3.11.13

Bom dia? (2)

Banho tomado, com Adriana ao seu lado, Tânia foi passar em casa. Não fazia ideia do que a esperava. Marcelo não atendera o telefone. Chegou em casa, um bilhete.

"Tânia,
Tá tudo errado. A gente tem se machucado muito. E acho que precisamos de um afastamento. Físico mesmo. Fui pra casa dos meus pais. Uma semana de licença no trabalho, falei com João, que nem perguntou pra que. Sexta-feira eu volto e a gente conversa. Não tenta ligar não, por favor. Acho que ontem esgotamos tanta coisa. Descansa. Seu celular tá em cima da cama. Ainda te amo.
Beijos,
Marcelo"

Bom, ao menos ela ainda tinha celular. E nem tava quebrado. Mas sabia. Que um tempo é coisa que não existe. E que aquilo ali era um pedido. De paz. Mas enfim. Chega. Sentou no chão. No meio da sala. Começou a chorar. Na verdade, nem sentia o chão. Não sentia o abraço de Adriana, segurando ela. Nem o calor daquele dia de verão no Rio de Janeiro. Nada.
Diante de tudo isso (ou nada disso, não sabia). Levantou, pegou um biquíni.

– Arpoador ou Leme? perguntou Adriana.

E foram.

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