31.10.07

interrompo meu período de reclusão pra dois comunicados:

o primeiro, que torço muito pra o são paulo só ganhar esse ponto que precis ana última rodada. quase impossível, eu sei. mas ia adorar se o américa de natal ganhasse hoje...

o segundo, que torço muito pra continuar fechada a agulha do rebouças pro cosme velho. adorei meu bairro virar assim algo tranquilo. tá, eu sei, também não deve acontecer...

será que funciona se eu pedir pra santa rita dos impossíveis? não, muito fútil pra pedir pra santa. deixa pra pensar em coisas mais importantes...

10.10.07

angústias me fazem me concentrar fora de mim. assisto tv sem parar. tô começando a odiar tv. pra alguma coisa isso vai servir...
angústia. tem um seminário sobre isso, dizem. eu mesma só estudo psicanálise in loco. na minha analista. fora de lá, nunca li nada. de repente leio. a dúvida que fica é: será que estudando um sentimento eu consigo parar de sentir ele? ou só consigo descrevê-lo melhor, identificá-lo melhor? afinal, o que eu quero saber sobre isso? na verdade, eu queria saber como fazer pra evitar a angústia. pra sair fora do sentimento de culpa. pra ser assim sempre leve e feliz. pra produzir, muito. e bem. pra saber quem eu sou. de maneira que pudesse saber o que eu sinto. bobagens sem fim andam passando pela minha cabeça...

3.10.07

argh! acordar sabendo que mais um dia vem pela frente. mais um dia sabendo que as coisas não são exatamente como a gente quer. mais coisas saindo do lugar que deveriam estar. mais lugares se movendo. e tudo vai ficando assim confuso. e acordar dá preguiça na gente, não? acordar de verdade. abrir os olhos. saber onde se está indo, mesmo que o rumo vá mudando. porque o rumo muda, é meio fato isso. muda pras crianças e pros velhos. pros adultos. o rumo tem esse mau hábito. de tirar o chão dos nossos pés.

28.9.07

ganhei uma bicicleta. o que teoricamente resolve o velho dilema. mas agora, será que caso ou que compro outra bicicleta? e em comprando outra bicicleta, o que faço com ela? e casando? o que faço com isso? quando a gente segue assim, escolhendo detalhe após detalhe, tudo parece tão difícil. que eu só queria era poder ser criança de novo. e calçar a luva e por o anel. e ficar lendo no fundo do quarto. com uma placa de não perturbe na porta.
eu ia falar do pps. e do nariz de palhaço. mas, sinceramente, precisa falar alguma coisa?
sempre tive pavor de sentir dor. pavor assim de ficar travada ante a mera possibilidade. sempre fui do tipo que pede anestesia pra furar orelha. que tem medo de subir na bicicleta porque vai que eu caio da bicicleta? daí, dói. dizem que eu era uma criança que não pulava. por medo de cair. cair sempre foi assim um medo maior do mundo. engraçado como, com o tempo eu fui perdendo os medos. descobrindo que eu preciso pular de vez em quando. e que não tem anestesia pra algumas coisas. e pra outras, veja bem, eu sou alérgica a alguns anestésicos. porque claro que o corpo da gente prega peças nos nossos medos. então, quando precisei tomar morfina, passei mal com ela. quando preciso passar xilocaína, a pele quase cai de tão irritada que fica, e, claro, a dor aumenta. a descoberta que fica é que dor não mata. é que ela também não ajuda a crescer. mas faz assim parte da vida. e então eu pude voltar a subir na bicicleta. e pular. porque o pior que pode acontecer é sentir alguma dor, não?

21.9.07

costurar. agulha entra e sai do tecido e algo se forma. ando apaixonada pela idéia. a criação. fazer algo novo. do nada. ou do quase nada. me atrai. como as palavras, brinca-se com os elementos. e algo pode surgir, não?

19.9.07

o cansaço toma conta da gente. o corpo moído. uma tristeza de se saber com vontade de mais o que fazer, mas sem as forças necessárias. o corpo não aguenta. e é triste saber que o corpo nem sempre aguenta a cabeça. são entidades separadas, aparentemente. e nem deveria. ou sei lá. sempre me deram broncas por isso. negligenciar o corpo. esquecer dele. e ele se faz lembrado com violência. então tento. lembrar dele. tomar conta. de mim. o que parece mais difícil.

18.9.07

ando cheia dos sonhos de consumo. dia desses enlouqueço e me dou tudo. no cartão. e fico com dívidas para o ano. ixpetáculo.
sol e frio. sair de casa com sorriso no rosto pelo tempo. possibilidade de usar qualquer roupa. de ser qualquer coisa. dias de sol sem calor são dias com possibilidades demais. de lagartear ao sol na hora de almoço. de por casacos e olhar pela janela com um sorriso no trabalho. sol no rio de janeiro faz o dia bonito. deixa aluz diferente. dias de fim de inverno. bonitos, os dias. ainda acho que chover não seria mal, dizem que falta pouco pra começar um racionamento. mas o sol...

31.8.07

preguiça. dias cinzas produzem preguiça. dizem que é questão de ser carioca. o carioca derrete na chuva, é feito de açúcar, logo, dias cinzas dão aquela vontade de nem sair de casa. pra não arriscar, sabe?
o cobertor parece maior e mais aconchegante. as roupas ficam assim mais macias. o sofá parece assim uma praia do caribe de tão atraente. e o dia fica simplesmente cheio. de nada para fazer. preguiça. muita...
sei que lá fora tenho muito pra fazer. mesmo aqui dentro tenho muito por fazer. mas adio. adio com a certeza de que todo dia assim com tanta preguiça merece ser vivido direito. merece ser enrolado no cobertor até não mais poder. merece ser comemorado. com um leite quente. com um sanduíche. com sopinha. que assim nem mastigar é preciso. porque a preguiça assim sempre tem hora pra acabar...

21.8.07

dias melancólicos, trazidos pela chuva. queria descansar o tempo todo da chuva. mas nem posso. trabalhar. preciso de mais trabalho. preciso de mais concentração. mas anda tão difícil...
mas você gosta de chamar atenção...

gosto não...
na verdade, eu me acostumei a chamar atenção. e pra explicar isso? eu sempre fui mais branca que os outros, mais loura que os outros, mais alta que os outros. tá, parei de crescer cedo. mas branca e loura eu continuo. e chamar atenção é vício. soa errado quando não olham pra gente depois de um tempo. eu gosto de cores fortes. odeio usar tons pastéis. e o resto foi surgindo. e acaba que realmente eu chamo atenção. mas gostar? ah, se eu gostasse mesmo eu andava com melancia pendurada no pescoço... eu só não me incomodo. pra quem já teve cabeça raspada com franja rosa (tosca, pintada com anilina de bolo), o que uma blusa mais colorida chama de atenção não é nada. mal vira umas duas cabeças. e eu gosto de laços de fita. de sapatos de salto. de roxo. de dourado. me agrada o extravagante. que nem passarinho, corro atrás do que brilha. unhas coloridas. saias de cetim. veja bem, que acho tudo mais divertido assim. porque na verdade caiu uma ficha em mim muito cedo. olhar, sempre vão olhar pra gente. melhor chamar atenção pelo inusitado que pelo feio. pelo extravagante que pelo simples cafona. pelo diferente que pelo igual. sei lá. quero mesmo é minhas cores abarrotando o armário. minha roupa me fazendo de alegre. um dia aprendo a me vestir de adulta. de mulher séria que trabalha. eu tento. mas sempre acho que soa errado...

ele? usa calça jeans e camiseta cinza. quase sempre. acho um charme. tão diferente...

20.8.07

ando consumista. e com vontade de comprar de um tudo, de revistas a roupas, bicicletas... se duvidar, compro um carro e finjo que tenho dinheiro pra isso.
ímpetos. vontades. engraçado é que a gente sabe que essas vontades não tem absolutamente nada a ver com a nossa vontade... que assim, desejo mesmo, era de viajar. de estar em paz, de ter um trabalho mais interessante, de poder chegar em casa do dia cansada e abraçar ele. e saber que tá tudo bem e ficar em paz. e não precisar de mais nada. e os dias não são assim, claro. são mais complicados. mas, engraçado, não menos felizes...

16.8.07

esquecer quem eu sou.
pra poder escrever, preciso me esquecer.
difícil tarefa pra alguém tão auto centrado. muito difícil. mas eu estou tentando.
tentando me perder em palavras. em livros. em letras, qualquer coisa.
porque existir dói muito. e a dor não fica bonita em palavras quando é assim tão verdadeira.
ela fica suja. o texto fica sujo. fica dolorido pra quem escreve, não pra quem lê.
tergiversar sobre isso é tentar me livrar dessa dor. pra tentar escrever sobre ela, não com ela. e escrevendo sobre ou a partir dela, ela não participa. ela se distancia de mim. e se encontra depois quando a gente lê. eu imagino assim o texto.
um parto. mas a dor é de quem lê. a minha fica em outro lugar...

15.8.07

escrevo por soluços. ando precisando rir mais. ser menos espamódica na vida. escrever por constância. escrever por necessidade todos os dias de trabalhar as palavras. e parar de ter soluços de necessidade e soluços de impossibilidade. desatar as mãos.
são paulo continua a mesma. o que quer dizer que mudou tanto desde que fui lá em janeiro (ou será fevereiro?). eu gosto daquela cidade. gosto das ruas estreitas que não formam quarteirões perfeitos. e mudam de nome. acho pitoresco mudarem de nome. e delicioso me perder no meio delas. confesso que fico que nem criança seguindo quem quer que finja ao menos saber onde está. gosto de existirem lugares, muitos para se comer sanduiche (tenho 7 anos, nunca repararam? dieta básica é pizza e sanduíche), mesmo sem ninguém ainda ter me perguntado se quero meu hamburguer bem ou mal passado. gosto de andar a esmo na liberdade, de todas as piadas amarelas a respeito disso. e comer na liberdade. na rua, nos pés sujos chineses, nos japas de uma só portinha. gosto de saber que existe uma rua só com vestidos de noiva. mesmo que eu saiba também que, na possibilidade de um dia casar, o vestido não seria de noiva (certezas de infância isso). gosto de saber que posso comer um bauru, uma pizza, um árabe. do serviço de são paulo. bom, fora as comidas, gosto de andar no ibirapuera e saber que existe o mam. de ir na pinacoteca e ser cada vez surpreendida por outra e mais outra exposição. de ver o masp. de ver o itaú cultural. de entrar na galeria ourofino. de.... ai... são paulo não pode parar, nem eu em são paulo. saio com as pernas doídas. um cansaço brutal. precisando de férias das férias. feliz. pensando em voltar. pensando que posso viajar. que preciso estar só. e que são paulo não deixa de ser isso, não? estarmos assim meio sós naquela multidão...
eu sumo e apareço. e sumindo e aparecendo vou tentando cerzir a vida, que já nasce assim, cheia de buracos, não? vez em quando me sinto assim mesmo, uma agulha que entra e sai de dentro do tecido. ando tentando furar o pano e sair do lado de lá. teoricamente todos queremos o lado de lá. onde tem luz. onde tem outras agulhas. eu confesso ter certo prazer no escuro, na solidão. talvez seja medo da luz. agorafobia.

15.7.07

eu não ia falar do pan. não ia. mas daí, vejo que vaiaram o lula e os americanos na abertura. e a vergonha foi tanta. de tanta falta de educação numa cerimônia. que eu precisei escrever. vergonha de ser carioca me consome nesse momento. a confusão das ruas. a multa das faixas laranjas. os estádios mal acabados (ou nem acabados). o desrespeito aos jornalistas que não são daqui. desrespeito e falta de educação. as marcas do pan do césar maia. que embolsou a grana pra fazer o metrô pra barra. pra fazer o estádio. pra tudo. e pediu pro lula no começo do ano mais um pouquinho, já que tinha exagerado no embolsar e não ia terminar nada. e puxou vaias pra ele na abertura. ixpetáculo. quanto mais eu olho ele, mais eu vejo o carlos lacerda. e mais vergonha eu tenho de ser carioca. agora até historicamente.

10.7.07

o bar. a noite. a fumaça. a bebida. tudo isso se mistura e a foto sai bonita, não? a vida parece mais bonita. quer dizer, há de existir quem não se sinta confortável. eu me sinto em casa. e desce mais um chopp. e acende mais um cigarro. e mais gente chega pra conversar. e o show começa e de repente eu não estou só. e isso é tão estranho. e ao mesmo tempo tão vivo. boêmia. saudades da boêmia, ando sendo assim tão comportada. e é verdade que isso é parte da gente. tenho percebido. como isso nos dá a impressão de pertencimento. e justo quando não pertencemos a nada. ali não somos engenheiros, jornalistas, advogados, nada. não usamos uniformes, não falamos jargão. e nos sentimos pertencendo ao grupo instantaneamente. ouvimos a música, vimos o filme, lemos o livro. nada de currículos, nada de salários. uma brincadeira de igualdade social...

9.7.07

aliás, pensando depois de escrever... todas as estórias são de amor, não?
tentando fazer do escrever prática diária. falando do dia a dia. ou sei lá, pensamentos soltos. mas soltando a mão. como no desenho, soltando a mão. fui ao cinema ver paris de novo. paris te amo, se chama o filme. lindo. muitos pequenos filmes com paris de cenário e o amor de assunto. vários amores. emocionada eu fiquei. com tudo. eu me emociono fácil, sabe? mas o filme é bom. adoro falar de amor. adoro sentir amor. e o filme me lembrou como é bom isso. amor por alguém, por mãe, pela cidade, por uma criança. amar pelo amor. sei lá. vale a pena ver como as gentes vêem isso de amar...

5.7.07

passar horas pensando o que é uma viagem pra mim. a fuga. o incerto. o medo. e estar tão encucada com isso que estou com dificuldades de pensar sobre outras coisas. e saber que ando assim realmente muito mas muito inoperante pras coisas da vida.

3.7.07

ando querendo ir pra paris. alguém se habilita? vendo filmes passados na cidade eu lembro quão perfeita eu sempre sonhei aquela cidade. é preciso ter os pés no chão, eu sei. mas pés no chão são chatos e não enchem os olhos. o que enche os olhos, o que me deixa feliz de não poder mais é paris. é andar pelas ruas. entrar nos cafés. comer um tartare, beber um vinho. andar mais e beber um chocolate quente. tomar café naquelas taças engraçadas de manhã. usar saltos. paris deve ser vista de saltos. e meias. de preferência com foulard. entrar no cinema de noite e sair de manhã. sem isso ser um grande evento. croissants. porque nada mais gostoso. e enfim, fico sonhando com aquilo. falar francês e passar hidratante, porque a água tem cálcio demais. ouvir brell em paris... aiai...

27.6.07

quer se distrair? pensar em nada por duas horas? recomendo 13 homens e um segredo ou o que seja o nome. george (meu amigo onírico), brad pitt e companhia garantem boas risadas. e eu confesso, pra minha vergonha, que adoro las vegas. desejo conhecer um dia. ver qual é, sabe? afinal, o túmulo de todo kitsch do mundo não pode ser assim tão desinteressante. tem seu lado legal de tão feio...
o mundo volta a ter óleo nas engrenagens. não, nem tudo está perfeito. nunca está. mas as coisas se movem. e veja, temos sonhos. à escolha do freguês. sonhos de futuro, daqueles bem extravagantes. nunca ponho preço nos meus. não vale a pena, sabe? porque se o sonho é o desejo, pra que sonhar baixo? sonho baixo é realidade. é economizar 10 reais e comprar o sapato. se é pra sonhar, viajo pra veneza na primeira classe. e conheço o george clooney no vôo. ficamos amigos, mas eu dispenso ele. sabe como é, mesmo no sonho ainda me acho menina comprometida...

20.6.07

escrever é preciso. é preciso não esquecer disso. é preciso ler, escrever, dormir, beber, comer. ter prazer é preciso. é preciso seguir o desejo. e é difícil, muito difícil, saber o lugar certo de colocar o tal. então, é preciso pensar. e pensando, escrever, organizar, e assim, podemos de repente parar de pensar e ser. e ser é o tal do objetivo de existir. e tergiverso, que é meu jeito de falar que ando tentando organizar-me...
estranho isso, de nunca mais escrever. um dia deu vontade de novo. tá, um mês depois, mas deu. e apareço aqui, mas nem sei se mais alguém ainda se dá ao trabalho de ler...

ando cansada. as coisas andam complicadas. falta grana. falta saco. e pra piorar, como eu percebi que é padrão, quando as coisas não estão do jeito que eu quero, eu pioro tudo mesmo, fazendo um estilo tati quebra barraco que nem é assim muito bom. daí eu entro na casca e volto pra escrever aqui. e parece sempre que as coisas vão péssimas, e também nem é assim tão desastroso. só tá complicado.

mas hoje eu decidi. volto a escrever. em tudo que é lugar possível. volto a sair da casca. e como primeira providência, vou catar passagem barata pra ficar duas semanas na minha terra. e comer caranguejo e tomar sol que ninguém é de ferro.

17.5.07

então, sumida faz tempos. e me mandaram o link do site mais fofo. e entro aqui só pra passar adiante. porque eu me apaixono fácil, vejam bem... e fazer refeições em caixinhas é lindo. e explicar diariamente isso na internet é quase assunto de internação. mas quem trata de internação nem sou eu, é outro...

26.4.07

há coisas que deixam uma pessoa feliz, como ter notícias de uma amiga com quem não se fala faz muito tempo. falar com namorado no meio da tarde. um dia de sol. mas com esse calor, no arcondicionado. viagem. ler um livro bom. ando reclamando de barriga cheia, porque tenho tido todas essas coisas...

17.4.07

receber boas notícias me deixa feliz. assim quase esfuziante. estou assim agora. a notícia nem é minha, vejam bem. mas amigas felizes me deixam feliz.

12.4.07

então. tomamos decisões e pagamos por elas. a tal responsabilidade, talvez. ando cansada demais. decisões demais, acho. no momento, uma noite de sono bem dormida viria bem. tenho sonhado com piscinas. óbvio demais (pra mim, meu pai afinal era nadador de competição, assim como 4 dos meus irmãos). tão óbvio que deve ser outra coisa. como outro dia uqe a empada tinha empadinhas no recheio. óbvio demais. ou então meu inconsciente anda mais preguiçoso que eu. e tá tentando ver se eu percebo as coisas assim de cara. eu gosto de sonhos. mas eles tem me deixado realmente cansada.

15.3.07

eu tento não abandonar o blog. mas anda difícil escrever. porque acontecem coisas. mas eu ando com tanta vontade de ter as coisas só pra mim. de não dividir. de não dizer. e vocês perecebem que o blog fica supérfluo se a gente não quer dividir acontecimentos ou opiniões. enfim, fico assim calada. e faço pilates agora. adoro. e adoro minha nova analista. e tô numa fase muito tranquila. mas precisando estar só com o que me acontece...

7.3.07

os dias estão simplesmente lotados. fase lendo calvin e outras bobagens. nada sério me interessa. ansiosa demais, o que não interessa alivia a cabeça. o que é supérfluo vai embora tão rápido que a gente se esquece que existiu. e os dias vão ficando assim, lotados do nada. da ansiedade do nada. mas bons. preguiçosos. e cheios de coisas a fazer. tudo assim meio incoerente, confuso e agradável...

5.3.07

então. pus as fotos. a vida anda muito atribulada. demais, se me perguntam. então, ando cansada. depois do maranhã, fui a sampa visitar meu irmão. e adoro aquela cidade. entre ela e são luis... ah, sei lá. são luis tem caranguejo, mas sampa tem a liberdade.
tentando postar fotos no picasa. tá difícil. mas conseguirei. e porei o link aqui.

12.2.07

ando meio aboxonada, falando em dividir alegrias. e gosto tanto, mas tanto disso. e mais não falo. pra tentar não ser assim linguaruda.
ando irritada. essa mania das gentes de achar que há que se manter segredo sobre tudo. que se souberem, os outros farão força contra. mania de achar que vão por água no nosso chopp. deve ser porque põem água no chopp alheio. eu saio por aí contando o de triste e de feliz que me acontece. o de triste pra poder respirar. que com tristeza demais a gente se asfixia. o de feliz pra poder dividir. que alegria sempre é bom espalhar. de repente eu que tô errada. mas sabe? nem acho. acho bom demais dividir as coisas com os amigos. e conhecidos. e; bem... com a internet, não? sei que nem todos tem blog... mas também não acho que os que tem sejam assim mais propensos a falar. de repente eu que sou linguaruda mesmo. melhor introjetar isso e parar de falar de vez.

29.1.07

testando esse treco de google analytics. vejamos. parece mais bunitinho que o bom e velho sitemeter...

28.1.07

acordar. trabalhar. descansar. passear. ter prazer nisso tudo. hoje fui ver little miss sunshine. pequena delícia. ajuda a pensar no tal prazer. prazer mesmo na hora que tudo dá errado. porque tem coisas que dão errado mesmo. e a gente segue. e tendo gente que a gente ama fica tudo muito mais fácil. e vez em quando a gente demora a perceber. que ama. e é amado. enfim, gostei do filme. saí leve. e lembrei de muita coisa boa. e tô pensando ainda. acordar. trabalhar. ser feliz. dormir.

26.1.07

tentando ajeitar isso daqui. nada funciona ainda como quero. e perdi agora os comentários do blogger. menos mal, que prefiro esses, mas...
então, acho que fiz besteira e mudei meu layout. e não tô com saco de consertar. deixa quieto. um dia eu conserto.

update: fiz besteira tão grande que perdi meus comentários do haloscan. saco. e certamente o sitemeter também. inferno.
hoje acordei com raiva do mundo. acho que tiro pedaço. vou andar com um cartaz no pescoço "cuidado, morde"
então, nada a reclamar mais. ganhei finalmente o novo blogger. vou brincar com ele entonces...

24.1.07

sou só eu ou mais alguém odeia o fato de saias balonês e lkeggings estarem de volta ao socialmente aceitável?
só eu não consigo mudar pro novo blogger. deixa pra lá. é só esperar que eu consigo (espero)

18.1.07

aiai... dias cansados. deve ser o tempo e a chuva. dias chuvosos trazem sempre a tal da melancolia, não? deve ser isso de ter nascido no rio. a gente aprende que o chuvoso é meio errado. não era pra ser. então tudo que vem nesses dias parece errado.
continuando as reclamações, algo bem simples: porque quase ninguém comenta aqui? me sinto escrevendo pras paredes...
então. dias surreais. ontem chegou ao cúmulo de o porteiro não abrir a porta pra mim. eu, atrasada pra análise, tentando sair e o porteiro querendo que eu esperasse ele descobrir com o morador de sei lá que apartamento se o moço que queria entregar as encomendas não era assim um ladrão. eu insisti e o porteiro acabou abrindo a porta. mas demorou, viu? e eu já tava atrasada. inferno. a analista me deu esporro. ando reclamona demais, parece.

14.1.07

deus quis. deus pôs. deus seja louvado. pensando muito nessa frase. ouvia da boca de minha vó. fazendo de conta que era graça. mas era visível que não, que era estilo de vida. e de repente era isso que eu sentia. no tal sertão. uma não ocidentalidade. sei lá, tô pensando demais, de repente. mas ando tão encucada com isso...

13.1.07

primeiras fotinhas da viagem. do tal do são francisco, claro. o resto vem depois. ainda nem me entendi com esse novo brinquedo. mas vamos tentando...

10.1.07

os dias no rio andam chatos, na verdade. eu queria estar lá. voltamos para brasília no dia seguinte da ida a januária. devagar dessa vez. olhando as cidades que na ida estavam debaixo de chuva. dias sem tv esses dias. esquisito isso pra uma total videota como eu. domingo voltamos pro rio. e eu tô aqui lamentando não estar lá. e me achando meio idiota por isso. mas sei lá. depois desse começo, apesar de alguns percalços, 2007 há de ser interessante. eu tô apostando nisso. que vou conseguir ser feliz até lá...
minha vó nasceu no sertão. não de minas. mas do piauí. e eu achei graça ver tanta coisa ali parecida com o que ela me falava da terra dela. os gibões de couro que ainda se vendem nas lojas mais chiques. a planície enorme. os buritis. o povo campeando na roça. achei graça. tudo tão diferente e tão igual. mas lindo. lindo de me deixar rindo a toa. de me deixar feliz. e de me deixar com pena de sair dali. apesar do desconforto do hotel barato. apesar do medo dos bichos de noite. apesar de reconhecer que folia de reis é meio maçante. eu me senti em casa ali. o que é muito esquisito pra alguém que nunca morou assim tão longe do litoral.
no café, encontramos w, de quem um amigo de s tinha nos falado. w trabalha com um grupo de folia de reis da região, pesquisa eles. e nos disse onde ir, o que fazer naquele lugar meio esquecido do mundo. me sentia o tempo todo em algum lugar dos anos 50. engraçado isso, se sentir no tempo errado. fomos andar na terra de novo. o carro enfrentando tudo. fomos ver um lutier a moda antiga. conversar com ele. compramos uma viola. linda a viola. foto disso eu ponho também. e fomos à januária. ver o outro lado do rio e comprar cachaça. e aprendemos em algum lugar no caminho que a parte norte do rio seca menos na seca. e a parte sul seca mesmo. as pessoas vão trabalhar em outros lugares pra fugir da seca. e que por ali, pela parte rural dessas cidades que já são pequenas, já são rurais, a luz chegou faz pouco tempo. e o dono da tv dos lugarejos adora a casa cheia de gente pra ver a novela. e eu sabia da maior parte dessas coisas, ou intuia, por ler. mas ver assim na nossa frente muda tanta coisa. e eu tô apaixonada por esse lugar que eu fui. e essa gente que eu conversei. foi coisa demais. que ainda não sei se digeri. e fico aqui falando sem parar. e saem esses posts enormes. mas é muita coisa a falar. muito brasil que conheci. e essa lembrança de minha vó...
arinos é pequena. meio fim de mundo mesmo. perdida em algum lugar no tempo. mas do lado de uma ponte sobre o tal do urucuia. que é maior que eu pensava. eu sei que s ficou desolado com a pobreza da cidade e decidimos seguir adiante (sejamos sinceros, não haveria nada para se fazer ali, é realmente muito pequena a cidade). pegamos a estrada de terra pra urucuia, a cidade. e a chuva veio seguindo a gente. de atoleiro em atoleiro, chegamos a urucuia, depois pintópolis. e, quase desistindo da aventura, demos carona a seu ambrósio, que muito nos falou. e a viagem ficou mais relaxada. e vimos as terras alagadas perto do rio. e vimos o s francisco. que é mais lindo e maior do que eu pensava. e me disseram que na seca ele diminui. mas fica transparente. e dá peixes enormes e lindos. mas que nessa época do ano os peixes são pequenos. só dá piranha mesmo nas lagoas. e pegamos uma balsa composta de uma placa de ferro com barris embaixo (acho que barris, mas poderia ser outro flutuador) e três barquinhos que davam uma de práticos, empurrando a balsa contra e a favor da correnteza para chegarmos do outro lado. chegamos as 8 da noite em s francisco, a cidade. procuramos lugar pra ficar e ficamos. cansados. felizes. eu fiquei apaixonada pelo rio.
perdida até onde eu escrevo, eu já tava em formosa. sem problemas, fico assim redundante mesmo. o carro foi assaltado em formosa. durante a noite, enquanto dormíamos no hotel da cidade, alguém cortou a borracha do vidro de trás e o colocou delicadamente no assento. acordamos com o carro tendo uma ventilação permanente. e a informação de que em formosa, cidade de 88mil habitantes segundo o 4 rodas, existem nada mais nada menos que mil menores internos. enfim, mas ali do lado, a 20km de asfalto fica o salto do itiquira. lindo. vale a pena ver. mesmo. quando pegar o videozinho que s fez ponho no youtube (nem comento nada sobre a tal moça que fez saliências em público e depois resolveu encher o saco do resto do mundo) e de lá ponho aqui. mas o passeio em formosa durou mais que o esperdao, para consertarmos o tal vidro. nada que atrapalhasse a estrada. seguimos pra arinos.
onde eu parei? já fui pra brasília? não? mas vejam, eu fui de avião pra lá no dia 2. e acabei indo ao dentista no meio de minhas férias. assim a gente agradece ter família grande. e família grande que em parte nasceu e foi criado ali no cerrado mesmo. então meu tio r (nenhuma novidade, dos 16 irmãos do meu pai só uma irmã não começa por r. além dele, é claro) salvou meu dia e me levou ao amigo dele para eu não sair viajando mais uma semana sem uma obturação que tinha caído dia primeiro...

8.1.07

ai... a viagem fica interessante é aqui. quando a gente sai de formosa. e vamos pra s francisco, nas margens do rio. daí tem tanto pra se falar que ainda não consegui digerir tudo pra escrever. não é pra por água na boca. mas ainda não consigo resumir pra escrever.
dali, voamos pra brasília. dormimos um dia e acordamos pra viajar. mas acabamos andando pela cidade pra ver os prédios. afinal, na véspera eu tinha passado a tarde no dentista. de tarde pegamos o carro e fomos. pra formosa ainda. velho oeste total...
o reveillon passei em diamantina. não conhecia e achei aquilo ali meio sobrenatural. aquelas pedras todas ali ao redor são muito impressionantes. e as cidades ao redor. serro do frio é a coisa mais linda. fiquei perdidamente apaixonada. parece uma cidade de bonecas. a família da mãe de s é dali, descobri depois. cada igreja mais linda. casas preservadas. e aquele povo que parece que ainda está em algum lugar do século XIX. e tudo limpo e organizado. e o tal queijo do serro. e andar de casaquinho em pleno fim de dezembro. e falar com as gentes que explicavam que cachaça boa eu ia achar era no açougue mesmo. dali passando por milho verde e são gonçalo do rio das pedras, chegamos a diamantina mesmo. passando em cima do jequitinhonha. que eu juro que não sabia que nascia em diamantina. mas nasce. e atravessei ele. e fui pra diamantina. e as pedras tomam conta de tudo. e as casas são bonitas e a pousada era tudo. fui mimada por dois dias. e adorei. chazinho com biscoitinho de fubá. e a ceia que fizeram os donos da pousada pra gente. peixe assado, salada... tudo tão gostoso. enfim, dias de tranquilidade...
conheci muito de minas, na verdade. a zona da mata me é muito estranha, com aquelas famílias patriarcais, aqueles homens que saem com todas e acabam eleitos pra governador. o sertão me lembra as coisas que minha vó falava do piauí. ele é grande mesmo, tem aquele ar de infinito. e as gentes são impressionantes pra mim. tem essa coisa de guimarães rosa se mostrar tão literal. e das gentes serem aquilo ali mesmo que eu ouvia da minha vó. sei lá. foi tudo muito e muito forte pra mim. ainda não digeri.
duas semanas e mais um pouco viajando. tanta coisa pra falar. tantas considerações a fazer. nem sei por onde começar. quer dizer, sei. conheci o rio são francisco. e é mais bonito ainda do que eu imaginava.