31.3.05

andei lendo arquivos disso daqui. engraçado não se reconhecer. ou perceber que mudou tanto em tão pouco. e não lembrar dos acontecimentos direito, não conseguir saber o que me levou a tal outal comportamento. mas achei graça mesmo de me ver tão diferente, tão mais insegura, não sei. tão mais perdida, sem saber pra onde ir. enraçado que até hoje eu não tinha me dado conta que eu realmente sei pra onde ir agora. que eu tenho um caminho agora. que eu tô trabalhando pra isso. e que não sou mais tão frágil, tão criança...
aliás, o ridículo está me preocupando. estarei de maiô e touquinha pulando numa piscina. tudo para deixar de ser uma total e completa sedentária. e para emagrecer os 4 kilos que eu quero emagrecer. ficarei um ixpetáculo, me aguardem!
eu não vou desistir, não adianta!! eu decidi começar a fazer algum exercício físico e vou começar a fazer! se o médico não está lá hoje, irei lá segunda. nada me fará desistir disso. nem o ridículo de ter decidido fazer hidroginástica, hidro power segundo a moça da cadimia...

30.3.05

sabe quando parece que as coisas estão entrando nos eixos? pois é, eu estou esperando a rasteira. sempre tem uma rasteira.
alergia. insônia. ainda bem que falta só um mês pra acabar a pós...
o césar maia errou na mão. parece até que enlouqueceu de vez...

29.3.05

as pessoas têm medo de se expor. mas só no medo elas já se expoem. se expor é muito mais do que parece. é falar de mais ou de menos. porque falando de menos a gente expõe o medo de julgamento. o emdo da interferência. eu falo demais. por querer a tal da aprovação, eu sei. mas depois, se não encontro, na verdade, não dou tanta atenção. e faço coisas pra chamar atenção, eu sei. como uma criança, eu sei. na verdade, falta de freios e de medos, e não excesso deles, sempre foi meu maior problema. eu cai e quebrei a cabeça quando era pequena duas vezes. e só depois que eu passei a achar que devia prestar atenção onde pisava. pelo menos aprendi com o erro. mas sempre tive esse péssimo hábito. preciso quebrar a cabeça pra aprender. ir até o limite pra ver que não era nada daquilo. me abrir inteira pra ver que devia ter guardado um pedaço. e sabe? não acho ruim. acho meio libertador. se maquiavel dizia que o segredo dá poder às pessoas, pelo menos ninguém tem poder sobre mim. porque segredos não são o meu forte. os dos outros eu pelo menos guardo (ou tento, vai). os meus... saem por aí, ao vento. escritos aqui. falados aos amigos e aos nem tanto. menor censura. e olha que eu tento. mas censura nunca foi meu forte.... tergiversando. pra não chegar a lugar nenhum. falando só pra não perder o hábito. dizendo só pra não dizer nada. eu ando falando mais que nunca. e falando mais e menos do que devia. mas ando precisando falar. deve ser necessidade de voltar pra análise, sei lá...
e se eu desistisse da tal da vida social? já ando perto disso... de repente sobrava mais tempo. ou se os dias tivessem 48 horas, quem sabe... pior que eu gosto dessa tensão. a única parte chata é não dormir. mas eu gosto de ter muito por fazer. sensação de andar pra frente.
muito atolada. com coisas demais na cabeça pra falar. sem saber o que fazer com essa quantidade de informação. quer dizer, na verdade eu sei. eu devia escrever. mas menor vontade...

23.3.05

não fui ao show do lenny kravitz. o cansaço me pegou. ainda não decidi se fico aliviada por não ter enfrentado a zona ou triste por ter perdido o show...
tem me acontecido uma vontade enorme de escever. como se tudo dependesse disso. pena que não é vontade de escrever o que eu deveria estar escrevendo....
ando tão assim avoada. cheia de por fazer e menor vontade de por a mão na massa. vontade de dormir. de sumir. de esquecer. mas não posso. alguém quer me ajudar? no meio da zona de família às turras e vó ainda assim isolada pro si mesma do mundo, tenho de pesquisar nas coisas do avô. acho que preciso voltar à análise só pra conseguir me enfiar naqueles papéis. cada dia me dói mais um pouco a idéia. resolvi, meio por conta disso, voltar pro trabalho. contar muito mais do que queria ou pensava em contar por aqui. de repente o desabafo resolve. é como se eu tivesse orientando minha vida toda pro outro lado e não quisesse mais saber da tal da pós. mas é melhor eu entrgar isso e me graduar de uma vez. recebr o diploma. depois eu penso no dia de amnhã, não seria isso? mas eu não tô fazendo assim. e fico cansada...

21.3.05

"Dizem que em algum lugar, parece que no Brasil, existe um homem feliz."
Vladimir Maiakovski
justo agora que eu devia parar com isso, ando lendo mais poesia do que nunca. acalma os nervos. e cismei de reler um paulo mendes campos encostado ali na minha casa. ando meio assim, modernista. meio assim, antiga. deve ser o trabalho da pós, ainda inacabada. andei olhando de rabo de olho meu maiakovski também. e reler gide aparentemente está virando necessidade. com tanta coisa antiga pra ler, preciso arranjar tempo pras coisas novas. não é nada. deve ser uma fase meio assim nostálgica...
Poema de Sete Faces
Carlos Drummond de Andrade

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus,
pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
Não sei Dançar
Manuel Bandeira

Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria.
Tenho todos os motivos menos um de ser triste.
Mas o cáculo das probabilidades é uma pilhéria...
Abaixo Amiel!
E nunca lerei o diário de Maria Bashkirtseff.

Sim, já perdi pai, mãe, irmãos.
Perdi a saúde também.
É por isso que sinto como ninguém o ritmo do jazz-band.

Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu tomo alegria!
Eis aí por que vim assistir a este baile de terça-feira gorda.

Mistura muito excelente de chás...

Esta foi açafata...

— Não foi arrumadeira.
E está dançando como o ex-prefeito municipal:
Tão Brasil!

De fato este salão de sangues misturados parece o Brasil...
Há até a fração incipiente amarela
Na figura de um japonês.
O japonês também dança maxixe:
Acugêlê banzai!

A filha do usineiro de Campos
Olha com repugnância
Para a crioula imoral.

No entanto o que faz a indecência da outra
É dengue nos olhos maravilhosos da moça.
E aquele cair de ombros...
Mas ela não sabe...
Tão Brasil!

Ninguém se lembra de política...
Nem dos oito mil quilômetros de costa...
O algodão do Seridó é o melhor do mundo?...Que me importa?
Não há malária nem moléstia de Chagas nem ancilóstomos.
A sereia sibila e o ganzá do jazz-band batuca.
Eu tomo alegria!

Petrópolis, 1925
agora meu organismo resolveu que não quer mais essa coisa careta de dormir de noite. interessante. só que de dia ele nunca quis dormir. a luz me incomoda. resta saber como posso resolver esse problema. dizem que dormir faz bem à saúde.
paguei uma professora pra me ajudar com redação. hoje fui mostrar minhas criações... meu texto é literário demais, diz ela. cheio de ênfases pelo ritmo. de frases curtas e incisivas. isso não é ruim per se. só que não é bem o texto que procuram na prova, perceba...
eu quero casar na loud! adorei a idéia!

16.3.05

fui ver a terra do nunca. acho que queria me esconder por lá. na verdade, acho que sempre me escondi por lá. em algum lugar eu sempre fui a wendy, ou a alice. me escondendo dentro de mim. indo atrás das fantasias. sumindo atrás do sorriso do gato. me perdendo e me achando no meio do nada. é uma condição estranha, essa. a de não saber onde se está em nenhum momento. mas eu devia aproveitar mais isso, nem sei. me achar na terra do nunca. fugir pelo espelho. correr pelo país das maravilhas. isso é saber que tenho pra onde ir quando tudo está errado. quando o mundo parece que não tem esperança. quando a tristeza toma conta. é fechar os olhos e voar com peter pan. discutir com a rainha de copas. se intrigar com o sorriso. é saber que fugir nem sempre é ruim. é saber que cair nem sempre machuca. eu andei caindo pouco, querendo ser adulta. querendo fugir da minha terra do nunca. engraçado, que vendo o filme eu achei que minha mãe era o peter pan. e que eu devia respeitar mais esse meu lado assim, infantil. porque acaba que ele me ajuda mais do que todos. me ajuda a ter leveza quando as coisas estão pesadas. a achar graça no que não deveria ter. a ver ternura onde não precisa. assim a gente vai enfrentando melhor, talvez. talvez assim a gente continue vivendo sem nem perceber quão difícil está sendo...
eu ando ouvindo muita música. engraçado, que não costumo ouvir. sempre trabalhei com a tv ligada. algum som ambiente. mas troquei por música nos últimos tempos. preciso de uns cds novos...
dois dias que eu achei que nunca mais ia conseguir estudar. a ansiedade tomou conta de mim. mas já foi, já foi... agora eu preciso juntar os caquinhos e estudar mais concentrada. como se eu fosse concentrada...

9.3.05

confusa com meus sentimentos, pra variar. tem épocas que dá vontade de tomar uma pílula mágica e resolver todos os problemas...
ontem fui ver menina de ouro. filme lindo. lindo. adoro o clint eastwood. amo ele. quero casar com ele... chorei tanto...

8.3.05

antes que eu esqueça... feliz dia para nós, mulheres... eu saí andando pela rua de rosa, pra poder entrar no clima. devia ser lilás, a cor do feminismo, mas por incrível que pareça não tinha nada lilás no meu guarda roupa. devo estar precisando ir às compras...
ninguém quer me dar a fórmula mágica da concentração, não?
ando sem a menor capacidade de concentração. tentando ao menos descansar e me distrair, fui ao cinema já duas vezes. detestei os dois filmes. me deram cócegas nas pernas de vontade de sair dali. não sei se mais gente gostou. acredito que sim, eles até foram indicados ao oscar e coisas afim. mas achei chatos. closer e sideways. cada um de seu jeito, achei falhos. achei moralistas. achei que tratam de um assunto que me interessa minimamente, a sexualidade masculina. não me interesso muito por ela e não acho que homens e mulheres sejam seres assim tão separados no mundo. não acho que sexualidade é limpa e renovada com o casamento ou que a mulher certa salva o homem. isso é machismo nu e cru. simples assim. não vou dizer pra ninguém não ver. de repente, até interessa a alguém. a mim...

3.3.05

dias de calor cão. se segue essa chuva. e eu andando na rua, ainda de salto alto, devia parecer uma louca no meio do temporal...
estou de férias. a serem aproveitadas terminando a tal da pós. e descansando... não devo escrever aqui sempre, porque estarei gastando meu latim em outras praias.... e escrever cansa. cansa muito. e eu ainda tenho uns casamentos pra ir. e queria emagrecer. essas férias precisam ser muito longas pra tudo que eu preciso e quero fazer...