15.7.07

eu não ia falar do pan. não ia. mas daí, vejo que vaiaram o lula e os americanos na abertura. e a vergonha foi tanta. de tanta falta de educação numa cerimônia. que eu precisei escrever. vergonha de ser carioca me consome nesse momento. a confusão das ruas. a multa das faixas laranjas. os estádios mal acabados (ou nem acabados). o desrespeito aos jornalistas que não são daqui. desrespeito e falta de educação. as marcas do pan do césar maia. que embolsou a grana pra fazer o metrô pra barra. pra fazer o estádio. pra tudo. e pediu pro lula no começo do ano mais um pouquinho, já que tinha exagerado no embolsar e não ia terminar nada. e puxou vaias pra ele na abertura. ixpetáculo. quanto mais eu olho ele, mais eu vejo o carlos lacerda. e mais vergonha eu tenho de ser carioca. agora até historicamente.

10.7.07

o bar. a noite. a fumaça. a bebida. tudo isso se mistura e a foto sai bonita, não? a vida parece mais bonita. quer dizer, há de existir quem não se sinta confortável. eu me sinto em casa. e desce mais um chopp. e acende mais um cigarro. e mais gente chega pra conversar. e o show começa e de repente eu não estou só. e isso é tão estranho. e ao mesmo tempo tão vivo. boêmia. saudades da boêmia, ando sendo assim tão comportada. e é verdade que isso é parte da gente. tenho percebido. como isso nos dá a impressão de pertencimento. e justo quando não pertencemos a nada. ali não somos engenheiros, jornalistas, advogados, nada. não usamos uniformes, não falamos jargão. e nos sentimos pertencendo ao grupo instantaneamente. ouvimos a música, vimos o filme, lemos o livro. nada de currículos, nada de salários. uma brincadeira de igualdade social...

9.7.07

aliás, pensando depois de escrever... todas as estórias são de amor, não?
tentando fazer do escrever prática diária. falando do dia a dia. ou sei lá, pensamentos soltos. mas soltando a mão. como no desenho, soltando a mão. fui ao cinema ver paris de novo. paris te amo, se chama o filme. lindo. muitos pequenos filmes com paris de cenário e o amor de assunto. vários amores. emocionada eu fiquei. com tudo. eu me emociono fácil, sabe? mas o filme é bom. adoro falar de amor. adoro sentir amor. e o filme me lembrou como é bom isso. amor por alguém, por mãe, pela cidade, por uma criança. amar pelo amor. sei lá. vale a pena ver como as gentes vêem isso de amar...

5.7.07

passar horas pensando o que é uma viagem pra mim. a fuga. o incerto. o medo. e estar tão encucada com isso que estou com dificuldades de pensar sobre outras coisas. e saber que ando assim realmente muito mas muito inoperante pras coisas da vida.

3.7.07

ando querendo ir pra paris. alguém se habilita? vendo filmes passados na cidade eu lembro quão perfeita eu sempre sonhei aquela cidade. é preciso ter os pés no chão, eu sei. mas pés no chão são chatos e não enchem os olhos. o que enche os olhos, o que me deixa feliz de não poder mais é paris. é andar pelas ruas. entrar nos cafés. comer um tartare, beber um vinho. andar mais e beber um chocolate quente. tomar café naquelas taças engraçadas de manhã. usar saltos. paris deve ser vista de saltos. e meias. de preferência com foulard. entrar no cinema de noite e sair de manhã. sem isso ser um grande evento. croissants. porque nada mais gostoso. e enfim, fico sonhando com aquilo. falar francês e passar hidratante, porque a água tem cálcio demais. ouvir brell em paris... aiai...