30.12.11

tentando começar do começo. tem uma hora em que eu me perco, sempre. em geral é perto do começo. daí pra frente... e bom, não tem melhor hora pra falar do começo que no final. o ano acaba e eu tento falar do começo. pena que não sei bem começo de que.

então, eu sempre me achei diferente. até aí, todos fomos adolescentes, não? se achar diferente é meio que padrão. eu tentei, como tantos tentam, ser menos diferente. eu era rata de livraria e biblioteca. e tentei ser menos. e não fui muito feliz na tentativa. eu criei meu personagem. e enfim. personagens são só isso. não resistem ao tempo. a sair das páginas de um livro. a existir no mundo. então, o personagem se desfez um dia. e eu estava ali. tão diferente quanto qualquer outro.
agora é perder o ranço de escrever nos tais 140 caracteres, né? soltar o peso de todos os caracteres do mundo nos meus dedos. pensar que escrever pode sempre não se prender ao pouco. mas vez em quando o pouco é tão bom... pensar em separar os dois. um fica no chão, o outro vem comigo pra estrada.
escrever é um objetivo em si. falar de mim é algo quase inevitável quando ponho as mãos no teclado. e quero tentar não falar do aqui e agora, não do diário, mas de mim. é diferente, acho.
o objetivo é jamais saber exatamente aonde estou e praonde vou. não quero, quero ir. e indo, acabo não chegando a lugar nenhum. o problema é avisar que você quer isso. e todos acreditarem. podem acreditar. o objetivo é nenhum.

29.12.11

um ano acabou, o outro começa na segunda. nesses dias, a chuva nos joga mais ainda no limbo. e eu aqui, presa no limbo, quero escrever pra sair dele. esse ano não tem viagem. e o blogger não aceita minhas fotos. e fico com essa estrada. porque a estrada, amigos, é o melhor lugar do mundo. ela é o aqui e agora. e só. mais nada.
pensando se tiro as teias daqui. se volto a escrever. ou se sumo de novo e vou pro oco do mundo. nunca mais passei por aqui. acabo de ver que tá todo zuado o layout. veremos se arrumo...