explica-se... na família, muito morena, nasce a loirinha aqui. meu avô olha, olha... e solta essa, nasci branca por cruza, algo deveria explicar...
aqui apenas os fatos são inventados
o essencial da arte é exprimir;
o que se exprime não interessa
fernando pessoa
28.6.05
paula e claudinha me mandaram, eu respondo, apesar de não saber exatamente como...
Volume total de músicas em meu computador:
Nenhuma. eu tinha algumas, mas um vírus comeu o hd e eu sou preguiçosa, acabo pondo em rádio da internet mesmo... e ouvindo cds.
O último CD que comprei foi:
ui... essa eu não lembro. acho que foi um do brell, dessas coletâneas. confesso que quase não compro cd. ganho muitos. o último foi um copiado de um amigo que tinha saído de catálogo. me fez um bem...
Música tocando no momento:
nenhuma... aqui no trabalho a chefa odeia música...
Cantores que ultimamente tenho gostado muito de ouvir:
bethania, sempre; foo fighters; gil; caetano; chico; brell; acho que ando meio antiga (ou sou, sei lá)...
Músicas que, de alguma forma, significaram muito pra mim:
trem das cores
dia branco
imagine (eu era criança, vai...)
eleanor rigby
tropicalia
eu sei que vou te amar
luiza
o meu amor
totalmente demais
exagerado
give it away
ne me quitte pas
mercedez benz
meudeus... tem muita coisa. sou péssima em listas... mas música, apesar da minha preguiça em ouvir, está sempre presente...
Cinco pessoas pra quem eu passo a "Batuta Musical":
cinco? aline, mariana, nina, tiago e elis
Volume total de músicas em meu computador:
Nenhuma. eu tinha algumas, mas um vírus comeu o hd e eu sou preguiçosa, acabo pondo em rádio da internet mesmo... e ouvindo cds.
O último CD que comprei foi:
ui... essa eu não lembro. acho que foi um do brell, dessas coletâneas. confesso que quase não compro cd. ganho muitos. o último foi um copiado de um amigo que tinha saído de catálogo. me fez um bem...
Música tocando no momento:
nenhuma... aqui no trabalho a chefa odeia música...
Cantores que ultimamente tenho gostado muito de ouvir:
bethania, sempre; foo fighters; gil; caetano; chico; brell; acho que ando meio antiga (ou sou, sei lá)...
Músicas que, de alguma forma, significaram muito pra mim:
trem das cores
dia branco
imagine (eu era criança, vai...)
eleanor rigby
tropicalia
eu sei que vou te amar
luiza
o meu amor
totalmente demais
exagerado
give it away
ne me quitte pas
mercedez benz
meudeus... tem muita coisa. sou péssima em listas... mas música, apesar da minha preguiça em ouvir, está sempre presente...
Cinco pessoas pra quem eu passo a "Batuta Musical":
cinco? aline, mariana, nina, tiago e elis
22.6.05
dias de chuva e frio. dias de ficar em casa, não? um cobertor, um bom livro, um chocolate quente... de repente um dos filhotes no colo, pra fazer companhia. o que me faz lembrar que quero um gato pra mim. quero algo para por no colo e mimar. meus irmãos dizem que é instinto materno. eu acho que é só vontade de ter algo para mimar. não quero a responsabilidade. um gato eu dou. o que eu faço com um filho se encher o saco? um filme no vídeo (dvd?), um copo de vinho, uma boa companhia... ando querendo prazeres simples
21.6.05
20.6.05
17.6.05
cada vez que o roberto jefferson abre a boca eu acredito menos nele. me lembro do collor. me lembro da operação de estômago. me lembro dele defendendo o collor. então, pela lógica, se o collor pra ele era inocente, quem ele acha culpado deve ser inocente. e aquele sorriso dele... só fez eu achar mais ainda que ele mente. que ele tem uma rixa pessoal com o zé dirceu, sei lá. ando muito impressionada com essa estória toda. muito. me impressiona o roberto jefferson (se auto intitulando a provação, para nos provar que não sabe nem português) ter alguma credibilidade. pelo menos eu vi o deputado em quem eu votei fazendo suas perguntas. e elas eram razoáveis. não falou de preferências sexuais. não falou de nada que não fosse pertinente ao objeto investigado...
15.6.05
14.6.05
a trivialidade que me deixou mais feliz por esses dias (fora uma certa dedicatória, mas isso é outra estória...) foi saber que m está grávida. adorei a notícia. serei titia. afinal, apesar de não ser irmão de sangue, m é quase isso. e o bebe ainda nasce perto do meu aniversário. não devo estar mais feliz que m, claro. mas adorei...
13.6.05
- oi, onde você tá?
- no rio sul, indo pra casa, e você?
- tô aqui também!!
- jura? me encontra então pra gente ir juntas...
inacreditável diálogo. inacreditável porque eu nunca vou ao rio sul. porque y nunca vai ao rio sul. porque estava um dia de sol lindo. e porque as duas tinham combinado de ver umas coisas lá em casa. coincidência aparentemente não tem limites...
- no rio sul, indo pra casa, e você?
- tô aqui também!!
- jura? me encontra então pra gente ir juntas...
inacreditável diálogo. inacreditável porque eu nunca vou ao rio sul. porque y nunca vai ao rio sul. porque estava um dia de sol lindo. e porque as duas tinham combinado de ver umas coisas lá em casa. coincidência aparentemente não tem limites...
10.6.05
pra frente é que se anda. e assim a gente vai andando. sem saber exatamente o que fazer. mas pra frente é que se anda. ela suspirou e seguiu andando, fazer o quê? o tal do andar vez em quando era meio maçante, era meio difícil. mas ela aprendeu que o objetivo era não desistir. andar mesmo sem saber pra onde estava andando. teresa não tinha muitas certezas. não sabia pra onde queria ir. mas ia. fazer como, se as contas continuavam chegando, se avida continuava sempre? se as perdas eram suas? a identidade dela, diziam, não podia perder. mas se ela nunca encontrou, como ela poderia perder? a saída devia ser essa mesmo. continuar a andar.
teresa fechou a porta. pensou bem se era isso mesmo. mas saiu de casa pro trabalho. cumprimentou o porteiro e seguiu andando. engraçado como a gente faz coisas e nem percebe depois. entrou no metrô. uma, duas estaações. saiu, entrou no prédio do trabalho. sentou à mesa. olhou em volta. nem era tão ruim na verdade. mas tudo parecia tão assim complicado agora. fases. fases de perdas. mas não deveria ser tão pesado. ela nunca tinha acreditado nisso assim. antes que percebesse, pensando assim nas suas tragédias pessoais, entretida consigo mesmo quase que nem criança, era hora de sair pra reunião. detestava reuniões.
aquela era uma dessas reuniões especiais. nada pra se discutir de verdade. o pensamento voa nessas horas. Impressionante. por não ter nada de novo pra falar, teresa ficou calada olhando aquela discussão enorme sobre o sexo dos anjos, mal esperava pela hora do almoço. queria comprar um sapato. isso. um sapato ia melhorar seu humor, certamente. entre pensar o tamanho do salto e a cor da sapato, a reunião acabou. quase indolor.
foi almoçar com as amigas, no caminho pararam para achar o seu sapato. chata, sabia exatamente o que queria. uma sandália vermelha. o salto, o mais alto possível. sandálias vermelhas eram um vício. meio que necessidade de afirmação, sei lá (devia ser o que elas carregam de fetiche). as amigas riam e futucavam as estantes, olhando os outros sapatos. e saíram dali sem ter comido quase nada. mas com sapatos lindos, de volta para o trabalho. as tragédias, naquela correria do dia a dia, iam sumindo. estranho isso, algo que parecia tão grave de manhã agora era tão assim desimportante (amigas e futilidades têm essa capacidade, nos tiram de nós mesmos)...
saindo do trabalho, desistiu da ginástica. hoje não estava com vontade. ia comprar besteira no supermercado e se enfiar debaixo das cobertas. precisava pensar, e pensar e academia eram imiscíveis. comprou sorvete, biscoitos, pizza congelada. só queria bobagens hoje. nada de comida. pegou um filme no vídeo também, apesar de não ter certeza de assistir... depois, a mesma rotina. falar com porteiro, entrar em casa. ainda não estava acostumada com aquilo, com a casa vazia. mas era questão de tempo. não ia sair só pra fugir disso.
deitou atracada com a comida no sofá. dormiu. sonhou. acordou, atrasada, olhou no relógio, saiu correndo... não é que é mesmo pra frente que se anda?
teresa fechou a porta. pensou bem se era isso mesmo. mas saiu de casa pro trabalho. cumprimentou o porteiro e seguiu andando. engraçado como a gente faz coisas e nem percebe depois. entrou no metrô. uma, duas estaações. saiu, entrou no prédio do trabalho. sentou à mesa. olhou em volta. nem era tão ruim na verdade. mas tudo parecia tão assim complicado agora. fases. fases de perdas. mas não deveria ser tão pesado. ela nunca tinha acreditado nisso assim. antes que percebesse, pensando assim nas suas tragédias pessoais, entretida consigo mesmo quase que nem criança, era hora de sair pra reunião. detestava reuniões.
aquela era uma dessas reuniões especiais. nada pra se discutir de verdade. o pensamento voa nessas horas. Impressionante. por não ter nada de novo pra falar, teresa ficou calada olhando aquela discussão enorme sobre o sexo dos anjos, mal esperava pela hora do almoço. queria comprar um sapato. isso. um sapato ia melhorar seu humor, certamente. entre pensar o tamanho do salto e a cor da sapato, a reunião acabou. quase indolor.
foi almoçar com as amigas, no caminho pararam para achar o seu sapato. chata, sabia exatamente o que queria. uma sandália vermelha. o salto, o mais alto possível. sandálias vermelhas eram um vício. meio que necessidade de afirmação, sei lá (devia ser o que elas carregam de fetiche). as amigas riam e futucavam as estantes, olhando os outros sapatos. e saíram dali sem ter comido quase nada. mas com sapatos lindos, de volta para o trabalho. as tragédias, naquela correria do dia a dia, iam sumindo. estranho isso, algo que parecia tão grave de manhã agora era tão assim desimportante (amigas e futilidades têm essa capacidade, nos tiram de nós mesmos)...
saindo do trabalho, desistiu da ginástica. hoje não estava com vontade. ia comprar besteira no supermercado e se enfiar debaixo das cobertas. precisava pensar, e pensar e academia eram imiscíveis. comprou sorvete, biscoitos, pizza congelada. só queria bobagens hoje. nada de comida. pegou um filme no vídeo também, apesar de não ter certeza de assistir... depois, a mesma rotina. falar com porteiro, entrar em casa. ainda não estava acostumada com aquilo, com a casa vazia. mas era questão de tempo. não ia sair só pra fugir disso.
deitou atracada com a comida no sofá. dormiu. sonhou. acordou, atrasada, olhou no relógio, saiu correndo... não é que é mesmo pra frente que se anda?
9.6.05
mrs robinson morreu. e eu adoro a anne bancroft (a vantagem de se ser meio assim personagem é essa. não se morre completamente). lembro de ver ela em nunca te vi sempre te amei. lembro de ficar absolutamente apaixonada com a forma como ela gostava dos livros. e depois, dela como mrs. robinson, e fazendo anne sullivan, e depois eu ainda descobri que ela era casada com mel brooks... adoro os filmes dela...
8.6.05
Mrs. Robinson
Simon & Garfunkel
We'd like to know
A little bit about you
For our files.
We'd like to help you learn
To help yourself.
Look around you. All you see
Are sympathetic eyes.
Stroll around the grounds
Until you feel at home.
And here's to you, Mrs. Robinson,
Jesus loves you more than you will know
Wo wo wo
God bless you, please, Mrs. Robinson,
Heaven holds a place for those who pray
Hey hey hey, hey hey hey
Hide it in a hiding place
Where no one ever goes.
Put it in you pantry with your cupcakes.
It's a little secret,
Just the Robinsons' affair.
Most of all, you've got to hide itfrom the kids.
Coo coo ca-choo, Mrs. Robinson,
Jesus loves you more than you will know
Wo wo wo
God bless you, please, Mrs. Robinson,
Heaven holds a place for those who pray
Hey hey hey, hey hey hey
Sitting on a sofa
On a Sunday afternoon,
Going to the candidates' debate,
Laugh about it,
Shout about it,
When you've got to choose,
Every way you look at it you lose.
Where have you gone, Joe DiMaggio?
A nation turns its lonely eyes to you
Ooo ooo ooo.
What's that you say, Mrs. Robinson?
"Joltin' Joe has left and gone away"
Hey hey hey, hey hey hey
Simon & Garfunkel
We'd like to know
A little bit about you
For our files.
We'd like to help you learn
To help yourself.
Look around you. All you see
Are sympathetic eyes.
Stroll around the grounds
Until you feel at home.
And here's to you, Mrs. Robinson,
Jesus loves you more than you will know
Wo wo wo
God bless you, please, Mrs. Robinson,
Heaven holds a place for those who pray
Hey hey hey, hey hey hey
Hide it in a hiding place
Where no one ever goes.
Put it in you pantry with your cupcakes.
It's a little secret,
Just the Robinsons' affair.
Most of all, you've got to hide itfrom the kids.
Coo coo ca-choo, Mrs. Robinson,
Jesus loves you more than you will know
Wo wo wo
God bless you, please, Mrs. Robinson,
Heaven holds a place for those who pray
Hey hey hey, hey hey hey
Sitting on a sofa
On a Sunday afternoon,
Going to the candidates' debate,
Laugh about it,
Shout about it,
When you've got to choose,
Every way you look at it you lose.
Where have you gone, Joe DiMaggio?
A nation turns its lonely eyes to you
Ooo ooo ooo.
What's that you say, Mrs. Robinson?
"Joltin' Joe has left and gone away"
Hey hey hey, hey hey hey
7.6.05
6.6.05
Eu sei que vou te amar
Antonio Carlos Jobim / Vinicius de Moraes
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida, eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
Antonio Carlos Jobim / Vinicius de Moraes
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida, eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
2.6.05
quer saber? eu também não entendo o homem falar, na cara dura, que a periferia ia ficar muito feliz com isso ao pegar de volta as tais roupas roubadas da daslu. ele falou a periferia com um desdém. e, diabos, eu ia ficar muito feliz com um carregamento de chanel. aquilo ali é um desplante. a periferia, se soubesse o preço, vendia e comprava um carro, catzo...
continuando comentários sobre atualidades, ontem vi um seriado meio bobo, desses de advogado, mas que eu gosto cada dia mais, falando sobre a pena de morte (o seriado chama boston legal, passa na fox). não entendo pena de morte. veja bem: eu entendo o assassinato. entendo a pessoa ter moral duvidosa e matar por dinheiro. entendo a pessoa não ver opção em sua vida e agir de uma forma que eu não agiria. mas não entendo o assassinato legal. alguém, com a moral teoricamente similar à minha, que acredita em direito, em leis, em sociedade, decidir que vai matar alguém. como se fosse simples. como se eu pudesse dispor da vida das pessoas. uma punição como outra qualquer. me choca isso. o seriado dava uns dados do estado do texas. são 117 execuções por ano. 50% das execuções dos EUA. eu não entendo. juro que não entendo. o advogado fala muito bem. se a pessoa vai passar o resto da vida dentro da cadeia, pra que matar ela? só existe a pena de morte se você acha que a prisão é escapável. e não deveria ser.
eu ia ficar quieta hj. mas eu li no jornal que no chile torturavam crianças de 12 anos. 12 anos. como a gente fica calado assim? não entendo tortura sistemática. ainda mais com crianças envolvidas. torna toda a ditadura chilena, que já era algo de profundamente triste para mim, mais terrível. mais difícil de se entender. torna o chile de hoje talvez mais admirável, por conviver com isso.
1.6.05
teresa fechou a porta. pensou bem se era isso mesmo. mas saiu de casa pro trabalho. cumprimentou o porteiro e seguiu andando. engraçado como a gente faz coisas e nem percebe depois. entrou no metrô. uma, duas estaações. saiu, entrou no prédio do trabalho. sentou à mesa. olhou em volta. nem era tão ruim na verdade. mas tudo parecia tão assim complicado agora. fases. fases de perdas. mas não deveria ser tão pesado. ela nunca tinha acreditado nisso assim. antes que percebesse, pensando assim nas suas tragédias pessoais, entretida consigo mesmo quase que nem criança, era hora de sair pra reunião. detestava reuniões...
ando indo por demais ao cinema. coisa de fase.
sexta fui ver o manuel de oliveira. gostei, gosto dos filmes dele. tem um que de lirismo português, sei lá. é bonito. pessoas bonitas. lugares bonitos. irene papas cantando ativa meu lado dramático. não sei falar sobre ele. não sei fazer interpretações, acho que na hora do assunto propriamente dito, falta profundidade. mas acho que veria de novo.
ontem, fui ver melindo, melinda, do woody allen. por mais que eu ame ele, achei o filme meia bomba. quase uqe um woody allen for dummies. a mesma fonte de sempre nos créditos (windsor, elegante e anos 50 o quanto possa ser). a mesma nova york. os mesmos elementos de drama e de comédia. tá, eu gostei de algumas cenas. achei as pessoas muito bonitas no filme, com algumas exceções. a caracterização dos personagens no drama e na comédia é boa. um filme que é mais gostoso falado que visto. estranho isso. costumo gostar mais de ver do que de falar sobre filmes... mas o woody allen anda muito cheio das discussões sobre linguagem. assim, fica difícil não dar o meu pitaco...
sexta fui ver o manuel de oliveira. gostei, gosto dos filmes dele. tem um que de lirismo português, sei lá. é bonito. pessoas bonitas. lugares bonitos. irene papas cantando ativa meu lado dramático. não sei falar sobre ele. não sei fazer interpretações, acho que na hora do assunto propriamente dito, falta profundidade. mas acho que veria de novo.
ontem, fui ver melindo, melinda, do woody allen. por mais que eu ame ele, achei o filme meia bomba. quase uqe um woody allen for dummies. a mesma fonte de sempre nos créditos (windsor, elegante e anos 50 o quanto possa ser). a mesma nova york. os mesmos elementos de drama e de comédia. tá, eu gostei de algumas cenas. achei as pessoas muito bonitas no filme, com algumas exceções. a caracterização dos personagens no drama e na comédia é boa. um filme que é mais gostoso falado que visto. estranho isso. costumo gostar mais de ver do que de falar sobre filmes... mas o woody allen anda muito cheio das discussões sobre linguagem. assim, fica difícil não dar o meu pitaco...
31.5.05
aprendi que a vida não é ou isto ou aquilo. ou isto ou aquilo é só uma poesia. boa, por sinal. mas não nos define. não é necessário calçar a luva e tirar o anel. querendo, podemos ficar com os dois. é cafona, mas possível. eu posso gostar de ir ao salão e de ler. posso ser absolutamente consumista mas reservar meu dinheiro pra análise. posso ser absolutamente prática e mulherzinha, em todos os sentidos pouco práticos de ser mulherzinha (horas no banho, cremes, penteado, roupas nunca o suficientes). gosto de ser contraditória. e disso é que as coisas são feitas. porque na realidade, nenhum de nós é alguma coisa. a gente vai sendo. por mais que seja no gerúndio. a realidade acontece antes da gente se aperceber e o melhor é ir junto. e não negar que tem dias que a gente queria ser menino, e cortar o cabelo curtinho, e não fazer unhas, e sair de tênis ou de havaianas com calça jeans. e tem dias que nasci dondoca. e quero depilação-pé-mão-cabelo, e saias rodadas, e saltos altos com meias de lurex. e nada é excludente. nada. as coisas vão se somando e entrando no redemoinho e vou aprendendo a lidar com isso. e demorei a aprender que gostar de ler e gostar de me arrumar não eram excludentes. e que eu posso ser fresca e não ser. e ser moleque e não ser. e descobrir isso me deu uma liberdade tão grande. descobrir que posso ser de tantas formas me deixou assim mais leve...
então, com isso ponho algumas fotos dos filhotes por aqui. só pra todos verem quão fofos eles são. ainda estou enamorada. mesmo com eles começando a latir. mas preciso vender. se alguém souber de alguém querendo um cão, me avise. a raça é ótima. tranquila, companheira. só precisam de exercício. até porque farão mesmo dentro de casa, se ninguém for passear com eles. mas são cachorrinhos de desenho. ficam onde o dono estiver, quase não latem, e eu acho uma raça bonita. nem todo mundo precisa achar, mas...
30.5.05
QUINTA / D. SEBASTIÃO, REI DE PORTUGAL
Fernando Pessoa
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
Fernando Pessoa
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
LIBERDADE
Fernando Pessoa
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
pra frente é que se anda. e assim a gente vai andando. sem saber exatamente o que fazer. mas pra frente é que se anda. ela suspirou e seguiu andando, fazer o quê? o tal do andar vez em quando era meio maçante, era meio difícil. mas ela aprendeu que o objetivo era não desistir. andar mesmo sem saber pra onde estava andando. teresa não tinha muitas certezas. não sabia pra onde queria ir. mas ia. fazer como, se as contas continuavam chegando, se avida continuava sempre? se as perdas eram suas? a identidade dela, diziam, não podia perder. mas se ela nunca encontrou, como ela poderia perder? a saída devia ser essa mesmo. continuar a andar...
os fins de semana têm sido agradáveis. amigos. dias nem quentes nem frios. boa comida, boa companhia. a vida parece assim quase normal. eu só preciso me orientar. ando pensando em mil coisas, revendo outro tanto. sem saber exatamente que caminho eu vou seguir. estranho. eu sempre faço isso. tenho certeza de um caminho e de repente essa certeza vai sumindo. e outra vai surgindo. na verdade a certeza sempre foi só uma. e ainda não descobri como vou viabilizá-la...
Oriente
Gilberto Gil
Se oriente, rapaz
Pela constelação do Cruzeiro do Sul
Se oriente, rapaz
Pela constatação de que a aranha
Vive do que tece
Vê se não se esquece
Pela simples razão de que tudo merece
Consideração
Considere, rapaz
A possibilidade de ir pro Japão
Num cargueiro do Lloyd lavando o porão
Pela curiosidade de ver
Onde o sol se esconde
Vê se compreende
Pela simples razão de que tudo depende
De determinação
Determine, rapaz
Onde vai ser seu curso de pós-graduação
Se oriente, rapaz
Pela rotação da Terra em torno do Sol
Sorridente, rapaz
Pela continuidade do sonho de Adão
Gilberto Gil
Se oriente, rapaz
Pela constelação do Cruzeiro do Sul
Se oriente, rapaz
Pela constatação de que a aranha
Vive do que tece
Vê se não se esquece
Pela simples razão de que tudo merece
Consideração
Considere, rapaz
A possibilidade de ir pro Japão
Num cargueiro do Lloyd lavando o porão
Pela curiosidade de ver
Onde o sol se esconde
Vê se compreende
Pela simples razão de que tudo depende
De determinação
Determine, rapaz
Onde vai ser seu curso de pós-graduação
Se oriente, rapaz
Pela rotação da Terra em torno do Sol
Sorridente, rapaz
Pela continuidade do sonho de Adão
25.5.05
Penas do Tiê
Folclore (Adaptação de Fagner)
Vocês já viram
Lá da mata a cantoria
Da passarada, quando vai anoitecer
E já ouviram o canto triste da araponga
Anunciando que na terra vai chover
Já experimentaram guabiraba bem madura
Já viram as tardes quando vai anoitecer
E já sentiram das planícies orvalhadas
O cheiro doce das frutinhas muçambê
Pois meu amor tem um pouquinho disso tudo
Que tem na boca a cor das penas do tiê
Quando ele canta os passarinhos ficam mudos
Sabe quem é o amor ?
Ele é você, você, você ...
Folclore (Adaptação de Fagner)
Vocês já viram
Lá da mata a cantoria
Da passarada, quando vai anoitecer
E já ouviram o canto triste da araponga
Anunciando que na terra vai chover
Já experimentaram guabiraba bem madura
Já viram as tardes quando vai anoitecer
E já sentiram das planícies orvalhadas
O cheiro doce das frutinhas muçambê
Pois meu amor tem um pouquinho disso tudo
Que tem na boca a cor das penas do tiê
Quando ele canta os passarinhos ficam mudos
Sabe quem é o amor ?
Ele é você, você, você ...
24.5.05
vi por esses dias os esquecidos, do bunuel, meu amado. o filme é bom. muito bom. tem uma fotografia impressionante. tem uma história de cortar o coração. é filme pra ser visto, pensado... e enfim, pra se perceber que pouco mudou fora dos grandes centros. que fora da europa e dos esatdos unidos, a vida das crianças pobres é aquela dali mesmo. me deixou meio assim de coração cortado...
23.5.05
ontem fui ver o guerra nas estrelas - a vingança dos sith. goste. não é assim um retorno de jedi, mas é bom. bemn bom. tem o darth vader. se bem que aquele moleque é um dos piores atores ever. o menino tremendo a boquinha quando tenta matar a padme é simplesmente fantástico. o palpatine é mau como um pica pau. e padme é minha heroína. adorei ela falando que a liberdade vai embora debaixo de palmas...
16.5.05
Fico Assim Sem Você
Cacá Moraes / Abdullah
Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você
Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim
Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem abraço
Sou eu assim sem você
Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?
Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo (2x)
Cacá Moraes / Abdullah
Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você
Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim
Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem abraço
Sou eu assim sem você
Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?
Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo (2x)
ilha grande. mar completamente limpo. parecia uma lagoa. tudo parecia um sonho. espero que não tenha sido só isso. e fui ficando assim, alegre, feliz, confortável. engraçado como as pequenas coisas vez em quando são as que mais deixam a gente assim feliz. os pequenos gestos. e estar junto. fazia muito tempo que eu não ficava assim, muda do lado de alguém...
12.5.05
os filhotes já andam, tentam sair do quartinho. a cã tá uma figura de mãe. descobri hoje que só nós podemos mexer nos bichos, pelo menos por enquanto. a empregada foi tentar ver e levou um passa fora. ao estilo da cã mais banana do mundo, mas foi um chega pra lá. latidos às 7:30 serviram de despertador pra mim. depois, ela se acalmou. sentou na sala e ficou de butuca. era ter barulho maior perto do quarto e ela corria pra lá, olhava se estavam todos ali, lambia eles e voltava. eu tô toda boba olhando aqueles ratinhos cegos...
11.5.05
10.5.05
ando mais prolixa do que nunca. a zona da minha cabeça tem piorado. culpa minha dessa vez. acho que de repente podia voltar a fazer análise. isso faz bem à cabeça de uma pessoa. acho que preciso falar umas coisas com s. ando meio aflita com isso tudo, e o pior é que tudo parece bem. ando querendo resolver umas coisas que ficaram pelo meio, sei lá. preciso dormir. preciso tanta coisa...
paris em chamas? também é bom filme sobre o fim da guerra... ando querendo rever todos. deve ser vontade de contato com a maldade humana, sei lá...
pensando ainda sobre holocausto, olhando as imagens do tal memorial alemão... fico me perguntando se as pessoas realmente entendem a idéia da eugenia. como ela começa. começa com a eliminação dos deficientes. a diferença mais óbvia. castração de deficientes mentais é a primeira coisa. mostra bem no julgamento de nuremberg (filme que amo, aliás). a gente não se apercebe como é pernicioso decidirmos quem é merecedor ou não de vida, e de gerar vidas. como é pernicioso achar complicado um deficiente mental ter filhos. ou ficar aflito com um namoro entre eles. isso é o tal do preconceito. é isso que faz acharmos que somos diferentes. melhores. não somos. ninguém é melhor. ando pensando nisso, claro, por conta de tudo que tem saído nos jornais. mas nem é só isso. às vezes me pego julgando pessoas e sei que isso não é legal. cada um tem sua vida, suas razões, sei lá. a gente vai vivendo... só não acho que eu (ou de resto qualquer pessoa) tenha algum direito a intervir nisso. claro que existem limites morais. mas entre eles está que todos são iguais. e tem direito de viver como todos os outros. tergiversando, pra variar. mas essa coisa intervencionista e controladora do nazismo me perturba muito, fico meio monofásica.
conclusão brilhante a que se chega, ao ver a pobre cã entrando em trabalho de parto... deus é homem. só pode ser. se fosse mulher, eram os homens que pariam. a cã gira que nem pião desde ontem à noite, respira ofegante, não come e não dorme. visivelmente não está achando nada divertida essa brincadeira. meu irmão diz que eu estou errada. que a definição de mulher é ser a que pare. não importa. isso não pode ser coisa boa. olhando assim, eu lembro porque eu sempre disse que grávida eu não fico. em último caso, se morrer de vontade de ter um filho, adoto. nenhum problema de não passar os tais genes pra posteridade. coisa boa eu já não sou mesmo, que vim toda defeituosa. defeito no coração. defeito no rim. defeito em tudo. deixa quieto, melhor os genes morrerem aqui.
9.5.05
sábado, show de tom zé. adoro tom zé. eu sei que ele é datado. que passou da época. mas eu me divirto, sempre. e sábado no circo não foi diferente... s. me liga no meio da tarde avisando que ia comprar os ingressos, achei graça, achei que eu era mais fã, mas parece que ele gostou do último disco. se atrasou pra passar lá em casa, mas fomos ao show em tempo, afinal, o show atrasou mais. foi divertido. foi tomzé, falando bobagem, cantando fora de tom, rasgando roupas... faltou o esmeril, mas esse era do outro show. cheguei em casa as 4. exausta, afinal, ainda tinha coisa depois do tomzé no circo. acho que o céu na terra, mas confesso que nem prestei muita atenção...
60 anos do fim da segunda guerra. data importante. fui ver o filme do hitler, meio que por coincidência. e saí encantada com o filme. e impressionada, sempre impressioanda com a loucura nazista. não consigo ver de outra forma. não me parece normal alguém pensar daquela forma. e gostei muito do filme, alemão, não absolver os alemães. dizer claramente que eles deveriam ter se informado, sim. deveriam ter participado mais e confiado menos em um fuhrer que nem era assim tudo para todos. eles não queriam se envolver mais se envolviam sem saber o poruqe nessa máquina. e isso era errado, sim. gostei do filme reiterar isso. meio que é óbvio que nuremberg não podia matar todos ou prender todos pela vida, não podia encarcerar toda uma população. mas a punição parece pouca, não sei. o filme é bom, enfim. gosto de filmes sobre a segunda guerra. acho importante relembrar para não acabar revivendo...
6.5.05
Assinar:
Postagens (Atom)