29.12.05

ando cansada. crise de pressão baixa. ligo para os médicos. não deve ser nada dizem. ok, ok. eu durmo mais então. mas que ontem eu tava me sentindo muito mal, tava...
natal tranquilo. mas muito estranho não passar com minha família...

5.12.05

eu sei que andei sumida. mei omelancólica. faz 3 semanas, minha vó, depois de 10 meses em estado semi vegetativo (é ruim falar, ams era isso), morreu. entre assuntos de famíia a tratar e provas a fazer, me recolhi pro meu umbigo. umbigo off-line e muito trancadinho. acho que só s. teve algum acesso a mim. e muito pouco. ando triste. ando off. venho aqui só desabafar um pouco e dizer que nada demais, já passa. não queria sumir de vez. mais de mês sem vir é quase crise de abstinência... mas vim dar oi. sinal de vida...
eu sei que meu nome não é teresa, mas so what?

Madrigal tão engraçadinho
Manuel Bandeira

TERESA, você é a coisa mais bonita que eu vi até
[hoje na minha vida, inclusive o porquinho-da-índia
[que me deram quando eu tinha seis anos.
Porquinho-da-Índia
Manuel Bandeira

Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração eu tinha
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!

Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos, mais limpinhos,
Ele não se importava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...

- O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.

7.11.05

antes que eu esqueça: pena que não fui eu que fiz aquele cartaz do bornhausen. porque eu achei muito bom e muito apropriado por aquele homem fantasiado de nazista. ri foi muito...
ando cansada sem razão. acho que não é nada, daqui a mais um pouco passa. essa coisa de fazer prova deixa a gente meio cansada...
dias sem postar. mas tenho coisas a dizer. a primeira e mais importante é que sou quase tia, afinal, a irmã de s. teve bebe. fofa, nascida pronta. assim, cabeluda, bocuda e sem muita cara de joelho. quase deu vontade de mudar de idéia e ter uma pra mim...

27.10.05

o que dar de aniversário pra alguém que tem tudo?
chá de bebe. muita gete. 3 grávidas andam pela casa. as barrigas esticadas. a pele tensa. a cara estampando certa felicidade, certa paz. alguém do lado, uma certeza de nunca mais estar sozinha, deve ser isso. porque, confesso, a barriga, os peitos, a sensação de que ali dentro existe outro ser vivo me dá certa gastura. como se fosse alien, o oitavo passageiro, dentro de cada uma delas. a errada devo ser eu, eu sei. mas não consigo me acostumar com a idéia.
apesar de tudo, resolvi o problema. avisei s., que se quiser filhos, adoto.
minha cachorra virou um tapete. não sai mais do chão da casa, deitada. começo a ficar preocupada...

23.10.05

eu hoje vi o alice no país das maravilhas do walt disney. eu queria ser ela quando era pequena. não consigo saber o porque. mas acho que essa coisa do mundo da fantasia muito me atraía. a tal da realidade dói um pouco, não? a gente vai criando casca, e minha pele sempre foi meio fina. a gente vai ficando cheia de defesas, e eu sempre fui meio aberta demais. daí eu levo uns tombos e não sei me levantar. mas eu ainda aprendo. e ainda vivo sem ficar com tanto medo de cair de novo. juro que consigo. e aprendo e me fechar no ponto certo. e a me abrir no ponto certo. e um dia eu consigo ser mais feliz, ser mais inteirinha. ser sem pensar no que é isso...
triste com o resultado das eleições. com ter tanta gente que concorde com o bolsonaro, com o fleury, com o capitão que eu nem lembro o nome que fez o massacre do carandiru (são os ilustres da campanha do não, oras). porque a verdade é que na prática não vamos ter uma diferença absurda na lei. mas na prática a gente está se abrindo para uma sociedade mais repressora, mais militarizada, mais armada. para um aceite da condição retrógrada na qual nos encontramos ao invés de para uma tentativa de mudança. nada de novo. o brasileiro sempre foi um povo retrógrado posando de revolucionário. como diria o presidente antonio carlos "façamos a revolução antes que o povo o faça". e foi lá e fez. e é avenida em todas as cidades. e getúlio é pai dos pobres. tá certo. mudar pra não mudar é o lema mesmo. eu fico triste. mas eu sou eu. e eu sou só umas letrinhas perdidas na internet. sou só uma menina andando na cidade grande. não sirvo mesmo pra muita coisa.
depois de horas de discussão, alice desliga o telefone. foi tentar resolver uns pepinos, comer, organizar a cabeça, sabe-se lá. coisa a mais do que tempo pra fazer. coisa a mais do que cabeça, no fundo é isso. passada meia hora, o telefone toca. "só queria te dizer que te amo." o choro volta, mas volta diferente. volta sem ter razão nenhuma que uma certeza que enfim, no final as coisas vão dar certo...

19.10.05

olha só: ainda tenho dois leitores!!! isso me deixou tão, mas tão feliz...
antes que eu esqueça. voto no sim. porque acho que armas deveriam ser banidas da face da terra, não só do brasil. voto por ideologia, porque não acho que armas deveriam ser um direito. porque acho que toda propriedade privada é roubo mesmo. porque acho que direito eu tenho é de viver sem armas. porque eu sou pacifista, sim. acredito que as pessoas poderiam viver em paz (menos em família, não falei ali em baixo? família sempre acaba em briga. por isso que israelenses e palestinos brigam tanto. são família). acredito que a arma foi fabricada com um propósito, e só um: matar. e matar, da última vez que eu olhei, era moralmente condenável. voto sim porque não é uma questão de aprovar ou não o governo. porque o referendo é uma forma de democracia direta. e por mim teriam mais referendos e plebiscitos. porque eu votei nos caras até pra eles me darem a opção de escolher as coisas diretamente. porque aqui no brasil achamos democracia direta estranho. mas é bom saber que ela existe. que por mais que eu tenha votado em um representante, eu posso ter poder nas minhas mãos para decidir sobre leis no meu país. e isso me reconforta. nem penso em votar nulo porque acho importantíssimo dar vez, voz e importância a um referendo, enfim... e fico aflita com as pessoas estarem desmotivadas e achando que é algo empurrado com a barriga. não é. pela constituição artigos de lei que sejam mais polêmicos devem ser resolvidos em referendo. e esse foi previsto quando votaram a lei. e não tem nada a ver com o momento político atual. nada... enfim, tergiversando pra variar. mas saio por aí com meu brochinho do sim e espero fazer alguma diferença com isso...
odeio família. e ando meio intransigente com isso.

18.10.05

ando meio afastada de tudo e todos. um momento meio casal, confesso. engraçado que nunca foi muito a minha. mas virou, nem sei. de repente já passa. de repente eu caso. ou compro uma bicicleta. ando meio assim, meio barro, meio tijolo... nem eu me entendo muito...
sumi tanto que nem tenho mais leitores...

17.10.05

muito tempo sem postar dá nisso. ninguém lê e eu nem sei mais escrever, acho. coisa demais aconteceu e nem sei por onde começar a falar. ando cansada. fazendo muita coisa mas produzindo muito menos do que gostaria. devia ter um botão que fizesse a gente organizar tempo automaticamente...
peguei sol ontem. cachoeira. quase não guento subir o morro de volta. quero dormir 12 horas. pode?
fim de semana em bh. segundo os mineiros que conheci, deve de ser logo ali... tão pertinho... cachoeira no cipó, pertinho. só 2:30h de carro, imagina se é longe... exausta, comi e dormi que nem um bebe. tudo isso pra estar no carro as 5:30 da manhã pra voltar pro rio. tudo isso pro casamento da prima de s. sábado... mas ele bem me paga...
passando por aqui pra avisar que ainda vivo... e nem devidi largar isso daqui de vez... mas a vida... a vida anda me levando pra outros cantos...

27.9.05

eu vivo dizendo que queria alguém pra me dizer o que fazer. agora arranjei. mas não quero obedecer. detesto obedecer.
eu não queria ser esa metamorfose ambulante. queria saber o que eu quero. desde criança invejo os que sabem o que querem. os que tem certezas. os que andam em linha reta. eu sempre sai por aí tentando descobrir. tentando achar algo que me fizesse acordar. de repente preciso parar de procurar. de repente se eu não procurar, a tal vocação me acha...
a trocadora do ônibus, hoje de manhã, resolveu o problema da corrupção no brasil. no mundo, até. segundo ela, é só por mulheres para resolver tudo. mulheres não são corruptas, ela avisou categoricamente. gostei de saber disso. preciso ouvir mais conversa de trocador...

22.9.05

estressada. fui ver minha vó. não me fez bem, aumentou o stress. s. acha que eu deveria ligar pro meu analista. eu acho que eu precisaria fazer mais uns 3 anos de análise antes de eu conseguir ligar. o tal medo de atrapahar, de me intrometer... engraçado que com s. não tenho isso. ajo como se ele não tivesse nada pra fazer além de estar comigo... acho que ando ficando meio ansiosa demais. metendo os pés pelas mãos...
já profundamente irritada com o plano de saúde, percebi que por telefone eu não ia resolver nada. ok, cancelaram meu plano sem eu ter pedido. a irritação era grande. ouço, pela enésima vez, o atendente falando pra mim: a senhora vai estar indo na unimed do centro, e nós então vamos estar resolvendo o seu problema ou algum gerúndio similar. perdi a cabeça, falei pro cara aprender português, que eu não vou estar fazendo nada, eu farei!!! que se ele não podia me ajudar, pelo menos não maltratasse nossa língua...

14.9.05

dias frios, de chuva. a tristeza que queria vir, já foi. os dias têm sido mais produtivos... parece que algo começa...
fofocas de bastidores... parece que um dos erros de dirceu foi querer enfrentar os bancos da febraban, um quartel que manda feio na gente por aqui. parece que não se pode mexer nos bancos...
eu viv para ver maluf preso e bob jeff cassado. fico menos infeliz.
313 votos a favor.

8.9.05

muito pra fazer e a sensaçao de nada estar fazendo. já passa. ando de saco cheio de algumas coisas minhas. mas, de novo, já passa. um dia eu aprendo a ser light. mas me dizem que eu já sou. então eu realmente acho que me preocupo demais com as coisas. um dia eu aprendo a dar a importância devida às coisas. um dia aprendo tantas coisas. um dia consigo até ser feliz.
feriado mais cansativo esse, deus meu...

1.9.05

quero desaparecer do mundo. quando tudo parecia que ia entrar nos eixos, as coisas na minha cabeça começåm a girar. e eu não aguento mais as pequenas contrariedades. não sei mais conviver com o chato dos comentários, com o ônibus que demora, com o quarto que não consigo arrumar. eu não quero arrumar o quarto porque de repente me sinto uma estranha aqui. e queria um quarto que fosse realemten meu pra poder arrumar. não esse pedaço enjeitado em outra casa.

29.8.05

só pra dar um oi. e avisar que não morri... muito pra falar, mas sem tempo agora.

12.8.05

o blogger tá inventando umas tabelas e tirando meu bloguinho do eixo... saquinho...
ando meio desligada...
juro que é a última vez que falo sobre isso, que meu humor pra política anda péssimo. mas fechar congresso é golpe. fechar judiciário é golpe. impor parlamentarismo é golpe. estamos entrendidos (aqui era pra entrar ponto de interrogação, mas não acho nesse teclado...) qualquer forma de mudar drasticamente um governo estabelecido que não seja de acordo com o estabelecido na constituição de um país é golpe. pode ser explícito ou o tal do golpe branco. acreditem, esse país já viu dos dois, nada é novidade nesse sentido. cuidado com as línguas...
ando sumida do mundo virtual. o mundo real tem gritado por mim. fica difícil a conciliação... mas de vez em quando venho aqui dar um oi, juro que venho...
plena terça feira, sou convencida a ir para a lapa. ok, programa legal. inda mais depois do filme, tão legal, e dos dois mojitos. a intenção era dançar. nada feito, encontramos um amigo, e seguimos conversando num bar mesmo. até aí, perfeito. só que recebemos um torpedo. daqueles de papel. o garçon até ria quando entregou. os caras aparentemente queriam bater papo. eu ia escanear mas esqueci. inacreditável isso. diante da não resposta das duas, não se fizeram de rogados e foram até nossa mesa, para insistir que mereciam a honra de conversar conosco. falavam assim, inclusive... bom, não foi nada, mas me diverti imenso. ainda mais com a. indignada por achar falta de respeito ao nosso amigo presente na mesa os dois acharem que as duas estavam disponíveis. a bem da verdade, com ele nenhuma das duas estava comprometida...

2.8.05



esse é meu pé. de all star, só pra variar um pouco.

e essa daqui sou eu, tentando dar outra razão pra escrever isso além da nova ferramenta, ou pelo menos nova para mim, do blogger, que põe as imagens no corpo dos posts. gostei muito disso. demais até. estou absolutamente encantada com isso. quase tão divertido quanto o google earth. esses rapazes sempre me divertem, aliás...

acho que preciso tomar vergonha na cara e estudar mais a sério. mas anda difícil. a vontade é de dormir. e de ficar fazendo nada, com ou sem companhia. parece que vou pra ilha grande no fim de semana. mas não sei ainda. no próximo tem a festa da minha mãe. acho que no outro começo a meter as caras. espero, pelo menos...

apreenderam todas as bicicletas em favelas no rio de janeiro. isso nos mostra duas coisas: primeiro, o perconceito da polícia do rio. só tem bandido em favela, aliás, todo favelado é bandido, e bandido não é gente, portanto não pode ter bicicleta. segundo, a polícia do rio é incompetente, já que não descobriu quem é o bandido e resolveu a coisa simplesmente retirando de todos a posse de um objeto que teoricamente os bandidos possuem.

ou, como diz o tiago, é a piada do sofá:
- descobri que minha mulher tá me traindo com meu amigo no sofá
- e daí? brigou com ela? com ele?
- não, joguei o sofá fora...
minha mãe decidiu fazer uma festa pelos seus 50 anos. está atrasada, claro. mas a festa deve ser legal. comidas, bebidas e amigos... não costuma dar muito errado....
comprar vestido pra casamento costuma não ser meu programa predileto... mas a companhia da tarde de ontem foi ótima...
muitas grávidas e muitos casamentos. com o risco de parecer repetitiva, eu já fiquei pra tia...

29.7.05

kamille falou em elvis costello. lembreique gosto muito. lembrei dessa música. e que eu queria ouvir ela cantada só pra mim (coisa boba, de mulherzinha meio romântica). e que eu ando meio leve apesar do medo. o que me faz ficar assim amis insegura. será que é isso? a segurança que eu tenho tido tá me deixando isegura? é falta de costume? porque s. insiste em me ver medrosa. mas os medos são poucos. de carro. de altura. de avião porque junta os dois. e de errar na hora de escrever tantos porquês... o resto eu enfrento...
She (tous les visages de l’amour)
(charles aznavour and herbert kretzmer)
She
May be the face I can’t forget
A trace of pleasure or regret
May be my treasure or the price I have to pay
She may be the song that summer sings
May be the chill that autumn brings
May be a hundred different things
Within the measure of a day.
She
May be the beauty or the beast
May be the famine or the feast
May turn each day into a heaven or a hell
She may be the mirror of my dreams
A smile reflected in a stream
She may not be what she may seem
Inside her shell
She who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so private and so proud
No one’s allowed to see them when they cry
She may be the love that cannot hope to last
May come to me from shadows of the past
That I’ll remember till the day I die
She
May be the reason I survive
The why and wherefore I’m alive
The one I’ll care for through the rough and ready years
Me I’ll take her laughter and her tears
And make them all my souvenirs
For where she goes
I’ve got to be
The meaning of my life is
She, she, she
último dia do trabalho. voltei pra análise. estudar fulltime. morta de alergia, claro. mudanças dão certo medo. e eu, quando tenho medo, o nariz pinga. melhor que travar de vez há de ser. mas... agora quero andar de moto. pode?
eu ia falar umas coisas, mas deixa. política me inflama. e eu gosto de política. tenho esse direito conquistado. sou uma pessoinha inflamada, que acredita em algumas coisas e não acredita em outras. que acha que todos tem direito a uma segunda chance, coisinhas assim. e que gosta de fazer coisas. reais. de ter objetivos. definitivamente não nasci pra dondoca...
faço 30 anos em menos de 6 meses. s. me garante que ficarei mais charmosa. eu garanto que tô com medo disso também. soube de mais uma amiga grávida ontem. deve ter chegado a idade de procriar. se até amigas que garantiam odiar crianças têm pensado no assunto, deve ser isso. eu devo ter chegado na idade. pena que não tenho vontade nenhuma de procriar. eu acho que até ia ser boa mãe vez em quando...
glamourosa... rainha do funk.
poderosa... olhar de diamante...

sair de uma aula sobre anacolutos, hipérbatos, homônimos e afins e dar de cara com uma igreja na porta da qual uma pessoa na casa dos seus 30 anos ouve essa música aos berros é no mínimo inusitado. virar na uruguaiana e ver aquele mundo, com karaoke, bares no calçadão e muita, mas muita gente, já é coisa de alice no país das maravilhas. nada é o que parece ser. e o centro da cidade, tão sisudo, tão corrido durante o dia vira enorme bar quando cai a noite. e aquelas pessoas parecem ter uma felicidade e uma tristeza ímpar andando e bebendo por ali pelo meio da rua....

a pergunta que me ficou é onde funk rima com diamante, mas deixa pra lá...

26.7.05

fim de semana senti muito frio. e tomei sol. e brinquei de terra do nunca. mas a realidade sempre aparece, por menos que a gente queira...
resolvi fazer esse teste daí de baixo depois que vi no blog do tiago. mas ele fica todo torto assim... deixa quieto.







The Expatriate
Achtung! You are 23% brainwashworthy, 27% antitolerant, and 23% blindly patriotic
Congratulations! You are not susceptible to brainwashing, your values and cares extend beyond the borders of your own country, and your Blind Patriotism ("patriotism" for short) does not reach unhealthy levels. In Germany in the 30s, you would've left the country.

One bad scenario -- as I hypothetically project you back in time -- is that you just wouldn't have cared one way or the other about Nazism. Maybe politics don't interest you enough. But the fact that you took this test means they probably do. I'm gonna give you the benefit of the doubt.

Did you know that many of the smartest Germans departed prior to the beginning of World War II, because they knew some evil shit was brewing? Brain Drain. Many of them were scientists. It is very possible you could be one of them, depending on your age.

Conclusion: Born and raised in Germany in the early 1930's, you would not have been a Nazi.







My test tracked 3 variables How you compared to other people your age and gender:
















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You scored higher than 14% on brainwashworthy





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You scored higher than 47% on antitolerant





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You scored higher than 44% on patriotic
Link: The Would You Have Been a Nazi Test written by jason_bateman on Ok Cupid

22.7.05

odeio me sentir manipulada. odeio.
por um breve momento, pensei em ir ao mcdonalds. chegando lá, perguntei o que era o sanduíche novo, um tal mcnífico ou coisa que o valha. nenhuma resposta. perguntei de novo. a menina chamou outra pra me responder. ela olhou pra minha cara e perguntou como assim. eu perguntei o que era o sanduíche novo. elas riram e falaram que tem maionese, catchup... eu falei, mas tem carne? frango? queijo?o que? já irritada. elas riram de novo, falaram é, carne, queijo... fui me embora. a incompetência do próprio mcdonalds me livrou de suas gorduras...

21.7.05

agora eu tenho um problema. vou pra mury ou faço um brunch no sábado? problemas graves...
outro dia vi na tv um programa sobre uma ong em brasília que faz roupas em croche e bordado. achei tudo lindo, e queria saber onde se compra. só descobri os colares, na blue man. alguém saberia me dizer mais? a coleção chama apoena, não sei se é o nome da ong...
as pessoas iam entrando, abrindo a porta sem a menor cerimônia. gustavo olhava para luiza meio sem entender aquela falta de cerimônia, aquele sem limites da casa dela. aqueles cachos meio alourados, muito largos, que só apareciam vez em quando (no mais das vezes, o cabelo era liso mesmo), emolduravam o rosto, o cabelo tentando ser preso e nunca ficando muito domado era parte de quem era ela. e aquelas gentes também. ela olhava pra ele achando graça. a pele morena, os cachos que ela tanto queria (e por vezes fazia) no próprio cabelo domados na tesoura, curtos. olhos fundos. olhos tristes. ela gostava daqueles olhos. e de repente não entendia como tinha ficado tanto tempo sem eles. mas hoje era dia de muita gente. não era dia de chamego com aqueles olhos. acabou mais um prato de panquecas e foi se sentar com o povo. era bom aquilo, um dia sem tamanho de quanto havia comido ou bebido. adorava se sentir assim, segura mas sem limites. ali dentro ela podia tudo. porque em volta havia quem protegesse ela, sempre...
e os amigos faziam questão disso. todos muito próximos, brincavam de família uns dos outros. faz parte dos 30 anos, achavam. já longe da casa dos pais, ainda sem família assim muito fechada... iam estando perto sempre. e luiza era o centro, querendo ou não. de repente era isso que deixava gustavo aflito. ele se sentia roubando ela daquilo tudo que ela fazia tão bem...
minha mãe quer fazer uma festa de 50 anos. meio atrasada, mas ainda em tempo. começamos os preparativos.

20.7.05

preciso de um analista ou de um calmante. ou dos dois, quem sabe...
acho que ando com medo da vida daqui pra frente. mudanças me deixam sempre meio assim, bichinho assustado. mas há de funcionar tudo...
dias de mau humor. dias de não. ando irritada. não é nada, já passa... assim espero, ao menos...
preciso lembrar de começar uma campanha garotinho não nacionalmente. o cara é um escroque e um ladrão, fez do meu estado uma terra de ninguém, mas parece que há quem vote nele... vai entender...
no caminho de volta do almoço, um cartaz a3 numa árvore me avisa, em letras bem grandes: o ponto do bicho foi trnasferido para o lado da banca de revistas. desculpe o transtorno. olho pra banca e lá estava a menina anotando. meu reino por uma máquina digital...
é real isso? uma pista de snowboard em campos do jordão? com neve de verdade? meudeus, onde fomos parar??

19.7.05

comprei uma linda mochila. andando no saara, a vi ali, pendurada, olhando para mim, e não resisti. comprei. linda ela. laranja e azul. enorme, cabe a minha vida inteira dentro. tem bolsinho pra celular e tudo...
acabei não indo a minas. mas tendo um fim de semana agradabilíssimo. e uma noite de segunda ótima. eu não lembrava como tem pessoas que são assim tão importantes na nossa vida.

14.7.05

tenho tido vontade de escrever. muita. algumas coisas devem surgir por aqui, acho...
hoje é 14 de julho. dia da revolução burguesa que moldou nossos sonhos. feliz dia da igualdade, liberdade e fraternidade...

13.7.05

antes que se desse conta, gustavo estava de avental (meu deus, de avental) cortando cebolas. pra que ele tinha falado que gostava de pão de cebola, deus meu. luiza já estava no telefone. chamou só uma meia dúzia de 15 pessoas, mais ou menos todos que já estavam acordados àquela hora de sábado. todo mundo avisado, ela voltou para a cozinha.
- cortou a cebola?
- cortei, claro. ia perguntar em que mais eu podia ajudar...
- senta, fica lendo. o resto eu faço.
gustavo ensaiou um protesto. mas era óbvio demais que a vontade dele era demorar mais um pouco para acordar. com isso, luiza enfiou a mão na massa. acabou de fazer o pão de cebola, panquecas, waffles e mais o que foi lhe dando na telha. quando cansou, pediu pra gustavo ver a porta e entrou no banho.
fernanda, como sempre, foi a primeira a chegar. chegou com goma e queijo de coalho, para fazer tapioca. o coco vinha depois, com lia. paula levou só o pandeiro. marcos, o violão. e assim, cada um levando um pedaço, a festa começou na casa. gustavo ia se acostumando aos poucos com aquele estilo meio alegria da festa de luiza. era estranho pra ele alguém estar sempre assim, cercado de gente...

12.7.05

os meus dias tem estado meio estranhos. engordei. sai do emprego. voltei a estudar. muito estranho isso. acho que preciso tomar coragem e voltar a fazer análise. só não sei como.
todas as manhãs tem cheiro de sim, pensava luiza e saltava da cama, ainda de meias. pôs uma calça por cima do pijama, um casaco. só pra comprar pão, pensou. cheiro de sim é uma coisa, acordar já pronta é outra. cheiro de sim é jeito de que a gente pode esperar tudo daquele dia. e pegou fidel, seu cachorro, que odiava manhãs, pra ir com ela. na rua, lembrou que era sábado. dia de feira. entrou na feira só pra comprar morangos, pequeno vício. mas se empolgou e saiu de lá com mais sacolas do que aprecia capaz de carregar. e ao invés de comprar o pão, comprou farinha e fermento. resolveu fazer pão. e chamar pessoas. e ter a casa cheia como não ficava faz tempo. quando voltou para casa, gustavo estava saindo do banho. bom aquilo, homem com cheiro de banho tomado na sua casa. se beijaram.
- luiza, o que diabos você faz com tanta sacola? achei que ia só comprar pão...
- é sábado. pensei em fazer um lanche e chamar os amigos. quer ficar?
ele ficava desarmado com essas coisas dela. perguntou como fazia pra ajudar...

11.7.05

Poema em linha reta
Fernando Pessoa(Poesias de Álvaro de Campos)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
eu odeio caça às bruxas. e odeio o que a grande imprensa brasileira está fazendo. jornalistas com mansões escrevem artigos sem vergonha falando de como fh é ilibado. a criatura que vendeu a vale, com dinheiro público, por metade do seu lucre semestral, para o próprio filho. ilibado. mas aparentemente qualquer um que tenha chegado perto de uma estrela do pt é demonizado. como se a simples associação ao nome do pt provasse a impureza de seus pensamentos. como se o jornalista nunca tivesse recebido um por fora para falar bem do ex presidente. a questão aqui deixa de ser simplesmente a corrupção, que todos sabemos existir e alimentamos, ao tentar pagar menos imposto, ao tentar subornar o guarda, ao pensar se não teria um jeitinho para sair dessa. se existe corrupção em concursos é porque pessoas pagam pelo resultado. e quem paga no caso não é o chefe, somos nós. só pode cobrar conduta ilibada quem a tem. e o dinho ouro preto que me prove que nunca pagou um guarda para não ir preso por porte. que nunca deu um troco pro cafezinho porque tava sem os documentos. tô aqui tergiversando e com raiva. mas a realidade é que se for pra caçar bruxas, o buraco é muito, mas muito mais embaixo...
cacilda, é a segunda lista em duas semanas... vamos tentar... afinal, angélica merece

1) Qual o seu filme favorito?
my fair lady. porque eu sou cafona mesmo e adoro musicais...

2) Qual o último DVD que você comprou?
sou pré-histórica, não tenho dvd...

3) Quais os 5 últimos filmes que você viu?
5? na tv, nem sei, sou viciada em telecine. sábado mesmo vi o iluminado de bobeira no tnt, depois encontros e desencontros no telecine... no cinema, melinda e melinda, madagascar (adorei), um filme falado, star wars III e a queda (acho, minha memória é péssima)

4) Qual o melhor filme brasileiro de todos os tempos?
difícil essa... ando viciada em documentários. fico com cabra marcado pra morrer, o último que vi no vídeo...

5) Qual o seu diretor/ator/atriz e o seu gênero favoritos?
truffaut/johnny depp (angélica, essa foi só pra não competir com o seu sean penn)/ audrey hepburn. gênero? musical, oras... pelo menos por esses dias. na verdaed, sendo cinema, eu tô topando. sempre.

pra quem eu mando essa? (detesto essa parte, de escolher pessoas, e a da música nem ninguém respondeu) pra princesa, nina, paula, aline e tiago (podendo mais de 5, mandaria para claudinha e kamille também... na verdade, pra mais outro tanto...)

7.7.05

enquanto eu penso no meu mundinho, explodem londres. e o roberto jefferson dá uma entrevista nojenta ao jô. não me conformo com darem tanto palanque a esse homem, não adianta...
uma tarde perdida só para ir ao médico. odeio isso. e uma aula que eu fui e não teve. fim de dia seria irritante se não fosse o vinho, a comida e o carinho...
acordei e me dei um galo. depois de um dia como ontem, onde tudo parecia estar dando errado, um galo pareceu natural. mas hoje é outro dia. e as coisas parecem estar dando certo. e eu vou conseguir ajeitar minhas coisas. e me organizar. e ser feliz...

6.7.05

sabe quando a vontade é de não ir pro trabalho? aliás, de não sair de casa? eu ando assim. meleca. e nem tenho razão pra isso.
ando meio ansiosa. pior que as coisas estão razoavelmente bem na minha vida. de repente a ansiedade é por isso. não tô acostumadao, fico esperando a rasteira. eu quero outro trabalho, não sei até quando eu aguento sem pedir pra sair daqui, isso deve contribuir pra tal ansiedade também...
A-DO-REI esse spam que tiago reproduziu n blog dele...

5.7.05

28.6.05

s. me deu o cartãozinho do hotel e mexeu: cola na agenda. quando eu falei que não tinha, sugeriu escanear e por aqui. me senti meio débil mental. mas eu gosto tanto do meu bloguinho...
acreditam que eu, euzinha, tomei tanto sol que fiquei com um princípio de marca de bikini? mais uma viagem destas...
o carro atolou na areia. s. quis porque quis andar de carro na areia e não deu certo... eu tava quase, quase ficando chateada. aliás, eu briguei nessa hora. meleca. sou sempre eu brigando, isso não muda...
comi tanta tapioca que por pouco não volto rolando daquela terra...
s. queria que o menino acreditasse que existem tubaróes em maracajaú. 1, 6m de profundidade, onde o pobre do tubarão vai se enfiar?
outra do menino, ao saborear um picolé de banana: eu falava ar condicionado errado, mas a professora me explicou. toda vez que eu acho que erro alguma coisa, pergunto pra ela que ela me explica. e peço dever extra, porque quero acabar mais que a quarta série... fui ficando com uma culpa social de ver aquilo que quase me tira o prazer do dia, de resto tão agradável. um horror esse tal de engajamento. eu ainda me incomodo com o tal do trabalho infantil. mas ver aquele menino falando de estudar me deixou menos aflita. ele explicou que faz aquilo porque gosta, só não gosta quando os turistas bebem, não gosta de gente que bebe. minha caipirinha desceu mal, confesso, depois dessa. a mãe não deixa ele faltar aula pra isso, então só aparece por ali fim de semana... até que foi engraçado passear com ele, em retrospecto...
o menino- guia (meninos guia me incomodam, mas não viajei sozinha) comia o picolé de banana e falava sem parar. no discurso, reparei uma coisa: como é isso lá no rio? porque aqui no brasil funciona assim... me impressionei. o brasil realmente não conhece o brasil. de nenhum dos dois lados. nós, turistas, obviamente não éramos do brasil. no brasil moram os não-turistas, os meninos-guias, os garçons. aqui no rio moram os turistas, com tempo de sobra para passar 5 dias viajando... um luxo.
agora tá parecendo mais minha casa. entrem. fiquem à vontade... eu tô me sentindo melhor sem o vinho, com o roxo... mas a minha cara, sabe?
eu queria voltar, não. queria comer mais camarão. e tomar mais caipirinha na praia. e dormir mais juntinho. e ver mais televisão idiota. enfim... a realidade é frio, trabalho, hidro, casa...
vou revelar as fotos. porque ainda não tenho digital. mas assim que tiver revelado, escaneio algumas e ponho aqui. tem uns lugares bonitos. e tem muita foto minha, estranho pra burro isso...
5 dias de sonho. mas a realidade tá aqui. e forte...
paula e claudinha me mandaram, eu respondo, apesar de não saber exatamente como...

Volume total de músicas em meu computador:
Nenhuma. eu tinha algumas, mas um vírus comeu o hd e eu sou preguiçosa, acabo pondo em rádio da internet mesmo... e ouvindo cds.

O último CD que comprei foi:
ui... essa eu não lembro. acho que foi um do brell, dessas coletâneas. confesso que quase não compro cd. ganho muitos. o último foi um copiado de um amigo que tinha saído de catálogo. me fez um bem...

Música tocando no momento:
nenhuma... aqui no trabalho a chefa odeia música...

Cantores que ultimamente tenho gostado muito de ouvir:
bethania, sempre; foo fighters; gil; caetano; chico; brell; acho que ando meio antiga (ou sou, sei lá)...

Músicas que, de alguma forma, significaram muito pra mim:
trem das cores
dia branco
imagine (eu era criança, vai...)
eleanor rigby
tropicalia
eu sei que vou te amar
luiza
o meu amor
totalmente demais
exagerado
give it away
ne me quitte pas
mercedez benz
meudeus... tem muita coisa. sou péssima em listas... mas música, apesar da minha preguiça em ouvir, está sempre presente...

Cinco pessoas pra quem eu passo a "Batuta Musical":
cinco? aline, mariana, nina, tiago e elis

22.6.05

amanhã eu viajo. adoro viagens, e isso nem é novidade. mas essa viagem é uma incógnita para mim. não sei o que vai ser. ando ansiosa. e essa noite os cachorrinhos não queriam dormir...
dias de chuva e frio. dias de ficar em casa, não? um cobertor, um bom livro, um chocolate quente... de repente um dos filhotes no colo, pra fazer companhia. o que me faz lembrar que quero um gato pra mim. quero algo para por no colo e mimar. meus irmãos dizem que é instinto materno. eu acho que é só vontade de ter algo para mimar. não quero a responsabilidade. um gato eu dou. o que eu faço com um filho se encher o saco? um filme no vídeo (dvd?), um copo de vinho, uma boa companhia... ando querendo prazeres simples

21.6.05

ontem, saindo de ver minha avó, olhei para a frente e pelo aterro passava o que parecia uma carreata de ambulâncias. ainda não consegui descobrir se copacabana desabou ou se era só um passeio em conjunto...
se ver em fotos é algo estranho. sempre acho que tem algo de errado com isso...
chuva. o inverno dessa vez foi pontual. meia noite do dia 21 começa a esfriar e a chover. não deixa de ser poético isso.

20.6.05

ai como eu gosto de viajar. e dessa sensação de ansiedade de antes da viagem. de pensar onde irei, o que farei... ai como eu gosto de estar livre de amarras, sem obrigações. como gosto de poder não ser eu por uns dias...
sou uma pessoa partidária e passional. nunca perdôo quem faz mal aos meus amigos. isso pode gerar problemas...
comprei um bikini novo no fim de semana. ao olhar meus antigos bikinis, todos que eu amo de paixão, reparei que precisava de um novo pra viajar. ou pra sair de casa que fosse. todos a um ponto de rasgar. acho que preciso ir mais à praia...

17.6.05

cada vez que o roberto jefferson abre a boca eu acredito menos nele. me lembro do collor. me lembro da operação de estômago. me lembro dele defendendo o collor. então, pela lógica, se o collor pra ele era inocente, quem ele acha culpado deve ser inocente. e aquele sorriso dele... só fez eu achar mais ainda que ele mente. que ele tem uma rixa pessoal com o zé dirceu, sei lá. ando muito impressionada com essa estória toda. muito. me impressiona o roberto jefferson (se auto intitulando a provação, para nos provar que não sabe nem português) ter alguma credibilidade. pelo menos eu vi o deputado em quem eu votei fazendo suas perguntas. e elas eram razoáveis. não falou de preferências sexuais. não falou de nada que não fosse pertinente ao objeto investigado...
hoje é aniversário dela. e eu tô com muita ressaca. mas eu voudançar com ela, porque hoje é sexta, véspera de sábado... e porque ela merece, sempre.
fiquei com dó do zé dirceu. sério. ainda mais depois que vi as fotos do roberto jefferson rindo. aquilo me deu um certo nojo, um certo mal estar...
eu e meu irmão lançaremos uma campanha. você compraria um carro usado do roberto jefferson? eu não compraria nem um novo...
demoramos 8 anos pra ir pra natal...
só pra mostrar pra criança como funciona o blogger....

15.6.05

acharam os filhotinhos fofos? tô vendendo... se alguém souber de um interessado, por favor, me manda um mail...
ando com vontade nenhuma de trabalhar. nada que ver com reclamação. mas queria outro trabalho. queria poder estudar full time. queria acordar e sentar numa mesa de livros. só de imaginar isso fico toda feliz...
acho que minha viagem sai essa semana. tô vendo passarinho verde (ou será azul? nunca sei)...
mudei tudo. espero que me achem. quem interessa. porque quem não interessa, espero que e esqueça. para sempre.
tentando trocar de um tudo por aqui

14.6.05

apesar de andar leve, tive insônia essa noite. odeio insônia. me lembra que eu deveria voltar a fazer análise. me lembra um bando de coisas na verdade. inclusive que as coisas andam complicadas em outros lados da minha vida... afinal, tudo funcionar também já era demais...
a trivialidade que me deixou mais feliz por esses dias (fora uma certa dedicatória, mas isso é outra estória...) foi saber que m está grávida. adorei a notícia. serei titia. afinal, apesar de não ser irmão de sangue, m é quase isso. e o bebe ainda nasce perto do meu aniversário. não devo estar mais feliz que m, claro. mas adorei...
ando falando trivialidades, eu sei. mas é que tenho andado um tanto ou quanto assim, trivial, mesmo. meio que me sentindo igual a todo mundo. raro isso. me sentir pertencendo a um lugar. muito estranho...

13.6.05

tentando por os tais comentários em janelinhas de pop up... vejamos...
- oi, onde você tá?
- no rio sul, indo pra casa, e você?
- tô aqui também!!
- jura? me encontra então pra gente ir juntas...

inacreditável diálogo. inacreditável porque eu nunca vou ao rio sul. porque y nunca vai ao rio sul. porque estava um dia de sol lindo. e porque as duas tinham combinado de ver umas coisas lá em casa. coincidência aparentemente não tem limites...
ganhei um presente que me deixou assim toda feliz. não esperava ganhar. fiquei meio de pernas bambas...
fim de semana simplesmente perfeito. acho, pelo menos.

10.6.05

os dois primeiros parágrafos já tinham ido. mas foram de novo. porque achei que o texto ficava bem assim, inteiro, sei lá...
pra frente é que se anda. e assim a gente vai andando. sem saber exatamente o que fazer. mas pra frente é que se anda. ela suspirou e seguiu andando, fazer o quê? o tal do andar vez em quando era meio maçante, era meio difícil. mas ela aprendeu que o objetivo era não desistir. andar mesmo sem saber pra onde estava andando. teresa não tinha muitas certezas. não sabia pra onde queria ir. mas ia. fazer como, se as contas continuavam chegando, se avida continuava sempre? se as perdas eram suas? a identidade dela, diziam, não podia perder. mas se ela nunca encontrou, como ela poderia perder? a saída devia ser essa mesmo. continuar a andar.

teresa fechou a porta. pensou bem se era isso mesmo. mas saiu de casa pro trabalho. cumprimentou o porteiro e seguiu andando. engraçado como a gente faz coisas e nem percebe depois. entrou no metrô. uma, duas estaações. saiu, entrou no prédio do trabalho. sentou à mesa. olhou em volta. nem era tão ruim na verdade. mas tudo parecia tão assim complicado agora. fases. fases de perdas. mas não deveria ser tão pesado. ela nunca tinha acreditado nisso assim. antes que percebesse, pensando assim nas suas tragédias pessoais, entretida consigo mesmo quase que nem criança, era hora de sair pra reunião. detestava reuniões.

aquela era uma dessas reuniões especiais. nada pra se discutir de verdade. o pensamento voa nessas horas. Impressionante. por não ter nada de novo pra falar, teresa ficou calada olhando aquela discussão enorme sobre o sexo dos anjos, mal esperava pela hora do almoço. queria comprar um sapato. isso. um sapato ia melhorar seu humor, certamente. entre pensar o tamanho do salto e a cor da sapato, a reunião acabou. quase indolor.

foi almoçar com as amigas, no caminho pararam para achar o seu sapato. chata, sabia exatamente o que queria. uma sandália vermelha. o salto, o mais alto possível. sandálias vermelhas eram um vício. meio que necessidade de afirmação, sei lá (devia ser o que elas carregam de fetiche). as amigas riam e futucavam as estantes, olhando os outros sapatos. e saíram dali sem ter comido quase nada. mas com sapatos lindos, de volta para o trabalho. as tragédias, naquela correria do dia a dia, iam sumindo. estranho isso, algo que parecia tão grave de manhã agora era tão assim desimportante (amigas e futilidades têm essa capacidade, nos tiram de nós mesmos)...

saindo do trabalho, desistiu da ginástica. hoje não estava com vontade. ia comprar besteira no supermercado e se enfiar debaixo das cobertas. precisava pensar, e pensar e academia eram imiscíveis. comprou sorvete, biscoitos, pizza congelada. só queria bobagens hoje. nada de comida. pegou um filme no vídeo também, apesar de não ter certeza de assistir... depois, a mesma rotina. falar com porteiro, entrar em casa. ainda não estava acostumada com aquilo, com a casa vazia. mas era questão de tempo. não ia sair só pra fugir disso.

deitou atracada com a comida no sofá. dormiu. sonhou. acordou, atrasada, olhou no relógio, saiu correndo... não é que é mesmo pra frente que se anda?

9.6.05

mais fotinhas dos filhotes, já com um mês, uns fofos....
mrs robinson morreu. e eu adoro a anne bancroft (a vantagem de se ser meio assim personagem é essa. não se morre completamente). lembro de ver ela em nunca te vi sempre te amei. lembro de ficar absolutamente apaixonada com a forma como ela gostava dos livros. e depois, dela como mrs. robinson, e fazendo anne sullivan, e depois eu ainda descobri que ela era casada com mel brooks... adoro os filmes dela...

8.6.05

nenhuma vontade de nada. fiquei triste com umas coisas. fiquei cansada. e gripada. vou ver se desconso, troco de vida ali e já volto...
Mrs. Robinson
Simon & Garfunkel

We'd like to know
A little bit about you
For our files.
We'd like to help you learn
To help yourself.
Look around you. All you see
Are sympathetic eyes.
Stroll around the grounds
Until you feel at home.

And here's to you, Mrs. Robinson,
Jesus loves you more than you will know
Wo wo wo
God bless you, please, Mrs. Robinson,
Heaven holds a place for those who pray
Hey hey hey, hey hey hey

Hide it in a hiding place
Where no one ever goes.
Put it in you pantry with your cupcakes.
It's a little secret,
Just the Robinsons' affair.
Most of all, you've got to hide itfrom the kids.

Coo coo ca-choo, Mrs. Robinson,
Jesus loves you more than you will know
Wo wo wo

God bless you, please, Mrs. Robinson,
Heaven holds a place for those who pray
Hey hey hey, hey hey hey

Sitting on a sofa
On a Sunday afternoon,
Going to the candidates' debate,
Laugh about it,
Shout about it,
When you've got to choose,
Every way you look at it you lose.

Where have you gone, Joe DiMaggio?
A nation turns its lonely eyes to you
Ooo ooo ooo.

What's that you say, Mrs. Robinson?
"Joltin' Joe has left and gone away"
Hey hey hey, hey hey hey

7.6.05

eu queria comentar as notícias. mas a verdade é que só de ouvir o roberto jefferson eu fico meio enjoada. e algo me diz pra não acreditar nele. não sei porque, já que a história parece plausível, mas algo me diz que ele não é de confiança...
ele não está feliz. e eu queria poder ajudar. minha sensação de impotência aumenta na medida em que eu sempre tive mania de tomar conta dos outros. só que a verdade é que ninguém precisa ser tomado conta. nem mesmo eu.
alergia. nariz pinga. saco.

6.6.05

Eu sei que vou te amar
Antonio Carlos Jobim / Vinicius de Moraes

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida, eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
trocentas coisas por falar. e não sei nem como começar...
fim de semana deveras agradável...

2.6.05

quer saber? eu também não entendo o homem falar, na cara dura, que a periferia ia ficar muito feliz com isso ao pegar de volta as tais roupas roubadas da daslu. ele falou a periferia com um desdém. e, diabos, eu ia ficar muito feliz com um carregamento de chanel. aquilo ali é um desplante. a periferia, se soubesse o preço, vendia e comprava um carro, catzo...
continuando comentários sobre atualidades, ontem vi um seriado meio bobo, desses de advogado, mas que eu gosto cada dia mais, falando sobre a pena de morte (o seriado chama boston legal, passa na fox). não entendo pena de morte. veja bem: eu entendo o assassinato. entendo a pessoa ter moral duvidosa e matar por dinheiro. entendo a pessoa não ver opção em sua vida e agir de uma forma que eu não agiria. mas não entendo o assassinato legal. alguém, com a moral teoricamente similar à minha, que acredita em direito, em leis, em sociedade, decidir que vai matar alguém. como se fosse simples. como se eu pudesse dispor da vida das pessoas. uma punição como outra qualquer. me choca isso. o seriado dava uns dados do estado do texas. são 117 execuções por ano. 50% das execuções dos EUA. eu não entendo. juro que não entendo. o advogado fala muito bem. se a pessoa vai passar o resto da vida dentro da cadeia, pra que matar ela? só existe a pena de morte se você acha que a prisão é escapável. e não deveria ser.
eu ia ficar quieta hj. mas eu li no jornal que no chile torturavam crianças de 12 anos. 12 anos. como a gente fica calado assim? não entendo tortura sistemática. ainda mais com crianças envolvidas. torna toda a ditadura chilena, que já era algo de profundamente triste para mim, mais terrível. mais difícil de se entender. torna o chile de hoje talvez mais admirável, por conviver com isso.
lenine ganhou quase tudo no premio tim. ele tocou outro dia no circo e eu não fui. adoro lenine. adoro.
estou envelhecendo. não é uma sensação boa.

1.6.05

mais tagarela que nunca...
teresa fechou a porta. pensou bem se era isso mesmo. mas saiu de casa pro trabalho. cumprimentou o porteiro e seguiu andando. engraçado como a gente faz coisas e nem percebe depois. entrou no metrô. uma, duas estaações. saiu, entrou no prédio do trabalho. sentou à mesa. olhou em volta. nem era tão ruim na verdade. mas tudo parecia tão assim complicado agora. fases. fases de perdas. mas não deveria ser tão pesado. ela nunca tinha acreditado nisso assim. antes que percebesse, pensando assim nas suas tragédias pessoais, entretida consigo mesmo quase que nem criança, era hora de sair pra reunião. detestava reuniões...
casal no telefone.
- tá fazendo o que?
- nada, lendo.
- quer vir aqui?
- querer, não quero. mas você tá chamando...

a moça desliga. as amigas riem.
voltei pra hidro ontem. a dor de garganta voltou pra mim hoje. a dúvida é se hoje eu vou na hidro ou deixo quieto e vou amanhã...
a melinda fala uma coisa que me fez ficar curiosa. ela diz que as mulheres gostam de se arrumar e parecer sofisticadas, mas que os homens gostam mais delas quando estão casuais, com roupas de dia a dia. homens, os poucos que me lêem, isso é verdade?
ando indo por demais ao cinema. coisa de fase.

sexta fui ver o manuel de oliveira. gostei, gosto dos filmes dele. tem um que de lirismo português, sei lá. é bonito. pessoas bonitas. lugares bonitos. irene papas cantando ativa meu lado dramático. não sei falar sobre ele. não sei fazer interpretações, acho que na hora do assunto propriamente dito, falta profundidade. mas acho que veria de novo.

ontem, fui ver melindo, melinda, do woody allen. por mais que eu ame ele, achei o filme meia bomba. quase uqe um woody allen for dummies. a mesma fonte de sempre nos créditos (windsor, elegante e anos 50 o quanto possa ser). a mesma nova york. os mesmos elementos de drama e de comédia. tá, eu gostei de algumas cenas. achei as pessoas muito bonitas no filme, com algumas exceções. a caracterização dos personagens no drama e na comédia é boa. um filme que é mais gostoso falado que visto. estranho isso. costumo gostar mais de ver do que de falar sobre filmes... mas o woody allen anda muito cheio das discussões sobre linguagem. assim, fica difícil não dar o meu pitaco...

31.5.05

aprendi que a vida não é ou isto ou aquilo. ou isto ou aquilo é só uma poesia. boa, por sinal. mas não nos define. não é necessário calçar a luva e tirar o anel. querendo, podemos ficar com os dois. é cafona, mas possível. eu posso gostar de ir ao salão e de ler. posso ser absolutamente consumista mas reservar meu dinheiro pra análise. posso ser absolutamente prática e mulherzinha, em todos os sentidos pouco práticos de ser mulherzinha (horas no banho, cremes, penteado, roupas nunca o suficientes). gosto de ser contraditória. e disso é que as coisas são feitas. porque na realidade, nenhum de nós é alguma coisa. a gente vai sendo. por mais que seja no gerúndio. a realidade acontece antes da gente se aperceber e o melhor é ir junto. e não negar que tem dias que a gente queria ser menino, e cortar o cabelo curtinho, e não fazer unhas, e sair de tênis ou de havaianas com calça jeans. e tem dias que nasci dondoca. e quero depilação-pé-mão-cabelo, e saias rodadas, e saltos altos com meias de lurex. e nada é excludente. nada. as coisas vão se somando e entrando no redemoinho e vou aprendendo a lidar com isso. e demorei a aprender que gostar de ler e gostar de me arrumar não eram excludentes. e que eu posso ser fresca e não ser. e ser moleque e não ser. e descobrir isso me deu uma liberdade tão grande. descobrir que posso ser de tantas formas me deixou assim mais leve...
então, com isso ponho algumas fotos dos filhotes por aqui. só pra todos verem quão fofos eles são. ainda estou enamorada. mesmo com eles começando a latir. mas preciso vender. se alguém souber de alguém querendo um cão, me avise. a raça é ótima. tranquila, companheira. só precisam de exercício. até porque farão mesmo dentro de casa, se ninguém for passear com eles. mas são cachorrinhos de desenho. ficam onde o dono estiver, quase não latem, e eu acho uma raça bonita. nem todo mundo precisa achar, mas...

no colo do outro irmão... Posted by Hello

deixou os outros dormindo sozinhos... Posted by Hello

um deles acorda... Posted by Hello

fro tomando coragem pra dar de mamar aos pequenos selvagens... Posted by Hello

eu sei que parecem rotweillers, mas juro que são iguais a mãe deles... Posted by Hello

os filhotes meio acordados, andando no seu paninho... Posted by Hello

pra começar, a cã com meu irmão, doida por um biscoito... Posted by Hello

30.5.05

QUINTA / D. SEBASTIÃO, REI DE PORTUGAL
Fernando Pessoa

Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está

Ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem

Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
LIBERDADE
Fernando Pessoa

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
pra frente é que se anda. e assim a gente vai andando. sem saber exatamente o que fazer. mas pra frente é que se anda. ela suspirou e seguiu andando, fazer o quê? o tal do andar vez em quando era meio maçante, era meio difícil. mas ela aprendeu que o objetivo era não desistir. andar mesmo sem saber pra onde estava andando. teresa não tinha muitas certezas. não sabia pra onde queria ir. mas ia. fazer como, se as contas continuavam chegando, se avida continuava sempre? se as perdas eram suas? a identidade dela, diziam, não podia perder. mas se ela nunca encontrou, como ela poderia perder? a saída devia ser essa mesmo. continuar a andar...
os fins de semana têm sido agradáveis. amigos. dias nem quentes nem frios. boa comida, boa companhia. a vida parece assim quase normal. eu só preciso me orientar. ando pensando em mil coisas, revendo outro tanto. sem saber exatamente que caminho eu vou seguir. estranho. eu sempre faço isso. tenho certeza de um caminho e de repente essa certeza vai sumindo. e outra vai surgindo. na verdade a certeza sempre foi só uma. e ainda não descobri como vou viabilizá-la...
Oriente
Gilberto Gil

Se oriente, rapaz
Pela constelação do Cruzeiro do Sul
Se oriente, rapaz
Pela constatação de que a aranha
Vive do que tece
Vê se não se esquece
Pela simples razão de que tudo merece
Consideração

Considere, rapaz
A possibilidade de ir pro Japão
Num cargueiro do Lloyd lavando o porão
Pela curiosidade de ver
Onde o sol se esconde
Vê se compreende
Pela simples razão de que tudo depende
De determinação

Determine, rapaz
Onde vai ser seu curso de pós-graduação
Se oriente, rapaz
Pela rotação da Terra em torno do Sol
Sorridente, rapaz
Pela continuidade do sonho de Adão

25.5.05

Penas do Tiê
Folclore (Adaptação de Fagner)

Vocês já viram
Lá da mata a cantoria
Da passarada, quando vai anoitecer
E já ouviram o canto triste da araponga
Anunciando que na terra vai chover
Já experimentaram guabiraba bem madura
Já viram as tardes quando vai anoitecer
E já sentiram das planícies orvalhadas
O cheiro doce das frutinhas muçambê
Pois meu amor tem um pouquinho disso tudo
Que tem na boca a cor das penas do tiê
Quando ele canta os passarinhos ficam mudos
Sabe quem é o amor ?
Ele é você, você, você ...
os cachorrinhos começam a abrir os olhos... coisa mais fofa. e uma amiga acha que eu é que quero ter babies. quero não. ainda não, pelo menos...

24.5.05

ainda bem que quinta é feriado. e eu não trabalho sexta. estou muito, mas muito feliz com isso...
vi por esses dias os esquecidos, do bunuel, meu amado. o filme é bom. muito bom. tem uma fotografia impressionante. tem uma história de cortar o coração. é filme pra ser visto, pensado... e enfim, pra se perceber que pouco mudou fora dos grandes centros. que fora da europa e dos esatdos unidos, a vida das crianças pobres é aquela dali mesmo. me deixou meio assim de coração cortado...
histórias bizarras. uma amiga liga pra dar oi. até aí, tudo ótimo. mas na hora que pergunto como ela está, a resposta vem certeira. ela tem infecção intestinal. e descreve o que é isso. pra mim, muito mais do que eu gostaria de saber sobre alguém, definitivamente...

23.5.05

muito por falar, e talvez por isso eu fique calada por aqui. perdi a cabeça da minha barbie de bolsa. fiquei meio chateada, mas... eu cansei de perder meu tempo também quando perco coisas. casacos só ainda me aborrecem. cada dia tenho menos. e eu adoro casacos...
ontem fui ver o guerra nas estrelas - a vingança dos sith. goste. não é assim um retorno de jedi, mas é bom. bemn bom. tem o darth vader. se bem que aquele moleque é um dos piores atores ever. o menino tremendo a boquinha quando tenta matar a padme é simplesmente fantástico. o palpatine é mau como um pica pau. e padme é minha heroína. adorei ela falando que a liberdade vai embora debaixo de palmas...
vi uma quantidade de vídeos, seriados, filmes no telecine e afins assustadora. juro. virei uma enciclopédia da tv, acho...
dias de gripe. febre. tosse. mal estar. quero colo. quero companhia. quero ficar boa. quero sair daqui. era só o que eu pensava. sair de casa, da cama, daquela febre e mal estar que me consumiam...

16.5.05

cismei com essa música durante o finde. pensei muito aliás, li dalton trevisan. continua não sendo um predileto, mas melhorou minha antipatia. quase terminando o livro do meu amigo português. pensando maneiras de ganhar dinheiro. urgente. ainda não descobri por onde eu saio...
Fico Assim Sem Você
Cacá Moraes / Abdullah

Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem abraço
Sou eu assim sem você

Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo (2x)
como único problema, uma dorzinha de garganta... não há de ser nada...
ilha grande. mar completamente limpo. parecia uma lagoa. tudo parecia um sonho. espero que não tenha sido só isso. e fui ficando assim, alegre, feliz, confortável. engraçado como as pequenas coisas vez em quando são as que mais deixam a gente assim feliz. os pequenos gestos. e estar junto. fazia muito tempo que eu não ficava assim, muda do lado de alguém...
cortei o cabelo hoje. nada demias, só pra voltar a ver meu rosto... ainda tá elorme, ainda faz vista...
não sei nem por onde começar a falar dos últimos dias. ando faznedo tempestades em copos d'água. e o mundo anda meio cor de rosa. mas me dêem licença, que eu andava precisando assim, estar feliz...

12.5.05

acordei meio abiésia hoje. esqueci o celular, os brincos, os anéis... tô tateando pra ver se a cabeça está assim, bem no lugar...
os filhotes já andam, tentam sair do quartinho. a cã tá uma figura de mãe. descobri hoje que só nós podemos mexer nos bichos, pelo menos por enquanto. a empregada foi tentar ver e levou um passa fora. ao estilo da cã mais banana do mundo, mas foi um chega pra lá. latidos às 7:30 serviram de despertador pra mim. depois, ela se acalmou. sentou na sala e ficou de butuca. era ter barulho maior perto do quarto e ela corria pra lá, olhava se estavam todos ali, lambia eles e voltava. eu tô toda boba olhando aqueles ratinhos cegos...
chocada com a relação a jato de ronaldinho e cicarelli (não sei como escreve isso). em menos de um ano, conhece, casa e separa. quase um recorde...

11.5.05

bom, juro que ainda retorno à programação normal. mas por enquanto estou babona com os filhotinhos... todos os 78. e com a cã mãe, que foi tranquila... meus irmãos é que resolverem provar que homem, definitivamente, não nasceu pra parir... aliás, provaram que homem é meio froxo mesmo...
ainda não consegui dormir por conta disso. o samba de hoje, parece, deve ser adiado. nenhuma saúde pra isso por agora... sono, muito sono...
nasceram os filhotes da cã. a coisa mais linda... ainda estou aqui aboxonada por eles... prometo tirar fotinhas e por aqui depois...

10.5.05

ando mais prolixa do que nunca. a zona da minha cabeça tem piorado. culpa minha dessa vez. acho que de repente podia voltar a fazer análise. isso faz bem à cabeça de uma pessoa. acho que preciso falar umas coisas com s. ando meio aflita com isso tudo, e o pior é que tudo parece bem. ando querendo resolver umas coisas que ficaram pelo meio, sei lá. preciso dormir. preciso tanta coisa...
paris em chamas? também é bom filme sobre o fim da guerra... ando querendo rever todos. deve ser vontade de contato com a maldade humana, sei lá...
pensando ainda sobre holocausto, olhando as imagens do tal memorial alemão... fico me perguntando se as pessoas realmente entendem a idéia da eugenia. como ela começa. começa com a eliminação dos deficientes. a diferença mais óbvia. castração de deficientes mentais é a primeira coisa. mostra bem no julgamento de nuremberg (filme que amo, aliás). a gente não se apercebe como é pernicioso decidirmos quem é merecedor ou não de vida, e de gerar vidas. como é pernicioso achar complicado um deficiente mental ter filhos. ou ficar aflito com um namoro entre eles. isso é o tal do preconceito. é isso que faz acharmos que somos diferentes. melhores. não somos. ninguém é melhor. ando pensando nisso, claro, por conta de tudo que tem saído nos jornais. mas nem é só isso. às vezes me pego julgando pessoas e sei que isso não é legal. cada um tem sua vida, suas razões, sei lá. a gente vai vivendo... só não acho que eu (ou de resto qualquer pessoa) tenha algum direito a intervir nisso. claro que existem limites morais. mas entre eles está que todos são iguais. e tem direito de viver como todos os outros. tergiversando, pra variar. mas essa coisa intervencionista e controladora do nazismo me perturba muito, fico meio monofásica.
desses dias de prometer nunca mais beber na vida.
ontem fui numa roda de chorinho. er apra ser light e voltar cedo. eu esqueci que eu não sou light. a. ainda ficou pior que eu. explicava a diferença entre porre e pilequinho... não sei quanto a ela, mas eu tomei foi porre mesmo. e dos bons.
conclusão brilhante a que se chega, ao ver a pobre cã entrando em trabalho de parto... deus é homem. só pode ser. se fosse mulher, eram os homens que pariam. a cã gira que nem pião desde ontem à noite, respira ofegante, não come e não dorme. visivelmente não está achando nada divertida essa brincadeira. meu irmão diz que eu estou errada. que a definição de mulher é ser a que pare. não importa. isso não pode ser coisa boa. olhando assim, eu lembro porque eu sempre disse que grávida eu não fico. em último caso, se morrer de vontade de ter um filho, adoto. nenhum problema de não passar os tais genes pra posteridade. coisa boa eu já não sou mesmo, que vim toda defeituosa. defeito no coração. defeito no rim. defeito em tudo. deixa quieto, melhor os genes morrerem aqui.

9.5.05

de volta ao mundo dos vivos, eu quero dormir ainda. porque passei desde quinta saindo pra comemorar acabar a pós... sono, muito sono.
sábado, show de tom zé. adoro tom zé. eu sei que ele é datado. que passou da época. mas eu me divirto, sempre. e sábado no circo não foi diferente... s. me liga no meio da tarde avisando que ia comprar os ingressos, achei graça, achei que eu era mais fã, mas parece que ele gostou do último disco. se atrasou pra passar lá em casa, mas fomos ao show em tempo, afinal, o show atrasou mais. foi divertido. foi tomzé, falando bobagem, cantando fora de tom, rasgando roupas... faltou o esmeril, mas esse era do outro show. cheguei em casa as 4. exausta, afinal, ainda tinha coisa depois do tomzé no circo. acho que o céu na terra, mas confesso que nem prestei muita atenção...
uma semana em casa escrevendo. eu detesto me isolar do mundo. mas foi necessário. agora, de repente, o mundo deve ser um lugar mais legal...
60 anos do fim da segunda guerra. data importante. fui ver o filme do hitler, meio que por coincidência. e saí encantada com o filme. e impressionada, sempre impressioanda com a loucura nazista. não consigo ver de outra forma. não me parece normal alguém pensar daquela forma. e gostei muito do filme, alemão, não absolver os alemães. dizer claramente que eles deveriam ter se informado, sim. deveriam ter participado mais e confiado menos em um fuhrer que nem era assim tudo para todos. eles não queriam se envolver mais se envolviam sem saber o poruqe nessa máquina. e isso era errado, sim. gostei do filme reiterar isso. meio que é óbvio que nuremberg não podia matar todos ou prender todos pela vida, não podia encarcerar toda uma população. mas a punição parece pouca, não sei. o filme é bom, enfim. gosto de filmes sobre a segunda guerra. acho importante relembrar para não acabar revivendo...

6.5.05

voltando ao mundo normal aos poucos. monografia entregue, é vida que segue. vamos ver aonde vou agora. procurar um mestrado mais de verdade, procurar outro trabalho, mais relacionado à pesquisa... enfim, mudar de vida. não há de ser simples, mas...

5.5.05

aparentemente amanhã volto pra vida dos homens... por enquanto ainda tenho muito sono pra raciocinar. mas não morri, e não abandonei o blog totalmente ainda não, pelo menos.

25.4.05

tem saído farpas de todos os lados. ando em pé de guerra comigo mesma, o que se nota. não é nada, já passa. mas preciso tentar ter a tal calma. no finde eu consegui. pode ter sido a companhia, mas consegui. preciso aprender a conseguir sem a companhia. mais difícil, mas certamente não impossível. achar a tal paz é possível, certamente...
mudando de assunto, andei pegando chuva. muita chuva. tava no tal cinema ao ar livre na quinta. fui ver kinsey, filme meia bomba, mas até divertido. nada divertido foi parecer um pinto molhado depois da sessão. e espirrar o resto do feriado.
mais conversas de pé de ouvido... e se eu me matasse, o que você faria? a resposta demorou, mas veio doce como só uma declaração pode ser... eu ia atrás...
conversa light, gira em torno de ciúmes. a menina, ciumenta que só, fala que na situação hipotética que ele fala, virava as costas e nunca mais falava com ele. a resposta, com um sorriso meio encabulado foi taxativa: você nunca vai conseguir não falar comigo. nem eu contigo...

20.4.05

19.4.05

eu quero dançar essa semana. dançar e cantar. ando cantando odara, pode? as coisas aparentemente estão tranquilas. pelo menos eu decidi assim. o que não está tranquilo eu por agora não quero dar atenção. negação mesmo, e daí? por agora tenho o que preciso. e vou estudar mais a cada dia. e dormir. e ser feliz. porque é disso que eu quero fazer minha vida. e meu ex-analista ia até ficar impressionado comigo, acho...
115. espero que me sirvam de alguma coisa...
bom, o ratzinger é papa. noves fora, pouca coisa muda, eu sei. me lembro da mafalda dizendo que seu banquinho tem o mesmo poder de influência que o papa... muda o seguinte: acho que preciso achar outra religião, me converter, sei lá. ou assumir um certo agnosticismo de minha parte. ainda não decidi... mas eu bem achava legal ser católica. gosto até de missa...

18.4.05

Não Tenha Medo
Miltinho Edilberto

Não tenha medo
Me faça seu travesseiro
Aquela roupa eu nem tirei
Só pra dormir com seu cheiro
Aquele beijo de boa noite
Ainda queima em minha boca
Nem o café esconde o gosto
Em sonho vejo seu rosto

Você é a estrela domar profundo
Caiu do céu no meu mundo
Se fico longe só um tiquinho
Um pouco mais que o segundo
A corda quebra, o carro para o riacho fica fundo

Você é a estrela domar profundo
Caiu do céu no meu mundo
Se fico longe só um tiquinho
Um pouco mais que o segundo
A corda quebra, o carro para o riacho fica fundo

Não tenha medo
lhe ajudo na travessia
Não sei nadar
Pra flutuar basta a sua companhia

Não tenha medo
lhe ajudo na travessia
Não sei nada
Pra flutuar basta a sua companhia
cansada. volto à programação normal dia desses. por agora cantarolo roberto e penso que nem se tudo der errado tá tão complicado assim. caso grave. gravíssimo. mais um pouco e nem eu me reconheço...
cantado pela Bethânia, por favor...

Outra Vez
Isolda

Você foi o maior dos meus casos
De todos os abraços o que eu nunca esqueci
Você foi dos amores que eu tive
O mais complicado e o mais simples p'ra mim.

Você foi o melhor dos meus erros
A mais estranha história que alguém já escreveu
E é por essas e outras que a minha saudade
Faz lembrar de tudo outra vez.

Você foi a mentira sincera
Brincadeira mais séria que me aconteceu
Você foi o caso mais antigo
O amor mais amigo que me apareceu
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.

Esqueci de tentar te esquecer
Resolvi te querer por querer
Decidi te lembrar quantas vezes eu tenha vontade
Sem nada perder.

Você foi toda a felicidade
Você foi a maldade que só me fez bem
Você foi o melhor dos meus planos
E o pior dos enganos que eu pude fazer
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.

15.4.05

preciso de muita sorte nesse fim de semana. muita.
muito sono. desta vez os culpados pela insônia foram mosquitos. tô inteira picada. e mal eles foram dormir, tava na hora de eu acordar... bem fez s que continuou a dormir, depois de me pedir desculpas... como eu precisava dormir...
não costumo usar o tal do permalink. mas esse post do meu irmãozinho é divertido. tá, é velho. mas é divertido...

13.4.05

ganhei uma caneta absolutamente genial. só p. pra me dar um presente tão pequeno e eu gostar tanto... na verdade, a graça de qualquer presente é saber que outra pessoa pensou em você. é o carinho. e carinho sempre é bom. não interessa daonde vem...
tem dias que a gente tem a sincera vontade de matar alguns companheiros de trabalho.
ontem eu vi uma briga de abr. cena dantesca. a mulher começa a berrar, mandar o fulano parar. cinco minutos depois, o fulano se atracava com outro em pleno chão do leblon. berros prum lado, seguranças pro outro, tiram o ex bêbado de cima do atual da moça. o atual, muito envergonhado, pedia desculpas a todos pela zona. a moça chorava. andando pra pegar meu taxi, vejo o ex, ainda seguro pelo amigo, querendo voltar a apanhar do atual, afinal, era um terço do tamanho dele e estava algumas (muitas) cervejas além do necessário para saber como se fica em pé...
minha cachorrinha está grávida!! (o post vai sair meio lesado, mas é porque eu fiquei meio lesada com a notícia) daqui a mais ou menos 2 meses, terei muitos filhotes andando pela casa. tenho medo dela resolver que o ninho é a minha cama... mas mal posso esperar pra ver os filhotinhos...
O Que Tinha De Ser
Antonio Carlos Jobim - Vinicius de Moraes

Porque foste na vida, A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu, Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem, E eu tua mulher
Porque tu me chegaste, Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma, Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser
Porque foste em minh'alma, Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser

12.4.05

Dans mon île
Paroles et Musique: M.Pon, S.Salvador
1957© 1957 - Disque Barclay

Dans mon île
Ah comme on est bien
Dans mon île
On n'fait jamais rien
On se dore au soleil
Qui nous caresse
Et l'on paresse
Sans songer à demain
Dans mon île
Ah comme il fait doux
Bien tranquille
Près de ma doudou
Sous les grands cocotiers qui se balancent
En silence, nous rêvons de nous.

Dans mon île
Un parfum d'amour
Se faufile
Dès la fin du jour
Elle accourt me tendant ses bras dociles
Douce et fragile
Dans ses plus beaux atours
Ses yeux brillent
Et ses cheveux bruns
S'éparpillent
Sur le sable fin
Et nous jouons au jeu d'Adam et Eve
Jeu facile
Qu'ils nous ont appris
Car mon île c'est le Paradis
Os mais doces bárbaros
Caetano Veloso

Com amor no coração
Preparamos a invasão
Cheios de felicidade
Entramos na cidade amada

Peixe espada, peixe luz
Doce bárbaro Jesus
Sabe bem quem né otário
Peixe no aquário nada

Alto astral, altas transas, lindas canções
Afoxés, astronaves, aves, cordões
Avançando através dos grossos portões
Nossos planos são muito bons

Com a espada de Ogum
E a benção de Olorum
Como num raio de Iansã
Rasgamos a manhã vermelha

Tudo ainda é tal e qual
E no entanto nada é igual
Nós cantamos de verdade
E é sempre outra cidade velha

11.4.05

o resto do fim de semana? ando em crise com tudo na vida. pelo menos s. tem sido menos instável. porque escrever tem sido um parto. ler outro. e estudar sem fazer nenhuma das duas tarefas se torna impossível. fico com vontade de dormir, e, claro, com insônia. e reclamo aqui. é meu espaço pra isso, nesse diabo de blog mulherzinha que eu tenho. é mulherzinha, é lilás, é lamuriento, é meu querido diário. e o problema é meu, ok?
esperando a hora do filme, encontrei minha mãe num bar em laranjeiras. tudo ótimo. os tricolores curtindo sua dor de cotovelo quietinhos. até me aparecer um espírito de porco fantasiado de volta redonda. em laranjeiras. o cara fez uma arruaça, não teve muito eco e foi embora... mas nem foi o único que eu vi ontem. encontrei outro torcedro do voltaço no cinema... ixpetáculo...
fui ver o clan das adagas voadoras. minha capacidade de concentração anda mesmo próxima a zero, achei por bem que um filminho domingo a noite com s. não faria mal a ninguém. confesso que fiquei decepcionada. queria um hero e vi um tigre e o dragão. nada contra. é bonito. as lutas são muito bem coreografadas. os protagonistas são muito bonitos. mas não é hero, que me deixou completamente tomada. deve ser pela estética. parecia um quadro em movimento. uma coisa espetacular que se fez com o uso das cores na fotografia. apesar de aparecer um pouco essa idéia no clan, não é a mesma coisa. não mesmo. mas a noite foi tão agradável...
´cada um com seu cada um. eu só arranjo maluco. sério.

7.4.05

enquanto isso, eu fico histérica por minhas próprias razões. será que dá pro tempo parar de andar? não ia ser de todo mal...
estou muito impressionada com esse surto de histeria coletiva para ver o papa. não é possível que seja tanta devoção assim à igreja. isso é idolatria, que até onde eu soubesse, é pecado. é aflitivo ver aquelas pessoas na fila 12, 15 horas para ver um corpo. é angustiante ver a rapidez com a qual se produziu um ramadan em roma.
o rio tá mal até de cardeal, nunca vi... fazendo declarações desastrosas à imprensa sobre o lula. são paulo é mais bem servida até em termos espirituais. dom claudio hummes está tentando ver se diminui a declaração do outro até agora. até porque, o pt não existe sem a teologia da libertação. frei betto, leonardo boff não eram do pt por acaso. e frei beto não é assessor do lula por acaso. é uma questão de fé, além de política, que está aí no meio...

5.4.05

engraçado. numa conversa, sábado, meus amigos discutiram comigo que eu não acredito em deus. como se fosse um fato. algo impossível pra alguém tão letrado, digamos assim. a verdade é que eu acredito. e sou católica. claro que não sigo todos os dogmas. como eu vi um cardeal falando na bbc, todos pecamos. todos somos orgulhosos, vãos, egoístas. mesmo os padres e bispos. mas eu quero acreditar. e querer acreditar é acreditar. porque levei muita lambada e preciso de alguma coisa maior pra acreditar. porque uma igreja é um local de oração. e é um lugar que me dá paz. porque eu adoro um ritual, acho reconfortante. e o da missa não é diferente. porque a teologia da libertação é interessante. porque acho a história de jesus, em si, bonita. da transformação do deus vingativo do antigo testamento, do deus que nos pune com o dilúvio para o deus que nos dá seu filho em sacrifício. para o deus que nos perdoa a tudo. que só nos pede a crença nele. porque é dessa crença que vem sua existência. acho isso tudo muito interessante. e bonito... e achei interessante eu parecer tão obviamente atéia.
o papa morreu. confesso, não era nada fã dele. papa mais reaça, é difícil. só se elegessem o ratzinger. mas parece que inquisidores não são lá muito populares... mas fiquei meio triste, sei lá. deve ser meu lado de educação meio católica. lembrei da minha vó. lembrei muito da minha vó. e confesso, achei muito interessante um papa que fazia tanta questão de falar contra a eutanásia pedir pra morrer em casa, sem tubos. ele disse que estava pronto. e tem realmente um semblante pacífico no caixão. e, sei lá, não acho que o reacionarismo dele devesse ser um problema pra quem não é da igreja. acho que ele era, sim, profundamente católico e pio em sua religiosidade. a igreja plonesa ainda é muito ana e os lobos. a brasileira não é tão fechada, pra nós soa errado aquilo. a teologia da libertação, as pastorais, têm muita foça por aqui. e não estavam nas graças dele. minha vó gostava dele. dizia que rezava a missa bem. e ficava aflita com ele morrendo diante dos nossos olhos, aos poucos. mas parece que aceitando cada passo. catolicamente aceitando morrer. e eu não concordo com o jabor, em geral. mas concordei com ele no final da crônica de hoje. nunca gostei do papa. mas me impressiona a capacidade dele de reunir multidões, mesmo após a morte. multidões rezando pela ligação mais perto delas com deus.
eu e minha mania de ler asneiras quando fico ansiosa. acabo de descobrir que o filho de ronaldinho e cicarelli será apátrida. afinal, a moça, que faz papel de inteligente, quer que ele seja espanhol. pequeno problema. nacionalidade na espanha é por sangue. no brasil por nascimento. nasceu na espanha, filho de brasileiros, não é nada. nadica. tem até passaportes especiais pra isso, acho. iguais aos dos refugiados... super chique, ela deve achar...

31.3.05

andei lendo arquivos disso daqui. engraçado não se reconhecer. ou perceber que mudou tanto em tão pouco. e não lembrar dos acontecimentos direito, não conseguir saber o que me levou a tal outal comportamento. mas achei graça mesmo de me ver tão diferente, tão mais insegura, não sei. tão mais perdida, sem saber pra onde ir. enraçado que até hoje eu não tinha me dado conta que eu realmente sei pra onde ir agora. que eu tenho um caminho agora. que eu tô trabalhando pra isso. e que não sou mais tão frágil, tão criança...
aliás, o ridículo está me preocupando. estarei de maiô e touquinha pulando numa piscina. tudo para deixar de ser uma total e completa sedentária. e para emagrecer os 4 kilos que eu quero emagrecer. ficarei um ixpetáculo, me aguardem!
eu não vou desistir, não adianta!! eu decidi começar a fazer algum exercício físico e vou começar a fazer! se o médico não está lá hoje, irei lá segunda. nada me fará desistir disso. nem o ridículo de ter decidido fazer hidroginástica, hidro power segundo a moça da cadimia...

30.3.05

sabe quando parece que as coisas estão entrando nos eixos? pois é, eu estou esperando a rasteira. sempre tem uma rasteira.
alergia. insônia. ainda bem que falta só um mês pra acabar a pós...
o césar maia errou na mão. parece até que enlouqueceu de vez...

29.3.05

as pessoas têm medo de se expor. mas só no medo elas já se expoem. se expor é muito mais do que parece. é falar de mais ou de menos. porque falando de menos a gente expõe o medo de julgamento. o emdo da interferência. eu falo demais. por querer a tal da aprovação, eu sei. mas depois, se não encontro, na verdade, não dou tanta atenção. e faço coisas pra chamar atenção, eu sei. como uma criança, eu sei. na verdade, falta de freios e de medos, e não excesso deles, sempre foi meu maior problema. eu cai e quebrei a cabeça quando era pequena duas vezes. e só depois que eu passei a achar que devia prestar atenção onde pisava. pelo menos aprendi com o erro. mas sempre tive esse péssimo hábito. preciso quebrar a cabeça pra aprender. ir até o limite pra ver que não era nada daquilo. me abrir inteira pra ver que devia ter guardado um pedaço. e sabe? não acho ruim. acho meio libertador. se maquiavel dizia que o segredo dá poder às pessoas, pelo menos ninguém tem poder sobre mim. porque segredos não são o meu forte. os dos outros eu pelo menos guardo (ou tento, vai). os meus... saem por aí, ao vento. escritos aqui. falados aos amigos e aos nem tanto. menor censura. e olha que eu tento. mas censura nunca foi meu forte.... tergiversando. pra não chegar a lugar nenhum. falando só pra não perder o hábito. dizendo só pra não dizer nada. eu ando falando mais que nunca. e falando mais e menos do que devia. mas ando precisando falar. deve ser necessidade de voltar pra análise, sei lá...
e se eu desistisse da tal da vida social? já ando perto disso... de repente sobrava mais tempo. ou se os dias tivessem 48 horas, quem sabe... pior que eu gosto dessa tensão. a única parte chata é não dormir. mas eu gosto de ter muito por fazer. sensação de andar pra frente.
muito atolada. com coisas demais na cabeça pra falar. sem saber o que fazer com essa quantidade de informação. quer dizer, na verdade eu sei. eu devia escrever. mas menor vontade...

23.3.05

não fui ao show do lenny kravitz. o cansaço me pegou. ainda não decidi se fico aliviada por não ter enfrentado a zona ou triste por ter perdido o show...
tem me acontecido uma vontade enorme de escever. como se tudo dependesse disso. pena que não é vontade de escrever o que eu deveria estar escrevendo....
ando tão assim avoada. cheia de por fazer e menor vontade de por a mão na massa. vontade de dormir. de sumir. de esquecer. mas não posso. alguém quer me ajudar? no meio da zona de família às turras e vó ainda assim isolada pro si mesma do mundo, tenho de pesquisar nas coisas do avô. acho que preciso voltar à análise só pra conseguir me enfiar naqueles papéis. cada dia me dói mais um pouco a idéia. resolvi, meio por conta disso, voltar pro trabalho. contar muito mais do que queria ou pensava em contar por aqui. de repente o desabafo resolve. é como se eu tivesse orientando minha vida toda pro outro lado e não quisesse mais saber da tal da pós. mas é melhor eu entrgar isso e me graduar de uma vez. recebr o diploma. depois eu penso no dia de amnhã, não seria isso? mas eu não tô fazendo assim. e fico cansada...

21.3.05

"Dizem que em algum lugar, parece que no Brasil, existe um homem feliz."
Vladimir Maiakovski
justo agora que eu devia parar com isso, ando lendo mais poesia do que nunca. acalma os nervos. e cismei de reler um paulo mendes campos encostado ali na minha casa. ando meio assim, modernista. meio assim, antiga. deve ser o trabalho da pós, ainda inacabada. andei olhando de rabo de olho meu maiakovski também. e reler gide aparentemente está virando necessidade. com tanta coisa antiga pra ler, preciso arranjar tempo pras coisas novas. não é nada. deve ser uma fase meio assim nostálgica...
Poema de Sete Faces
Carlos Drummond de Andrade

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus,
pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
Não sei Dançar
Manuel Bandeira

Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria.
Tenho todos os motivos menos um de ser triste.
Mas o cáculo das probabilidades é uma pilhéria...
Abaixo Amiel!
E nunca lerei o diário de Maria Bashkirtseff.

Sim, já perdi pai, mãe, irmãos.
Perdi a saúde também.
É por isso que sinto como ninguém o ritmo do jazz-band.

Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu tomo alegria!
Eis aí por que vim assistir a este baile de terça-feira gorda.

Mistura muito excelente de chás...

Esta foi açafata...

— Não foi arrumadeira.
E está dançando como o ex-prefeito municipal:
Tão Brasil!

De fato este salão de sangues misturados parece o Brasil...
Há até a fração incipiente amarela
Na figura de um japonês.
O japonês também dança maxixe:
Acugêlê banzai!

A filha do usineiro de Campos
Olha com repugnância
Para a crioula imoral.

No entanto o que faz a indecência da outra
É dengue nos olhos maravilhosos da moça.
E aquele cair de ombros...
Mas ela não sabe...
Tão Brasil!

Ninguém se lembra de política...
Nem dos oito mil quilômetros de costa...
O algodão do Seridó é o melhor do mundo?...Que me importa?
Não há malária nem moléstia de Chagas nem ancilóstomos.
A sereia sibila e o ganzá do jazz-band batuca.
Eu tomo alegria!

Petrópolis, 1925
agora meu organismo resolveu que não quer mais essa coisa careta de dormir de noite. interessante. só que de dia ele nunca quis dormir. a luz me incomoda. resta saber como posso resolver esse problema. dizem que dormir faz bem à saúde.
paguei uma professora pra me ajudar com redação. hoje fui mostrar minhas criações... meu texto é literário demais, diz ela. cheio de ênfases pelo ritmo. de frases curtas e incisivas. isso não é ruim per se. só que não é bem o texto que procuram na prova, perceba...
eu quero casar na loud! adorei a idéia!

16.3.05

fui ver a terra do nunca. acho que queria me esconder por lá. na verdade, acho que sempre me escondi por lá. em algum lugar eu sempre fui a wendy, ou a alice. me escondendo dentro de mim. indo atrás das fantasias. sumindo atrás do sorriso do gato. me perdendo e me achando no meio do nada. é uma condição estranha, essa. a de não saber onde se está em nenhum momento. mas eu devia aproveitar mais isso, nem sei. me achar na terra do nunca. fugir pelo espelho. correr pelo país das maravilhas. isso é saber que tenho pra onde ir quando tudo está errado. quando o mundo parece que não tem esperança. quando a tristeza toma conta. é fechar os olhos e voar com peter pan. discutir com a rainha de copas. se intrigar com o sorriso. é saber que fugir nem sempre é ruim. é saber que cair nem sempre machuca. eu andei caindo pouco, querendo ser adulta. querendo fugir da minha terra do nunca. engraçado, que vendo o filme eu achei que minha mãe era o peter pan. e que eu devia respeitar mais esse meu lado assim, infantil. porque acaba que ele me ajuda mais do que todos. me ajuda a ter leveza quando as coisas estão pesadas. a achar graça no que não deveria ter. a ver ternura onde não precisa. assim a gente vai enfrentando melhor, talvez. talvez assim a gente continue vivendo sem nem perceber quão difícil está sendo...