31.3.04

Hoje A Noite Não Tem Luar
Menudos (versão do Legião Urbana)

Intro: G C D

G Am Bm C
Ela passou do meu lado 'Oi amor' eu
D G Am Bm
lhe falei 'Você está tão sozinha'
C D Bm
Ela entao sorriu pra mim foi
Em C
assim que eu a conheci Naquele dia
D Em C -
junto ao mar As ondas vinham
D Am G C D
beijar a praia O sol brilhava de
Bm Em C D Bm
tanta emoção Um rosto lindo como o
Em C D G Am Bm C D
verão E um beijo aconteceu
G Am Bm C
Nos encontramos à noite Passeamos
D G Am Bm
por aí Em um lugar escondido Outro
C D Bm Em
beijo lhe pedi Lua de prata no
C D
céu O brilho das estrelas no chão
Em C D Am G
Tenho certeza, que não sonhava A
C D Bm Em C
noite linda continuava E a voz tão
D Bm Em C
doce que me falava 'O mundo
D G G D G D
pertence a nós'
C G D
E hoje a noite não tem luar E eu

G C
estou sem ela Já não sei onde
D G G7
procurar Não sei onde ela está
C G D
Hoje a noite não tem luar E eu
G C
estou sem ela Já não sei onde
G D G
procurar Onde está o meu amor
dias de sol me fazem feliz.
o que não entendo é que as coisas estão tranquilas na minha vida. meus amigos estão onde sempre estiveram, meu trabalho está tranquilo, a pós está interessante... quer dizer, nenhum problema a vista. mas aparentemente eu inventei um. ótimo isso
ando perdendo a cabeça também... outra coisa que não costuma ser vantagem...
desde pequena, desde que me entendo por gente, tenho um tique nervoso horroroso. quando fico ansiosa, falo. falo sem parar. sem sentido mesmo. ando falando demais...

30.3.04

ainda preciso descobrir o que me faz tossir. ainda não tirei essa frustração do organismo. o problema é que ando escondendo isso muito bem de mim mesma. ando me sentindo tranquila, em paz até. não tenho tido maiores inseguranças ou problemas. no entanto, ainda sou assombrada por essa sensação de frustração, de que algo me falta, na forma nada suave de uma tosse. cada um tem os problemas que merece, eu sei. mas que isso anda me enchendo, anda...
apesar do bom humor que não pretende me largar, acordei com torcicolo. meu pescoço não vira pra direita. isso pode não ser nada prático...
eu tinha um post enorme escrito. mas mudei de idéia. noves fora, era só pra dizer que os dias andam lindos, apesar das chuvas de noite.

29.3.04

essa lista de links tá enorme... eu devia fazer uma limpa nela...
ai ai... pracisava sair pra dançar... brincar de ser feliz. que tem gente feliz sem dançar, o que não é meu caso...
são 40 anos do golpe, e 40 anos do opinião. parece que vai ter uma remontagem. como eterna saudosa do que não vivi, eu quero muito ver isso...
Opinião
Zé Ketti

Podem me prender,
Podem me bater
Podem até deixar-me sem comer,
Que eu não mudo de opinião.
Daqui do morro eu não saio, não !

Se não tem água, eu furo um poço.
Se não tem carne, eu compro um osso
E ponho na sopa e deixo andar,
Deixo andar.

Fale de mim quem quiser falar !
Aqui eu não pago aluguel.
Se eu morrer amanhã, seu doutor,
estou pertinho do céu.

Podem me prender...
ainda estou cansada. nem consegui ir na praia ontem, de tão cansada... dormi até as 6...
fim de semana foi tão bom... sexta teve aniversário de uma amiga, sábado minha porção farofa aflorou e fui no monobloco... dancei até gastar a sapatilha.
tem gente muito doida nesse mundo, só pode...
ontem descobri que minha detestável professora é considerada uma gênia no seu meio. vai ver fui eu que não entendi nada.

26.3.04

ouvir bethania cantando isso é tão bom... passei meu resto de noite ouvindo recital na boite barroco, pra mim sempre um dos melhores discos dela...
Lama
Aylce Chaves/Paulo Marques

Se quiser fumar eu fumo
Se quiser beber eu bebo
não interessa a ninguém
Se meu passado foi lama
Hoje quem me difama
Viveu na lama também
Comendo da minha comida
Bebendo a mesma bebida
Respirando o mesmo ar
E hoje, por ciúme ou por despeito
Acha-se como direito de querer me humilhar
Quem és tu, quem foste tu
não és nada
Se na vida fui errada, tu foste errado também
Não compreendeste o sacrifício, sorriste do meu suplício
Me trocando por alguém
Se eu errei, se pequei, pouco importa
Se aos teus olhos estou morta
Para mim morreste também
o pior é perceber que mesmo depois de anos de análise eu ainda não sei quem eu sou. ainda não consigo me descrever sem omitir, ainda crio uma personagem pra mim mesma. quer dizer, ainda não me conheço...
homeopata. levei minha mãe. não era possível não dar certo as bolinhas. eu tava esquecendo alguma coisa. falei. minha mãe falou. ele riu, olhou pra mim e me falou que eu sou muito articulada. me auscultou, me disse que eu tenho pulmões grandes (espero que seja elogio), e que não tenho nada neles. o que acontece é o seguinte: tem gente que fica estressada e fica doente. tem gente, como eu, que cria sintomas. os mais estapafúrdios. sem ficar realmente doente. o tratamento é o mesmo de sempre. bolinhas. na verdade, é um caso de stress básico. ou, como meu analista falou, já que eu não estou fazendo nada, meu corpo faz por mim. é um aviso. de antonia para antonia. preu olhar pra dentro. pra descobrir realmente o que está me frustrando. que, pelo que entendi, enquanto eu não descobrir, a tosse continua aí pra me lembrar disso.

25.3.04

ontem ouvi uma conversa que me fez duvidar ainda mais da honestidade das pessoas. um amigo da minha tia, metido em política, falava ao telefone. falou o seguinte:
se você não puser azeitona na minha empada, não ponho na sua ótimo isso, uma mão lava a outra, suponho que acordos precisem ser feitos assim até hoje. achei que era prática dos anos 20, mas tudo bem
eu trabalho em política faz quase 20 anos. e sei que sem acordos, nada é realizado. o que interessa é conseguir o que se quer vai ficando melhor. quer dizer que os fins justificam os meios.

o que me choca é que, perguntado a sangue frio, esse cara vai dizer que é contra corrupção. nem percebe o que faz. o que me choca é perceber que, no fundo, a política no rio não tem mais saída.
hoje resolvi me arrumar. não preciso parecer um lixo porque estou me sentindo um. pus meu conjunto azul marinho de saia e blusa, casaquinho branco com detalhe azul... verdadeira princesa.
depois, fui jantar com minha mãe e uns amigos aqui perto...
o lançamento era no museu do folclore. nos jardins, lá no fundo. procurando pelas pessoas, achamos uma paixão de cristo sendo ensaiada. tivemos de pedir licença a caifas, se não me engano, pra chegarmos ao lançamento...
ontem matei aula. fui num lançamento de livro sobre congada de uma amiga de uma amiga. cachacinha mineira e paçoca de carna seca de acepipes. adorei estar ali.
eu tinha um post choroso. quer saber? deixa quieto.

24.3.04

esse, não é meu predileto. é o predileto da minha mãe. e nunca consegui ler menos de 3 ou 4 poemas do pessoa de uma vez mesmo...

Ela canta, pobre ceifeira
Fernando Pessoa

Ela canta, pobre ceifeira,
Julgando-se feliz talvez;
Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia
De alegre e anônima viuvez,
Ondula como um canto de ave
No ar limpo como um limiar,
E há curvas no enredo suave
Do som que ela tem a cantar.

Ouvi-la alegra e entristece,
Na sua voz há o campo e a lida,
E canta como se tivesse
Mais razões pra cantar que a vida.

Ah, canta, canta sem razão !
O que em mim sente 'stá pensando.
Derrama no meu coração a tua incerta voz ondeando !

Ah, poder ser tu, sendo eu !
Ter a tua alegre inconsciência,
E a consciência disso ! Ó céu !
Ó campo ! Ó canção !

A ciência Pesa tanto e a vida é tão breve !
Entrai por mim dentro ! Tornai
Minha alma a vossa sombra leve !
Depois, levando-me, passai !
meu pessoa (se bem que é do caeiro - guardador de rebanhos) predileto. não cabe aqui porque é grande. mas amo a forma como ele fala de jesus, tão calma, tão carinhosa. me apetece mais que essa idéia que me parece um tanto violenta do chato do mel gibson
achei de volta meu restaurante a quilo predileto. ele ficava no museu, mas andava cada dia pior. descobrimos que os sócios tinham brigado. hoje, entrando no iab pra ver outra coisa, descobri que o restaurante foi parar por lá. lembrei dos meus amiguinhos arquitetos, já que aparentemente almoçarei mais vezes no iab...
meu analista anda me dando broncas... guento mais isso não.
sexta é aniversário de uma amiga. não tenho conseguido falar com ela, que desde que voltou ao rio, voltou também ao seu cotidiano de locomotiva social. mas chamou pra ir na casa dela, pruma reunião. não são mais suas históricas festas a fantasia, mas há de ser divertido...
de volta às aulas, definitivamente. a professora de ontem é o fim. preconceituosa, pra se dizer o mínimo. passei a detestar ela definitivamente com a declaração de que antes da missão francesa não havia cultura no brasil quer dizer que era tudo macaco? não entendi. pode ser que não houvesse ambiente cultural, imprensa, cultura ocidental, vá lá. mas cultura tinha...
ainda continua, falando que os índios não serviam pra escravos. como assim? ela nunca leu nada falando que na cultura da sociedade indígena eram as mulheres que faziam o trabalho pesado? não deve ter lido.
ela também adorava perguntar as coisas pra gente. olhava com muito interesse e dizia: isso eu não sabia... vem cá, pra que ela tá dando aula e não eu, então?
consegui um estiramento muscular de tanto tossir!! dói muito. agora, parei de tossir por causa dele. lembro que vai doer e seguro a tosse, bebo água, qualquer coisa...

23.3.04

aliás, ontem eu vi muitas coisas estranhas. um carro de polícia abrindo caminho pruma ambulância, plena hora do rush. o policial estava com o corpo inteiro pra fora, pedindo pra abrirem caminho. um cara, as 7 da manhã, na frente da padaria, com um revólver na cintura. eu já me acostumei com os caras da core, que devem ir por lá buscar algum chefe, algo assim, mas o cara normal com revólver na cintura eu nunca tinha visto...
vocês já viram um cachorro asmático? porque eu descobri um na minha vizinhança. eu ouvia aquele barulho estranho, parecendo alguém engasgado, noite após noite, ficava até preocupada, querendo saber o que era. passeando com a cachorra de manhã, ouço o mesmo barulho. olho pro lado. um poodle toy cinza, ao lado da dona, engasgava e tossia, com o mesmo barulho de asma que tanto me assombrava de noite...
Ao tempo
Dante Milano

Tempo, vais para trás ou para diante?
O passado carrega a minha vida
Para trás e eu de mim fiquei distante,
Ou existir é uma contínua ida
E eu me persigo nunca me alcançando?
A hora da despedida é a da partida

A um tempo aproximando e distanciando...
Sem saber de onde vens e aonde irás,
Andando andando andando andando andando

Tempo, vais para diante ou para trás?
eu adorei a bomba no consulado americano. inda mais por conta da razão alegada, de não aguentar mais enlatados na tv. achei muito razoável, muito justo...
tenho sonhado muito. uns sonhos estranhos, meio angustiantes.
preciso de ajuda pra pintar meu cabelo. quero fazer uma "bainha" cor de rosa nele, e sozinha não dou conta. tenho a tinta. a dúvida é se torro uma grana e pinto no cabeleireiro ou se arrisco fazer em casa...
ele conseguiu até ganhar um tênis de reversário... explica-se. o pé de moça calça 47. nunca existe sapato pra ele. hoje ele achou um all star laranja. está muito feliz.

update: a criança arranjou um adidas azul, também. a namorada dele deu de presente. agora ele tem 2 sapatos. tá feliz que nem pinto no lixo
hoje é aniversário do meu irmãozinho l. nós brigamos, nós nunca nos entendemos. mas ele é meu irmão. e eu adoro ele, e sou coruja toda vida. parabéns pra ele, que não lê isso aqui, graças a deus, mas costuma até me ouvir, quando estamos os dois calmos...

22.3.04

sonho maravilhoso. eu tava de férias. num lugar paradisíaco, meio fortaleza, meio ilha grande. com amigos, em lanchas, tomando sol. uma amiga estava com um cara que não era o namorado dela, o que eu achei estranho, mas... depois, atrasada pra pegar o avião (onde eu já vi isso?), saio corerndo, meio chateada, paro pra tentar comer alguma coisa, não acho comida. acordo, sabendo que perdi o avião.

interpretação de minha mãe: tô frustrada com a minha vida. pior é que é verdade.
os imbecil do sharon acha mesmo que é sem consequencias assassinar uma pessoa? tá certo que o tal xeque era próximo da maldade encarnada, mas... é assassinato da mesma forma. será que o intuito dele é guerra? pura e simples? ele quer ver se foge totalmente de controle a situação, é isso? eu fiquei passada com a notícia. chocada com mais uma demonstração de ódio, de incapacidade de perdoar. sei lá, posso ser meio romântica, mas ainda tento acreditar na bondade humana. deve ser mito urbano, mas...
desisti de fazer didática agora. aulas de segunda a quinta me deixariam exausta. vou adiar uns 6 meses, ver como faço..
tem dias que a gente tá especialmente atoalda, por um ou outro motivo. ontem eu tava um desastre. consegui um galo na cabeça, um rxo no joelho, outro na barriga. tudo isso esbarrando em portas, mesas, etc da minha casa... deve ser o tal sono imenso que sentia ontem.
e adorei dormir. acho que tava meio cansada. só saí de casa pra ver minha vó. eu ia ensinar ela a fazer fimo, mas ela achou muito complicado. resultado: fiz muitos colares e pulseiras pra mim, tentando ensinar ela. são fofos.
achei que tava 100% da gripe. ledo engano. dormi umas 30 horas pelo menos no fim de semana...

19.3.04

depois de anos não resiti e pus o tal humor e a tal boneca... vamos ver se mudo isso...
já que o que me apetece falar não é bom falar, já que ando com um mau amor e tristeza de matar um (eu, nunca, claro, suicídio não combina com meus cabelos), eu ponho o que outros escreveram. o que eu lia quando pequena, o que me fez achar que, no fundo, a vida é o que a gente faz dela...
Liberdade
Fernando Pessoa
(falta uma citação de seneca)


Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
O Mistério das Cousas
Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

Há Metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber o que não sabem?
"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo" ...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas,
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De que, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.

18.3.04

álvaro de campos nunca foi meu heterônimo predileto. caeiros, guardando rebanhos, e o próprio pessoa, com sua história portuguesa, sempre me atingiram mais. mas hoje estou me identificando tanto com álvaro de campos...
POEMA EM LINHA RETA
Álvaro de Campos

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado
[sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Todas as Cartas de Amor são Ridículas
Álvaro de Campos

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

17.3.04

Linda flor
(H. Vogeler, Cândido Costa, Luiz Peixoto e Marques Pôrto)

Ai, Ioiô
Eu nasci pra sofrer
Fui olhar pra você, meus olhinhos fechou
E quando os olhos abri, quis gritar, quis fugir
Mas você, eu não sei porque
Você me chamou

Ai, Ioiô
Tenha pena de mim
Meu Senhor do Bonfim pode inté se zangá
Se ele um dia souber
Que você é que é, o Ioiô de Iaiá

Chorei toda noite, pensei
Nos beijos de amor que te dei
Ioiô, meu benzinho do meu coração
Me leva pra casa, me deixa mais não

Ai, Ioiô
Tenha pena de mim
Meu Senhor do Bonfim pode inté se zangá
Se ele um dia souber
Que você é que é, o Ioiô de Iaiá
cansada, mal conseguia ler. descobri que a televisão durante o dia é abaixo da crítica. assisti bbc e gnt, e todos os canais de notícias possíveis. a tal da fox news é realmente hilário. os caras são mais a direita que o bush. são impagáveis. recomendo assistir para umas boas risadas. porque, de sério, não tem nada.
a gripe passou, mas acho que a tosse gosta de mim. não vai embora. tô começando a me acostumar.
sábado, domingo e segunda com febre. na segunda, com o décimo sintoma diferente, a hipocondríaca liga mais uma vez pro homeopata. a resposta? toma um banho de sal grosso, vê se você aborreceu alguém por esses dias, que eu nunca vi isso. diliça...
sexta, antes da febre ainda, mas já devia estar gripada. chego em casa exausta, depois de passar uma horinha na esdi e beber uma cerveja com uns amigos. deito cedo, depois de tentar achar um amigo, que pra variar tinha sumido. acordo 4 da manhã. minha mãe perguntando se eu estou em casa. como assim? pus a camisola, dei boa noite e saí? eu tava em casa. eu, ela e meu irmão. os 3 dormindo. mas aparentemente, meu celular ligou para o da minha tia. sozinho na sala. o nome dela fica no meio da minha lista. mistério ainda não resolvido, esse do meu celular com vontade própria. inda mais que parece que ele ligou lá pra casa também. mais cedo, e não deixou recado, mas...

16.3.04

sumida. com febre, ainda, mas cheia de estorinhas. quando a febre ceder e eu conseguir passar mais de meia hora por aqui, conto tudinho...

12.3.04

eu acho que eu que sou piegas.
outro dia eu lia um livro do henry ford, no qual ele fala que não acredita em caridade, que acredita no trabalho, e que ele acha que em último caso, se o homem precisar, a sociedade, a família sabe cuidar dos seus. é isso que acontece em qualquer sociedade. estou divagando, eu sei. mas tudo isso é por conta das homenagens da espanha. me deixaram comovida, realmente. não vi ódio ou repressão, como vi instantaneamente no 11 de setembro (aliás, vou passar a ter medo do 11, ao invés do 13...), vi solidariedade. vi um país nas ruas pra honrar os seus...
sempre quis conhecer a espanha. depois de ver um país inteiro, nas praças, fazendo 15 minutos de silêncio pelos seus mortos, a admiração aumentou. a capacidade de mobilização, sem ser piegas, pela paz, me emociona.
ontem um pequeno chopp de fim de tarde durou muito mais do que devia. e eu ouvi muita coisa, mas não sei o que fazer com o que eu ouvi de um amigo. na verdade, eu não preciso fazer nada. mas me sinto meio acuada com a situação. no momento, tenho um convite prum jantar. e pra sair hoje. mas não sei o que fazer. não sei mesmo.

11.3.04

preciso de um chopp. aceito convites de amigos para fazer qualquer coisa. cartas, telefonemas. uma amiga ontem me fez ver o lado cor-de-rosa da minha vida, falando no msn. e quero ver mais dele. mesmo que gaste o dinheiro que não tenho. depois eu me ajeito.
porque tem semanas que precisavam não existir?
outro dia meu irmão e um amigo tavam falando da eleição americana. que o bush só ganha ibope na guerra contra o terror, no resto é o tal kerry que ganha. sendo assim, a guerra tem de ser intensificada até as eleições. hoje explodiram meia madri. minha mania de perseguição com essas estórias tá cada dia maior...
eu ainda me acho o cão em foto, mas tô me acostumando
ontem, quando falei que ia postar essas fotos, um amigo me lembrou que eu nunca posto fotos minhas. eu expliquei que eu não só não postava como não tirava fotos minhas. considero isso uma libertação de mim mesma, algo como uma capacidade de ser fotografada, uma aceitação de ser observada. pode ser? eu sei que o blog é uma exposição, mas não da parte física (pelo menos não até ontem...), só do que eu sinto e penso. e acho que tô virando uma página...

10.3.04



ia esquecendo. foi a razão de eu entrar pra postar hoje e esqueci. as meninas pedem o seu voto. elas praticamente imploram. votem no htp pro i-best, vai...
dias complicados no trabalho... vontade de jogar tudo pro alto, sei lá. duas amigas me disseram o mesmo. deve ser a lua. só pode ser a lua.
fizemos um acordo. gravo uns cds genéricos pra ela, ela manda um cd com as fotos pra mim...
nycg mandou umas fotos da gente em recife... gostei de ver. as fotos tão bunitinhas...
ontem tentei ir na barra, pra um evento no qual seria de bom tom estar alguém daqui do trabalho. tentei, juro. depois de hora e meia no trânsito, ainda não tinha chegado na niemeyer. desistimos, eu e meus dois colegas.

o mais esdrúxulo foi que, ao tentar chegar no túnel, fomos impedidos por um trânsito parado, com carros de polícia no meio. o dono do carro pegou sua possante cherokee e deu a volta, subindo pelo canteiro da lagoa barra. chegando na praia, um carro de polícia passa ao nosso lado, o que fez meu golega perguntar o que acontecia, e ter a resposta magnifíca de que eram uns assaltozinhos, que confundiram o trânsito. e isso é tão corriqueiro que nem sai no jornal. não sei o que mais me choca. os assaltozinhos, o corriqueiro do fato, o jeito envergonhado do pm, as pessoas acharem normal passar mais de hora pra chegar em casa. não sei, realmente, não sei.

9.3.04

o telefone toca. não é quem eu queria. o que eu falo? não sei mais, até uma semana atrás eu sabia, mas agora... ainda nem tive coragem de ouvir o recado que deixou. vou ver se hoje tomo coragem e ligo de volta...
eu reclamo, eu reclamo... mas não troco minha vida por nadica de nada...
eu sempre quis achar a tal da temperança de volta. quando eu era mais nova, e minha mãe punha tarô, eu sempre era ela no baralho. fui ficando mais velha e virei a carruagem. tudo ao contrário. eu acho que as coisas eram mais simples pra temperança. menos emocionantes, é verdade, mas...
eu queria, quando era pequena, contnuar criança. detestava a idéia de crescer. depois, queria crescer rápido, como só um adolescente pode querer. hoje em dia, eu queria ter feito tudo com mais calma, com menos pressa na vida. acho que erro é por aí mesmo...
a tosse? continua. resta saber o que tá me deixando essa pilha... minha mãe diz que é o período da análise. eu fico sem saber se é o trabalho ou se são coisinhas pessoais...
eu ando arrumando sarna pra me coçar. melhor eu parar de pensar bobagens. só de pensar, minha garganta tá doendo. explica-se. cada um tem seus piripaques de cabeça. o meu básico era uma gastrite. emocional 100%. descobri que era emocional. passou a ser uma rinite. tratei a rinite. passei a fechar a garganta. chegava a ficar afônica de raiva. agora, tenho uma tosse. aparentemente é melhor, não? tô pondo pra fora o que me aborrece, de um jeito ou de outro. a dor na garganta hoje me fez ver que ainda não tô pondo tudo pra fora...

8.3.04

manuel bandeira sempre. porque ele fala o que precisa ser dito. porque ele faz do alegre, triste. porque ele sempre disse o que eu pensava. de uma maneira que eu nunca vou poder dizer.
Preparação para a morte
Manuel Bandeira

A vida é um milagre.
Cada flor,
com sua forma, sua cor, seu aroma,
cada flor é um milagre.
Cada pássaro,
com sua plumagem, seu vôo, seu canto,
cada pássaro é um milagre.
O espaço, infinito,
o espaço é um milagre.
O tempo, infinito,
o tempo é um milagre.
A memória é um milagre.
A consciência é um milagre.
Tudo é milagre.
Tudo, menos a morte.
— Bendita a morte, que é o fim de todos os milagres
Arte de Amar
Manuel Bandeira

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
depois do show, domingo, nos sentamos num bar e falamos mal dos namorados. das outras, que as duas estão solteiras. o mais esdrúxulo é que defendemos os nossos ex, deus sabe baseado em que. a queixa era contra os sem personalidade, aqueles que só existem a dois. sobraram alguns casais de amigos que não funcionam assim. 2, pra ser exata...
sábado com princesa e n, resolvemos que o bloco das mulheres de 30, piada do nosso carnaval, vai sair ano que vem. mesmo comigo tendo 29 até lá. de 28 pra cima pode entrar, concluímos. falta só alguém conseguir pensar na fantasia. segundo o namorado de n, música a gente já tem...
resultado: terminei o finde muito mais cansada do que entrei nele. preciso dormir urgentemente.
domingo, fat boy slim. nada demais, apesar de gostar muito dele, não tava muito inspirado. fora o remix de escola de samba que eu amei, claro. e o público tava demais de chato. eu sei que era de graça, mas eu tava passada com os caras puxando meu cabelo, meu braço... minha amiga me chamou de chata, mas tava fogo. tava me aborrecendo.
depois, rumo ao recreio. lia fez aninhos. ainda não tinha visto ela morena. o papo foi divertido, mas eu tava com um sono inacreditável. e num grupo de 10, uma de mau humor (não era eu, eu tava só com sono) fez toda a diferença...
depois, aniversário de j., namorado de uma amiga. a casa dele é um desbunde. não bastasse isso, um garçon fazia caipirinhas de sabores variados para todos nós. uma delícia. beber e ouvir sambinha me fez muito feliz...
ateliê de y. muito tranquilo. cervejinha, papo bom. um porém. um doido, que não saia. por nada. pior que me atrasei pra encontrar a princesa por conta disso...
fim de semana animado. ou melhor, sábado animado. tem dias que nada se tem pra fazer na vida. sábado eu tive 3 festas. e o melhor: fui nas três!!!
só pra provar que o melhor que acontece é impostável, tive cada diálogo com minhas amigas sábado...

5.3.04

eu esqueci de falar. meio por vergonha, meio por esquecimento mesmo. mas meu ponto alto do carnaval foi, com certeza, antes dele, no quanta ladeira, quando um amigo de g., minha anfitriã, me apresentou a silvério.
x., o amigo, ria da minha cara de fã, e quase me matou de vergonha ao chamar lenine e roger para me apresentar também. devo ter ficado vermelha, quase roxa. igual ao cabelo do roger, aliás...
o silvério? uma graça. virei mais fã do que eu era antes. quase pedi o moço em casamento...
eu, linda e loura, ganhei uma coroa de princesa (dessas de plástico, bem vagabundas, que piscam) no carnaval. ganhei e usei, claro. não todos os dias, mas com minha minissaia e tranças, ficou um luxo. me senti a própria princesa.
na praia, uma amiga olhou, riu e falou quer dizer que a lady aí usou essa coroa vagabunda? essa eu queria ver

será que sou tão besta que não me acreditam possível de uma papagaiada dessas?
declaração de uma amiga na mesa de bar: pior é que as melhores estórias nunca podem ser postadas. depois dizem que esse negócio de blog não vicia...
isso vai parecer, e é, ridículo.
mas as meninas deram suas opiniões sobre meu cabelo. os meninos não tem opinião ou nenhum homem lê esse treco lilás?
acho que um dia gasta isso tudo que ficou guardado.
pensamentos desconexos. idéias estranhas passam pela minha cabeça. ando falando mais do que nunca. passei muito tempo calada na viagem. muito tempo sozinha. parece que tô descontando o tempo perdido. o tempo que passei andando, pensando com meus botões. foi de muita valia, ajudou a por algumas coisas no lugar, mas... mas eu fiquei mais ansiosa, acho. tô falando sem parar...
a tosse tá melhorando. vou no homeopata hoje, e tenho certeza de que vou levar uma bronca. acho que fumei ontem só pela certeza de que preciso parar de fumar hoje, se é que isso faz algum sentido. eu gosto de cigarros. como disse o tutty vasquez outro dia, o cigarro nunca te deixa sozinho. pra alguém, como eu, que detesta estar sozinha...

4.3.04

cena de carnaval... tô lá eu e minha tosse passando pelo meio da confusão que era a rua do bom jesus. do lado, uma senhora vira e fala preu tomar remédio pra asma. asma. minha tosse recebeu upgrade. agradeci o cuidado e segui o bloco, fazer o que?
tosse
lembrança de infância que todos dizem que eu não posso ter, que eu era pequena, é da minha vó operando o coração. nem era tão pequena, mas enfim, os adultos achavam que eu não lembraria em detalhes. mas eu lembro. lembro porque na minha família ninguém podia doar sangue. família grande, mas cada um tinha um problema. um tem pressão alta, o outro, anemia, um terceiro hepatite. lembro que queria crescer pra doar sangue. não queria ninguém passando aquele perrengue, e na minha cabeça de criança, se todos doassem, ninguém ia passar perrengue. nunca pude doar. peguei hepatite com 15 anos, meu sangue ficou podre, como o do resto da família. e mesmo que não tivesse a hepatite, como as outras mulheres da família, meu sangue é fraco. tenho anemia desde que me entendo por gente.

nem sei porque tô falando isso tudo. as vezes me incomoda saber que queria poder ajudar e não posso...
tosse. tosse. tosse. alguém manda parar, pelamordedeus?

3.3.04

quando eu era criança e me perguntavam o que eu queria ser quando crescesse (pergunta besta, sempre detestei), eu sempre respondia que ia ser grande (criança chata e respondona). na verdade, na verdade, eu não queria era crescer. gostava demais de ser criança. era uma criança já muito adulta, que mantinha tudo arrumado, não cabulava aula, não gostava de comer besteira. mas gostava daquilo. da sensação de segurança que eu tinha. nunca mais fui tão segura de mim, tão respondona...
eu queria, mas isso eu queria mesmo, ser invisível vez em quando
não vou reclamar. não vou. decidi que posso e mereço ser feliz, ter o que tenho. mas tá doendo. mas eu não vou ser a velha na garrafa de vinagre. não vou.
sessão de análise conflituosa. humor descendo pelo ralo. vida real não tem a menor graça. quero continuar em férias.

2.3.04

ainda não sei se toso ou não meus cabelos. minha mãe tosou hoje, e me deu uma vontade louca de imitá-la...
pintei as unhas de rosa-cheguei. tô um ixpetáculo. linda, linda...
pra quem estiver interessado em material de laboratório fotográfico (timer, lente, easel) ou de iluminação (spots, haze...) é só escrever (link ali do lado) que eu dou as especificações...
preciso urgentemente de uma máquina digital. urgente. passei dias com duas amiguinhas brincando de tirar fotos. eu quero também. pra ter meu desejo atendido, vou ter de vender minha parafernália de iluminação. e de laboratório. se meu brinquedo agora vai ser digital, são acessórios ultrapassados...
tô me sentindo uma velha. dor de garganta. tosse, dor nas costas. só preu ter certeza de que não sou velha, uma mega-espinha me lembra disso no queixo. parece um alien. ando sem vontade de reclamar das coisas, mas isso foi necessário...

1.3.04

a pedido de catirina, eu falo...

adoro o nordeste. com ou sem carnaval. acho o carnaval do recife uma das coisas mais lindas de se ver e se fazer do mundo... foi minha segunda vez (a primeira, descobri pra meu horror, foi em 99)... só não consigo dançar frevo, por absoluta falta de coordenação motora. total. mas, vai que um dia eu consigo. mas pulei e me diverti o suficiente, inda mais com meu ingresso vip... ando me sentindo invisível, mas isso é outra estorinha, acho que tem mais a ver com o que eu deixei por aqui... dia desses eu volto. dia desses eu até fico por aí... mas antes... antes eu tenho outras coisas pra ver, outros mundos pra conhecer...
Cara Valente
Marcelo Camelo


Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir
Foi escolher o mau-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração, olha lá
Ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe

Esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim, rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai, não

Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver na pior

Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver nesse mundo de mágoas
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver nesse mundo de mágoas
rio de janeiro, gosto de você

é bom estar em casa...
que eu tava achando que a estorinha da luma era só ciúmes do cara, eu tava. mas que ele ia entornar o caldo mesmo depois dela topar não desfilar, disso eu não tinha idéia... (explica-se: fiquei com dó dela quando li...)
ontem eu morguei o dia inteiro. nos meus planos eu ia a praia e saia de noite, mas foi me dando um prazer tão grande não fazer nada que até o oscar eu não aguentei ver e dormi...
eu me identifiquei tanto, mas tanto com a crônica do ximenes de sábado...
sábado meu irmão e s. mexeram comigo. disseram que eu estava morena. faz bem pro ego, apesar de eu saber que é mentira. pergunta se sobrou alguma cor hoje? claro que não. melanina zero na minha pele...
de volta ao rio e ao trabalho. ai... concordo com catirina... o homem só é feliz de férias...