha vó nasceu no sertão. não de minas. mas do piauí. e eu achei graça ver tanta coisa ali parecida com o que ela me falava da terra dela. os gibões de couro que ainda se vendem nas lojas mais chiques. a planície enorme. os buritis. o povo campeando na roça. achei graça. tudo tão diferente e tão igual. mas lindo. lindo de me deixar rindo a toa. de me deixar feliz. e de me deixar com pena de sair dali. apesar do desconforto do hotel barato. apesar do medo dos bichos de noite. apesar de reconhecer que folia de reis é meio maçante. eu me senti em casa ali. o que é muito esquisito pra alguém que nunca morou assim tão longe do litoral.
no café, encontramos w, de quem um amigo de s tinha nos falado. w trabalha com um grupo de folia de reis da região, pesquisa eles. e nos disse onde ir, o que fazer naquele lugar meio esquecido do mundo. me sentia o tempo todo em algum lugar dos anos 50. engraçado isso, se sentir no tempo errado. fomos andar na terra de novo. o carro enfrentando tudo. fomos ver um lutier a moda antiga. conversar com ele. compramos uma viola. linda a viola. foto disso eu ponho também. e fomos à januária. ver o outro lado do rio e comprar cachaça. e aprendemos em algum lugar no caminho que a parte norte do rio seca menos na seca. e a parte sul seca mesmo. as pessoas vão trabalhar em outros lugares pra fugir da seca. e que por ali, pela parte rural dessas cidades que já são pequenas, já são rurais, a luz chegou faz pouco tempo. e o dono da tv dos lugarejos adora a casa cheia de gente pra ver a novela. e eu sabia da maior parte dessas coisas, ou intuia, por ler. mas ver assim na nossa frente muda tanta coisa. e eu tô apaixonada por esse lugar que eu fui. e essa gente que eu conversei. foi coisa demais. que ainda não sei se digeri. e fico aqui falando sem parar. e saem esses posts enormes. mas é muita coisa a falar. muito brasil que conheci. e essa lembrança de minha vó...
arinos é pequena. meio fim de mundo mesmo. perdida em algum lugar no tempo. mas do lado de uma ponte sobre o tal do urucuia. que é maior que eu pensava. eu sei que s ficou desolado com a pobreza da cidade e decidimos seguir adiante (sejamos sinceros, não haveria nada para se fazer ali, é realmente muito pequena a cidade). pegamos a estrada de terra pra urucuia, a cidade. e a chuva veio seguindo a gente. de atoleiro em atoleiro, chegamos a urucuia, depois pintópolis. e, quase desistindo da aventura, demos carona a seu ambrósio, que muito nos falou. e a viagem ficou mais relaxada. e vimos as terras alagadas perto do rio. e vimos o s francisco. que é mais lindo e maior do que eu pensava. e me disseram que na seca ele diminui. mas fica transparente. e dá peixes enormes e lindos. mas que nessa época do ano os peixes são pequenos. só dá piranha mesmo nas lagoas. e pegamos uma balsa composta de uma placa de ferro com barris embaixo (acho que barris, mas poderia ser outro flutuador) e três barquinhos que davam uma de práticos, empurrando a balsa contra e a favor da correnteza para chegarmos do outro lado. chegamos as 8 da noite em s francisco, a cidade. procuramos lugar pra ficar e ficamos. cansados. felizes. eu fiquei apaixonada pelo rio.
perdida até onde eu escrevo, eu já tava em formosa. sem problemas, fico assim redundante mesmo. o carro foi assaltado em formosa. durante a noite, enquanto dormíamos no hotel da cidade, alguém cortou a borracha do vidro de trás e o colocou delicadamente no assento. acordamos com o carro tendo uma ventilação permanente. e a informação de que em formosa, cidade de 88mil habitantes segundo o 4 rodas, existem nada mais nada menos que mil menores internos. enfim, mas ali do lado, a 20km de asfalto fica o salto do itiquira. lindo. vale a pena ver. mesmo. quando pegar o videozinho que s fez ponho no youtube (nem comento nada sobre a tal moça que fez saliências em público e depois resolveu encher o saco do resto do mundo) e de lá ponho aqui. mas o passeio em formosa durou mais que o esperdao, para consertarmos o tal vidro. nada que atrapalhasse a estrada. seguimos pra arinos.
onde eu parei? já fui pra brasília? não? mas vejam, eu fui de avião pra lá no dia 2. e acabei indo ao dentista no meio de minhas férias. assim a gente agradece ter família grande. e família grande que em parte nasceu e foi criado ali no cerrado mesmo. então meu tio r (nenhuma novidade, dos 16 irmãos do meu pai só uma irmã não começa por r. além dele, é claro) salvou meu dia e me levou ao amigo dele para eu não sair viajando mais uma semana sem uma obturação que tinha caído dia primeiro...

8.1.07

ai... a viagem fica interessante é aqui. quando a gente sai de formosa. e vamos pra s francisco, nas margens do rio. daí tem tanto pra se falar que ainda não consegui digerir tudo pra escrever. não é pra por água na boca. mas ainda não consigo resumir pra escrever.
dali, voamos pra brasília. dormimos um dia e acordamos pra viajar. mas acabamos andando pela cidade pra ver os prédios. afinal, na véspera eu tinha passado a tarde no dentista. de tarde pegamos o carro e fomos. pra formosa ainda. velho oeste total...
o reveillon passei em diamantina. não conhecia e achei aquilo ali meio sobrenatural. aquelas pedras todas ali ao redor são muito impressionantes. e as cidades ao redor. serro do frio é a coisa mais linda. fiquei perdidamente apaixonada. parece uma cidade de bonecas. a família da mãe de s é dali, descobri depois. cada igreja mais linda. casas preservadas. e aquele povo que parece que ainda está em algum lugar do século XIX. e tudo limpo e organizado. e o tal queijo do serro. e andar de casaquinho em pleno fim de dezembro. e falar com as gentes que explicavam que cachaça boa eu ia achar era no açougue mesmo. dali passando por milho verde e são gonçalo do rio das pedras, chegamos a diamantina mesmo. passando em cima do jequitinhonha. que eu juro que não sabia que nascia em diamantina. mas nasce. e atravessei ele. e fui pra diamantina. e as pedras tomam conta de tudo. e as casas são bonitas e a pousada era tudo. fui mimada por dois dias. e adorei. chazinho com biscoitinho de fubá. e a ceia que fizeram os donos da pousada pra gente. peixe assado, salada... tudo tão gostoso. enfim, dias de tranquilidade...
conheci muito de minas, na verdade. a zona da mata me é muito estranha, com aquelas famílias patriarcais, aqueles homens que saem com todas e acabam eleitos pra governador. o sertão me lembra as coisas que minha vó falava do piauí. ele é grande mesmo, tem aquele ar de infinito. e as gentes são impressionantes pra mim. tem essa coisa de guimarães rosa se mostrar tão literal. e das gentes serem aquilo ali mesmo que eu ouvia da minha vó. sei lá. foi tudo muito e muito forte pra mim. ainda não digeri.
duas semanas e mais um pouco viajando. tanta coisa pra falar. tantas considerações a fazer. nem sei por onde começar. quer dizer, sei. conheci o rio são francisco. e é mais bonito ainda do que eu imaginava.