17.1.06

há coisas que a gente nem sabe explicar poruqe, mas sente. acorda com um incômodo do lado direito. uma agonia, um mau amor que não passa. e de repente isso cresce. a gente vai reparando nos pequenos maus tratos que fazem com a gente e eles parecem enormes. parecem mesmo dignos de nota e não bobagens a serem esquecidas. mas de resto meu analista me acusou de esquecer tudo. de deixar tudo por conta de casualidades, tentando não me chatear com ninguém. justo eu. mas deve ser isso que eu passo pra ele. saco. queria mesmo era um lugar meu. só meu. onde eu pudesse ficar triste sozinha. onde eu pudesse me trancar, e deixar caixas caindo, e pudesse olhar pro próprio umbigo o dia todo. ando odiando a vida em sociedade.

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