7.10.08

acabo de interromper meses de silêncio porque li sobre a alice do tim burton. nem sei como descrever a minha ansiedade por ver isso. pode ficar muito ruim. mas é a alice. e o chapeleiro maluco é o jonny depp. e enfim, fica tudo perfeito aos meus olhos.

9.6.08

acabo de ver que a totem saiu por aí desfilando helio oiticica. algo me diz que terei problemas com meu consumismo latente quando isso chegar nas lojas. oiticica é assim algo que me deixa meio confusa. porque eu percebo racionalmente que tem sacadas geniais, sei que é genial. e ao mesmo tempo acho essa coisa rebeldeanossessenta uma coisa meio datada em si. oiticica ficou meio datado em alguns aspectos, assim teoricamente. mas na hora h, é muito mais do que eu podia pensar. eu não vejo nada datado. e eu me emociono e me sinto um cavalo de macumba usando um parangolé. meio forte pra mim foi vestir um. e entrar num penetrável. tudo isso de ser datado ficou no fundo da cabeça. é forte demais. é interessante. você entende o que ele queria, mesmo com a obra não sendo um quadro padrão que mostra coisas como o artista sente ou o que o valha. tem textinho do lado pra explicar. mas o conceito é melhor que isso. porque a obra consegue ser conceitual e se bastar. sei lá. tergiverso. amo oiticica. amo ligia clark.

enfim, tudo isso pra dizer que se tiver uma camisa seja marginal seja herói ela já tem comprador.
tentando me livrar das cicatrizes. dá trabalho, viu?

porque tem em tudo quanto é lugar. e assim, eu adoro lamber uma ferida, vai... parece que me faz felizona ficar assim curtindo fossa. o que em si nem faz sentido.
ainda não me entendi com o tal do twitter. isso porexemplo eu percebo que seria post pra fazer lá. mas me agonia poder ser informada da escovação de dentes de um indivíduo.
eu ia escrever algo aqui. era uma bobagem, mas eu juro que era relevante pra mim de alguma forma.

12.5.08

3 meses sem passar por aqui. meu lugarzinho anda abandonado....

muito acontece no mundo do lado de cá dessa tela. a vontade de escrever até existe, mas a vontade de privacidade tem me acometido. por mais estranha que ela possa ser a quem tem blog há tantos anos. meu mundo desse lado tá de pernas pro ar. divertido, engraçado, movimentado. e de pernas pro ar. e eu me sinto assim com asma, sabe? o esquisito é que eu nunca tive asma. mas as pernas tão tão pro ar que tenho tido crises agora. vou ligar pro homeopata. mas vai saber. acho que é assunto pra analista, sabe?

mudanças me dão angústia. não parece, mas dão. e angústia, dizem, dá asma. quando não dá coisas piores. angústia come a gente por dentro, dizem. tô precisando me comer por dentro, não. tô precisando por pra fora isso tudo. daí a privacidade vai pros raios que a partam, não? porque assim, onde mais eu podia por pra fora isso assim tão estupendamente, com tantos podendo ver e falar sobre? e assim, me sentindo tão, mas tão ouvida, a angústia acalmar? por mais artificial que seja, me tranquiliza por essas palavras aqui. e por aqui fico. sem explicações, sem maiores discursos fora esse. do estar feliz e angustiada. tranquila e bouleversada. e precisando demais de falar. falar sem ouvir resposta. falar pra depois saber o que falar na hora que precisar falar de verdade...

19.2.08

pensativa demais eu ando. começando projetos novos demais. assustada com isso.
o tal do sonho é um treco engraçado. quando era criança, adorava os kennedy. acho que aquela coisa toda de ser uma camelot e tals me deixava assim empolgada. e eram todos bonitos. e jackie o é o máximo. enfim, isso claro que com a idade passa. e a gente sabe que eles nem eram assim bonzinhos e tal. mas continuaram a ter certa aura pra mim. porque, enfim, primeiro católico na presidência americana, primeiro a ser simpático a idéias menos fechadas, sei lá.

daí, com toda esse lado romântico que grudou em mim mesmo, vi Bobby outro dia. filme simpático toda vida. adoro o joshua jackson, confesso. e meu hobbit predileto tá lá. mas o ponto é o seguinte: tem os discursos de boby, sabe? e eu sempre admirei o cara politicamente. menos farrista que o irmão, menos star system. mas mais sério e tals. tão anticomunista quanto, mas enfim, americano, né, fazer o que? e que discursos belíssimos. bem escritos. e vão direto ao ponto, que é o tal do sonho, não? há que existir união. há que existir o outro. e há o outro ali, nos eua. precisa sair não. tem gente morrendo de fome lá mesmo. e tem briga e guerra por lá também. e a saída do sonho é a tal união. é aceitar o outro. a saída aonde estamos é a outra. negar o outro. tentar sumir com ele. seja dando porrada, seja enfiando embaixo do tapete. enfim... o filme me deixou triste. com essa sensação de que mataram o homem e as idéias dele todas. meio que fudeu, sabe?

e daí chego a terceira parte do meu pensamento: o obama usa os discursos dele. não ipsis literis. mas usa. aprendeu bonito. coalisão, união, ver os eua que os eua não conhecem, patati, patatá... e me bateu aquela dúvida: pastiche ou aprendizado? e me bateu a outra dúvida cruel: eu achava que eu votaria na hillary, dada a oportunidade. meu lado feminista gosta demais da figura dela. acho que é mulher forte, não se mete a ser homem e dá conta do rojão... mas agora não sei mais. passei a achar que são dois candidatos que podem ser bons. inda mais, vamos combinar... mccain? tá falando sério? torço muito pra não...
fidel saiu do governo. e enfim, não sei o que falar sobre isso. a não ser que era meio que algo esperado. e que não sei, mas há certa sensação de que o fim do sonho chegou mesmo...

18.2.08

precisando de mais trabalho. por enquanto me preparo para mudanças. ainda absorvo a viagem. ou as viagens. parece que faz tanto tempo... londres me deixou fora do eixo. e de tudo isso me veio a certeza de precisar viajar mais. e sempre. de que o eixo é um péssimo lugar pra mim. adoro viagem. adoro não estar no meu lugar.
porque eu acabo de descobrir que existe um órgão, instrumento órgão, que é tocado pelo mar. graças a ler coisas que o namorado gosta e eu aprendi a gostar. e o tal troço é tão lindo, mas tão que eu precisava dividir. fica na croácia. apontamentos para a próxima viagem. tantos apontamentos para tantas viagens que fico sem saber em que tempo de vida e de trabalho enfio tanta viagem. mas, enfim... sonhar vale sempre a pena, não? e afinal, a última viagem saiu como nos apontamentos...

24.1.08

porque de repente (e graças a deus) não consigo parar de escrever. volto a falar da viagem, que deixou assim marcas em mim. de algum jeito eu voltei diferente. leve. feliz. e precisando fazer algo com tudo isso que me aconteceu. que nem foi tanta coisa, mas foi coisa demais...
os pés conheceram paris. e, felizes com isso, me levaram a roma. o avião chega por cima da catedral de são pedro. de noite, toda iluminada, a praça parece, vista do alto, realmente um lugar onde deus existe. aliás, a itália é um lugar onde soa estranho não acreditar em deus. as igrejas tomam conta da paisagem. e são enormes. de algum jeito, somos todos perto de formigas perante o dono daquela casa. a idéia de museu a céu aberto, por mais que seja um enorme clichê, não sai da nossa cabeça. porque é isso. é esbarrar a cada passo em esculturas e prédios que fazem a história da gente. da tal civilização ocidental. que sei que o brasil também nem é tão ocidental assim. mas eu li sobre aquilo, sabe? como li sobre paris, verdade. mas de alguma forma paris era um romance. roma, a história. e a gente parece que tenta entender como as coisas foram evoluindo, sabe-se lá. e fica maravilhado achando que faz parte. ou que entende. o tempo também parece outro, não sei. só o que percebo é que roma se faz necessário. pra ver tudo. a cor, a água, a idéia de monumentalidade. que antes de ver roma, nada se faz monumental. ou depois de se ver roma, nada antes continua monumental. não sei como falar isso. mas muda tudo. aquilo ali, aquela cidade inteira, aqueles prédios e esculturas, aquilo é monumental. o resto é pequeno, é dia-a-dia...

23.1.08

as sensações todas se confundem. 12 horas de avião fazem isso com uma pessoa. um cansaço que prega nos ossos. daí, nada a fazer. nem dançar um tango argentino. mas a gente acorda do cansaço pra sair na rua. e ver as meninas, sentir o frio, sei lá. inaugurar o manteau, acho que é isso. na esquina, só pra jantar direito. e do jantar sai um ânimo. pra andar mais. e como se anda quando se viaja. parece que de tanto andar os pés vão conhecer a outra cidade. meus pés sentiram frio. e odiaram as meias. mas acho que conheceram as cidades mais que eu vez em quando. porque na hora de subir na torre, acho que foram eles que mandaram. por mim eu ficava lá embaixo quietinha, quietinha... comendo gauffres com açúcar. quilos de gauffres. adoro. no dia seguinte, é visível que o avião ainda nos cansa. mas nada faz um turista ficar na cama. a ansiedade de conhecer, de ver, de sair. de não ficar na cama durante uma viagem. a ansiedade ganha da preguiça, do cansaço. e tudo começa de novo, os pés andando e procurando conhecer o lugar. mais coisa pra ver do que dá tempo de pensar. e as combinações vão se desfazendo porfalta de tempo pra pensar. e o redemoinho de se perceber viajando toma conta da gente. e como é bom ser feliz de novo... resta saber como fazer pra ficar viajando o resto da minha vida. de repente largo tudo e viro aeromoça. será que levo jeito pra isso?

21.1.08

paris é um sonho. roma é inacreditável. a toscana me encanta. e londres é maravilhoso. e eu devia falar mais. mas de alguma forma não consigo. faltam-me palavras. sensação muito, muito estranha...

18.1.08

esse ano a viagem foi mais chique que ano passado. porque se ano passado decidimos conhecer o Brasil, esse ano resolvemos conhecer a Europa. histórias diferentes.

na Europa, não sei por onde começar com a viagem. tudo me deixou fora do meu centro. tudo me deixou emocionada. a viagem. a companhia. ver tudo aquilo de verdade. fora dos livros a realidade toma assim ares de fantasia.
quase 3 meses sem postar. trabalho a entregar correndo antes de viajar dá nisso...