31.8.04

se alguém quiser me dar um presente, eu quero muito, muito isso daqui. tá, eu sei que não é um presentinho... mas é meu último e mais novo sonho de consumo...

30.8.04

eu adorei a festa de encerramento das olimpíadas. foi cafona, mas sinceramente, tudo aquilo é cafona, é exagero. e foi ótimo pra uma tarde de ressaca. só não aguentei a música grega. meio árabe, meio sei lá o que, nenhum daqueles popstars gregos me convenceu. não vi muita gente animada ou dançando, que suponho, fosse o objetivo da festa. entrando no clima ufanista dos locutores, pensei por um momento que nisso o brasil era bom. festa é com brasileiro. ia ter uma bateira de escola de samba, uma cantora baiana... e ninguém ia ficar muito tempo quieto...
acordar cedo acaba com meu dia. juro. desacostumei, já que chego no trabalho 10 horas, a acordar antes das 8. hoje eu tava no centro da cidade as 8. um sono se apossa de mim. e meu dia ainda vai longe...
sei que não devo ser a primeira a falar, mas fiquei muito espantada com o louco invadindo a maratona e tacando o vanderlei no chão. fiquei passada com a cena, parecia pegadinha...
ando cansada. parece que eu apanhei. dói cada milímetro do meu corpo. alguém anotou a placa do caminhão?

27.8.04

LEALDADE
Wilson Batista-Jorge de Castro

Serei, serei leal contigo,
quando eu cansar dos teus beijos te digo
e tu também liberdade terás
Pra quando quiseres bater a porta sem olhar pra trás
se o teu corpo cansar dos meus braços
se o teu ouvido cansar da minha voz
quando teus olhos cansarem dos meus olhos
não é preciso haver falsidade entre nós
serei, serei leal contigo....
eu acho o gustavo do vôlei lindo. não adianta. aquela cara desconjuntada e ruivinha é uma graça. tô me sentindo com 15 anos, quando eu torcia pro maurício (eu sempre achei o giovane meio musculoso demais, sei lá)...
eu adoro ouvir diálogos alheios na rua. que não tenham nada a ver comigo. sei que é feio. mas gosto de imaginar, pelo diálogo, o que é a vida da pessoa. o que ela faz, como são suas relações com a família, os amigos... adoro ver alguém andando e imaginar como é a vida daquela pessoa. pode ser fetiche. pode ser voyerismo. mas eu faço por curiosidade, e não por nenhum desejo sexual. é só uma curiosidade mais forte que o mundo...
ando me sentindo cansada. fui no homeopata ontem e disse que eu queria fazer um exame de sangue. ele é homeopata, não se importa muito com isso, mas me passou o pedido. vou amanhã fazer o exame. fora isso, troquei as bolinahs. e vou tomar elas direitinho.
de manhã cedo (qualquer coisa antes de começar a trabalhar é manhã cedo), pegando o ônibus, ouço o diálogo entre o motorista chato e a cobradora (eu pego no ponto final).

m. mulher não devia fumar, devia ser cheirosa
c. mas eu passo perfume
m. o cheiro fica no cabelo
c. mas eu tomo banho. o cheiro sai
m. mas não devia fumar. nem beber. eu não bebo. não fumo
c. .....?
m. (entrando no ônibus, deixando ela no ponto) eu só bebo de vez em quando, umas duas vezes por ano, umas cervejas. e nunca fumei. nem sei como se aprende a fumar...

eu pensando... não bebe, não fuma, não fala palavrão... será que ele faz alguma coisa?

26.8.04

andei lendo uns arquivos do meu brinquedo mais antigo. e percebi que eu pareço sempre irremediavelmente infeliz. quase como se fosse cortar os pulsos. e sei que isso não é verdade. que eu tenho momentos de tristeza, mas no geral sou feliz com a vida que eu fui fazendo. aos pouquinhos, a gente percebe que o que a gente tem é bom. não é o sonho, mas pode ser muito melhor do que o sonho. e eu vou percebendo que uso meus brinquedos pra extravasar uma tristeza que não é minha, que não me pertenceu nunca...
aprender a leveza. aprender a não reclamar tanto... tanta coisa ainda me falta. ainda ajo como uma garotinha, eu sei. mas aprender a crescer teria toda uma outra importância...
Dos Margaritas
Herbert Vianna

Fazer um desenho nas costas da mão
Despir a consciência das dores morais
Jogar uma vaca do décimo andar
Viajar sob a lua que varre os sertões
Uma ostra chilena, um beijo em Paris
Se cortasse o cabelo e mudasse o nariz
Se Vital escrevesse a constituição
Se eu nunca quisesse quem nunca me quis
Ser dois e ser dez e ainda ser um
Se a vingança apagasse a dor que eu senti
Ser seco, ser reto, isento, amoral
Se eu nunca lembrasse o estrago que eu fiz
Tudo isso me faria feliz
Absurdos me fariam feliz
Pero nada me hará tan feliz
Como dos margaritas
pelo menos assim eu tomo vergonha na cara. depois de um dia cão, no qual mal conseguia respirar, liguei pro homeopata. consulta hoje. tá certo que não devo ficar boa amanhã, mas ir ao médico sempre ajuda...

25.8.04

Madrugada e Amor
José Messias

Madrugada chegou
O sereno caiu
Meu amor de cansaço
Caiu nos meus braços
Sorriu e dormiu

Eu só queria
Que não amanhecesse o dia
Que não chegasse a madrugada
Eu só queria amor, amor
E mais nada

assistindo, pra variar, as olimpíadas, ouço a seguinte pérola: imagina que na grécia antiga eles competiam sem roupas. isso, flipper. imagina só a cena, que beleza, do homem girando nas argolas sem roupa. aliás, imagina que existia competição de argolas na grécia antiga.

me lembra uma vez que uma menina da minha turma falou isso no meio de uma aula. ainda garantiu ter visto fotos. da grécia antiga. tem gente que veio sem o tico e teco, definitivamente.
tô mais chata que nunca. quero deitar na cama e esperar passar esse mal estar. quero colo. pra variar, me sentir mal me deixa um tanto ou quanto mal humorada e dengosa...
mau amor. muito. alergia, dor de garganta... e chego no trabalho, descubro que o meu primo, o galinha do meu primo, não vem trabalhar porque a namorada oficial está visitando ele. tá certo que ela mora na áustria, mas ela ai ficar 20 dias aqui. ele vai tirar 20 dias de folga, é isso? é compensação pelos chifres? inveja da cara de pau. tem um rapaz aqui que fica doente pelo menos 3 vezes por semana. quer dizer trabalha só dois dias por semana. inveja da cara de pau... queria ser menos caxias nessas horas.

24.8.04

o marinheiro a muitas mãos, criação da elis, agora sai andando sozinho, no seu próprio caminho, dessa vez ouvindo sua música enquanto navega...

já que me viciei em ser uma das mãos que escrevem, partilho aqui o endereço novo...
tenho escrito muito mal. tenho sido preguiçosa. tenho falado muito na primeira pessoa. isso tudo junto não pode ser coisa muito boa, convenhamos...
eu ando muito chata, eu sei... mas as olimpíadas já, já acabam. depois vem as eleições... melhor eu parar de ser monocórdica.
discussão profunda no café da manhã sobre a marcha atlética. além de ser esquisita, nunca entendi o que quer dizer a pessoa não poder levantar os dois pés do chão ao mesmo tempo. se eu tentar isso, é provável que eu caia, ainda não aprendi a ficar em pé sem os dois pés no chão...
hoje é aniversário do meu irmãozinho. 27 aninhos. fizemos um café da manhã pra criança. e cantamos até parabéns.
último capítulo de sex and the city. fui ver com as meninas, na casa da nina. uma boa alma levou tequila, que eu adoro, e marguerita mix. tá certo que só eu e os colegas de nina tomamos a mistura, os outros preferiram cerveja ou vinho. conversamos, discutimos diversas coisas até começar o seriado, momento em que tentamos ficar caladas para ver os momentos finais de carrie & cia. uma noite quase perfeita.

o quase fica por conta do fim do seriado, que foi meio mais ou menos. um capítulo muito do meia bomba e moralista. a miranda foi castigada por querer ser independente, tendo que tomar conta da esclerosada. a samantha resolveu que só tem tesão no smith. a carrie fica com o big, que eu acho um ixpetáculo, mas ela tava em paris. com muito dinheiro. e em paris. provinciano no mínimo ela querer voltar ontem pra ny, por mais que ny seja o máximo. sobra a charlote. essa sempre quis casar e ter filhinhos, nunca atentou contra a moral. e acabou feliz. apesar de ter que acabar com um careca, já que ela dava importância demais a beleza nos capítulos anteriores... quer dizer, eu gosto do seriado, mas esse final foi moralista demais. me deixou meio triste, sei lá...

23.8.04

ontem fui ver brilho eterno de uma mente sem lembranças. achei piegas. e comprido. resumindo, só não detestei porque era cinema e eu me recuso a detestar cinema. mas não gostei. eu já tinha detestado adaptação (pra esse eu abri exceção), não sei porque insisti. o namorado da minha mãe tinha avisado que eu não ia gostar. pelo simples fato de que ele não gostou, e a gente costuma concordar com cinema. sei que achei o filme arrastado. eu já tinha entendido a estorinha, já tinham mostrado como funcionava. e ainda teve mais umas 4 horas de filme depois disso. minha amiga ficou espantada com o filme ter menos de duas horas de duração. filme é pra passar o tempo, não arrastar ele.
hoje termina sex and the city. é uma bobagem, eu sei. mas me diverte. e eu adoro a miranda. e vou sentir falta de ter novos episódios. de repente eu perdi algum e me divirto, sei lá. só me recusei a ver aquele especial de despedida. piegas, pra dizer o mínimo pelo pouco que vi na terça...
algumas coisas do multiply me incomodam. porque eu quero tanto saber todo mundo que foi visitar minha página? confesso que fico me sentindo meio invadida, imaginando minha foto na página dos outros...
fui num restaurante peruano ontem, em homenagem ao aniversário do meu irmãozinho (que até saiu no jb ontem, na revista de domingo, como jovem bibliófilo. podre de chique), que na verdade é amanhã, mas ficava difícil demorar num almoço de terça...

o restaurante é legal. tem o sabor que eu lembrava da comida peruana. fazia tempos que eu não comia cebiche. e é bom demais aquilo lá... eu gosto da pimenta da comida peruana. e adorei as sobremesas também, que eu não conhecia. foi um almoço de família leve. coisa rara...

20.8.04

Erase And Rewind
The Cardigans

Hey..
What did you hear me say?
You know the difference it makes
What did you hear me say?
Yes,I said it's fine before
But I don't think so no more
I said it's fine before

I've changed my mind
I take it back
Erase and rewind
'Cause I've been changing my mind
Erase and rewind
'Cause I've been changing my mind
I've changed my mind

So...
Where did you see me go?
It's not the right way, you know
Where did you see me go?
No... It's not the light, oh no
I just don't want it to grow
It's not the light, oh no

I've changed my mind
I take it back
Erase and rewind
'Cause I've been changing my mind
Erase and rewind
'Cause I've been changing my mind
I've changed my mind
Erase and rewind
'Cause I've been changing my mind
Erase and rewind '
Cause I've been changing my mind
Erase and rewind

I've changed my mind...
I've changed my mind...
I've changed my mind...
I've changed my mind...
I've changed my mind...
I've changed my mind...

I've changed my mind...
aqui se trabalha com esporte para deficientes, ou paraolímpico. é interessante. a maior parte das pessoas inscritas pratica só como forma de ressocialização. mas tem uns dois ou três que são de ponta, que vão pras praolimpíadas. fico impressionada com eles. força de vontade, alegria de viver como poucas pessoas que eu conheço... o primeiro contato com isso tive por conta da minha tia, eu ainda estava no segundo grau (lá vou eu entregando idade), e precisamos traduzir o manual para a delegação paraolímpica. tem coisas fascinantes, como o campeonato de arco e flecha para cegos. a platéia deve ser mínima. mas no geral é tratado com seriedade. e como esporte. na minha cabeça, alguns poderiam estar competindo juntos, tão pouca é a diferença. já vi o tenório, cego, ganhar do honorato (eu sei que ele perdeu dessa vez, mas é um dos melhores, vai) em treino, já vi muito jogo de futebol com os paralisados cerebrais em pé de igualdade com os normais...
ninguém aguenta mais me ouvir falar sobre olimpíadas, eu sei. mas eu falo. eu não aguento mais a cobertura que estão fazendo delas e continuam escrevendo as matérias, oras... não aguento a cobertura de iatismo todo dia falam como se tivesse tido medalha, e o pobre não pode perder uma regata que de melhor do mundo passa a pior. na natação, que não é um esporte nada estimulado no brasil, cobram dos meninos medalhas, quando se algum jornalista conhecesse a trajetória deles saberia que simplesmente chegar a uma semifinal é uma vitória. fico passada, porque acompanho natação mais ou menos por causa dos meus irmãos, que competem aqui no brasil. e sei que só competem porque meu pai leva eles nas competições. porque a mãe deles corre atrás de treinador. porque não existe patrocínio, não existe incentivo. o honorato, poruqe perdeu uma luta, algo normal no judo, parece que não lutou nada. e corre o risco de perder o patrocínio que deixa ele seguir lutando... tudo errado, apesar de ser lugar comum até falar isso.

19.8.04

olimpíadas. eu fico grudada na tv. problemas de filha de desportista. assisto com meu irmão e sei os golpes, os tempos, os saltos... pareço outra pessoa, roxa, assistindo e torcendo pelo vôlei e pelo basquete. se bem que pra assistir basquete ainda prefiro a boa e velha NBA. o basquete olímpico é muito lento. engraçado. tenho poucas lembranças de infância na qual meu pai realmente era pai. essa é a mais forte. sentar na frente da tv, ou realmente ir aos campeonatos e assistir natação, judô, saltos. saber a diferença entre uns e outros. saber o jeito certo do braço entrar na água. saber como encaixar o golpe certo. tudo em teoria, claro. sempre fui muito sedentária, tinha até desculpa pra isso (problema no coração, vim com defeito, fazer o que?). aprendi a ter prazer assistindo isso. prazer na competição pela competição. aprendi a ter respeito por quem fazia isso, coisa difícil pra alguém que dava tanto valor ao raciocínio, ao estudo. me pego assistindo espn ou sportv nas horas mais impróprias... nem parece a mulherzinha metida a besta do resto do tempo... me pego pensando porque mesmo que eu não nado faz tanto tempo...
não ando com saco pra nada. virei uma chata. pode ser a época do mês, mas a verdade é que tenho achado tudo muito chato. quase insuportável.
hoje acordei toda errada. o dia começou mal, com a descoberta de um banheiro alagado por uma distração do meu começo de noite insone. vontade de dar um erase and rewind no dia...

18.8.04

eu ainda não me conformei com aquelas coroas de oliveiras. quer dizer, já era cafona e nazista (pra quem não lembra, Leni Riefenstahl usou coroas de louros pra aumentar a dramaticidadedas oli´mpíadas de berlim...) o suficiente sendo de louros, sendo de oliveira ainda por cima é bairrista... tem árvore símbolo do rio? só pra saber de que vai ser a coroa na época do pan por aqui...
essa olimpíada está me fazendo ter sonhos de consumo... quero o casaco da russia, o do japão, o da china, o flavio canto, o winston gordon, o ian thorpe...
ouço cada vez mais pérolas dos locutores. ontem o moço descrevia o sonho das meninas da ginástica olímpica (o nome é outro, eu sei...). ganhar medalha. delas e do mutley. eles andam se superando. meu irmão diz que não aguenta a patriotada, a torcida permanente. eu não aguento quando falam besteira.
preciso ir ver a bethânia. sei que é daqui a duas semanas. sei que não tenho companhia por enquanto...

17.8.04

aprendi uma nova palavra: potoca. diz-se de indivíduo com saúde mental abalada...
minha tia, da estorinha lá de baixo, me mandou um mail me corrigindo... não estávamos numa fila, mas no meio da rua... eu parei uma pobre passante pra pedir água. entra nessas estorinhas de criança engraçadinhas, junto com a vez que meu irmão derrubou o portão da garagem (quem mandou deixar a chave perto do carro, bem a vista...)
tem uma gripe querendo me pegar... e eu querendo fugir...

16.8.04

confesso. adoro olimpíadas. na verdade, como eu sou filha do meu pai, adoro assistir esportes na tv. ele nunca conseguiu me fazer praticar, agora, torcer é outra história. e eu gosto especialmente de natação e ginástica olímpica (a paixão dele e a minha, fazer o que). de tanto assistir, sei os movimentos, os tempos, os recordes...

mas nessa olimíada, os locutores estão começando a me aborrecer. ou me divertir, sei lá. numa das provas femininas no sábado o cara chegou ao displante de falar, torcendo pra menina brasileira: ela bate os braços e pernas com força. será que alguém explicou pra ele que ou bem ela faz isso ou bem ela afunda??
ontem na feijoada ouvi de 3 pessoas diferentes que eu devo ser a próxima a ter filhos. quase fiz um diagrama explicando porque não. mas melhor deixar quieto. até porque, minha prima, que foi quem me falou isso da primeira vez, tinha 35 quando teve o filho dela. ainda tenho 7 anos de vantagem...
acabei de ganhar um cd do crivella. parece uqe tavam distribuindo na rua e o menino de rua de estimação daqui pegou um pra cada um. que eu faço com isso?
sábado animado. festa de aniversário do priminho mais lindo. tá que eu acho um abuso festa de criança sem refrigerante. até porque, sem refrigerante, como vou digerir a comida? e sou viciada mesmo, confesso. depois, a festa tinha até chorinho. não que eu tenha desgostado. mas não me soou muto infantil. enfim, eu me diverti...

depois tinha reunião com amigos, sentada tomando vinho e falando bobagens (sempre são bobagens) eu me diverti o resto da noite (apesar de, eu sei, não estar num dia muito sociável). ia fazer o programa ao contrário. mas algo me disse que a festa do meu primo acabava antes, então troquei... e cheguei em casa cedo e dormi feito um anjinho... até porque domingo eu tinha uma feijoada em família, pro outro primo que volta pra áustria hoje. comi o que não devia, já que ando querendo fazer dieta, mas...
cismei de sair pra dançar sexta. não fazia isso faz tempos, tava sentindo falta. minhas pernas doeram o resto do finde. acho que estou enferrujada. mas valeu a pena... dançar é tão bom...

13.8.04

eu ia sair ontem com uma amiga querida que não vejo faz tempos. assuntos sérios bobagens a por em dia. mas meu corpo não concordou. desmaiei no fim da tarde. cheia de trabalho pra fazer, e nem isso consegui. trabalhar desmaiando é muito difícil... dormi antes das 10 e ainda tô cansada.
tentando entender o noticiário... peguei pelo meio a notícia do governador de new jersey renunciando, e não entendia nada. ele tava renunciando ao cargo por ser gay, era isso? não fazia muito sentido. hoje, fui catar a notícia na internet pra ver por inteiro. o que acontece é que ele tá sendo processado por assédio sexual pelo seu ex-assessor. e é casado. e antes de tentar com o assessor, teve outro caso, com outro homem. ele tá sendo processado pelo levantamento de fundos da campanha dele, que parece que não foi muito dentro da lei. e ele é absolutamente contra a união civil homossexual. e é muito católico (??), apesar de já estar no segundo casamento (nada contra segundos casamentos, mas eu não saio por aí dizendo que obedeço a todas as leis de deus...).

quer dizer, ele tá renunciando por ser um grandissíssimo hipócrita e filho da puta (única palavra a descrever isso) e ter sido descoberto. que se ninguém tivesse descoberto nada, duvido que ele fosse avisar...

12.8.04

eu ando me divertindo escrevendo a muitas mãos. ocupando muito do meu tempo, já tão apertado. talvez seja um escape, sei lá... olha os textos...
ontem, procurando umas coisas, achei um antigo caderninho... pois é, eu digo que nunca tive diário, mas sempre tive caderninhos. eu mesma fazia eles. e escrevia meus absurdos por ali. meus sonhos, meus devaneios... tinha uma coisa que eu nunca pus aqui... meus desenhos... engraçado. eu tinha esquecido que eu desenhava e escrevia o dia inteiro. na verdade, não mudou tanto assim, mas...
tem dias que tudo parece estar se encaixando. e o mundo não parece estar contra a gente. engraçado isso pra uma pessoa com certa mania persecutória, como eu... vontade de cantar pelas ruas, de sorrir para as pessoas (sempre ouvi que tenho uma cara muito séria, apesar de não ter muita certeza sobre o que isso quer dizer). de repente eu tento isso...
decidido o tema da monografia (pelo menos acho que está decidido), preciso de um orientador. e ler. sobre o assunto. a parte triste é que os livros sobre outras coisas, que se amontoam em cima da minha mesa, pra desespero da diarista, que apareceu lá em casa depois de 6 meses, ficam pra depois, sempre...

11.8.04

Oração ao Tempo
Caetano Veloso

És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo Tempo Tempo Tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo Tempo Tempo Tempo

Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo Tempo Tempo Tempo
Entro num acordo contigo
Tempo Tempo Tempo Tempo

Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo Tempo Tempo Tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo Tempo Tempo Tempo

Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo Tempo Tempo Tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo Tempo Tempo Tempo

Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo Tempo Tempo Tempo
Quando o tempo for propício
Tempo Tempo Tempo Tempo

De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo Tempo Tempo Tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo Tempo Tempo Tempo

O que usaremos pra isso
Fica guardado em sigilo
Tempo Tempo Tempo Tempo
Apenas contigo e migo
Tempo Tempo Tempo Tempo

E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo Tempo Tempo Tempo
Não serei nem terás sido
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo

Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo

Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo Tempo Tempo Tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo Tempo Tempo Tempo
fazer o tempo virar meu amigo é tarefa inglória. ele sempre me prega peças. essas semanas eu ando cismando que tenho tempo pra sair, além da volta às aulas e ao trabalho. cou ter de voltar a me acostumar a não dormir, se continuar assim...
como aprender a não me expor demais? vício de infância, nunca me incomodei de falar tudo que pensava ou sentia. é folclórico na família o dia em que, com sede, no meio de uma fila, ao ouvir da minha tia que tava sem dinheiro pra me dar uma água, pedi a água pra senhora na frente dela. as tais inseguranças vieram depois, bem depois. quando o cabelo, branco de tão louro, começou a escurecer, e eu reparei pela primeira vez que existia mundo fora de mim. fui na escola e era um bichinho esquisito. rato de livros, grandalhona (parei de crescer cedo, mas era uma criança grande), branca demais, absolutamente quieta e com uma cara séria... o mundo parecia algo muito complicado. mas nem era. fui ficando menos quieta. fui reaprendendo a falar com a moça na minha frente na fila. e fui ficando tão mais tranquila...
engatinhando nesse tal de multiply. ainda não entendi como funciona. vou tentar. juro que vou.

atualizando: já quero sair. me senti mais exposta nesse brinquedo que em todos os outros. quer dizer que todas as pessoas que eu chmar vão saber oq ue eu penso delas?

10.8.04

Merda
Caetano Veloso
 
nem a loucura do amor, da maconha, do pó, do tabaco e do álcool
vale a loucura do ator quando abre o ciclô sob as luzes no palco
bastidores, camarins, coxias e cortinas
são outras tantas pupilas, pálpebras, retinas
nem uma doce oração, nem sermão, nem comício à direita ou à esquerda
fala mais ao coração do que a voz de um colega que sussurra merda
 
noite de estréia, tensão, medo, deslumbramento, feitiço, magia
tudo é uma grande explosão, mas parece que não
pois é o segundo dia
já te disse não foi uma vez, nem três, nem quatro
não há gente como a gente chique de teatro gente que sabe fazer a beleza nascer pr'além de toda perda
gente que pôde entender para sempre o sentido da palavra merda
 
merda, merda pra você, desejo merda
merda pra você também, diga merda e tudo bem
merda toda noite e sempre, amém.
hoje é aniversário do meu pai. 63 anos. tá ficando velho. já liguei e falei com ele. como é difícil falar com ele. por mais que eu tenha certeza que ele gosta de mim. por mais que eu saiba que ele é meu pai. simplesmente é complicado. nenhuma real intimidade. dois turrões. duas pessoas na defensiva. eu sei que eu pareço muito com ele. gosto de acreditar que sou mais suave. mas o diálogo é complicado. por pura falta de assunto. descontando os assuntos nos quais discordamos drasticamente (política, futebol...) e os assuntos nos quais um de nós simplesmente não podia se interessar menos (economia, design gráfico...), sobra pouco, muito pouco...
combinei dois programas pra quinta. e não quero desmarcar nenhum dos dois... conciliar vai ser difícil...
o dia começou com um elevador quebrado. continuemos...

9.8.04

meus amigos estão quase todos casados ou com filhos. isso deve querer dizer alguma coisa...
segundo desabafo: o circo está muito desorganizado. de assustar a zona que fica pra comprar entrada. e lá dentro a zona não diminui. fila pro banheiro confusa, confusão pra comprar cerveja... confesso que mal lembro como era antes (engraçado, lembro de ir ao circo, de beber estando lá, mas não lembro de comprar entrada ou bebida...). mas essa zona não é legal...
lá vou eu desabafando de novo. mas essa tava entalada...
sábado quase me estresei com uma amiga. ela me disse que não gostava de boate. só de programa cultural. tenho de lembrar de não chmar mais ela pra ir ao circo voador...
 
aliás, sinceramente. que ela quer provar com isso? tá certo que só tô escrevendo aqui porque sei que ela não lê, mas achei de uma bobagem tão grande... dia seguinte, ao falar com ela, ainda me pergunta se eu encontrei artistas plásticos na noite. e eu lá sei? não pergunto profissão e filiação quando conheço alguém... fiquei passada com isso. noite é pra se divertir. pra relaxar. não pra se estressar, pra fazer contatos profissionais, ou sei lá. precisa ter gente importante pra validar a noite? importante foi encontrar l e saber que o batizado do filho de c tinha sido naquele dia. importante é conversar com nina sobre as dúvidas dela... não conheço muita gente. não faço questão de conhecer. conheço meus amigos. faço questão de saber deles. e ponto.

8.8.04

porque depois de dois dias com sono, são 4 e meia e eu não durmo?
não costumo escrever no fim de. álcool e blog não devem se misturar. mas esse fimde... preciso escrever antes de esquecer...

sexta, programa light, depois de amarelar de um aniversário, fui ver uma exposição. entrei no odisséia finalmente, vi a expo, bebi uns chopps e saí. rumo à lapa pra pegar tx. meio do caminho, nós 4 conversando, eis que para um carro. e dele saem cinderela, branca de neve, a bela adormecida e uma fada. juro. no meio da lapa. plena meia noite. fizeram um sucesso inacreditável. dali, procuramos um japa. na impossibilidade, fomos ao lamas mesmo...

sábado, acordo cedo com uma cachorra que tem tendinite. ela é oficialmente minha cachorra. até hipocondríaca a bicha conseguiu ser. decidi aproveitar e ir fazer as patas. lindas elas estão, pintadas de vinho. decidida a ir no cordel de noite e atacada por uma alergia, me entupi de celestamine. não entendia palavra do que me falavam. tava um perigo. a alergia pasou e fui, atrasada mas fui. cheguei no meio do show do mombojó. assisti de fora, enquanto decidia o que fazer. de repente, surgiu uma boa alma que comprou ingressos pra todos (surgidos não sei de onde já que a (des)organização do circo tinha avisado que eles estavam esgotados). enrtamos. meio rio por lá. parecia o circo de verdade. uma criatura berrava que queria entrar no banheiro feminino, com um longo discurso (esse eu rezo pra nunca conseguir chegar perto de mulher na vida mais, juro) e uma confusão danada, bem na hora que eu precisava ir ao banheiro. um discursava contra, o outro a favor do cordel. e me chamaram pra ir no bukowski. parece que tinha um aniversário por lá. desejo os parabéns ao aniversariante, mas os meninos sumiram e vim pra cá, escrever abobrinhas...

6.8.04

sair. correr. pular. cantar. ando precisando de um pouco de tudo. brigar, viver... nunca soube ter uma vida de meio termo, acho que meu erro foi tentar isso. simplesmente não vai acontecer.
tem gente que não percebe onde está. meu primo, por exemplo. ele acha que o brasil é só mais simpático que a áustria. ainda não caiu a ficha que são culturas completamente diferentes, economias completamente diferentes... sinceramente ele acha que a maior diferença é a procrastinação como cultura. não percebe que, no fundo, a gentileza do brasil é bem menos gentil que a aspereza austríaca. o brasileiro fala, mas não faz. o que não é gentil. o austríaco avisa que não vai fazer. mal educado, mas sincero... sei lá. divagando sobre uma discussão outro dia com ele. ainda por cima, como ainda é um quase adolescente, ele tem razão sobre tudo, o que me aborrece um bastante...
chopp e conversa. combinação mais que perfeita. minha amiga cismou com santa tereza. confesso que a pé santa tereza não costuma me empolgar. é raro. convenci ela a ficar ali perto. porque eu pego ônibus à noite, ela só pega taxi. nunca vi isso. alguém mais fresco que eu. porque eu sempre fui fresca. mas sempre me virei... só na barra que dá vontade de chorar...

4.8.04

A RUA
Paulo Barreto, o João do Rio
 
Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia – o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia, Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua.
pior é que fiz isso tudo como se ainda estivesse de férias. só faltou ter ido parar na tal gafieira do teatro odisséia. mas algo me fez achar melhor ir pra casa não tão tarde... hoje o dia está bonito, mas só consigo pensar que queria ir pra casa e dormir...
Matriz ou Filial
Samba-Canção de Lúcio Cardim

Quem sou eu
Pra ter direitos exclusivos sobre ela
Se eu não posso sustentar os sonhos dela
Se nada tenho e cada um vale o que tem
Quem sou eu
Pra sufocar a solidão da mesma boca
Que hoje diz que sou matriz e quando louca
Se nós brigamos diz que é a filial
Afinal, se amar demais passou a ser o meu defeito
É bem possível que eu não tenha mas direito
De ser matriz por ter somente amor pra dar
Afinal, o que ela pensa em conseguir me desprezando
Se sua sina sempre é voltar chorando
Arrependida me pedindo pra ficar
ontem eu tava deprê ia fazer nada. mas uma amiga me convenceu (me lembrando que eu tinha prometido fazia duas semanas) a ir ao teatro com ela. Almas Berrantes. na Fundição. e eu tenho de agradecer muito ter sido convencida.
 
a idéia era nos dar uma experiência de cabaré. e foi atingida. entramos, ambiente esfumaçado, mesas de bar, um palco no meio das mesas, um mestre de cerimônias nos recebe. logo em seguida, nos dão caldo de feijão e cachaça de cortesia. uma delícia, e momento que deveria ter sido registrado. faltou a máquina. pra felicidade ser completa, a peça começa citando joão do rio. Eu amo as ruas! e eu só pensava que eu também amo as ruas... dança, boa música, bons textos... duas horas depois a peça acaba. e eu não quis ir pra casa. meu irmão passou, fomos na sinuca da lapa... cerveja, batata frita e muita bobagem... deprê? sumiu em algum lugar. provavelmente na visão da peça...

2.8.04

fui ler os arquivos do meu antigo bloguinho, que ainda estão no limbo da internet. engraçado. eu nunca me imagino etndo mudado. mas percebi que mudei, sim. bastante até. e perceb que, no fundo, adoro ter um diário. que nunca tive quando era menor. gosto de poder falar aqui do que não falo nunca. só tenho pena de ter de me censurar tanto...
eu não quero voltar a trabalhar amanhã. e não quero voltar a ter aulas semana que vem. quero dormir. quero me enfurnar no quarto e não sair. quero comer chocolate. quero dinheiro pra viajar (eu queria ir pra barcelona, no tal fórum, alguém me ajuda?). não fiz quase nada do que queria, porque noves fora, eu dormi. e tive que ajeitar umas coisas de trabalho. e só da pós perdi mais da metade das férias. e mesmo assim não decidi sobre o que escrever a monografia... argh...