30.1.06

quero ser mae, pensou luiza. e olhou pro namorado, pensando como ia falar isso pra ele. porque era um desejo assim, muito forte dessa vez. quera e ponto. sem discussoes. e ai? o que ele ia achar? porque tinha pegadinha. queria um filho dele.

23.1.06

eu ando começando a pensar em escrever umas estorinhas. falta a coragem...
agora, a notícia que me chocou. por mais que eu tenha certeza de que ele falaria melhor sobre isso. o serra, prefeito de sp, vai acabar com os calçadões de pedestre do centro da cidade. assim, porque imagina que tinha lugares onde você tinha de parar o carro a mais de 100 metros do lugar!! 100 metros! um absurdo ter que andar, coisa mais pobre andar... e ainda tem mais. o alckmim, famoso picolé de chuchu do zé simão, opus dei na intimidade, proibiu o jogo de sinuca a dinheiro. aliás, proibiu criançås e adolescentes de jogarem sinuca fora de casa. pra quem é opus dei, tá certo. daqui a pouco, fecha as lan houses, fecha os bares... poruqe é tudo pecado mesmo, oras. depois esses caras se dizem de centro. é direita mesmo. direita é que quer ter o poder de interferir no dia a dia das pessoas assim. proibir os pequenos prazeres. interferir na vida de quem não tem dinheiro a favor de quem tem. impedir o pedestre, pobre, de andar, pro carro, do rico, correr por aí. impedir a pessoa normal, a criança, de jogar sinuca. porque pode ser que ela aposte, e deusnoslivre de que alguém possa apostar. aliás, deusnoslivre do livre arbítrio, dos pobres, do ônibus e das apostas. porque realmente deve ser importante prum governante decidir essas coisas. deve ser, eu que não sei, eu que fico achando coisas que não devems er de verdade...
ontem, calor infernal. s meio de bode, não tenho idéia de porque. fomos nas paineiras, com um povo. lá chegando, j, amiga dele, está profundamente triste por não ir ao jogo. na mesma hora, decidimos. vamos todos ao jogo. ver a reabertura do maraca. saimos correndo. xixi no posto. chegando lá, nem cambista tinha o diabo do ingresso. e tinha gente chorando. e muito ranger de dentes. fiquei com dó de j, que tava quase chorando. acabamos sentando num bar na tijuca mesmo, que tinha pay per view. e tava um calor insuportável. e a gente tomou uns chopps e viu um jogaço. lindo demais...
faço 30 anos quarta que vem. quero comemorar. passei a bola pra s, que queria me dar um bom presente de 30 anos. o presente é mea ajudar a comemorar. e viva eu!
não sei se começo com a tentativa de ir no maracanã ontem, masmo não sendo jogo do meu time, ou reclamando da dupla de governo de sp, que se mostra mais reaça que a encomenda...
tanto por falar...

17.1.06


então, essa sou eu na cachoeira, linda cachoeira. e eu tava assim macambúzia que nem hoje nesse dia...
ando meio macambuzia, não reparem. é coisa que dá e passa. pena que volta vez em quando...
sexta de tarde, fim da tarde. serafim, boteco honestíssimo dali de laranjeiras. uns chopps, caipirinhas, bolinhos de bacalhau (a empada, disse o garçom, não estava boa). olho pra mesa do lado. e de repente me sinto capturada pela não história que acontece (verdade, a conversa de meu tio tava um pouco repetitiva). 3 senhoras, entre os cinquenta e muitos e os sessenta e poucos. rugas no rosto. sentam ali do lado. dois chopps e um whiski. teacher's. diante do pedido, presto atenção. quem bebe teacher's, deusmeu? quer dizer, sem pretender ter dor de cabeça no dia seguinte? pois a senhora bebe o viski teacher's feliz. dali a pouco senta um rapaz, de seus trinta e muitos anos na frente dela. e ficam num chamego... me empolguei, gostei da velhinha. mais quinze minutos, chega um senhor, com a bermuda mais feia do mundo e cumprimenta ela. era muito feia e possuia uma camisa social de mesmo tom usada para dentro dela, a bermuda. a senhora o chama pra sentar na mesa. ele aponta o rapaz e diz que não. fiquei até agora sem saber se o senhor era o namorado e o rapaz um filho ou sobrinho ou se a senhora era assim, safada mesmo. que acham? minha curiosidade me mata. minha mãe riu e disse preu escrever um conto com as duas possibilidades. de repente eu até faço isso...
há coisas que a gente nem sabe explicar poruqe, mas sente. acorda com um incômodo do lado direito. uma agonia, um mau amor que não passa. e de repente isso cresce. a gente vai reparando nos pequenos maus tratos que fazem com a gente e eles parecem enormes. parecem mesmo dignos de nota e não bobagens a serem esquecidas. mas de resto meu analista me acusou de esquecer tudo. de deixar tudo por conta de casualidades, tentando não me chatear com ninguém. justo eu. mas deve ser isso que eu passo pra ele. saco. queria mesmo era um lugar meu. só meu. onde eu pudesse ficar triste sozinha. onde eu pudesse me trancar, e deixar caixas caindo, e pudesse olhar pro próprio umbigo o dia todo. ando odiando a vida em sociedade.

10.1.06

eu ando sonhadora. levei uma espécie de bronca do analista. parar de me inventar problemas. parar de me forçar a fazer as coisas. começar a correr atrás do que realmente interessa. mas será que é isso? eu nunca sei e me forço a não saber, isso ele também disse. vamos tentando, entonces. vai que o futuro cai no meu colo. por enquento penso nos 30 anos chegando. e quero comemorar...
2046

só isso. vão ver. absolutamente necessário. e eu não sei dizer por que. tinha tido vontade de ver na época do festival e não tinha conseguido entradas. e agora eu vi. e fiquei absolutamente encantada. eu sei que as duas horas do filme parecem 4. mas ficaria 4 horas vendo aquele filme. ficaria o dia todo. absolutamente apaixonada. filme perfeito. aula de cinema. engraçado. achoq ue não dá pra ver de novo. fica meio sem sentido, sabe como?

5.1.06

não olhava faz séculos o meu sitemeter. de repente olho e alguém procurou por um milagre de iemanjá. tenho não. aliás, se achar, me avise que eu corro atrás. acho que preciso de um...
ontem, olhando pela janela do ônibus, em menos de cinco minutos, eu tinha certeza de que o ônibus ao lado, enguiçado, tinha batido. e que o motorista sangrava. e punha uma toalha(aquelas toalhinhas nojentas que motorista de ônibus carrega 'pra secar o suor') na testa. e então, pra mim, ele sangrava. e as pessoas ao redor acalmavam ele enquanto não chegava uma ambulância. tudo com uma dramaticidade... só eu consigo explicar aquele drama. vou começar a escrever mais, definitivamente...
então. pensando em muitas coisas. e sem conseguir escrever. escrever ajuda a tirar o engulho da garganta, vocês sabem. necessário quando o mundo de repente não faz mais sentido. eu lemro de uma proessora minha, acho que da quarta série, que era cismada que as pessoas iam saber escrever de repente. a gente tinha de escrever do jeito certo e colar na capa dos cadernos. não sei como isso não deu água e eu não escrevo derrepente até hoje...
a vida andava boa. nada demais, mas me levava. eu deixava ela me levar. acho que ando fazendo isso demais, aliás. mas enfim, hoje levei um susto. ando deixando demais as coisas me levarem. quero colo. quero parar e tentar entender o que aconteceu. porque eu perdi alguma coisa, tenho certeza. alguma coisa. e pior que nem tenho razão pra tanta aflição, acho...
mesmo escrevendo de vez em nunca, descubro que ainda entra gente aqui. não sei se assustador ou reconfortante...