explica-se... na família, muito morena, nasce a loirinha aqui. meu avô olha, olha... e solta essa, nasci branca por cruza, algo deveria explicar...
aqui apenas os fatos são inventados
o essencial da arte é exprimir;
o que se exprime não interessa
fernando pessoa
27.11.06
20.11.06
fui ver volver. não sei por onde começar. o filme é, sem a menor sombra de dúvida, um almodovar. e isso diz muito. porque almodovar me conquistou desde o primeiro frame que eu vi dele. mulheres a beira de um ataque de nervos. eu ainda era adolescente. e fiquei comprada. e a cada filme, mais comprada (tá, kika não foi seu ponto alto. mas até ele pode errar). e ontem, depois da porrada que eu levei quando vi a mala educacion, eu vi uma suavidade tão grande. veja, nada de estorinhas assim sem força, meio água com açúcar. mas uma estória forte contada com suavidade. e redime a gente. as mulheres todas. as mães especialmente. tudo lhes é permitido e perdoado. e as mães devem sair de ver o filme assim felizes. sei lá. a mãe de um amigo não gostou. e eu juro que não entendi...
17.11.06
preciso tomar conta do que acontece comigo. mas ainda não descobri como se faz isso. então tenho estado fechada assim, sem querer sair, sem querer fazer nada. e ficam querendo que eu faça. mas eu agora não quero. quero virar um ovo. e dormir. até a angústia passar. porque eu realmente não sei praonde eu devo ir. não faço idéia.
13.11.06
ontem fui ver gil cantar. sempre me deixa feliz. mas vou dizer que o tal do vivo rio bem queria que isso não acontecesse. nada pronta estava a casa. mas isso eu tinha lido no jornal. só não imaginava quão precária era. nada de corrimãos pra impedir pessoas de cair das frisas. olhei lá pro alto e torci pra nem ter lotado a casa. porque cair dali era tragédia anunciada. cadeira na beira do vão livre lá pra baixo, nada protegendo até o chão de cimento. uns bons 15 metros. no andar de baixo, nada de corrimão entre as arquibancadas e o chão de baixo. quer dizer, mude a cadeira de lugar com cuidado. pra não cair. dessa vez, queda pouca, no máximo metro e meio. a cerveja custava caro. não tão caro quanto o estacionamento. e os guardadores demoraram nada mais nada menos que 45 minutos pra pegar o carro. coisa pouca. imaginei em um próximo show (confesso, tendo bethânia eu acabo enfrentando o lugar, mas fico injuriada com a precariedade) pegar táxi. até que vi que o povo ficou os 40 minutos esperando também. o chão ainda era sujo, cimento mal tinha sido seco e subia poeira. as portas de emergência não o eram. simplesmente estavam travadas com madeiras por trás. pra ninguém correr o risco de ir parar nas escadas das saídas de emergência, com certeza. quando saí, vi que ainda eram canteiro de obras. diante disso tudo, pelo menos o show foi bom. pelos músicos. porque tiveram uma paciência de jó com o som da casa, que hora falhava para eles, hora falhava para a platéia. quer dizer. a noite só foi salva por são gil mesmo. e adriana calcanhoto. e maria rita. e o neto de gil, bento. que é lindo. tô numa fase bebês, entendam...
9.11.06
eu ando sem coragem de escrever. porque muito me aconteceu e muito eu preciso falar. mas o medo da exposição me aparece como uma coisa real. engraçado, eu não costumo sentir isso. mas enfim, se falasse tudo que sinto agora me sentiria vulnerável. e isso me é muito estranho. então, ando calada. e acho que ainda fico calada um tempo. absorvendo, digerindo tudo. e um dia consigo escrever sobre tudo sem ser literal e sem me sentir vulnerável. daí, eu volto...
1.11.06
depois do susto e de duas das semanas mais intensas da minha vida, as coisas voltam pro lugar aos poucos. ainda fico uns dias de repouso. e depois, segue a vida. muito pra fazer, graças a deus. muito que pensar daqui pra diante. o susto fica pra trás. e espero que muita coisa ruim junto dele. eu quero pensar no daqui pra frente, posso?
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