explica-se... na família, muito morena, nasce a loirinha aqui. meu avô olha, olha... e solta essa, nasci branca por cruza, algo deveria explicar...
aqui apenas os fatos são inventados
o essencial da arte é exprimir;
o que se exprime não interessa
fernando pessoa
19.2.08
o tal do sonho é um treco engraçado. quando era criança, adorava os kennedy. acho que aquela coisa toda de ser uma camelot e tals me deixava assim empolgada. e eram todos bonitos. e jackie o é o máximo. enfim, isso claro que com a idade passa. e a gente sabe que eles nem eram assim bonzinhos e tal. mas continuaram a ter certa aura pra mim. porque, enfim, primeiro católico na presidência americana, primeiro a ser simpático a idéias menos fechadas, sei lá.
daí, com toda esse lado romântico que grudou em mim mesmo, vi Bobby outro dia. filme simpático toda vida. adoro o joshua jackson, confesso. e meu hobbit predileto tá lá. mas o ponto é o seguinte: tem os discursos de boby, sabe? e eu sempre admirei o cara politicamente. menos farrista que o irmão, menos star system. mas mais sério e tals. tão anticomunista quanto, mas enfim, americano, né, fazer o que? e que discursos belíssimos. bem escritos. e vão direto ao ponto, que é o tal do sonho, não? há que existir união. há que existir o outro. e há o outro ali, nos eua. precisa sair não. tem gente morrendo de fome lá mesmo. e tem briga e guerra por lá também. e a saída do sonho é a tal união. é aceitar o outro. a saída aonde estamos é a outra. negar o outro. tentar sumir com ele. seja dando porrada, seja enfiando embaixo do tapete. enfim... o filme me deixou triste. com essa sensação de que mataram o homem e as idéias dele todas. meio que fudeu, sabe?
e daí chego a terceira parte do meu pensamento: o obama usa os discursos dele. não ipsis literis. mas usa. aprendeu bonito. coalisão, união, ver os eua que os eua não conhecem, patati, patatá... e me bateu aquela dúvida: pastiche ou aprendizado? e me bateu a outra dúvida cruel: eu achava que eu votaria na hillary, dada a oportunidade. meu lado feminista gosta demais da figura dela. acho que é mulher forte, não se mete a ser homem e dá conta do rojão... mas agora não sei mais. passei a achar que são dois candidatos que podem ser bons. inda mais, vamos combinar... mccain? tá falando sério? torço muito pra não...
daí, com toda esse lado romântico que grudou em mim mesmo, vi Bobby outro dia. filme simpático toda vida. adoro o joshua jackson, confesso. e meu hobbit predileto tá lá. mas o ponto é o seguinte: tem os discursos de boby, sabe? e eu sempre admirei o cara politicamente. menos farrista que o irmão, menos star system. mas mais sério e tals. tão anticomunista quanto, mas enfim, americano, né, fazer o que? e que discursos belíssimos. bem escritos. e vão direto ao ponto, que é o tal do sonho, não? há que existir união. há que existir o outro. e há o outro ali, nos eua. precisa sair não. tem gente morrendo de fome lá mesmo. e tem briga e guerra por lá também. e a saída do sonho é a tal união. é aceitar o outro. a saída aonde estamos é a outra. negar o outro. tentar sumir com ele. seja dando porrada, seja enfiando embaixo do tapete. enfim... o filme me deixou triste. com essa sensação de que mataram o homem e as idéias dele todas. meio que fudeu, sabe?
e daí chego a terceira parte do meu pensamento: o obama usa os discursos dele. não ipsis literis. mas usa. aprendeu bonito. coalisão, união, ver os eua que os eua não conhecem, patati, patatá... e me bateu aquela dúvida: pastiche ou aprendizado? e me bateu a outra dúvida cruel: eu achava que eu votaria na hillary, dada a oportunidade. meu lado feminista gosta demais da figura dela. acho que é mulher forte, não se mete a ser homem e dá conta do rojão... mas agora não sei mais. passei a achar que são dois candidatos que podem ser bons. inda mais, vamos combinar... mccain? tá falando sério? torço muito pra não...
18.2.08
precisando de mais trabalho. por enquanto me preparo para mudanças. ainda absorvo a viagem. ou as viagens. parece que faz tanto tempo... londres me deixou fora do eixo. e de tudo isso me veio a certeza de precisar viajar mais. e sempre. de que o eixo é um péssimo lugar pra mim. adoro viagem. adoro não estar no meu lugar.
porque eu acabo de descobrir que existe um órgão, instrumento órgão, que é tocado pelo mar. graças a ler coisas que o namorado gosta e eu aprendi a gostar. e o tal troço é tão lindo, mas tão que eu precisava dividir. fica na croácia. apontamentos para a próxima viagem. tantos apontamentos para tantas viagens que fico sem saber em que tempo de vida e de trabalho enfio tanta viagem. mas, enfim... sonhar vale sempre a pena, não? e afinal, a última viagem saiu como nos apontamentos...
Assinar:
Postagens (Atom)