3.11.13

lua de s. jorge


era um dia de s. jorge. não quer dizer nada. joana não é devota. não tem um santo pra chamar de seu. nem católico, nem orixá, nada. dia de s. jorge era só um dia pra acordar tarde e procurar um samba. acorda-se mais tarde até porque na véspera ninguém dorme com o foguetório. rio de janeiro e suas idiossincrasias. salve jorge. melhor não dar bobeira.

joana queria ir especificamente a uma festa hoje para encontrar joão. tinha conhecido ele um mês antes. excepcionalmente, não em um bar ou festa, mas em um seminário. situação formal. mas enfim, falando de culturas e relativismos e, e... papo chato, né? chato ou não, os dois se entenderam e ele falou que ia nessa festa. e claro, s. jorge ia ajudar a encontrar ele. porque deus ajudar nessas coisas, né por nada não, mas não tava funcionando bem.

então. roupa vermelha ou era exagero? sem ser devota, ficava constrangida. nunca tinha ido na festa. e bom. ainda se achava um tico tímida. cadê a amiga? claro, chamara uma amiga pra pelo menos fingir que tava tudo normal. que, enfim, ela não estava indo só pra isso. vai que s. jorge se chateava com ela? melhor não arriscar. mas a roupa ia vermelha. proteção nunca é demais.

mari finalmente chegou. caiu na gargalhada com o rapaz chamar joão. com o rapaz ter chamado atenção dela pelo discurso. claro. era joana. vai que dava certo? ao menos pelo dia de s. jorge, né? mas a festa precisava ser tão longe? tinha nenhuma mais pertinho, não? pelas amigas faz-se tudo, pensou. e saíram. uma de branco, uma de vermelho. rumo à tal festa. não. rumo a joão. ele que aguardasse.

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