12.7.06

entao. sem acentos de novo. e assistindo seriados idiotas na tv de madrugada, cheia de caipirinha na cabeça. e preciso dizer que ando insegura pra c****. e ando achando erro onde nao existe. mas acho que o problema e que estou feliz. p**** eu nao sei ser feliz!!! me ensina? eu nao sei, fico triste e insegura quando me aparecem possibilidades de felicidade.

ideias para muitos posts. tem a ver com loteria. com centro da cidade. com especiarias. com arabes. com argelia. coisa demais. acho que vira um conto ou dois. mas ta meio que fervendo aqui dentro agora. depois sai.
porque eu vi o filme sobre ele. e porque me disse muita coisa sobre mim. e porque ele esta comigo. I walk the line. eh isso. nao precisa mais que isso. I walk the line.
I walk the line
Johnny cash

I keep a close watch on this heart of mine
I keep my eyes wide open all the time.
I keep the ends out for the tie that binds
Because you're mine,
I walk the line

I find it very, very easy to be true
I find myself alone when each day is through
Yes, I'll admit I'm a fool for you
Because you're mine,
I walk the line

As sure as night is dark and day is light
I keep you on my mind both day and night
And happiness I've known proves that it's right
Because you're mine,
I walk the line

You've got a way to keep me on your side
You give me cause for love that I can't hide
For you I know I'd even try to turn the tide
Because you're mine,
I walk the line

6.7.06

eu ouvi numa mesa redonda dessas que o zidane voltou para a seleção porque teve uma visão. fui catar nessa caixa magnífica que é a internet e descobri que é verdade (uma notícia antiga me disse, mas agora perdi o link). ele teve uma visão, um cara veio no meio da noite e mandou ele voltar pros bleus, que ele daria mais um título para a frança. então chega-se à conclusão inevitável: zizou é, na verdade, doido. e doido, se sabe, não deve ser contrariado. pior de tudo: ele é um doido que tem toda a razão do mundo (pelo menos até o momento). praticamente um ungido pelos céus. e é isso. o ungido vai ganhar. porque, se ele não ganhar, imagina explicar pros franceses que até tão querendo trocar a imagem de jesus na cruz pela dele que não era bem assim?

perdão, sei que disse que nem ia falar sobre a copa. mas ungidos me dão medo. acho meio grave isso de um homem com uma missão divina, mística, sei lá. minha missão é essa daqui. viver. nenhum homem no meio da noite me pediu nada, a não ser um beijo...
falando algo: ô dó do cristiano ronaldo chorando... ô dó...
eu ia escrever sobre a irritacão dos jogadores não suarem a camisa (acho que suaram tudo pro rexona). ia escrever sobre um mau humor galopante que me corroía ontem, apesar do dia lindo que fazia, por conta de uma gripe que me deixou péssima no finde (pra ser sincera, nem assisti o jogo, de tanta febre). mas desisti. ontem, saindo da análise, fui andar na praia. pra encontrar minha mãe e almoçar no leblon, eu tava ali no arpoador, fui pela praia, pra ver se meu humor mudava. e mudou. a água tava transparente. se eu não tivesse toda vestida, tinha caído nela. o sol tava lindo. uma pintura. e eu esbarrei no chico buarque. e pronto. sabe aquelas reclamações? foram pelo ralo. porque ele tá velho. mas é o chico. e falava algo sobre futebol (na verdade, acho que falava que não aguenta mais dar opinião sobre futebol) e estava ali. e eu esqueci do ópio do povo. do que eu ia falar sobre a aflição que me dão nacionalismos. de que eu revi A queda. e pensei que nacionalismo por futebol é melhor, e discuti isso e vi que não sei se é assim. e ia falar muitas coisas muito sérias pra mim. mas tudo se resume a isso, não? um belo dia de sol. um mar transparente, mesmo que nem se mergulhe nele. um cheiro de mar. o chico andando no calçadão. e o mundo entra em perspectiva. nada é assim o fim do mundo. porque o sol tá ali. e o mar. e o chico...

26.6.06

ando assim meio toda errada. sentindo que preciso me dar um tempo. e sem querer me dar um tempo. sabe como? na verdade acho que queria conseguir ser mais simples. de repente sumir. desaparecer por uns meses. e voltar feliz e completa, qual fenix. o medo é nesse meio tempo virar fenix negra...
tempos de copa. tenho assistido mais futebol do que deveria. mas confesso que gosto de futebol. me divirto com a zorra, com as torcidas, com os jogadores. acho fofo eles jogarem com vontade, chorarem... nem precisa dizer que torci por portugal feito uma louca naquele jogo de box de ontem.
acho que o blog aqui vai dar uma de samba: agoniza mas não morre...

25.6.06

21.6.06

lacan sustenta que não existe a mulher, é ser construído socialmente ou qualquer coisa assim (na realidade nem sei direito o que diz exatamente). eu sustento que a única razão de afirmar isso é o fato de nunca, nunquinha esse moço ter menstruado. só pode ser. uma vez que tivesse sentido isso tudo que nós outras sentimos e ele tinha chegado à conclusão óbvia: existe a mulher. fisicamente falando, objetivamente falando. existe mal estar físico relacionado ao sexo. e não há nisso simplificação ou preconceito. ou nada de psicologismos. ser mulher é algo físico. é sentir dor, é ter enxaquecas. saber que hoje simplesmente é melhor ficar em casa. porque tudo está meio enevoado. mas que amanhã isso passa. e podemos voltar ao normal. eu gosto disso. de saber que tem vezes que só o que preciso é me dar um tempo, que eu sou assim muito, mas muito cheia de falhas...

20.6.06

dia todo errado. diante disso, nada a fazer a nao ser dormir e acordar amanha... de repente tudo serao flores... veremos.

13.6.06

ia esquecendo: melhor do jogo foi o torcedor da croácia entrando em campo. um ixpetáculo aquele cara, completamente alucinado. completamente sem noção. divertidíssimo.
não reparem nos posts. assisti o jogo com umas caipirinhas. o mundo está lindo verdeamarelo, apesar da minha resistência...
3 mulheres assisttindo a copa. uma delas minha mãe, é verdade. mas o comentário era o mesmo: as pernas dos jogadores. os braços dos jogadores. os peitorais dos jogadores. tipo da discussão mulherzinha. daí eu falei que o robinho é fofo. punha na estante, feliz. um gênero meio bicho de pelúcia. c falou que concordava. minha mãe fala em boneco de chocolate. eu falo do dida. que me deixa nervosa, confesso. fora minha mãe falar que não entende meu gosto por homem (tem a ver com quem eu saio e suas diferenças físicas em relação ao dida). c fala que dida era bom boneco de chocolate. que ela começava lambendo pelos dedos (lambendo, percebam. ate o boneco derreter na boca, disse ela). fica assim. kaka, dida, robinho... e caiu por terra aquela coisa toda de que a seleção só tem homem feio. achamos um pra cada... mas nem era isso o assunto. ô jogo travado, hein? eu berrei pra burro xingando o ronaldo. outro que, sem a tal da cabeça, virava boneco de chocolate fácil. porque agora virou isso. e na frente da minha mãe. mas jogador de futebol bonito agora é da minha coleção de boneco de chocolate. adoro a cor. muito melhor que o filhinho do pai croata. que nem é de se jogar fora. mas nada tão chocolate...

8.6.06

eu ia escrever algo falando sobre como namorar é aprender a gostar de carna com quiabo. é meio longo, e deveria ser um conto. mas tenho uma preguiça mortal. e agora não sai nada. mas fica a anotação preu depois contruir mais a partir da idéia...

7.6.06

o tal vazio. pois é. tem parecido tão próximo... que fazer?
eu adoro sex and the city. só isso. me divirto vendo as bobagens femininas saindo da boca das personagens. aliás, acho que ando me divertindo cada vez com menos coisas. será bom ou ruim isso?
descobri um horti fruti (na verdade, demorei a fazê-lo, é perto da minha casa, ams como parecia uma zorra, nunca entrei) onde o coentro custa um centavo. um centavo. virei fã. ignoro a confusão, ignoro até a sujeira. desde que possa comprar coisas a um centavo. melhor só de graça...

2.6.06

funciona assim (me sinto revelando um segredo gravíssimo, mas é como se não pudesse não revelar...): a gente cria um blog. que não é nada além de um lugar pra escrever. e um dia descobre que precisa censurar partes do que escreve. e um dia descobre que pode não escrever tudo. e vai polindo tudo. e isso daqui de repente não é mais meu querido diário, mas é um espaço onde se escreve coisas. sobre o tudo ou sobre o nada. e onde se solta uma persona que já não é mais a gente. mas que virou sozinha alguém. então, a gente começa a ficar com medo de se expor de novo. porque a tal persona tem pernas. e sai falando coisas. é quase como um ser separado. e então eu percebo que queria mesmo era conseguir escrever mais...
João e Maria
Sivuca - Chico Buarque/1977

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigada a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Sim, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim

1.6.06

fazer sentido é pros outros (coisa que, aliás, exijo, infelizmente). eu vou seguindo, sempre a me desconstruir (não, sem reconstrução. a reconstrução é por acaso, a desconstrução é de propósito), sempre sem fazer sentido... e cada dia mais assim inteira fazendo isso. me dividir me deixa mais completa.

31.5.06

ai que cansaço... e ninguem, mas ninguem comenta aqui. isso me faz ficar muito, mas muito carente...
odeio moralismos. e li um moralismo absurdo no ancelmo góis agora. porque esse povo finge que é moderno. a nota fala de um spam que sugere marcola presidente. diz, entre os feitos dele, ter terminado com camelôs, ter tirado os jovens da rua. pois é. o ancelmo concorda com isso. quero ver se aos 20 anos concordava. ou tava mesmo no buteco. odeio gente que acha que pode falar aos outros como agir, ou como ganhar a vida. acho de uma presunção alguém me dizer, ou a qualquer outra pessoa, como viver sua vida. cada um sabe a vida que leva, sabe por que teve de passar pra estar vivo agora. e sabe cuidar de si. e, sinceramente, quanto a tirar adolescentes das ruas, só há uma autoridade: os pais. governo nenhum pode dizer aos pais como cuidar dos filhos. a não ser que viremos um enorm país comunista e as crianças sejam educadas em kibutz ou que tais. porque daí todos educam elas. ah, sei lá. isso daqui foi só uma revolta. porque odeio quando leio bandido e pessoa separados em uma notícia. ando odiando muita coisa. mas sobretudo essas pessoas que tem certeza do que é melhor pras outras. que sabem que tal ou tal coisa fazem bem. e que sabem que, por isso, são melhores do que as outras. odeio até porque é mentira. ninguém é melhor que ninguém. e eu só posso tentar ter a humildade de saber isso e viver de acordo...

30.5.06

bom, aparece um vazio. e vazios são péssimos de se olhar. porque eles encaram a gente de frente. olham lá atrás. e o vazio faz a gente achar que é o vazio. assim, oca. e eu não ando sabendo me sentir oca. faz um certo mal isso. pensando assim, me levantei naquele dia pra sair de casa. porque, por mais que o vazio estivesse tentando tomar conta, eu ia me mostrar mais forte. porque sou, oras bolas. o vazio passa. ele nunca é cheio. mas ele é deixado de lado. meio que faz parte da vontade de levantar. pra enfrentar ele. porque ele é enfrentável. e esse enfrentamento é mais ou menos o dia a dia da gente. a gente passa os dias querendo ser inteiro, querendo ser alguém. isso é fugir do vazio. e se a gente não foge, vira mais um na multidão. e nunca quis ser mais um na multidão. e assim, enfrentando o vazio, sinto que não vou ser. vou pegar o navio, vou andar no avião, vou conhecer pessoas e sair por aí andando sozinha. e um dia o vazio vai ter ficado tão longe que eu vou saber que cheguei onde queria...

26.5.06

assumir o que se sente é complicado pra muita gente. pra mim não. eu sou o que eu sinto. tenho dificuldade em assumir o que eu sonho. eu sinto. eu falo, eu choro. eu brigo, eu berro. se eu ficar chateada demais pra falar, eu espirro. então fica complicado. eu leio o que não devia e quero avisar. que eu sou muito mais que aquilo. que aquilo me aborrece. e que se cruzar o caminho daquela pessoa, não sei se reagirei com calma e fleugma como deveria. então fico tentando fazer um post meio criptografado. meio tentando falar da raiva sem falar o que é. porque na verdade o outro não merece essa importância toda. nenhuma, aliás.
e pior que tem sido mentira. eu nem tenho sonhado. tenho cortado eles todos pela raiz. eu costumava ser boa nisso. em sonhar, digo. mas ando tomada por um viés um tanto pessimista. comigo mesma. acho que de repente sou louca. mas ainda bem que não acredito nesses diagnósticos. eles são a própria camisa de força. eu vou tentar voltar a sonhar.
parce que moi, moi je rêve. moi je ne suis

19.5.06

fui contar pra meu pai da louca. porque só doido pra berrar assim em ombulus com desconhecidos. ele falou que tem um boato que o cv vai incendiar o rio que nem o pcc incendiou sao paulo. ahan. e eu sou um mico de circo... que acredita em tudo que ouço.
quero colo. muito colo. ficar entocada, sumida do mundo...
ônibus. saio 4:30 do diabo de ipanema as 17:30 passo finalmente pela entrada do túnel. entra uma criança meio mal educada, de seus 5 anos, falando alto e fazendo gracinhas com uma fava de feijões (ou era o que ela falava, não prestei atenção). posso ter feito cara de "era o que me faltava", mas voltei a ler. atravessamos o túnel, eu continuo a ler. quando o ônibus chega em laranjeiras, uma moça, que aparentemente era a mãe da criança que sentou do meu lado começa a berrar. e era comigo, como descobri. me acusava de maltratar a filha dela. a tal que eu nem vi direito porque tentava ler. e minha leitura foi comprometida por uma louca berrando. que não me deixava ler porque isso era mal educado, veja bem. eu só queria ler. e ela me ameaçava de morte. de me tacar pela janela do ônibus. porque eu tinha maltratado a filha dela. e eu era azeda e amarga (não sei qual sabor, ela falava os dois...) e mau comida, claro. caralhos voadores! só o que fiz foi não dar atenção pra criança porque lia. que é o que sempre faço. porque odeio criança que faz gracinha. eu não olho pras gracinhas dos meus primos. eu acho chato. eu converso com meus primos, mas não dou atenção pras gracinhas deles. e tem mais. porque diabos eu ia dar atenção pra uma criança que eu nunca tinha visto na vida? eu fui ameaçada de morte por ler!!! é por isso que o brasil não vai pra frente. porque não se dá nenhum valor pra educação. ela é punida... piadas a parte, morta de medo fiquei. morta de medo. a moça parecia doida mesmo, parecia mesmo que ia me matar. ainda tremo. e não sei como faço pra voltar pra casa semana que vem...

17.5.06

ouvi essa musica hoje. adorei. confesso que nao conhecia. baixei ela e tudo. apaixonei, pronto. e dai, cheia de coisa pra fazer, voltei pro velho lime wire.
Saiba
Arnaldo Antunes

Saiba: todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão também
Hitler, Bush e Saddam Hussein
Quem tem grana e quem não tem

Saiba: todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
e também você e eu

Saiba: todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar

Saiba: todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano

Saiba: todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao-Tsé, Moisés, Ramsés, Pelé
Gandhi, Mike Tyson, Salomé
Saiba: todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochet
e também eu e você

15.5.06

uma amiga me corrige. não somos todos cidadãos. uns são mais cidadãos que os outros. verdade. mas não deixa de ser absurdo um jornal falar isso. porque isso aumenta ainda mais o buraco. porque isso faz a gente ficar procurando o Outro o tempo todo. e o outro somos nós mesmos...
sabe o que me aborrece dos jornais?
eles falam em policiais, cidadãos e bandidos. como se bandido não fosse cidadão. isso muito me aborrece. fico tentando consertar, afinal, da última vez que olhei, mesmo presos, todos somos cidadãos...

10.5.06

ando preguiçosa. de um tudo. vontade de nada fazer. vontade de dormir. de não sair de casa. nada de deprê, as coisas nem estão ruins. mas eu queria fazer outras coisas. queria ser outras coisas. esse papo de eterna insatisfeita. mas passa. porque as coisas estão tranquilas. sei lá, de repente é isso mesmo. as coisas estão tranquilas.
o garotinho foi internado com o médico dizendo que ele corria risco de morte. fizeram todos os exames. tudo normal. nem anemia. quer dizer, parece que tá com os sais minerais um pouco abaixo do normal. grandes coisas. eu já morri, então. meus exames nunca dão todos dentro da normalidade. de repente o jejum foi indicação médica e a gente nem sabe. precisava baixar o colesterol na marra (porque se ele, gordo daquele jeito, tinha colesterol normal, eu desisto. faço regime e o meu continua alto...)

6.5.06

o garotinho tá comendo escondido. só pode. em 6 dias de greve de fome perder só 4 kilos? com toda aquela massa extra que ele tem? regime mais furado esse. quer dizer, retirando o ridículo pelo qual ele está passando. de repente vergonha engorda...

3.5.06

ando com vontade de parar o mundo preu descer. deixa quieto. vontade é coisa que dá e passa...
no mercado estarão as bijous de fernanda, grande amiga de excelente bom gosto e excelente nas bijous. eu mesma tenho colar e pulseiras dela. teria mais coisas. mas ando dura, sabe como é. mas é isso, vão lá. no mercado e no site dela.
falta a sogra, disse ela. pior que quase faltou de vez mesmo.
eu acho que vou fazer greve de fome tambem. bem precisava perder uns quilinhos. vou fazer pra o governo me contratar pra um emprego. qualquer emprego.

1.5.06

eu ia publicaar coisas do verbo não vou. quero por uma foto minha aqui que ainda não tenho. preciso descansar, acho. vontade de dormir. muito. e nem acordar. coisa demias pra fazer. e eu me boicoto. odeio perceber isso.
preciso dizer que o mico do ano, do século, vai pra greve de fome do nosso amado governador? pelo menos pode ser que ele perca algum peso. mas, como disse m, vai ter que nome ele depois? bolinha não vai mais condizer com seu porte físico. sinceramente, espero que dê tudo errado com isso pra ele. que passe mal, que não aumente seus votos... só não desejo que morra pq meu lado católico ainda não morreu de vez.
em momento de pensar muito na vida durante o finde. quase surtei com minha incrível capacidade de achar cabelo em ovo. a verdade é que vez em quando só poder falar as coisas nos torna mais leves. assim, ainda achando que vejo o cabelo. mas mais leve.

25.4.06

hoje, passados quase 3 meses, percebi como sou mal educada. nunca respondi os scraps de aniversário que me mandaram. mas realmente não saberia como fazê-lo. um a um? mandar um mail geral do orkut? e quem não me mandou parabéns, fica constrangido? enfim, isso é pra agradecer quem falou comigo virualmente, mesmo que muito, mas muito atrasada...
feriado no meio do mato. quebrei umas resistências. chorei pra burro. mas voltei mais leve, depois de uma sessão muito, mas muito produtiva na análise. leve. voando, quase. precisando continuar com as decisões tomadas. precisando fazer tanto e fazendo tão pouco. mas tudo em seu tempo. que tudo ficará bem. muito bem. porque eu acredito, sei lá...
feliz 25 de abril. esperança, cravos vermelhos e engajamento não fazem mal a ninguém. os portugueses estão aí para nos mostrar isso.

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade.

20.4.06

só porque me irritou: o que diabos um homem que tem horror a pornografia foi fazer numa mostra de arte erótica? ver se tinha algo que ele pudesse fazer pra terminar com ela, é isso? tem mais, o tal quadro não tem nada demais. quer dizer, é feito com crucifixos, mas so what? censura me deixa perder a cabeça. e não entendo. é o mesmo tipo de gente que entra em comunidades no orkut ou em blogs somente para criticar os donos/paarticipantes. isso é, gente sem mais nada pra fazer além de vigiar os outros. e condená-los por não fazerem exatamente o que eles acham ser o correto. vi uma menina assim no ônibus. me deu um dó. uma raivinha. ela falava, pra todos ouvirmos, como "toma conta" dos coleguinhas no recreio. pra ninguém fazer nada errado... é tão bom fazer coisas erradas (e, no caso dos coleguinhas e do quadro, tão pouco agressivo aos outros)...
dormir. quero dormir. durmo mal tem uns dias. não é humano isso. fico assim, fazendo tudo pela metade. odeio fazer assim tudo pela metade. odeio arranjar erro onde não tem...
eu um dia consigo parar com esses vícios de linguagem. tô usando eles demais, até quando escrevo...

18.4.06

ando panfletária. tranquilamente panfletária, no entanto. ja não brigo mais por política, como tantos me viram fazer. não tenho mais fôlego. tenho minhas opiniões, ponho elas aqui. falo pra quem quiser ouvir. se discordarem, calo a boca. e só. ando calando muito a boca. pra muita coisa. acho que é a tal da idade, maturidade, sei lá. ando calando a boca pra muita coisa. mas isso é mentira. isso é o que eu queria. e eu continuo sendo a mesma. calo a boca só pros desavisados, pros que eu não acho que merecem gasto da minha saliva. porque pros outros eu ainda tento falar, argumentar, mostrar o outro lado da mesma moeda. e vou avisando que acho que voto no lula. mas tudo meio sem dogmas por enquanto. agora, falando sério, pra mim não existe outra opção. não anulo voto, questão de ideologia. tenho direito a minha. e não voto em psdbfl questão de respeito à minha história. então sigo votando em quem eu acho que apesar de muitos erros faz um governo com o qual eu concordo. não 100% mas 80 tá valendo. assumir as coisas faz bem vez em quando.
momento música. inspirado pela viagem. ispirado pelo dia. o inverno aqui em laranjeiras também é quase glacial. me cobrem consertar os acentos.

Cariocas (1994)
Adriana Calcanhotto

Cariocas são bonitos
Cariocas são bacanas
Cariocas são sacanas
Cariocas são dourados
Cariocas são modernos
Cariocas são espertos
Cariocas são diretos
Cariocas não gostam de dias nublados
Cariocas nascem bambas
Cariocas nascem craques
Cariocas têm sotaque
Cariocas são alegres
Cariocas são atentos
Cariocas são tão sexys
Cariocas são tão claros
Cariocas não gostam de sinal fechado...
Sampa
Caetano Veloso

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e Av. São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mas possível novo quilombo de Zumbi
E os Novos Baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa
Vaca profana
Caetano Veloso

Respeito muito minhas lágrimas
Mas ainda mais minha risada
Inscrevo assim minhas palavras
Na voz de uma mulher sagrada
Vaca profana, põe teus cornos
Pra fora e acima da manada
Ê
Êê dona das divinas tetas
Derrama o leite bom na minha cara
E o leite mau na cara dos caretas

Segue a movida Madrileña
Também te mata Barcelona
Napoli, Pino, Pi, Pau, punks
Picassos movem-se por Londres
Bahia onipresentemente
Rio e belíssimo horizonte
Ê
Êê vaca de divinas tetas
La leche buena toda en mi garganta
La mala leche para los puretas

Quero que pinte um amor Bethânia
Steve Wonder, andaluz
Como o que tive em Tel Aviv
Perto do mar, longe da cruz
Mas em composição cubista
Meu mundo Thelonius Monk’s blues
Ê
Êê vaca de divinas tetas
Teu bom só para o oco, minha falta
E o resto inunde as almas dos caretas

Sou tímido e espalhafatoso
Torre traçada por Gaudi
São Paulo é como o mundo todo
No mundo um grande amor perdi
Caretas de Paris, New York
Sem mágoas estamos aí
Ê
Êê dona das divinas tetas
Quero teu leite todo em minha alma
Nada de leite mau para os caretas

Mas eu também sei ser careta
De perto ninguém é normal
Às vezes segue em linha reta
A vida, que é meu bem, meu mal
No mais as ramblas do planeta
Orchata de chufa si us plau
Ê
Êê deusa de assombrosas tetas
Gota de leite bom na minha cara
Chuva do mesmo bom sobre os caretas
ando me prometendo nao falar de politica. mas nao guento vez em quando (e os acentos ficam pifando, isso e um saco. de repente somem). nao quento pessoas querendo que o governo tenha algo a ver com a varig. faliu por incompetencia. grandes melecas. a pan am faliu e o governo americano nao fez nada. porque incompetente nao merece ter empresa (veja bem, merece ter trabalho, carteira assinada, de preferencia, pra nao ficar sem previdencia, que incompetente tambem nao poupa pra velhice, que nem eu). inda mais de aviaçao. ou voces gostam de cair de aviao. que se nao tem competencia para gerir contas, vao ter para voar? credito nisso nao. tem mais coisas me aborrecendo. mas isso tem me dado nos nervos. porque as pessoas falam como se ajudar a varig fosse salvar o brasil. e eu nem sei de que.

na imprensa me irrita tambem o pouco caso com o fim dos titulos de divida podre do brasil. eles eram simbolo de uma dependencia economica infinda. que terminou. e dai? sem fogos de artificio? quer dizer que nao ajudar a varig e materia para um escandalo de pouco caso com a economia, mas conseguir resolver um problema real nao e nada. argh! ando irritada com a imprensa. muito irritada. e nao pretendo ser voluntaria nos jogos panamericanos.

17.4.06

tava tudo otimo. perfeito, ate. dai acordo com alergia. muita alergia. e preguiça, e vontade de berrar. pode isso tudo? cansei, acho que e isso. cansei. nao sei o que eu quero, mas quero mais. sempre vou querer mais. e isso me aborrece. esse eterno insatisfeito dentro da minha cabeça. fui ver uma peça. canto de gregorio. recomendo. gregorio ainda fala dentro da minha cabeça. acho que sempre falou. realmente doi muito um paradoxo.
fiz as contas erradas. vou passear e enquanto isso meu irmaozinho se muda. saco. viajo no finde errado. porque domingo eu nao estarei aqui e segunda, ele nao estara aqui... e pra piorar, tenho de reclamar disso sem acento.

30.3.06

mas já vai? tem certeza?
ah, nem sei, ia oferecer mais um copo de vinho.
ah, não tá indo? ué...
ah, entendi, queria não ter de sair não quer dizer que vai sair. perdão, ansiedade minha mesmo...
é, a gente nem jantou, ficou conversando mesmo... e o bem te vi nem veio ainda. será que me abandonou?
eu tinha uma pergunta pra te fazer: você é feliz?
é, eu sei que é clichê, mas sempre quis saber isso. se os outros são felizes. porque eu mesma vez em quando duvido disso. da felicidade, quer dizer. mas de repente tem gente feliz. dizem que no brasil.
não, não fui eu quem falou isso. gertrude stein, acho. eu gosto dela. da rosa.
ai que sono...
bom, ando abandonando isso daqui. mas certamente ninguém sente muito a falta. afinal, quase ninguém lê mesmo. mas fora meu mau humor, acontece que tenho ouvido incessantes reclamações sobre o que eu ponho aqui. vindas de quem nem lê. reclamou que eu me exponho. e me deixou irritada. porque quem se expõe sou eu. e se ponho letras que podem ser ele, podem ser. quem me conhece saberia a identidade com ou sem letra. quem não me conhece não faria idéia com ou sem letra. então fica assim. não abandono isso daqui. porque a exposição é minha. porque eu gosto da exposição, ou então nunca teria criado isso daqui. e porque não é uma enorme exposição. e me trouxe amigos queridos. que eu nem sempre vejo ou falo. mas que são queridos. e porque eu gosto. me faz ficar leve. me faz por coisas pra fora, me tira peso dos ombros. eu sei que eu já faço análise e isso tudo. mas não é a mesma coisa. e me faz bem. e gosto de ver como as coisas mudam. como eu fui mudando. não sei se amadureci. mas que ando mais quieta, ando. e mais pra dentro. e certamente a exposição mudou. talvez eu tenha aprendido o que é realmente exposição para mim e o que é problema dos outros. e a conversa me irritou, mas ele nem vai ler esse treco, então também nem sei por que escrevo. mas tá valendo. não sei porque escrevo metade dos posts por aqui...

16.3.06

Boa noite, entre, sente, por favor, fique à vontade.

Quer um vinho? Branco ou tinto?

Eu também prefiro tinto, não sei explicar, mesmo no calor, me agrada mais. Branco tem de ser especial preu querer beber assim, do nada.

A cadeira está confortável? Não prefere sentar no sofá? Ah, entendo. Também acabo deitando em sofá.

Desculpas, esqueci de trazer, até fiz uns beijuzinhos com queijo pra gente beliscar. A gente vai sair pra jantar? Se quiser ficar por aqui, faço um macarrão.

Ai, eu e minha ansiedade, não repare, falta de hábito de ter gente em casa. Faz muito tempo só quem entra aqui fora eu é o sol, o bem-te-vi que vem cantar de manhã. Fico meio cheia de dedos, mas já passa. Vamos devagar mesmo, é melhor.

percebam. ando cansada. com tudo. e preciso de ferias de mim mesma. voces acham que eu posso?
acho que tem algo me dizendo pra ser menos mulherzinha. minha mae le um livro sobre nair de teffe. vejo um programa sobre cliterectomia. e eu fiquei pensando que ja fui mais feminista. aquelas coisas de women empowerment... entao, vendo como e horroroso o que fazem com as meninas nas aldeias da africa. e penso que uma menina brasileira me veio defender, dizer que era a cultura deles. era a nossa mulher ficar no tanque tambem, se ela prefere, volta pra la, po... eu prefiro acreditar nessa coisa de mulher ser forte. e ter papel importante e diferente do homem na cultura. nao porque tem sinapses ou quimicas diferentes. ams porque e diferente. e ser diferente e parte importante, sempre e melhor que ser igual. a gente esquece disso. que masculino e feminino precisam um do outro. nao so os estereotipos e as pessoas reais. mas sei la, ando meio que viajando com isso. adoro essa coisa de poder ser mulher vaidosa e poder trabalhar e estudar. mas vez em quando cansa. ser linda, loura, trabalhar, estudar, cozinhar, lavar, passar. eu quero ferias disso tudo. e quero ser mais nair de teffe. precisamos de mais delas aqui no brasil. ela era muito, mas muito divertida. e dava conta disso tudo, sabe? e com tal leveza que os homens so concordavam com ela. e assim parece tudo mais facil... repara na falta de acentos nao. vez em quando meu teclado cisma com o firefox...

9.3.06

porque a preguiça tem estado enorme. so isso. e nem os acentos do teclado tem contribuido muito. e a vontade tem sido de me enfiar de vez na concha de sempre. e pra piorar, ando tendo companhia pra ficar la por dentro. e ainda andei ficando gripada. e isso tudo, vontade da tal concha. tenho assistido ate american idol. pra piorar, descobri que meu predileto, o sway, sai essa semana. porque eu sou meio freak mesmo, se gosto de algo na tv vou atras na internet. de ver o final. e descobri que ele vai embora, ultima vez que ouço ele cantar. e to escrevendo aqui enquanto isso. ainda canta overjoyed. musica predileta de stevie wonder. sacanagem. nem o randy gostou dele. nem a paula. a aracy de calças e que nao vai falar bem. a tal da concha, viu so? me preocupo se um cara vai ou nao continuar no american idol. problema da concha. vou quebrar ela um dia, espero. mas nem meu analista anda muito confiante disso. anda me ligando se eu fico atrasada. parece ate que acha que eu vou fugir. nem tem como. ando me sentindo precisando daquilo mais que nunca. ando me sentindo precisando de um bando de coisa mais que nunca. pelo menos s. anda de bom humor, ja que tem me feito companhia na concha. e tem me ajudado com as coisas que preciso mais que nunca...

1.3.06

agora eu quero outro carnaval. pode? quero dançar loucamente, quero me fantasiar porque só saí de bruxinha esse ano. ficou faltando alguma coisa, sei lá...

reclamo, eu sempre reclamo. nada nunca está bom, eu sei. me deixem. que no fundo, tá tudo ótimo. e de verdade, eu ando feliz...
carnaval parado. só consegui ir no bola preta. s. resolveu que estava deprê. resolveu também que ninguém gosta de carnaval, é só fase. a minha dura 30 anos, expliquei. gosto. das fantasias. da zorra. da necessidade de andar a pé ou de metrô, nunca de carro. da música, principalmente. e da mangueira. mangueira que entrou linda na avenida. que me fez ficar emocionada como não fazia desde 2002. e que foi injustiçada. achei a vila feia. tá certo, fez desfile correto, mas feio. e não tenho nem o que falar da grande rio. o cão, atrasada, toda errada. a mangueira entrou inteira em verde rosa. como deve ser. de chorar de bonito aquele mar verde-rosa. e eu sou literal. porque mesmo subindo a serra pra fazer companhia pra tristeza de s., vi o desfile da minha escola pela tv. e chorei, e ri, e fiquei feliz por ter pelo menos visto os gritos de "é campeã". enfim, é um post desabafo. por um carnaval perdido. por ceder demais da conta. acho que ando boazinha demais.

21.2.06

menos confusa, com a vida aparentemente fazendo sentido. preciso ir atras, correr atras de muito tempo perdido. sei la, sensacao de que fiquei olhando a banda passar, cantando coisas de amor e pronto na minha vida e agora que comeco a correr atras...
fui ver match point. recomendo. bom woody allen, apesar de, confesso, em alguns momentos achar os personagens chatissimos... mas o filme e bom. e e bom porque e mau... todos sao maus. interessante isso, um lado de critica a perversidade da sociedade que o woody allen aparentemente resolveu fazer a serio pra variar... (nao reparem, meu teclado resolveu comer todos os acentos... ja passa e eu conserto isso daqui)

14.2.06

taí, uma coisa eu não entendi. porque as muçulmanas fazem protesto contra valentine's day? quer explicar qual o problema de receber presente? oras pinóias, essa não faz sentido. entendo, apesar de não concordar com, os protestos contra as charges. agora, dia dos namorados? cacilda, elas não precisam nem participar dele. podem deixar pros outros que gostam...

9.2.06

e agora? não sei se caso ou se compro uma bicicleta. nnao literalmente, claro. mas quase isso...
sei lá, ando meio mau humorada, vai entender. quero muitas coisas que não tenho, e não sei como conquistea-las. porque, verdade seja dita, sou uma pessoa bem pouco ativa pra correr atrás das coisas...
tenho pensado muito nessa coisa aliás, do carioca se achar tão muderno... uma falácia, eu sei, e todos sabem. mas me deu um certo nervoso ouvir de uma amiga que foi na delegacia da mulher pra reclamar de um amigo que cismou que não queria mais sair da casa dela, que a delegada acha que pelo menos 70% dos casos são armação. quer dizer, as moças não apanham. só que os caras não se separam de jeito nenhum, eles não saem da casa. quer dizer, é abuso do mesmo jeito. mas abuso psicológico aqui no brasil é frescura. e é óbvio que se a situação fosse a inversa, quer dizer, se o homem quisesse que a moça saísse de casa, ia ser normal dar uma coça nela pra isso. enfim, tergiversando pra variar. mas muito me impressiona perceber que não existe nenhuma defesa da mulher na sociedade. e que quem deveria defender ainda acusa de golpista. e muito me assusta perceber que porque na classe média zona sul a mulher não é tratada tanto como ser inferior (o que também é discutível. já ouvi mais de um relato de apanhar de namorado vindo de amigas minhas. e como se fosse normal a situação), nada é feito quanto a isso. quer dizer, ser pobre e mulher deve ser uma meleca mesmo... porque se tem uma soma da perda dos direitos, percebe? ando encafifada com isso, meio irritada com a falta de um feminismo sério nesse país. com o fato de que se fala que o problema da moça é falta de p... e todos acham fofo, engraçado e normal falar isso. não é. é medieval, arcaico e preconceituoso...
fui ver o brokeback mountain. detestei. odiei. queria só falar meu protesto aqui. o filme é pior do que eu poderia imaginar. nada contra ser contemplativo, mas nunca vi nada tão esticado na minha vida!! cada acontecimento dura em média 20 minutos. isso pra meia dúzia de trocas de olhares. verdade, o maor é lindo. mas é lento. e meio surreal, meio tratado como algo exótico, o que me deu certa raiva.

fora o filme, uma coisa me deixou muito preocupada. numa seção noturna, no rio de janeiro do século xxi, as pessoas soltavam risinhos nervosos. como se fossem adolescentes vendo porky's. uma verdadeira vergonha pruma cidade que se pretende moderna. sexo é sexo. entre dois adultos pode ser bonito ou pornô, mas não é motivo pra risinhos nervosos...

30.1.06

quero ser mae, pensou luiza. e olhou pro namorado, pensando como ia falar isso pra ele. porque era um desejo assim, muito forte dessa vez. quera e ponto. sem discussoes. e ai? o que ele ia achar? porque tinha pegadinha. queria um filho dele.

23.1.06

eu ando começando a pensar em escrever umas estorinhas. falta a coragem...
agora, a notícia que me chocou. por mais que eu tenha certeza de que ele falaria melhor sobre isso. o serra, prefeito de sp, vai acabar com os calçadões de pedestre do centro da cidade. assim, porque imagina que tinha lugares onde você tinha de parar o carro a mais de 100 metros do lugar!! 100 metros! um absurdo ter que andar, coisa mais pobre andar... e ainda tem mais. o alckmim, famoso picolé de chuchu do zé simão, opus dei na intimidade, proibiu o jogo de sinuca a dinheiro. aliás, proibiu criançås e adolescentes de jogarem sinuca fora de casa. pra quem é opus dei, tá certo. daqui a pouco, fecha as lan houses, fecha os bares... poruqe é tudo pecado mesmo, oras. depois esses caras se dizem de centro. é direita mesmo. direita é que quer ter o poder de interferir no dia a dia das pessoas assim. proibir os pequenos prazeres. interferir na vida de quem não tem dinheiro a favor de quem tem. impedir o pedestre, pobre, de andar, pro carro, do rico, correr por aí. impedir a pessoa normal, a criança, de jogar sinuca. porque pode ser que ela aposte, e deusnoslivre de que alguém possa apostar. aliás, deusnoslivre do livre arbítrio, dos pobres, do ônibus e das apostas. porque realmente deve ser importante prum governante decidir essas coisas. deve ser, eu que não sei, eu que fico achando coisas que não devems er de verdade...
ontem, calor infernal. s meio de bode, não tenho idéia de porque. fomos nas paineiras, com um povo. lá chegando, j, amiga dele, está profundamente triste por não ir ao jogo. na mesma hora, decidimos. vamos todos ao jogo. ver a reabertura do maraca. saimos correndo. xixi no posto. chegando lá, nem cambista tinha o diabo do ingresso. e tinha gente chorando. e muito ranger de dentes. fiquei com dó de j, que tava quase chorando. acabamos sentando num bar na tijuca mesmo, que tinha pay per view. e tava um calor insuportável. e a gente tomou uns chopps e viu um jogaço. lindo demais...
faço 30 anos quarta que vem. quero comemorar. passei a bola pra s, que queria me dar um bom presente de 30 anos. o presente é mea ajudar a comemorar. e viva eu!
não sei se começo com a tentativa de ir no maracanã ontem, masmo não sendo jogo do meu time, ou reclamando da dupla de governo de sp, que se mostra mais reaça que a encomenda...
tanto por falar...

17.1.06


então, essa sou eu na cachoeira, linda cachoeira. e eu tava assim macambúzia que nem hoje nesse dia...
ando meio macambuzia, não reparem. é coisa que dá e passa. pena que volta vez em quando...
sexta de tarde, fim da tarde. serafim, boteco honestíssimo dali de laranjeiras. uns chopps, caipirinhas, bolinhos de bacalhau (a empada, disse o garçom, não estava boa). olho pra mesa do lado. e de repente me sinto capturada pela não história que acontece (verdade, a conversa de meu tio tava um pouco repetitiva). 3 senhoras, entre os cinquenta e muitos e os sessenta e poucos. rugas no rosto. sentam ali do lado. dois chopps e um whiski. teacher's. diante do pedido, presto atenção. quem bebe teacher's, deusmeu? quer dizer, sem pretender ter dor de cabeça no dia seguinte? pois a senhora bebe o viski teacher's feliz. dali a pouco senta um rapaz, de seus trinta e muitos anos na frente dela. e ficam num chamego... me empolguei, gostei da velhinha. mais quinze minutos, chega um senhor, com a bermuda mais feia do mundo e cumprimenta ela. era muito feia e possuia uma camisa social de mesmo tom usada para dentro dela, a bermuda. a senhora o chama pra sentar na mesa. ele aponta o rapaz e diz que não. fiquei até agora sem saber se o senhor era o namorado e o rapaz um filho ou sobrinho ou se a senhora era assim, safada mesmo. que acham? minha curiosidade me mata. minha mãe riu e disse preu escrever um conto com as duas possibilidades. de repente eu até faço isso...
há coisas que a gente nem sabe explicar poruqe, mas sente. acorda com um incômodo do lado direito. uma agonia, um mau amor que não passa. e de repente isso cresce. a gente vai reparando nos pequenos maus tratos que fazem com a gente e eles parecem enormes. parecem mesmo dignos de nota e não bobagens a serem esquecidas. mas de resto meu analista me acusou de esquecer tudo. de deixar tudo por conta de casualidades, tentando não me chatear com ninguém. justo eu. mas deve ser isso que eu passo pra ele. saco. queria mesmo era um lugar meu. só meu. onde eu pudesse ficar triste sozinha. onde eu pudesse me trancar, e deixar caixas caindo, e pudesse olhar pro próprio umbigo o dia todo. ando odiando a vida em sociedade.

10.1.06

eu ando sonhadora. levei uma espécie de bronca do analista. parar de me inventar problemas. parar de me forçar a fazer as coisas. começar a correr atrás do que realmente interessa. mas será que é isso? eu nunca sei e me forço a não saber, isso ele também disse. vamos tentando, entonces. vai que o futuro cai no meu colo. por enquento penso nos 30 anos chegando. e quero comemorar...
2046

só isso. vão ver. absolutamente necessário. e eu não sei dizer por que. tinha tido vontade de ver na época do festival e não tinha conseguido entradas. e agora eu vi. e fiquei absolutamente encantada. eu sei que as duas horas do filme parecem 4. mas ficaria 4 horas vendo aquele filme. ficaria o dia todo. absolutamente apaixonada. filme perfeito. aula de cinema. engraçado. achoq ue não dá pra ver de novo. fica meio sem sentido, sabe como?

5.1.06

não olhava faz séculos o meu sitemeter. de repente olho e alguém procurou por um milagre de iemanjá. tenho não. aliás, se achar, me avise que eu corro atrás. acho que preciso de um...
ontem, olhando pela janela do ônibus, em menos de cinco minutos, eu tinha certeza de que o ônibus ao lado, enguiçado, tinha batido. e que o motorista sangrava. e punha uma toalha(aquelas toalhinhas nojentas que motorista de ônibus carrega 'pra secar o suor') na testa. e então, pra mim, ele sangrava. e as pessoas ao redor acalmavam ele enquanto não chegava uma ambulância. tudo com uma dramaticidade... só eu consigo explicar aquele drama. vou começar a escrever mais, definitivamente...
então. pensando em muitas coisas. e sem conseguir escrever. escrever ajuda a tirar o engulho da garganta, vocês sabem. necessário quando o mundo de repente não faz mais sentido. eu lemro de uma proessora minha, acho que da quarta série, que era cismada que as pessoas iam saber escrever de repente. a gente tinha de escrever do jeito certo e colar na capa dos cadernos. não sei como isso não deu água e eu não escrevo derrepente até hoje...
a vida andava boa. nada demais, mas me levava. eu deixava ela me levar. acho que ando fazendo isso demais, aliás. mas enfim, hoje levei um susto. ando deixando demais as coisas me levarem. quero colo. quero parar e tentar entender o que aconteceu. porque eu perdi alguma coisa, tenho certeza. alguma coisa. e pior que nem tenho razão pra tanta aflição, acho...
mesmo escrevendo de vez em nunca, descubro que ainda entra gente aqui. não sei se assustador ou reconfortante...

29.12.05

ando cansada. crise de pressão baixa. ligo para os médicos. não deve ser nada dizem. ok, ok. eu durmo mais então. mas que ontem eu tava me sentindo muito mal, tava...
natal tranquilo. mas muito estranho não passar com minha família...

5.12.05

eu sei que andei sumida. mei omelancólica. faz 3 semanas, minha vó, depois de 10 meses em estado semi vegetativo (é ruim falar, ams era isso), morreu. entre assuntos de famíia a tratar e provas a fazer, me recolhi pro meu umbigo. umbigo off-line e muito trancadinho. acho que só s. teve algum acesso a mim. e muito pouco. ando triste. ando off. venho aqui só desabafar um pouco e dizer que nada demais, já passa. não queria sumir de vez. mais de mês sem vir é quase crise de abstinência... mas vim dar oi. sinal de vida...
eu sei que meu nome não é teresa, mas so what?

Madrigal tão engraçadinho
Manuel Bandeira

TERESA, você é a coisa mais bonita que eu vi até
[hoje na minha vida, inclusive o porquinho-da-índia
[que me deram quando eu tinha seis anos.
Porquinho-da-Índia
Manuel Bandeira

Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração eu tinha
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!

Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos, mais limpinhos,
Ele não se importava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...

- O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.