18.12.03

quando eu tinha uns 15 anos, uma tia deu, pra mim e pra minha mãe, o our bodies, ourselves. tá certo que é um libelo feminista. mas me impressionou. as fotos, principalmente as fotos dos abortos clandestinos, me impressionaram. porque o fato é que ninguém, a não ser uma mulher, e uma mulher que se vê sem alternativas, sabe o que é fazer um aborto. e ninguém pode acusar alguém que faça essa escolha de leviandade. não é trocar de roupa. nem de namorado. é uma agressão a ela mesma, física e psicologicamente.
sou católica. mas acho que se alguém for usar argumentos da igreja, vai ter de me mostrar que é virgem e casto, seja homem ou mulher, pois o único meio anticoncepcional que a igreja permite é a abstinência. pílula e camisinha não se incluem aí. se acredito em cristo mas não sigo as regras da igreja, posso pensar contra ela. e, graçasadeus, posso falar o que quiser sem ser excluída da sociedade e excomungada. e falar que é uma criança... o sistema nervoso ainda não é completo. quem sente dor é a mulher. é ela que convive com isso o resto da vida.

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