explica-se... na família, muito morena, nasce a loirinha aqui. meu avô olha, olha... e solta essa, nasci branca por cruza, algo deveria explicar...
aqui apenas os fatos são inventados
o essencial da arte é exprimir;
o que se exprime não interessa
fernando pessoa
25.4.05
tem saído farpas de todos os lados. ando em pé de guerra comigo mesma, o que se nota. não é nada, já passa. mas preciso tentar ter a tal calma. no finde eu consegui. pode ter sido a companhia, mas consegui. preciso aprender a conseguir sem a companhia. mais difícil, mas certamente não impossível. achar a tal paz é possível, certamente...
20.4.05
19.4.05
eu quero dançar essa semana. dançar e cantar. ando cantando odara, pode? as coisas aparentemente estão tranquilas. pelo menos eu decidi assim. o que não está tranquilo eu por agora não quero dar atenção. negação mesmo, e daí? por agora tenho o que preciso. e vou estudar mais a cada dia. e dormir. e ser feliz. porque é disso que eu quero fazer minha vida. e meu ex-analista ia até ficar impressionado comigo, acho...
bom, o ratzinger é papa. noves fora, pouca coisa muda, eu sei. me lembro da mafalda dizendo que seu banquinho tem o mesmo poder de influência que o papa... muda o seguinte: acho que preciso achar outra religião, me converter, sei lá. ou assumir um certo agnosticismo de minha parte. ainda não decidi... mas eu bem achava legal ser católica. gosto até de missa...
18.4.05
Não Tenha Medo
Miltinho Edilberto
Não tenha medo
Me faça seu travesseiro
Aquela roupa eu nem tirei
Só pra dormir com seu cheiro
Aquele beijo de boa noite
Ainda queima em minha boca
Nem o café esconde o gosto
Em sonho vejo seu rosto
Você é a estrela domar profundo
Caiu do céu no meu mundo
Se fico longe só um tiquinho
Um pouco mais que o segundo
A corda quebra, o carro para o riacho fica fundo
Você é a estrela domar profundo
Caiu do céu no meu mundo
Se fico longe só um tiquinho
Um pouco mais que o segundo
A corda quebra, o carro para o riacho fica fundo
Não tenha medo
lhe ajudo na travessia
Não sei nadar
Pra flutuar basta a sua companhia
Não tenha medo
lhe ajudo na travessia
Não sei nada
Pra flutuar basta a sua companhia
Miltinho Edilberto
Não tenha medo
Me faça seu travesseiro
Aquela roupa eu nem tirei
Só pra dormir com seu cheiro
Aquele beijo de boa noite
Ainda queima em minha boca
Nem o café esconde o gosto
Em sonho vejo seu rosto
Você é a estrela domar profundo
Caiu do céu no meu mundo
Se fico longe só um tiquinho
Um pouco mais que o segundo
A corda quebra, o carro para o riacho fica fundo
Você é a estrela domar profundo
Caiu do céu no meu mundo
Se fico longe só um tiquinho
Um pouco mais que o segundo
A corda quebra, o carro para o riacho fica fundo
Não tenha medo
lhe ajudo na travessia
Não sei nadar
Pra flutuar basta a sua companhia
Não tenha medo
lhe ajudo na travessia
Não sei nada
Pra flutuar basta a sua companhia
cantado pela Bethânia, por favor...
Outra Vez
Isolda
Você foi o maior dos meus casos
De todos os abraços o que eu nunca esqueci
Você foi dos amores que eu tive
O mais complicado e o mais simples p'ra mim.
Você foi o melhor dos meus erros
A mais estranha história que alguém já escreveu
E é por essas e outras que a minha saudade
Faz lembrar de tudo outra vez.
Você foi a mentira sincera
Brincadeira mais séria que me aconteceu
Você foi o caso mais antigo
O amor mais amigo que me apareceu
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.
Esqueci de tentar te esquecer
Resolvi te querer por querer
Decidi te lembrar quantas vezes eu tenha vontade
Sem nada perder.
Você foi toda a felicidade
Você foi a maldade que só me fez bem
Você foi o melhor dos meus planos
E o pior dos enganos que eu pude fazer
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.
Outra Vez
Isolda
Você foi o maior dos meus casos
De todos os abraços o que eu nunca esqueci
Você foi dos amores que eu tive
O mais complicado e o mais simples p'ra mim.
Você foi o melhor dos meus erros
A mais estranha história que alguém já escreveu
E é por essas e outras que a minha saudade
Faz lembrar de tudo outra vez.
Você foi a mentira sincera
Brincadeira mais séria que me aconteceu
Você foi o caso mais antigo
O amor mais amigo que me apareceu
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.
Esqueci de tentar te esquecer
Resolvi te querer por querer
Decidi te lembrar quantas vezes eu tenha vontade
Sem nada perder.
Você foi toda a felicidade
Você foi a maldade que só me fez bem
Você foi o melhor dos meus planos
E o pior dos enganos que eu pude fazer
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.
15.4.05
não costumo usar o tal do permalink. mas esse post do meu irmãozinho é divertido. tá, é velho. mas é divertido...
13.4.05
ontem eu vi uma briga de abr. cena dantesca. a mulher começa a berrar, mandar o fulano parar. cinco minutos depois, o fulano se atracava com outro em pleno chão do leblon. berros prum lado, seguranças pro outro, tiram o ex bêbado de cima do atual da moça. o atual, muito envergonhado, pedia desculpas a todos pela zona. a moça chorava. andando pra pegar meu taxi, vejo o ex, ainda seguro pelo amigo, querendo voltar a apanhar do atual, afinal, era um terço do tamanho dele e estava algumas (muitas) cervejas além do necessário para saber como se fica em pé...
O Que Tinha De Ser
Antonio Carlos Jobim - Vinicius de Moraes
Porque foste na vida, A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu, Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem, E eu tua mulher
Porque tu me chegaste, Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma, Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser
Porque foste em minh'alma, Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser
Antonio Carlos Jobim - Vinicius de Moraes
Porque foste na vida, A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu, Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem, E eu tua mulher
Porque tu me chegaste, Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma, Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser
Porque foste em minh'alma, Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser
12.4.05
Dans mon île
Paroles et Musique: M.Pon, S.Salvador
1957© 1957 - Disque Barclay
Dans mon île
Ah comme on est bien
Dans mon île
On n'fait jamais rien
On se dore au soleil
Qui nous caresse
Et l'on paresse
Sans songer à demain
Dans mon île
Ah comme il fait doux
Bien tranquille
Près de ma doudou
Sous les grands cocotiers qui se balancent
En silence, nous rêvons de nous.
Dans mon île
Un parfum d'amour
Se faufile
Dès la fin du jour
Elle accourt me tendant ses bras dociles
Douce et fragile
Dans ses plus beaux atours
Ses yeux brillent
Et ses cheveux bruns
S'éparpillent
Sur le sable fin
Et nous jouons au jeu d'Adam et Eve
Jeu facile
Qu'ils nous ont appris
Car mon île c'est le Paradis
Paroles et Musique: M.Pon, S.Salvador
1957© 1957 - Disque Barclay
Dans mon île
Ah comme on est bien
Dans mon île
On n'fait jamais rien
On se dore au soleil
Qui nous caresse
Et l'on paresse
Sans songer à demain
Dans mon île
Ah comme il fait doux
Bien tranquille
Près de ma doudou
Sous les grands cocotiers qui se balancent
En silence, nous rêvons de nous.
Dans mon île
Un parfum d'amour
Se faufile
Dès la fin du jour
Elle accourt me tendant ses bras dociles
Douce et fragile
Dans ses plus beaux atours
Ses yeux brillent
Et ses cheveux bruns
S'éparpillent
Sur le sable fin
Et nous jouons au jeu d'Adam et Eve
Jeu facile
Qu'ils nous ont appris
Car mon île c'est le Paradis
Os mais doces bárbaros
Caetano Veloso
Com amor no coração
Preparamos a invasão
Cheios de felicidade
Entramos na cidade amada
Peixe espada, peixe luz
Doce bárbaro Jesus
Sabe bem quem né otário
Peixe no aquário nada
Alto astral, altas transas, lindas canções
Afoxés, astronaves, aves, cordões
Avançando através dos grossos portões
Nossos planos são muito bons
Com a espada de Ogum
E a benção de Olorum
Como num raio de Iansã
Rasgamos a manhã vermelha
Tudo ainda é tal e qual
E no entanto nada é igual
Nós cantamos de verdade
E é sempre outra cidade velha
Caetano Veloso
Com amor no coração
Preparamos a invasão
Cheios de felicidade
Entramos na cidade amada
Peixe espada, peixe luz
Doce bárbaro Jesus
Sabe bem quem né otário
Peixe no aquário nada
Alto astral, altas transas, lindas canções
Afoxés, astronaves, aves, cordões
Avançando através dos grossos portões
Nossos planos são muito bons
Com a espada de Ogum
E a benção de Olorum
Como num raio de Iansã
Rasgamos a manhã vermelha
Tudo ainda é tal e qual
E no entanto nada é igual
Nós cantamos de verdade
E é sempre outra cidade velha
11.4.05
o resto do fim de semana? ando em crise com tudo na vida. pelo menos s. tem sido menos instável. porque escrever tem sido um parto. ler outro. e estudar sem fazer nenhuma das duas tarefas se torna impossível. fico com vontade de dormir, e, claro, com insônia. e reclamo aqui. é meu espaço pra isso, nesse diabo de blog mulherzinha que eu tenho. é mulherzinha, é lilás, é lamuriento, é meu querido diário. e o problema é meu, ok?
esperando a hora do filme, encontrei minha mãe num bar em laranjeiras. tudo ótimo. os tricolores curtindo sua dor de cotovelo quietinhos. até me aparecer um espírito de porco fantasiado de volta redonda. em laranjeiras. o cara fez uma arruaça, não teve muito eco e foi embora... mas nem foi o único que eu vi ontem. encontrei outro torcedro do voltaço no cinema... ixpetáculo...
fui ver o clan das adagas voadoras. minha capacidade de concentração anda mesmo próxima a zero, achei por bem que um filminho domingo a noite com s. não faria mal a ninguém. confesso que fiquei decepcionada. queria um hero e vi um tigre e o dragão. nada contra. é bonito. as lutas são muito bem coreografadas. os protagonistas são muito bonitos. mas não é hero, que me deixou completamente tomada. deve ser pela estética. parecia um quadro em movimento. uma coisa espetacular que se fez com o uso das cores na fotografia. apesar de aparecer um pouco essa idéia no clan, não é a mesma coisa. não mesmo. mas a noite foi tão agradável...
7.4.05
estou muito impressionada com esse surto de histeria coletiva para ver o papa. não é possível que seja tanta devoção assim à igreja. isso é idolatria, que até onde eu soubesse, é pecado. é aflitivo ver aquelas pessoas na fila 12, 15 horas para ver um corpo. é angustiante ver a rapidez com a qual se produziu um ramadan em roma.
o rio tá mal até de cardeal, nunca vi... fazendo declarações desastrosas à imprensa sobre o lula. são paulo é mais bem servida até em termos espirituais. dom claudio hummes está tentando ver se diminui a declaração do outro até agora. até porque, o pt não existe sem a teologia da libertação. frei betto, leonardo boff não eram do pt por acaso. e frei beto não é assessor do lula por acaso. é uma questão de fé, além de política, que está aí no meio...
5.4.05
engraçado. numa conversa, sábado, meus amigos discutiram comigo que eu não acredito em deus. como se fosse um fato. algo impossível pra alguém tão letrado, digamos assim. a verdade é que eu acredito. e sou católica. claro que não sigo todos os dogmas. como eu vi um cardeal falando na bbc, todos pecamos. todos somos orgulhosos, vãos, egoístas. mesmo os padres e bispos. mas eu quero acreditar. e querer acreditar é acreditar. porque levei muita lambada e preciso de alguma coisa maior pra acreditar. porque uma igreja é um local de oração. e é um lugar que me dá paz. porque eu adoro um ritual, acho reconfortante. e o da missa não é diferente. porque a teologia da libertação é interessante. porque acho a história de jesus, em si, bonita. da transformação do deus vingativo do antigo testamento, do deus que nos pune com o dilúvio para o deus que nos dá seu filho em sacrifício. para o deus que nos perdoa a tudo. que só nos pede a crença nele. porque é dessa crença que vem sua existência. acho isso tudo muito interessante. e bonito... e achei interessante eu parecer tão obviamente atéia.
o papa morreu. confesso, não era nada fã dele. papa mais reaça, é difícil. só se elegessem o ratzinger. mas parece que inquisidores não são lá muito populares... mas fiquei meio triste, sei lá. deve ser meu lado de educação meio católica. lembrei da minha vó. lembrei muito da minha vó. e confesso, achei muito interessante um papa que fazia tanta questão de falar contra a eutanásia pedir pra morrer em casa, sem tubos. ele disse que estava pronto. e tem realmente um semblante pacífico no caixão. e, sei lá, não acho que o reacionarismo dele devesse ser um problema pra quem não é da igreja. acho que ele era, sim, profundamente católico e pio em sua religiosidade. a igreja plonesa ainda é muito ana e os lobos. a brasileira não é tão fechada, pra nós soa errado aquilo. a teologia da libertação, as pastorais, têm muita foça por aqui. e não estavam nas graças dele. minha vó gostava dele. dizia que rezava a missa bem. e ficava aflita com ele morrendo diante dos nossos olhos, aos poucos. mas parece que aceitando cada passo. catolicamente aceitando morrer. e eu não concordo com o jabor, em geral. mas concordei com ele no final da crônica de hoje. nunca gostei do papa. mas me impressiona a capacidade dele de reunir multidões, mesmo após a morte. multidões rezando pela ligação mais perto delas com deus.
eu e minha mania de ler asneiras quando fico ansiosa. acabo de descobrir que o filho de ronaldinho e cicarelli será apátrida. afinal, a moça, que faz papel de inteligente, quer que ele seja espanhol. pequeno problema. nacionalidade na espanha é por sangue. no brasil por nascimento. nasceu na espanha, filho de brasileiros, não é nada. nadica. tem até passaportes especiais pra isso, acho. iguais aos dos refugiados... super chique, ela deve achar...
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