12.5.04

a aula foi com o marido da professora que regularmente dá aula. achei isso só meio esquisito, mas... de repente não era algo da relação dos dois e ele era bom mesmo. ledo engano. primeiro, se eu ouvir o nome lúcio costa mais uma vez, acho que berro. depois, nunca conheci pessoa tão pretensiosa na minha vida. o cara falava cada coisa com uma autoridade. fiquei passada. meu humor tava péssimo por causa de um engarrafamento alucinado, e a aula não melhorou. não saí de lá com nenhuma informação nova, a não ser uma forte descrença nos arquitetos do meu país (que me perdoem meus amigos arquitetos), pelo simples fato de que, se acham normal, numa matéria de 4 meses um mês inteiro, portanto um quarto do assunto discutido, ser lúcio costa, eles estão admitindo a falta de pensamento em arquitetura posterior a isso no brasil. e isso é muito triste. o. (o professor) chegou ao cúmulo de ler um poema do drummond, sem declamar (podem me chamar de careta, mas poemas não são texto corrido. a declamação faz parte). drummond deve ter rolado no túmulo. e declarar, bombasticamente que a arquitetura resolveu o que as outras artes não conseguiram: o problema da modernidade. e pronto. e eu que sempre achei que a graça da modernidade era ser insolúvel...

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